quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Dono da rede Ipiranga deve anunciar compra da Liquigás


Apontado como favorito para levar o negócio, o Ultra também é dono da Ultragaz, que é líder em venda de botijão de gás no País




São Paulo – A Petrobrás deve anunciar ainda nesta semana a venda da sua divisão de gás de cozinha, a Liquigás, para o grupo Ultra, dono da rede de postos Ipiranga, segundo apurou o Estadão. A operação é avaliada em até R$ 2,8 bilhões. Em outubro, as duas companhias informaram ao mercado que estavam em conversas adiantadas para um acordo.

Apontado como favorito para levar o negócio, o Ultra também é dono da Ultragaz, que é líder em venda de botijão de gás no País. Com a transação, Ultra passará a deter 45% do segmento.

A empresa disputou o ativo com concorrentes como a holandesa Supergasbras (SHV); a Nacional Gás, do grupo nordestino Edson Queiroz; e a Copagaz, do empresário Ueze Zahran. Também tiveram interesse pelo negócio investidores de fora, como a turca Aygaz. Nos últimos meses, a Nacional Gás e a Copagaz chegaram a fazer proposta conjunta pelo ativo.

Fontes afirmaram que as conversas entre as duas empresas avançaram nas últimas semanas e dependiam de acertos contratuais. Procurada, a Ultrapar, holding do grupo Ultra, não comentou. A Petrobrás não retornou os pedidos de entrevista. A transação está sendo costurada pelo Itaú BBA, que também não se manifestou.

O clima é de incerteza dentro da Liquigás, que teme corte de pessoal com a chegada do novo dono, apurou o Estadão.

O mercado nacional de gás de cozinha está concentrado nas mãos da Ultragaz, maior deste segmento, com 23,11% de participação. A companhia da Petrobrás é a segunda, com 22,61%; seguida da Supergasbras, com 20,42%. A Nacional Gás é quarta maior empresa, e a Copagaz está na quinta posição.

A transação dependerá do aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Fontes afirmaram ao Estadão que o órgão antitruste poderá apontar sobreposições em Estados onde haverá maior concentração, como Bahia (61%), Santa Catarina (51%), Rio Grande do Sul (57%) e São Paulo (57%), conforme dados levantados pela Ecostrat Consultores.

Os riscos de concentração relativos à aquisição já tinham sido apontados pela Associação Brasileira dos Revendedores de GLP (Asmirg-BR), uma vez que, com a incorporação da companhia, o Ultra terá 45% de domínio no País.

O Ultra, contudo, estaria disposto a negociar os ativos com sobreposição de mercado. Na sexta-feira passada, durante teleconferência com analistas, após divulgação de resultados, Thilo Mannhardt, diretor presidente da Ultrapar, disse que, caso o negócio seja fechado, o fiel da balança será o Conselho Administrativo de Defesa Econômica. “É muito óbvio que esse caso vai demandar muita atenção do Cade”, disse.


Gigante nacional.


Com faturamento de R$ 75,7 bilhões em 2015, o grupo Ultra está mais agressivo em aquisições este ano. Em junho, o conglomerado, anunciou a compra da rede de postos de combustíveis Ale, por R$ 2,17 bilhões, reforçando a Ipiranga. Com essa transação, tornou-se o vice-líder em distribuição de combustíveis, atrás da BR Distribuidora, da Petrobrás, que também está à venda.

Fontes afirmam que a Extrafarma (rede de farmácias que o grupo adquiriu em 2013) poderá comprar a bandeira Big Ben, que pertence à empresa de varejo farmacêutico da BR Pharma, do BTG, que atualmente enfrenta dificuldades financeiras. Ambas as empresas têm forte atuação no Estado do Pará.

Ainda na mesma conferência, Mannhardt disse que o plano de expansão da empresa é baseado no crescimento orgânico e também em aquisições. “A compra da Ale e outras aquisições que estão por vir buscam o reforço da estratégia de cada um dos negócios.”

