quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Three Gorges consolida aquisições no Brasil, diz diretor


O executivo afirmou que o grupo tem interesse em investir em energia solar e poderá realizar algum negócio nesse segmento no médio prazo




São Paulo – Após fechar uma série de aquisições no Brasil nos últimos três anos, a elétrica chinesa Three Gorges pretende dedicar os próximos meses à consolidação dos ativos comprados, disse à Reuters nesta quarta-feira o diretor financeiro da companhia no país, João Meirelles.

O executivo afirmou, no entanto, que o grupo tem interesse em investir em energia solar e poderá realizar algum negócio nesse segmento no médio prazo.

“Acho que o setor solar no Brasil começa a ficar mais estável a partir do ano que vem”, disse Meirelles, nos bastidores de um evento sobre investimentos chineses em infraestrutura no Brasil.

O executivo comentou também que os ativos no Brasil seguem baratos na visão da Three Gorges, o que eventualmente poderia pressionar a companhia a analisar mais aquisições.

No momento, no entanto, essa não é a prioridade da companhia, que estabeleceu sua operação local em 2013 e em outubro deste ano tornou-se vice-líder do mercado brasileiro de geração após comprar ativos da Duke Energy.

Com o negócio, a capacidade instalada da Three Gorges no Brasil fica atrás apenas das empresas do grupo estatal Eletrobras.

“Acho que a gente precisa agora digerir um pouco o peixe, que ele é grande… tem que dar uma consolidada”, disse Meirelles.

Ao comentar a trajetória da companhia no Brasil, o executivo revelou que o crescimento da elétrica aconteceu em uma velocidade maior que a prevista inicialmente devido às oportunidades oferecidas pelo mercado em um momento de retração da economia brasileira.

“Com o momento político, os ativos começaram a ficar atrativos. Não era intenção da companhia só comprar, era ir entrando em obras, mas foi uma oportunidade”, disse.

O ritmo das aquisições locais acabou por levar a unidade brasileira a se tornar em pouco tempo a maior operação da Three Gorges em energia limpa fora da China.

“A China demonstrou claramente que é um agente investidor de longo prazo”, afirmou o diretor.

Além da Duke Energy, a Three Gorges já havia fechado anteriormente e compra de usinas da Cesp e da Triunfo, além de participações em hidrelétricas e parques eólicos do grupo português EDP no Brasil.
 

Santander inova em cartões, com mistura do Nubank e GuiaBolso


Banco lança dois novos cartões e um aplicativo que traz informações detalhadas da conta, gráficos de consumo e gerenciamento de limite




São Paulo – Com cerca de um milhão de usuários cada, a startup Nubank e o aplicativo GuiaBolso apresentaram ao mercado uma nova realidade de cartões de créditos e finanças pessoais. Nela, as pessoas têm mais controle, fácil acesso e atendimento personalizado.

Dos grandes bancos de varejo, o Santander parece ter sido o primeiro a entender isso, com iniciativas claras – e inovadoras para o setor – de como pretende desbravar esse novo cenário.

O banco anunciou dois novos cartões, o Play, direcionado a jovens, e o 1/2/3, para pessoas que tenham renda mínima de R$ 1.500 mensais e façam muitas transações online.

O primeiro substitui o FIT destinado a universitários “porque os jovens de dez anos não são os mesmos de hoje”, explicou Rodrigo Cury, superintendente executivo de Cartões do Santander.

Com anuidade de R$ 50, o Play deixa universitários com gastos de R$ 50 mensais isentos de tarifa e dá a eles a liberdade de gerirem seus limites, conforme a relação com o banco avança.

Já o 1/2/3 tem uma tarifa de R$ 384 anuais, que cai pela metade se os gastos mensais forem de R$ 1.000 por mês. Os pontos são escalonados conforme os valores das transações, então US$ 1 em compras vale 1 ponto de bônus, US$ 2 viram 2 pontos e assim por diante.

“A ideia das novidades é dar mais opções aos consumidores mais digitais, que buscam escolhas mais convenientes com o modo de vida atual e sejam mais competitivas”, contou Cury.

As mudanças mostram uma quebra de paradigma do banco – e, quem sabe, do próprio mercado: as pessoas não são mais avaliadas por renda, mas sim pela forma como consomem.

