Com
8.200 postos de serviços e mais de 1.200 lojas de conveniência, a companhia
está presente em todo o país. Não é à toa que tantas empresas estejam
interessadas em adquirir uma participação na BR Distribuidora. A petroleira
distribuiu mais de 90 prospectos a empresas para participarem da concorSão Paulo – Maior rede de postos de gasolina do país, a BR Distribuidora está buscando interessados em se tornarem sócios da operação.
Entre os ativos que a Petrobras busca vender, a rede é o mais atraente e valioso. A operação, por metade do capital votante da empresa, pode alcançar de US$ 5 bilhões a US$ 6 bilhões, e deverá ser concluída no primeiro semestre de 2017.
rência
para a aquisição.
Segundo o Valor Econômico, o
Carrefour, Grupo Pão de Açúcar e a Itaúsa, controladora do Itaú, estão entre os
que receberam as propostas, assim como Blackstone, Brookfield, GP, Advent e Carlyle.
A
holding Itaúsa informou que não havia “qualquer decisão de investimento a ser
comunicada”. O GPA disse que a informação não procede e que não recebeu a
proposta e o Carrefour informa que “não recebeu a documentação citada e não
possui interesse”.
Demonstraram
interesse as Lojas Americanas e o presidente da Federação das Indústrias do
Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, da família fundadora
dos postos Ipiranga.
Para
Pedro Galdi, analista da Upside Investor Research, o aumento de interesse
valoriza – e muito – as ações da BR. “É um ativo com valor diferenciado, que
pode ajudar muito a Petrobras”, afirmou. De 2015 a 2016, a Petrobras ela
se prontificou a se desfazer de US$ 15,1 bilhões em ativos e, até agora, já
vendeu cerca de US$ 9,7 bilhões.
Proximidade no Brasil todo
Para
as varejistas, o interesse está principalmente em estar mais perto do cliente,
afirma Ana Paula Tozzi, presidente da consultoria GS&AGR . “Mais do que uma
loja, a grande tendência do varejo é oferecer conveniência ao cliente, com
lojas de bairro ou proximidades”, afirma ela.
Por
isso, uma rede robusta de postos de gasolina com lojas de conveniência pode
trazer ainda mais clientes para varejistas como a Lojas Americanas e
impulsionar a sua capilaridade.
Além
disso, O Grupo Pão de Açúcar e o Carrefour já operam sua própria rede de
postos. No caso do Carrefour, os postos funcionam como destino, explica a
especialista. Os preços do combustível são agressivamente baixos para atrair
clientes, que acabam fazendo compras no mercado ao lado.
No
entanto, o investimento na BR Distribuidora é muito alto para qualquer
varejista fechar o negócio sozinha. É aí que entrariam parceiros financeiros,
conta Tozzi, como fundos como Blackstone e Brookfield.
O fundo canadense
Brookfield inclusive comprou 90% da unidade de gasodutosNova
Transportadora Sudeste (NTS), da Petrobras, por aproximadamente US$ 5,2
bilhões.
A
negociação ainda irá se desenrolar até o fim do ano. Entre parceiros
financeiros ou varejistas, resta saber quem vencerá a concorrência pela joia da
coroa da Petrobras.
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