No terceiro trimestre, o Ultra encerrou com receita líquida de R$ 19,45 bilhões, alta de 1% sobre o mesmo período de 2015. O lucro líquido ficou em R$ 376,8 milhões, aumento de 27,3% em relação a julho e setembro de 2015.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Helicóptero e joias: a suposta farra de Cabral com nosso dinheiro


Mesmo antes de ser preso, as acusações contra Cabral se acumulavam


Corrupção passiva, ativa e quadrilha. A chamada taxa de “oxigênio” cobrada, segundo a Polícia Federal (PF), era destinada ao governo do ex-governador Sérgio Cabral. Cabral foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira (17) num desdobramento da Operação Lava Jato.

A operação que prendeu Cabral e alguns de seus principais assessores se deu contra uma “organização criminosa”, conforme classificação da PF, que teria desviado R$ 220 milhões de obras públicas.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Cabral recebeu ao menos R$ 2,7 milhões entre os anos de 2007 e 2011, da empreiteira Andrade Gutierrez, por meio de entregas de dinheiro em espécie, realizadas por executivos da empresa para emissários do então governador.

Antes de ser preso, as acusações contra Cabral se acumulavam:

Obra do Maracanã, a gota d’água

 

Segundo a Polícia Federal, um dos motivos da prisão de Cabral foi a reforma do estádio Maracanã para a Copa do Mundo. Investigado por suspeita de formação de cartel pelas empresas que integraram o consórcio que reformou a arena — Andrade Gutierrez e Odebrecht.

A obra do Maracanã é alvo de investigação sobre pagamentos de propinas para agentes públicos. A obra custou R$ 1,2 bilhão, o dobro do valor previsto.

Em depoimentos feitos entre 2010 e 2011, a construtora Andrade Gutierrez fez pagamentos mensais de R$ 300 mil em dinheiro vivo ao então governador.

“Me dá um oxigênio aí”

 

Segundo O Globo, o ex-secretário estadual de Obras Hudson Braga chamava o suborno exigido das empresas em contratos de grandes obras: “oxigênio”. O apelido foi relevado nas delações premiadas das empreiteiras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia.

O anel de R$ 800 mil

 

Uma foto de Cabral com a esposa, Adriana Ancelmo, na qual ela mostra um anel na mão esquerda tornou-se célebre. Ela acabou sendo exibida por Fernando Cavendish, dono da Delta Construções, à força-tarefa da Lava Jato no Rio e em Brasília para provar a compra de um anel de R$ 800 mil em Mônaco como forma de “troca de favores” entre empreiteira e governador.

A fotografia, segundo O Globo, foi feita no restaurante Luís XV, do chef Alan Ducasse, no Hotel de France, em Mônaco.


O propósito era fazer uma surpresa à mulher, mas o primeiro a se espantar com o presente de Sérgio Cabral para a então primeira-dama, Adriana Ancelmo, foi o empreiteiro Fernando Cavendish, dono da Delta Construções.

Cabral o convidou para bater perna pelas lojas de Mônaco, onde ambos estavam, atrás de uma recordação para a Adriana. Ela aniversariava no dia seguinte, 18 de julho de 2009. Na porta da filial da Van Cleff & Arples, famosa joalheria, na Place du Casino, o governador do Rio pegou o empresário pelo braço e entrou.

Nada olhou, pois o presente já estava reservado: um anel de ouro branco e brilhantes. Só ali, quando tudo já estava decidido, Cavendish descobriu que a conta lhe caberia. Valor: 220 mil euros (cerca de R$ 800 mil).

 

As farras com empreiteiros


Durante uma viagem a Paris em companhia do dono da Delta Engenharia, Fernando Cavendish, e secretários da alta cúpula do governo apareceu em uma foto com o grupo em um restaurante de luxo com guardanapos da cabeça. O encontro aconteceu em 2009. Na foto aparecem os secretários de Saúde, Sérgio Côrtes, da Casa Civil, Wilson Carlos, e outros.

Foram presos nesta quinta Wilson Carlos, seu ex-assessor Wagner Jordão Garcia, e ex-secretário de Obras, Hudson Braga. Todos são suspeitos de lavagem de dinheiro, corrupção e associação criminosa.

Helicóptero para o cão Juquinha


Em matéria da revista Veja publica em julho de 2013, foi relevado o uso do helicóptero oficial do governo – um Agusta AW109 Grand New, que Cabral mandou comprar por R$ 15 milhões em 2011 – para viajar com a mulher, os dois filhos, duas babás e o cachorrinho de estimação, Juquinha, para a mansão da família em Mangaratiba.

