quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Câmara recua e adia votação de pacote anticorrupção

A expectativa é de que o plenário apresente um texto alternativo ao pacote






Sâo Paulo – A Câmara dos Deputados recuou e não irá mais votar nesta quinta-feira o pacote das 10 medidas contra a corrupção, proposto pelo Ministério Público Federal.

O objetivo de parte dos deputados era derrubar o relatório do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e apresentar um novo texto propondo a anistia para quem pratica o crime de caixa dois eleitoral. Esta é a segunda vez no ano em que a Câmara fracassa na tentativa de anistiar a prática.

A votação, em medida de urgência, tinha sido tomada no início da tarde de hoje por 312 votos a favor, 65 contrários e duas abstenções. Os deputados já tinham decidido que a votação seria secreta.

Na madrugada desta quinta-feira (24), o relatório do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) foi aprovado por unanimidade em comissão especial. Diante da polêmica inclusão da anistia do caixa dois no texto, o projeto dificilmente passará intacto pelo plenário da Casa.

Antes de encerrar a sessão, Maia destacou que o plenário tem independência para votar todas as matérias.

“O texto ainda gera muitas dúvidas. Não precisamos de afogadilho. Tem muita coisa boa e, certamente, tem coisas que podem ser modificadas. Na terça-feira, retomaremos esse debate, respeitando a decisão da sociedade”, afirmou o presidente da Câmara.

Em nota, o juiz Sergio Moro afirma que “toda anistia é questionável pois estimula o desprezo à lei e gera desconfiança”. Segundo ele, tal decisão pode impactar a Lava Jato e a integridade do Estado de Direito.







Câmara deve votar pacote contra a corrupção hoje; assista

A expectativa é de que o plenário apresente um texto alternativo ao pacote






Sâo Paulo – A Câmara dos Deputados deve votar ainda nesta quinta-feira o pacote das 10 medidas contra a corrupção, proposto pelo Ministério Público Federal. A votação, em medida de urgência, foi tomada no início da tarde de hoje por 312 votos a favor, 65 contrários e duas abstenções.

A expectativa é de que o relatório do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) seja rejeitado e que o plenário apresente um novo projeto propondo a anistia para quem pratica o crime de caixa dois eleitoral. Se aprovado, o texto seguirá para o Senado. O presidente da Casa, Renan Calheiros, já declarou que não se opõe à eventual decisão.

No início da tarde, o PSOL apresentou um requerimento para que todas as votações sejam nominais. O pedido foi rejeitado e a votação será secreta.


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Dana anuncia compra de parte do grupo italiano Brevini




Empresa, que tem unidade fabril na região Sul, avaliou o negócio em cerca de R$ 1 bilhão

Da Redação

redacao@amanha.com.br
Dana anuncia compra de parte do grupo italiano Brevini


A Dana, que tem unidade fabril em Gravataí (RS), anunciou a aquisição de negócios de transmissão de força e fluidos do grupo italiano Brevini  Nos termos do acordo, a Dana planeja adquirir inicialmente participação de 80% nos negócios, com opção de compra dos 20% restantes até 2020. A Dana avaliou em € 325 milhões (cerca de R$ 1,1 bilhão) a totalidade dos negócios da Brevini, incluindo cerca de € 100 milhões em dívida líquida. O negócio foi fechado cerca de 40 dias depois da Dana ter adquirido os ativos da SIFCO no Brasil (leia mais detalhes aqui). 

A transação será paga à vista, com a dívida existente da Brevini a ser refinanciada no futuro. Sujeita às aprovações regulamentares habituais, a aquisição deve ser concluída no início de 2017. A aquisição da Brevini alinha-se com a estratégia empresarial da Dana, que inclui alavancar os conhecimentos-chave, fortalecer o foco no cliente, expandir os mercados globais, comercializar novas tecnologias e acelerar as iniciativas de hibridização e a eletrificação.

"A Brevini é uma empresa forte e bem administrada que compartilha o compromisso da Dana de servir os clientes com tecnologias avançadas que oferecem desempenho e durabilidade excepcionais", declara James Kamsickas, presidente e CEO da Dana, em nota. "Há muito tempo admiramos os produtos excepcionais da Brevini, o seu foco no cliente e sua cultura, que são algumas das razões mais pertinentes para a aquisição – neste momento oportuno no ciclo de negócios da divisão fora-de-estrada", complementa. 

Fundado em 1960, o grupo Brevini emprega aproximadamente 2.300 pessoas. Tem operações de engenharia e fabricação na China, Alemanha e Itália, com uma rede de 30 filiais de vendas – com uma unidade no Brasil, em Limeira (SP) – e 9 centros de serviços em todo o mundo. Os negócios a serem adquiridos registaram vendas de € 388 milhões (R$ 1,4 bilhão) no ano passado. 


