Por Ronaldo Knack
Indignado, humilhado e roubado, o povo foi às ruas exigir o fim do ‘lulopetismo’ e a retirada de cena da quadrilha que tomou, pelas vias democráticas, as rédeas do país e o levou à bancarrota. No último domingo, este mesmo povo deu um recado duro à classe política, como admitiu o presidente Michel Temer.
Aqui,
desta humilde e modesta trincheira, fomos dos primeiros a nos insurgir
contra os desmandos e mal feitos impostos por Lula & Cia, sempre
cobrando, com efeito, maior comprometimento das lideranças da cadeia
produtiva sucroenergética que impulsionaram a debacle de um dos setores
tidos como mais promissores do agronegócio brasileiro.
Não há de se
creditar apenas aos governos Lula e Dilma a quebra do setor canavieiro,
pois lideranças do setor e proeminentes empresários do mesmo, se
lambuzaram ao tentarem ou puxar o saco dos mandatários de plantão ou
então tirarem uma casquinha da roubalheira que tomou conta dos cofres
públicos.
Anúncio publicado nas edições dos principais jornais do
país nesta última quarta-feira (5) e patrocinado pelo governo federal
mostra um pouco do que resultou esta safadeza que inclui políticos
ligados à base governamental e bandidos e ladrões travestidos de
‘empresários’:
‘Entre 2003 e 2013, o BNDES empregou a juros
subsidiados R$ 323 bilhões para a construção de infraestrutura em outros
países, sendo que 76% foram para Cuba, Angola, Argentina e Venezuela.
Enquanto isso, o Brasil permanece com a infraestrutura precária’
‘Prejuízos bilionários na Petrobras: R$ 21,5 bilhões em 2014 e R$ 34,9 bilhões em 2015’
‘Prejuízos bilionários na Eletrobras:R$ 6,2 bilhões em 2013, R$ 3,0 bilhões em 2014 e R$ 14,4 bilhões em 2015’
‘Refinaria Abreu e Lima: orçada em US$ 2,4 bilhões, já custou mais de US$ 18 bilhões e continua inconclusa’
‘Os
maiores fundos de pensão de empresas estatais – Postalis (dos
funcionários dos Correios), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa Econômica
Federal) e Previ (Banco do Brasil) – acumularam perdas de R$ 113,5
bilhões nos últimos cinco anos. Isso é prejuízo para os trabalhadores
dessas empresas, que terão suas aposentadorias diminuídas ou
contribuições aumentadas para cobrir a perda’
‘O gasto do Ministério
da Educação subiu 285% acima da inflação entre 2004 e 2014, mas as notas
dos estudantes no exame do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(IDEB) praticamente não cresceram. Muita despesa e pouco resultado’
Enquanto
notórios ladrões mofam em cadeias graças a coragem do Juiz Sérgio Moro e
da brilhante equipe de representantes do Ministério Público Federal e
da Polícia Federal – dentre eles Marcelo Odebrecht, José Dirceu, Antonio
Palocci, José Vaccari e José Carlos Bumlai, dentre outros – é iminente a
prisão do chefe desta quadrilha e de todos os outros que enriqueceram
às custas da falência do País.
Não será nada fácil a difícil missão
de Michel Temer para conseguir aprovar as reformas no âmbito do
Congresso Nacional. Haja vista os recuos nas questões que envolvem as
reformas da previdência e a trabalhista que estão sendo postergadas para
o próximo ano.
Ao mesmo tempo, o setor produtivo e o mercado financeiro torcem para que o presidente tenha pulso firme e imponha aos deputados federais e aos senadores a responsabilidade que todos têm para que o país volte à sua estabilidade social e econômica, saindo desta letargia colocada a partir dos erros sucessivos provocados por Lula e Dilma.
Das nossas lideranças deve ser exigido, cada vez mais e com maior vigor, que sejam criativas, ousadas e que tenham a coragem de mudar as nossas instituições de tal sorte que possam colocar nos trilhos os setores mais atingidos pelas crises instaladas pela falta de competência e honestidade dos nossos governantes.
(Ronaldo Knack é
Jornalista e Bacharel em Direito e Administração de Empresas. É também
fundador e presidente do BrasilAgro; ronaldo@brasilagro.com.br)
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