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Antes de comprar o Citi, Itaú anunciou compra da fatia de 40% do BMG na joint venture
Aline Bronzati, do Estadão Conteúdo
São Paulo - O Itaú Unibanco, que confirmou há pouco a compra da unidade de varejo do Citibank
no Brasil, estava em negociações exclusivas com o banco norte-americano
há cerca de duas semanas, mas os detalhes do acordo só foram acertados
nos últimos dias, segundo fontes com conhecimento da operação.
A colunista do Estadão Sonia Racy noticiou nesta sexta-feira (7) que o
valor pago pelo Itaú deveria ficar bem abaixo dos R$ 1,5 bilhão sonhados
pelo banco norte-americano. No fato relevante divulgado hoje, foi informado que a transação saiu por R$ 710 milhões.
Na semana passada, o Itaú anunciou sua 25ª aquisição,
ao comprar a fatia de 40% do BMG na joint venture que constituiu com o
banco mineiro na área de crédito consignado (com desconto em folha).
O crescimento do Itaú nas negociações pelo varejo do Citi surpreendeu o mercado, que tinha o Santander como o favorito para levar o ativo após perder a disputa pelo HSBC para o Bradesco.
Pesou no apetite do banco, segundo fontes, a base de clientes de alta
renda do Citi e a sobreposição com os seus clientes, fora o
relacionamento com o vendedor. Em 2013, o Itaú comprou a Credicard por
R$ 2,8 bilhões.
O banco também tem demonstrado maior apetite por aquisições em meio à
crise no País, que dificulta o crescimento orgânico. Como consequência, o
Itaú acumula mais de R$ 60 bilhões de sobra de capital oriunda,
principalmente, da baixa demanda por crédito.
Ao final de junho, o Itaú somava quase R$ 136 bilhões de patrimônio de
referência, praticamente o dobro do montante mínimo requerido pelo
regulador em seu caso, de cerca de R$ 74 bilhões. Sua Basileia, que mede
quanto um banco pode emprestar sem comprometer o seu capital, está em
18,1%, bem acima dos 11% mínimos exigidos pelo Banco Central.
A expectativa do Citi era concluir a venda das suas operações de varejo
no Brasil, Argentina e Colômbia ainda em setembro. O banco
norte-americano informou a intenção desses desinvestimentos em 19 de
fevereiro deste ano. A operação do Citi na Colômbia é negociada com o
Scotiabank e na Argentina, com o Santander.
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