Dinheiro equivaleria aos gastos realizados pela ex-presidente Dilma Rousseff corrigidos pela inflação, segundo a Folha de S.Paulo
São Paulo – A chamada “Bolsa Empresário”, série de
subsídios e desonerações tributárias concedidas pelo governo às
indústrias, deve custar 224 bilhões de reais em 2017. A informação foi publicada neste domingo (16) pelo jornal Folha de S.Paulo.
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De acordo com o jornal, que analisou a proposta de Orçamento para
2017 enviada pelo governo ao Congresso, a “Bolsa Empresário” foi
poupada das medidas do presidente Michel Temer e de sua equipe para ajustar as contas do país.
Os 224 bilhões de reais dos programas de subsídio e desonerações
ao setor produtivo equivaleriam, diz a Folha, aos gastos realizados pela
ex-presidente Dilma Rousseff corrigidos pela inflação.
A cifra também é bem maior que o valor que será destinado em 2017
ao Bolsa Família, de 29,7 bilhões de reais, e aos investimentos em
educação e saúde, de 33,7 bilhões de reais e 94,9 bilhões de reais,
nesta ordem.
PEC do teto
Os valores destinados a esses programas poderão ter de ser
reduzidos caso seja aprovada a proposta de emenda à Constituição 241,
conhecida como PEC do teto, que limita os gastos públicos à inflação do ano anterior por 20 anos. Veja seis respostas sobre a proposta.
A postura mais cautelosa do governo Temer em relação aos
subsídios à indústria, segundo o secretário de acompanhamento econômico
da Fazenda, Mansueto Almeida, visa evitar romper contratos e, com isso,
piorar a recessão no país.
É preciso lembrar ainda que o setor produtivo tem apoiado
fortemente o governo do presidente Michel Temer e a proposta de ajuste
fiscal. Mas a retirada dos benefícios está na agenda do governo, já que
eles pesam no Orçamento e envolvem contratos de longo prazo.
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