O uso particular do meio de transporte comprado com dinheiro público se dava da seguinte forma, de acordo com a revista: sextas-feira a aeronave levava todos, menos Cabral.

O governador seguia para a mansão no sábado. Aos domingos, o “helicóptero da alegria”, como chamavam os pilotos, fazia duas viagens, sendo um o “voo das babás”.

O helicóptero também se tornou o meio de transporte oficial para os dias de trabalho para Cabral. Regularmente, o ex-governador se deslocava 10 km entre seu apartamento e o Palácio Guanabara num voo de três minutos de duração.

*Esta matéria foi originalmente publicada no HuffPost Brasil.

Demanda por petróleo não terá pico antes de 2040,mesmo com acordo de Paris

Demanda por petróleo não terá pico antes de 2040,mesmo com acordo de Paris

A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) prevê que o consumo global de petróleo não deverá atingir um pico antes de 2040, o que mantém inalteradas as perspectivas de longo prazo para oferta e demanda mesmo com a entrada em vigor do Acordo de Paris para conter as mudanças climáticas.

O acordo de Paris para cortar as emissões pretende reduzir a dependência da economia global dos combustíveis fósseis na segunda metade do século em uma tentativa de limitar o aumento da temperatura média global.

Mas enquanto a demanda por petróleo poderá cair no caso de carros de passeio, por exemplo, outros setores podem compensar essa baixa, como os de fretes rodoviários, aviação e petroquímica, disse a IEA em relatório anual sobre as perspectivas do setor.

O cenário base da IEA assume que a demanda irá alcançar 103,5 milhões de barris por dia em 2040, ante 92,5 milhões em 2015, com a Índia como a principal fonte do crescimento e com a China ultrapassando os Estados Unidos como o país com maior consumo de petróleo.

Em geral, o cenário aponta para uma visão da IEA de que a demanda dos países de fora da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deverá crescer ao menor ritmo em mais de 20 anos. Isso, no entanto, deverá ser suficiente para compensar uma contínua queda na demanda dos países da OCDE, que será guiada pelas políticas para aumento da eficiência no uso de combustíveis por veículos.

Em um cenário alternativo que não considera a implementação do Acordo de Paris, a IEA avalia que a demanda por petróleo poderia subir para 117 milhões de bpd em 2040.

Um terceiro cenário, que prevê as políticas do Acordo de Paris e um crescente uso de veículos elétricos e biocombustíveis, aponta para uma pico da demanda global por petróleo em 2020, pouco acima de 93 milhões de bpd. A partir daí haveria uma queda que aceleraria a cada ano, e ao final da década de 2020 a demanda global estaria caindo mais de 1 milhão de bpd por ano (Reuters, 16/11/16)


 http://www.brasilagro.com.br/conteudo/demanda-por-petroleo-nao-tera-pico-antes-de2040mesmo-com-acordo-de-paris.html?utm_source=Newsletter&utm_medium=E-mail-MKT&utm_campaign=E-Mkt_RGB/#.WC3kBCGnyTY

Em recuperação judicial, Renuka vai leiloar usina por R$ 700 milhões


Em recuperação judicial, Renuka vai leiloar usina por R$ 700 milhões

Grupo indiano, que investiu pesado na promessa de expansão do setor e comprou quatro unidades no Brasil, foi abatido pela crise e enfrenta problemas para honrar compromissos há mais de um ano; venda de usina foi acordada com credores.

O grupo sucroalcooleiro Renuka do Brasil, controlado pela companhia indiana Shree Renuka e em recuperação judicial desde outubro do ano passado, vai colocar em leilão sua usina de açúcar e etanol na cidade de Promissão (interior de São Paulo), apurou o ‘Estado’. As ofertas deverão ser apresentadas até 19 de dezembro e preveem lance mínimo de R$ 700 milhões, conforme edital publicado na semana passada.

A decisão de leiloar uma das duas usinas do grupo, aprovada pelos atuais administradores da companhia, foi exigência dos credores, entre eles os bancos Itaú, Bradesco, BNDES, além de fornecedores. O grupo, que está em dificuldades financeiras, acumula dívida de cerca de R$ 2,4 bilhões. Segundo fontes, a expectativa é de que a usina de açúcar e etanol Mandhu, como é conhecida a unidade de Promissão, tenha capacidade de atrair investidores, pois possui também uma unidade do cogeração de energia a partir do bagaço de cana.