O controle de limites é outra inovação, pois torna mais transparente a relação do banco com os clientes. Quanto mais esses compram e pagam em dia, maior credibilidade (e crédito) têm.

“O cliente consegue a própria gratuidade à medida que ele mantém uma relação melhor com o banco”, disse Cury. As novidades chegam ao mercado no dia 28 de novembro.


Caminho próprio


Além dos cartões, o Santander anunciou um aplicativo que chamou de “uma nova maneira de se relacionar com as pessoas e delas se relacionarem com os cartões do banco”.

O Santander Way já está disponível desde ontem gratuitamente para todos os correntistas e não correntistas do banco que usam cartões Santander e tenham um smartphone.

Por meio dele, é possível que os clientes controlem suas contas por tipos de compras feitas, detalhem as transações e confiram os pontos gerados por cada uma. Um gráfico mensal mostra o histórico de consumo para facilitar a gestão de orçamento, que pode incluir outros plásticos, assim como faz o Guia Bolsa.

Decisões como limite de crédito e autorização de uso internacional podem ser resolvidas com um só clique, bem como pedido de segunda fatura, cartão adicional ou aviso de perda e roubo – facilidades feitas até então pelo callcenter.

“As pessoas hoje querem resolver essas questões da maneira mais simples possível”, comentou Cury. 

A estimativa é que os atendimentos pelos canais físicos caiam pela metade a curto prazo com ajuda da novidade.

Até março de 2017, outras funcionalidades serão inseridas. Entre elas, a de de carteira digital para pagamentos por aproximação em lojas físicas e sem a necessidade de fornecer dados pessoas no comércio virtual.

Visualmente a plataforma é bem parecida com a do Nubank, ainda que Cury tenha dito que banco não tenha se espelhado na startup para criar sua solução.

“Sabemos os clientes queriam uma experiência melhor com cartões há tempos”, disse ele.

A plataforma foi desenvolvida por uma equipe multidisciplinar do Santander de maio a novembro, no 4º andar da sede do banco, na capital paulista.

Diferente do clima dos demais andares da torre, ali é comum ver executivos de calça jeans, jogando basquete e discutindo possibilidades de novos produtos e serviços.

“O clima é descontraído como de uma startup e a intenção é realmente essa: pensar como uma ter mais inovação e agilidade de decisões”, contou o executivo.

A rapidez com que o aplicativo foi criado, testado e colocado no ar por essa turma é uma prova de que a estratégia pode dar certo.

Hoje o banco conta com uma carteira de 15 milhões de cartões de crédito – e de 13% de participação do setor no país. A fatia era de 9% dezoito meses atrás.


Os alertas da Fitch para a economia em 2017




Diretor avalia que investimentos privados serão importantes 


Da Redação

redacao@amanha.com.br

 Rafael Guedes, diretor geral da agência no Brasil, avalia que investimentos privados serão importantes para o crescimento


A estabilização da economia brasileira é um cenário possível a partir da nomeação de uma equipe econômica com credibilidade para combater os desequilíbrios fiscais. Esta é a avaliação de Rafael Guedes (foto), diretor geral da Fitch Ratings no Brasil, convidado a palestrar na quinta-feira (17) durante a cerimônia de premiação do tradicional ranking GRANDES & LÍDERES – 500 MAIORES DO SUL, desenvolvido pela Revista AMANHÃ e PwC.

No entanto, Guedes ressalta que ainda há muitos desafios a serem enfrentados pelo Brasil em 2017. 

“Para o retorno do crescimento será necessário aportar recursos em infraestrutura, atrair investimento privados e reduzir endividamento do setor público”, argumenta. Na visão de Guedes, a Operação Lava Jato continuará a produzir incertezas enquanto o desafio político será interromper a antecipação da agenda eleitoral de 2018.

Olhando para os próximos dez anos, o  diretor da Fitch traçou dois cenários para o Brasil. O positivo prevê uma média de crescimento de 1,7%, média de superávit primário de 1,6% do PIB, inflação média anual de 5,8% e taxa de juros nominal efetiva de 11,1%, em média - todos estes números para o período 2016-2025. Já o cenário pessimista estima uma década recessiva - economia encolhendo em média 0,4%, déficit primário de -0,1% do PIB, inflação de 6,8% e taxa de juros nominal efetiva de 13,5%. 