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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Indústrias de suco de laranja pagarão R$301 mi por cartel


O dinheiro será recolhido para o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD), segundo o Cade


São Paulo – O Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) celebrou acordo com diversas indústrias de suco de laranja, que admitiram formação de cartel no mercado nacional de aquisição da fruta, prevendo um pagamento conjunto de 301 milhões de reais, valor mais alto já pago no âmbito de acordos junto ao órgão, segundo comunicado da instituição nesta quarta-feira.

O acordo, capítulo importante de uma longa e tumultuada história envolvendo citricultores e a indústria do Brasil, o maior exportador global de suco de laranja, foi visto com reservas por uma associação de produtores da fruta.

Cutrale, Citrovita, Coinbra (Louis Dreyfus Company), Fischer, Cargill, Bascitrus e a extinta associação do setor, Abecitrus, além de nove pessoas físicas, assinaram os acordos, colocando fim a uma investigação iniciada em 1999, a mais antiga em curso no órgão antitruste.

O dinheiro será recolhido para o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD), segundo o Cade.

“As partes admitiram participação na conduta investigada, se comprometeram a cessar a prática e colaboraram com o órgão antitruste na elucidação dos fatos, em linha com a atual política de acordos da autoridade antitruste”, afirmou a nota.

Ao longo de mais de 16 anos de tramitação, a investigação do Cade foi alvo de diversos questionamentos na Justiça, sendo a mais recente em 2015, quando o processo foi suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça. Com a assinatura dos acordos, as empresas aceitaram desistir das ações judiciais.

“A contribuição pecuniária foi desproporcional ao prejuízo causado pelo cartel aos produtores, de forma geral”, disse o presidente da Associação Brasileira de Citricultores (Associtrus), Flávio Viegas, que representa produtores independentes. Segundo ele, os detalhes do acordo no Cade ainda serão analisados pela entidade.

Após um movimento de consolidação, a indústria exportadora de laranja no Brasil é composta atualmente por três grandes companhias: Cutrale, Citrosuco (que realizou fusão com a Citrovita) e 
Louis Dreyfus. O grupo é representado desde 2009 pela associação CitrusBR, quando ela foi criada.

A norte-americana Cargill, também envolvida no processo, vendeu suas operações de suco de laranja no Brasil para a Cutrale e a Citrosuco, em negócio anunciado em 2004.

“Esses assuntos (jurídicos antigos) não fazem parte da pauta da associação… Mas a gente sempre acredita na pacificação (das relações entre indústrias e fornecedores)”, disse o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto.

Eletrobras busca parceiros para retomar obras de Angra 3


O presidente interino afirmou que vai à China em dezembro negociar possíveis parcerias




São Paulo – A Eletrobras busca parceiros internacionais, incluindo na China, para retomar obras da usina nuclear Angra 3, disse nesta quarta-feira o presidente interino da Eletronuclear, Bruno Barretto, durante evento sobre investimentos chineses em infraestrutura no Brasil.

Barreto afirmou que vai à China em dezembro negociar possíveis parcerias para Angra 3 com estatais CNCC e SNPTC e bancos de fomento chineses.

Three Gorges consolida aquisições no Brasil, diz diretor


O executivo afirmou que o grupo tem interesse em investir em energia solar e poderá realizar algum negócio nesse segmento no médio prazo




São Paulo – Após fechar uma série de aquisições no Brasil nos últimos três anos, a elétrica chinesa Three Gorges pretende dedicar os próximos meses à consolidação dos ativos comprados, disse à Reuters nesta quarta-feira o diretor financeiro da companhia no país, João Meirelles.

O executivo afirmou, no entanto, que o grupo tem interesse em investir em energia solar e poderá realizar algum negócio nesse segmento no médio prazo.

“Acho que o setor solar no Brasil começa a ficar mais estável a partir do ano que vem”, disse Meirelles, nos bastidores de um evento sobre investimentos chineses em infraestrutura no Brasil.

O executivo comentou também que os ativos no Brasil seguem baratos na visão da Three Gorges, o que eventualmente poderia pressionar a companhia a analisar mais aquisições.

No momento, no entanto, essa não é a prioridade da companhia, que estabeleceu sua operação local em 2013 e em outubro deste ano tornou-se vice-líder do mercado brasileiro de geração após comprar ativos da Duke Energy.

Com o negócio, a capacidade instalada da Three Gorges no Brasil fica atrás apenas das empresas do grupo estatal Eletrobras.

“Acho que a gente precisa agora digerir um pouco o peixe, que ele é grande… tem que dar uma consolidada”, disse Meirelles.

Ao comentar a trajetória da companhia no Brasil, o executivo revelou que o crescimento da elétrica aconteceu em uma velocidade maior que a prevista inicialmente devido às oportunidades oferecidas pelo mercado em um momento de retração da economia brasileira.

“Com o momento político, os ativos começaram a ficar atrativos. Não era intenção da companhia só comprar, era ir entrando em obras, mas foi uma oportunidade”, disse.