Controlada pelo grupo indiano Shree Renuka desde 2009, a Renuka do Brasil não consegue honrar suas dívidas com fornecedores de cana e bancos há mais de um ano. Diante das dificuldades, as conversas para a venda de uma das unidades do grupo ganharam mais força nos últimos seis meses.

Essa operação é considerada uma alienação de Unidade Produtora Isolada (UPI), o que em um processo de recuperação judicial permite que o comprador possa adquirir o ativo sem assumir débitos fiscais e trabalhistas, explicou uma fonte.

A consultoria Galeazzi & Associados é responsável pelo processo de reestruturação do grupo Renuka no País.

Próximos passos. O leilão da unidade Mandhu convocado para 19 de dezembro busca atrair um comprador que faça um lance mínimo de R$ 700 milhões. Caso não atraia um investidor para disposto a desembolsar este total no primeiro leilão, outra oferta deverá ser realizada em um segundo leilão, até 23 de janeiro de 2017.

Se ainda assim o valor mínimo não bater o mínimo esperado, os controladores indianos terão de se desfazer de sua participação acionária na segunda unidade produtora do grupo, a Revati, localizada em Brejo Alegre, também no interior de São Paulo, informaram fontes ao Estado.

A unidade Mandhu é considerada a melhor usina do grupo e tem capacidade para moer 6 milhões de toneladas por ano. A outra unidade tem capacidade de 4 milhões de toneladas.

Onda de investimentos. Estimulada pela expansão do setor sucroalcooleiro no Brasil, a Shree Renuka, que era uma das maiores produtoras de açúcar do mundo no início dos anos 2000, entrou no Brasil com a expectativa de avançar no País, o maior produtor global da commodity.

O grupo indiano tem quatro usinas no Brasil, sendo duas em São Paulo e outras duas no Paraná. 

Todas estão em recuperação judicial. No entanto, há dois processo distintos de recuperação em andamento – um para as unidades de São Paulo e outro para as unidades do Paraná.
 
São processos diferentes porque a Renuka do Brasil tem cerca de 60% de fatia nas unidades de São Paulo. Os 40% restantes estão nas mãos de acionistas da Equipav, grupo que atua em construção e é o fundador das duas usinas paulistas. Já as unidades no Paraná são 100% controladas pelos indianos.
 
Os planos de expansão dos indianos foram frustrados no Brasil com a crise que se abateu sobre o setor sucroalcooleiro. A operação ficou insustentável no ano passado, quando o grupo entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça de São Paulo.
 
Procurados, o grupo Shree Renuka na Índia, Renuka do Brasil e Galeazzi não retornaram os pedidos de entrevista 

(O Estado de S.Paulo, 16/11/16)

Lucidez e audácia na condução dos destinos do país






Na opinião de Joel Malucelli, o Brasil poderá retomar o crescimento

Por Joel Malucelli*
Joel Malucelli, fundador do Grupo JMalucelli


Ao longo dos anos temos assistido, no cenário político nacional, desvios de condutas com ambições sórdidas que acabaram fragmentando nossas esperanças. Como empresário, venho convivendo, por décadas, com crises e promessas de novos governos que nos vendem terrenos férteis, paraísos e portos seguros e nos entregam pântanos, fraudes e estelionatos. Mas sempre acreditamos, pois este é o nosso país.

Vejo, agora, uma grande luz. Em pouco mais de 100 dias de governo do presidente Michel Temer, observo lucidez e audácia na condução dos destinos do Brasil, norteada por um cuidado especial na condução da política econômica. Ele adotou medidas essenciais para reequilibrar as contas públicas e colocar a economia nos trilhos do crescimento, além de medidas para fortalecer os programas sociais. 

Temer tem usado o diálogo como norte de ação ouvindo deputados, senadores, prefeitos, governadores, representantes de sindicatos e de entidades da sociedade civil e de empresários. Com Henrique Meirelles na condução da política econômica, o governo está trazendo o realismo de volta às contas públicas com a proposta de mudança na meta fiscal.