Entre os fatores que podem contribuir para o pior cenário estariam uma possível incapacidade do governo em implementar medidas para conter o aumento da endividamento público ou mesmo uma severa erosão das reservas internacionais, que hoje são um trunfo do Brasil. Já uma melhora na implementação de políticas e progresso nas reformas, que sustentem a confiança, os investimentos e a perspectiva de crescimento, colaborará para o cenário positivo. 

Porém, esse caminho poderá ser árduo – e demorado. Nada menos que 10 de 19 países rebaixados para grau especulativo voltaram a ter grau de investimento após 6 anos, em média. Entre eles estão Croácia, Islândia e Colômbia.


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Fortuna de Warren Buffet aumenta US$ 8,1 bi após vitória de Trump


A análise da "CNBC" revela que a principal fonte de lucro veio da revalorização de seus investimentos no setor bancário




Nova York – O investidor Warren Buffett viu sua fortuna pessoal e a de sua empresa revalorizar-se US$ 8,1 bilhões desde a vitória do magnata Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, no último dia 8.

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O dado é da emissora especializada no mercado financeiro “CNBC”, que a empresa Berkshire Hathaway subiu cerca de US$ 4,3 bilhões, enquanto a fortuna pessoal do chamado “oráculo de Omaha” cresceu cerca de US$ 3,8 bilhões.

A análise da “CNBC” revela que a principal fonte de lucro veio da revalorização de seus investimentos no setor bancário, que cresceram 13,5% desde que o magnata nova-iorquino foi eleito presidente.

As ações da Wells Fargo, uma das principais posições do investidor americano, subiram 14% desde o último dia 9; as da American Express, mais de 6%; e as da US Bancorp, mais de 9%.

Buffett foi um dos multimilionários que durante a última campanha eleitoral apoiou publicamente a candidata democrata, Hillary Clinton, mas após o resultado do pleito disse que o país deveria se manter unido em torno do novo presidente.

Chaim Zaher lança escola de elite e sonha com o Vale do Silício


Depois de vender Estácio, empresário e presidente do Grupo SEB inaugurou a Concept, escola voltada à elite intelectual




São Paulo – Chaim Zaher esteve no centro de uma das maiores aquisições do ano, quando a Kroton comprou a Estácio em julho deste ano . Na época, ele era o maior acionista individual da Estácio e fazia parte do conselho de administração.

Agora, a poeira já se assentou e as duas companhias delimitaram os planos de integração. Mas Zaher, aos 62 anos, está bem longe da aposentadoria.

No final de outubro, o executivo e sua filha Thamila Cefali Zaher deixaram o conselho de administração da Estácio para se dedicar a outro projeto. A Concept, uma escola alternativa, desenvolvida de olho na elite brasileira.

O investimento em pesquisa, imóvel e construção da escola foi de cerca de R$ 150 milhões e partiu do próprio grupo, afirma Zaher.

As aulas começam no primeiro semestre de 2017 em Salvador, Bahia e Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, mesma cidade onde o Grupo SEB iniciou suas atividades, há quase 50 anos.

Em 2017, o objetivo é abrir mais duas unidades em São Paulo e no Rio de Janeiro. Para 2018, o plano é ainda mais ambicioso: chegar ao Vale do Silício, nos Estados Unidos.

“A ideia é construir um centro de aprendizado e troca”, afirmou Zaher. A base norte-americana servirá para que os alunos tenham contato com grandes companhias de tecnologia, startups e mentores.


Métodos lúdicos


A inspiração não veio apenas dos Estados Unidos. Os executivos visitaram oito países, como Suíça, Finlândia e Cingapura, para buscar novas ideias e conceitos para a nova escola.

A Concept tem uma parceria com a Fun Academy, uma instituição da universidade da Finlândia que desenvolve métodos lúdicos de educação. Dois professores finlandeses virão ao Brasil para passar conhecimentos e conceitos sobre o método.

Para Zaher, a ideia é que a escola Concept seja referência para todo o grupo SEB – e para o mercado de educação no Brasil.

A Concept é um terceiro modelo dentro do grupo SEB, que tem escolas de entrada e voltadas ao vestibular, como Dom Bosco e COC, e colégios premium, menores, bilíngues e voltadas para a troca de experiências, como o Pueri Domus.