O ritmo das aquisições locais acabou por levar a unidade brasileira a se tornar em pouco tempo a maior operação da Three Gorges em energia limpa fora da China.

“A China demonstrou claramente que é um agente investidor de longo prazo”, afirmou o diretor.

Além da Duke Energy, a Three Gorges já havia fechado anteriormente e compra de usinas da Cesp e da Triunfo, além de participações em hidrelétricas e parques eólicos do grupo português EDP no Brasil.
 

Santander inova em cartões, com mistura do Nubank e GuiaBolso


Banco lança dois novos cartões e um aplicativo que traz informações detalhadas da conta, gráficos de consumo e gerenciamento de limite




São Paulo – Com cerca de um milhão de usuários cada, a startup Nubank e o aplicativo GuiaBolso apresentaram ao mercado uma nova realidade de cartões de créditos e finanças pessoais. Nela, as pessoas têm mais controle, fácil acesso e atendimento personalizado.

Dos grandes bancos de varejo, o Santander parece ter sido o primeiro a entender isso, com iniciativas claras – e inovadoras para o setor – de como pretende desbravar esse novo cenário.

O banco anunciou dois novos cartões, o Play, direcionado a jovens, e o 1/2/3, para pessoas que tenham renda mínima de R$ 1.500 mensais e façam muitas transações online.

O primeiro substitui o FIT destinado a universitários “porque os jovens de dez anos não são os mesmos de hoje”, explicou Rodrigo Cury, superintendente executivo de Cartões do Santander.

Com anuidade de R$ 50, o Play deixa universitários com gastos de R$ 50 mensais isentos de tarifa e dá a eles a liberdade de gerirem seus limites, conforme a relação com o banco avança.

Já o 1/2/3 tem uma tarifa de R$ 384 anuais, que cai pela metade se os gastos mensais forem de R$ 1.000 por mês. Os pontos são escalonados conforme os valores das transações, então US$ 1 em compras vale 1 ponto de bônus, US$ 2 viram 2 pontos e assim por diante.

“A ideia das novidades é dar mais opções aos consumidores mais digitais, que buscam escolhas mais convenientes com o modo de vida atual e sejam mais competitivas”, contou Cury.

As mudanças mostram uma quebra de paradigma do banco – e, quem sabe, do próprio mercado: as pessoas não são mais avaliadas por renda, mas sim pela forma como consomem.

O controle de limites é outra inovação, pois torna mais transparente a relação do banco com os clientes. Quanto mais esses compram e pagam em dia, maior credibilidade (e crédito) têm.

“O cliente consegue a própria gratuidade à medida que ele mantém uma relação melhor com o banco”, disse Cury. As novidades chegam ao mercado no dia 28 de novembro.


Caminho próprio


Além dos cartões, o Santander anunciou um aplicativo que chamou de “uma nova maneira de se relacionar com as pessoas e delas se relacionarem com os cartões do banco”.

O Santander Way já está disponível desde ontem gratuitamente para todos os correntistas e não correntistas do banco que usam cartões Santander e tenham um smartphone.

Por meio dele, é possível que os clientes controlem suas contas por tipos de compras feitas, detalhem as transações e confiram os pontos gerados por cada uma. Um gráfico mensal mostra o histórico de consumo para facilitar a gestão de orçamento, que pode incluir outros plásticos, assim como faz o Guia Bolsa.

Decisões como limite de crédito e autorização de uso internacional podem ser resolvidas com um só clique, bem como pedido de segunda fatura, cartão adicional ou aviso de perda e roubo – facilidades feitas até então pelo callcenter.

“As pessoas hoje querem resolver essas questões da maneira mais simples possível”, comentou Cury. 

A estimativa é que os atendimentos pelos canais físicos caiam pela metade a curto prazo com ajuda da novidade.

Até março de 2017, outras funcionalidades serão inseridas. Entre elas, a de de carteira digital para pagamentos por aproximação em lojas físicas e sem a necessidade de fornecer dados pessoas no comércio virtual.

Visualmente a plataforma é bem parecida com a do Nubank, ainda que Cury tenha dito que banco não tenha se espelhado na startup para criar sua solução.

“Sabemos os clientes queriam uma experiência melhor com cartões há tempos”, disse ele.

A plataforma foi desenvolvida por uma equipe multidisciplinar do Santander de maio a novembro, no 4º andar da sede do banco, na capital paulista.

Diferente do clima dos demais andares da torre, ali é comum ver executivos de calça jeans, jogando basquete e discutindo possibilidades de novos produtos e serviços.

“O clima é descontraído como de uma startup e a intenção é realmente essa: pensar como uma ter mais inovação e agilidade de decisões”, contou o executivo.

A rapidez com que o aplicativo foi criado, testado e colocado no ar por essa turma é uma prova de que a estratégia pode dar certo.

Hoje o banco conta com uma carteira de 15 milhões de cartões de crédito – e de 13% de participação do setor no país. A fatia era de 9% dezoito meses atrás.