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita os gastos públicos fará com que as despesas de um ano cresçam apenas o equivalente à inflação do ano anterior, o que poderá devolver o equilíbrio fiscal ao país. É uma proposta delicada, que pode desagradar muita gente, mas é necessária e seu resultado ainda haveremos de comemorar. Temer também exigiu que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) devolvesse R$ 100 bilhões em ativos pertencentes ao Tesouro Nacional e suspendeu recursos da instituição para obras no exterior, medidas corajosas para quem inicia um governo. Ressalta-se ainda o corte de 4.307 cargos em comissão que permitirá uma economia de R$ 230 milhões por ano aos cofres públicos e a redução do número de ministérios.

Eu acredito neste governo que está promovendo uma reforma na educação e que colocou como presidente da Petrobras um executivo de respeito como Pedro Parente, que vem conduzindo com equilíbrio a política internacional. Tenho certeza de que esse governo também será iluminado ao fazer as reformas política e previdenciária.

 *Fundador do Grupo JMalucelli.

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Copel prevê maior receita com linhas de transmissão





Estatal poderá embolsar R$ 162 milhões a mais no próximo ano

Da Redação

redacao@amanha.com.br

 Copel prevê maior receita em 2017 com novas linhas de transmissão


A entrada de novos projetos de transmissão deve incrementar a receita da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel). De acordo com os cálculos de Luiz Fernando Vianna, presidente da estatal, o total poderá alcançar R$ 162,6 milhões no próximo ano. Estão previstas as entradas em operação de quatro novas linhas no ano que vem, com 1.385 quilômetros.  

Entre julho e setembro, a entrada de uma linha de 600 quilômetros na qual a Copel tem 49% aumentou a receita da companhia em R$ 48,7 milhões. Até dezembro, deve entrar ainda uma outra linha, na qual a Copel tem 24,5%, elevando o faturamento anual de transmissão em R$ 22,3 milhões. 
Segundo a companhia, os números de consumo do trimestre tem mostrado que a Copel já passou pela sua pior fase, o que gera uma expectativa positiva para o fim do ano.


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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Não é impressão: os últimos anos estão mesmo mais incertos


Estudo mostra que índice de incerteza nos últimos dois anos foi mais alto até do que no auge da crise financeira em 2008 e 2009




São Paulo – Impeachment, golpe na Turquia, Brexit, eleição de Donald Trump: é grande a lista dos eventos que balançaram as economias e mercados só em 2016.

E o mundo está de fato com níveis de incerteza mais altos nos últimos anos, segundo um estudo lançado pelo Escritório Nacional de Pesquisa Econômica dos Estados Unidos.

O autor é Steven Davis, da Faculdade de Administração Booth da Universidade de Chicago. que criou com outros economistas um índice de incerteza mensal de janeiro de 1997 a agosto de 2016.

Estão contemplados 16 países que respondem por dois terços da produção mundial. Seu peso no índice é proporcional ao seu peso econômico.

O nível de incerteza leva em conta a frequência de artigos em jornais locais que falem ao mesmo tempo de economia, incerteza e questões de política pública.

Algumas medidas foram tomadas para corrigir possíveis distorções, como um grupo de controle humano paralelo que minimiza o risco de falsos positivos ou negativos.

O valor mediano do índice entre julho de 2011 e agosto de 2016 é 60% mais alto do que nos 14 anos e meio anteriores, além de ser 22% mais alto do que no auge da crise em 2008 e 2009.

O índice flutua de forma similar em jornais de esquerda e de direita, além de ser consistente com outras medidas de incerteza que usam critérios diferentes.

Isso importa porque “muitas análises teóricas mostram como a incerteza potencialmente afeta o investimento, contratação, consumo, custos de financiamento, preços de ativos, crescimento da produção e outros resultados econômicos”, diz o estudo.

O Brasil é um dos países contemplados pelo índice e citado como um exemplo de grande incerteza nos últimos tempos:

“Uma longa e severa recessão, uma onda extraordinária de investigações de corrupção e o recente impeachment e remoção da presidente se combinaram para virar o cenário político. O novo presidente do Brasil promete retomar o crescimento revertendo várias políticas grandes da sua predecessora. Seu sucesso nessa empreitada é altamente incerto”.

Outros eventos dos últimos anos que coincidem com aumento grande da incerteza captada pelo índice são os ataques do 11 de setembro em 2001, a invasão do Iraque em 2003 e a recente crise imigratória na Europa.