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Exportações: o resultado veio ligeiramente abaixo da expectativa de um superávit de 3,9 bilhões de dólares
Da REUTERS
Brasília - A balança comercial
brasileira teve superávit de 3,803 bilhões de dólares em setembro,
melhor resultado para o mês desde 2006 (+4,468 bilhões de dólares),
divulgou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC)
nesta segunda-feira.
O resultado, contudo, veio ligeiramente abaixo da expectativa de um
superávit de 3,9 bilhões de dólares, segundo pesquisa Reuters, e também
refletiu uma queda menos intensa na ponta das importações do que a vista
em meses anteriores.
Desde o ano passado os dados da balança comercial no país vêm sendo
beneficiados pela profunda recessão econômica, que vem fazendo as
importações caírem em ritmo muito superior ao das exportações.
Mas com o fortalecimento do real frente ao dólar, esse movimento vem
perdendo parte de seu ímpeto. Enquanto as importações recuaram 9,2 por
cento em setembro sobre um ano antes, pela média diária, a 11,987
bilhões de dólares, as exportações sofreram um declínio de 2,2 por cento
na mesma base, alcançando 15,790 bilhões de dólares.
Já no acumulado do ano, as importações caíram 23,9 por cento sobre igual
período de 2015, a 103,186 bilhões de dólares, e as exportações tiveram
retração de apenas 4,6 por cento, somando 139,361 bilhões de dólares.
Com isso, o superávit da balança comercial de janeiro a setembro
alcançou 36,175 bilhões de dólares, melhor resultado para o período da
série histórica iniciada em 1989. O ministério estima que no ano o
superávit ficará entre 45 a 50 bilhões de dólares.
Destaques de setembro
Na comparação com o mesmo mês do ano passado as exportações em setembro
recuaram 8,6 por cento na categoria de básicos e diminuíram 3,1 por
cento na categoria de manufaturados.
Por outro lado, subiram 19,8 por cento em manufaturados, alavancadas por
um salto de 147 por cento nas vendas de açúcar em bruto.
Já as importações caíram de maneira generalizada no mês, com um recuo
anual de 28,3 por cento em bens de capital, de 23,7 por cento em
combustíveis e lubrificantes, de 10,1 por cento em bens de consumo e de
2,3 por cento em bens intermediários.
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