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FMI: para instituição, o governo brasileiro precisa lidar com a situação para reduzir o risco para o sistema bancário
Washington - O Brasil registrou forte aumento da dívida corporativa nos últimos anos e o Fundo Monetário Internacional (FMI)
alertou nesta quarta-feira, 5, que US$ 51 bilhões em dívidas, o
equivalente a 11% dos passivos totais das empresas brasileiras, estão em
"companhias fracas", com baixa capacidade de pagamento.
O diretor-adjunto do Departamento Monetário e de Mercado de Capitais do
FMI, Ali Al-Eyd, explicou em uma entrevista a jornalistas hoje que
empresas fracas são aquelas nas quais a geração de lucro não é
suficiente para cobrir o pagamento de juros da dívida.
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O FMI também investigou o que aconteceria no Brasil em um cenário
adverso, de piora adicional da atividade econômica, em que o lucro das
empresas tem nova queda e os custos de captação sobem.
Neste caso, a dívida corporativa detida pelas "companhias fracas" pode
subir para US$ 88 bilhões, ou cerca de 19% da dívida corporativa do
País.
Por isso, segundo o FMI, é necessário que o governo brasileiro tente
lidar com essa situação, o que ajudaria também a reduzir um risco
importante para o sistema bancário.
Uma das recomendações é aproveitar o bom momento do cenário externo, com
taxas de juros muito baixas ou negativas em vários países
desenvolvidos, e busca por retorno dos investidores globais, para tentar
melhorar a situação dos passivos.
Outra recomendação do FMI é que o Brasil e outros emergentes melhores as ferramentas das regras de solvência.
"O nível de alavancagem das empresas no Brasil e outros emergentes é bastante alto", disse Al-Eyd na entrevista.
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