Para incentivar o protagonismo dos alunos, cada unidade terá um laboratório chamado Espaço Maker, com ferramentas, impressora 3D e outros apetrechos para que cada um possa desenvolver projetos pessoais.

Os professores também passam por um processo rigoroso de seleção e treinamento. Eles trabalham em período integral, mas, ao invés de passar 40 horas dando aula, 10 horas por semana são dedicadas a treinamentos, preparação de aula e dicas sobre gestão. Além disso, falar inglês é essencial.


Veja nas fotos o espaço da Concept em Ribeirão Preto.
Escola Concept do Grupo SEB de Chaim Zaher
(Divulgação)
Escola Concept do Grupo SEB de Chaim Zaher
(Divulgação)
Escola Concept do Grupo SEB de Chaim Zaher
(Divulgação)
Escola Concept do Grupo SEB de Chaim Zaher
(Divulgação)
Escola Concept do Grupo SEB de Chaim Zaher
(Divulgação)
Escola Concept do Grupo SEB de Chaim Zaher
Escola Concept do Grupo SEB de Chaim Zaher
Escola Concept do Grupo SEB de Chaim Zaher.
Escola Concept do Grupo SEB de Chaim Zaher.
(Divulgação)

8 cursos online (e gratuitos) que todo advogado deveria fazer


Do direito contratual à psicologia do crime, aprenda sobre 8 áreas do mundo jurídico em aulas disponíveis gratuitamente na internet


São Paulo — Bons advogados sabem que nunca podem parar de estudar. Mas conhecimento de qualidade não está apenas nos livros ou em aulas presenciais: a internet também está repleta de material didático de alto nível.

Plataformas de ensino à distância como o Coursera e o edX, por exemplo, oferecem cursos online ministrados por professores de grandes universidades como Harvard e Yale. E o melhor: é tudo gratuito. O usuário só paga, de forma geral, se quiser a emissão de um certificado.

A seguir, você conhecerá 7 pacotes de aula feitos especialmente para advogados. O “cardápio” pedagógico inclui direito penal e contratual, psicologia na área criminal, aspectos regulatórios da internet e direitos humanos.

Confira o conteúdo de cada curso e o link para as inscrições. As aulas são ministradas em inglês, à exceção do último caso, em que se fala espanhol:

BRF e Minerva são um prato só no cardápio de Abilio Diniz



Abilio Diniz está debruçado sobre mais uma grande operação de M&A: a fusão entre a BRF e a Minerva Foods. A ligação societária já existente entre as duas companhias é um combustível para os planos de Diniz. A BRF detém uma participação relevante na concorrente: 12% do capital votante.

O empresário conta ainda com outro importante trunfo: o apoio do Saudi Agriculture and Livestock Investment (Salic), gestora de recursos da família real saudita que administra mais de US$ 180 bilhões em ativos. Em dezembro do ano passado, o Salic desembolsou cerca de R$ 740 milhões para ficar com 19,95% das ações ordinárias da Minerva. Ou seja: juntos, Diniz e o fundo árabe somam quase 32% das ONs, mais do que qualquer outro investidor isoladamente.

Significa dizer que a família Vilela de Queiroz, fundadora da empresa e maior acionista individual por meio da holding VDQ, está imprensada entre o rochedo e o mar. Procuradas, BRF e Minerva não quiseram se manifestar. A fusão entre BRF e Minerva Foods daria origem a uma companhia integrada da cadeia de proteínas, com presença na produção de carne bovina, suína e no setor de laticínios.

Tomando-se como base os resultados do ano passado, a nova empresa nasceria com um faturamento superior a R$ 40 bilhões, um Ebitda combinado da ordem de R$ 6,7 bilhões e fábricas em mais de duas dezenas de países. Os dois grupos carregam ainda uma dívida líquida somada de aproximadamente R$ 15 bilhões – R$ 11,5 bilhões referentes à BRF.

Curiosamente, ainda que a empresa de Abílio Diniz tenha um nível de alavancagem mais confortável, é a Minerva que apresenta uma curva de endividamento descendente. Nos últimos 12 meses, sua relação dívida líquida/Ebitda caiu de preocupantes 4,8 vezes para 3,2. No caso da BRF, tal proporção subiu de 1,4 para 2,3 no mesmo intervalo, por conta das seguidas aquisições feitas pela companhia no período

 (Relatório Reservado, 22/11/16)

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