segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

18 números para entender a compra da SalomãoZoppi pela Dasa


Maior rede de laboratórios do Brasil fechou acordo para adquirir 100% da rival

 


São Paulo – A Dasa (Diagnósticos da América), maior rede de laboratórios de diagnósticos do país, fechou acordo para comprar 100% da rival SalomãoZoppi.

O negócio é avaliado em 600 milhões de reais e ainda depende de sinal verde do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Até a aprovação, as companhias seguem com operações separadas.

O pagamento será feito em dinheiro e também em ações da Dasa, negociadas na BM&FBovespa, mas os detalhes não foram divulgados.

Após a conclusão, os diretores do SalomãoZoppi devem continuar em seus cargos. A empresa, que tem capital fechado, se tornará subsidiária da compradora.

A Dasa, no mercado desde os anos 1960, cresceu com uma série de aquisições a partir de 1999, quando recebeu investimento de fundos e ganhou o nome que tem hoje.

Ela atua em praticamente todo o país, com exceção da região Norte, e é dona de 25 marcas, entre elas Delboni Auriemo, Lavoisier, Alta Excelência Diagnóstica, Bronstei e Lâmina.

Já a SalomãoZoppi, especializada em saúde da mulher e exames de alta complexidade, foi fundada há mais de três décadas, mas começou a se expandir organicamente a partir de 2003.

Até 2014, tinha 7 unidades. Ao final de 2016, já eram 11 laboratórios e outras duas inaugurações estavam nos planos.

Abaixo, veja alguns números que ajudam a entender a transação:

 
R$ 600 milhões 
é quanto a DASA pretende pagar pela SalomãoZoppi

A Dasa

550
são os laboratórios da DASA
18 milhões
é a quantidade média de exames que a rede realiza por mês
17.000
é o número aproximado de funcionários
3.000
exames diferentes são feitos pela empresa
13
são os núcleos centrais (onde os exames são processados)
2,5 bilhões
é quanto a rede faturou nos 9 primeiros meses de 2016 (últimos dados disponíveis)
86 milhões
foi o lucro líquido do período
202,6 milhões
foram investidos de janeiro a setembro de 2016
533 milhões
era a dívida líquida da empresa em setembro de 2016

A SalomãoZoppi

11
são os laboratórios SalomãoZoppi
80.000
é a quantidade média de exames que a rede realiza por mês
1.600
são os funcionários da rede
300
são médicos na equipe
80%
dos pacientes da rede eram mulheres em 2015
R$ 94 milhões
foi o faturamento do 1º tri de 2016 (último dado disponível)
R$ 275 milhões
foi a receita em 2015
R$ 60 milhões
foram investidos em expansão em 2016

Justiça decreta sigilo sobre investigações de morte de Teori


A aeronave caiu no mar, a 2 quilômetros da Ilha Rasa, em Paraty, na última quinta-feira (19), matando o relator da Operação Lava Jato

 


O juiz da 1ª Vara Federal de Angra dos Reis, Raffaele Felice Pinto, decretou hoje (23) o sigilo das investigações sobre a queda do avião King Air C 90, que transportava o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki e outras quatro pessoas.

A aeronave caiu no mar, a 2 quilômetros da Ilha Rasa, em Paraty, na última quinta-feira (19), matando todos os ocupantes. A partir de amanhã (24), o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal começam a ouvir testemunhas do acidente.

Gravador de voz


A Aeronáutica informou hoje que o gravador de voz do avião sofreu danos ao chocar-se com o mar, mas que o equipamento possui duas partes e que o aparelho é altamente protegido.

Em nota, a Aeronáutica informou que o gravador de voz chegou na manhã de sábado (21) a Brasília para ser analisado em um laboratório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

O gravador, comumente conhecido como caixa-preta, sofreu danos devido ao contato com a água do mar. A partir deste momento, diz a nota, serão seguidos os seguintes passos: secagem do equipamento, verificação da integridade dos dados, processo de degravação e transcrição das conversas.

O tempo de duração de todo o processo depende das condições do equipamento. “É importante esclarecer que o cockpit voice recorder (CVR) possui duas partes. A primeira é o gravador em si, que armazena os dados. Essa parte é altamente protegida.

A segunda é a chamada “base”, que contém cabos e circuitos que fazem a ligação com o armazenamento de dados. É essa segunda parte que está molhada e precisa ser recuperada”.

Peru retira concessão de gasoduto da Odebrecht


O consórcio tinha até hoje como prazo para anunciar como faria para obter um empréstimo de 4 bi de dólares para poder continuar com a operação





O Peru resolveu retirar a concessão de um gasoduto avaliado em 7 bilhões de dólares, que havia sido entregue a um consórcio liderado pela Odebrecht, informou nesta segunda-feira o ministro de Minas e Energia, Gonzalo Tamayo.

O consórcio encarregado pela obra, com participação da empreiteira brasileira, tinha até esta segunda-feira como prazo para anunciar como faria para obter um empréstimo de 4 bilhões de dólares para poder continuar com a operação, situação que se complicou depois que a construtura admitiu ter pago subornos em troca de licitações no Brasil e em vários países da América Latina.

“O projeto não sai com os atuais sócios. Não conseguiram demonstrar que têm financiamento. Este financiamento tinha que ser obtido da comunidade financeira internacional (…) Não foram capazes de levar adiante um projeto porque o sistema financeiro não acredita neles”, disse o ministro Tamayo à rádio RPP.

O contrato contemplava a devolução da concessão caso não fosse demonstrada capacidade de financiamento, e habilita o governo peruano a executar uma garantia de 262,5 milhões de dólares.

Trata-se da maior carta-fiança já executada no Peru, segundo Tamayo.

 

Sem capacidade financeira


A finalização adiantada de um contrato assinado 2014 e que se estendia por mais de 30 anos, será comunicada oficialmente na terça-feira, de acordo com o ministro.

O consórcio integrado pela Odebrecht, pela espanhola Enagas e pela local Graña y Montero, já havia adiantado que a perda do contrato era iminente.

“Nós, acionistas e trabalhadores do projeto Gasoduto Sul Peruano, fizemos tudo o possível para que ele pudesse continuar, porque consideramos que é um projeto fundamental para a segurança energética do país”, disse a concessionária em um recente comunicado.

Para minimizar os danos, a Odebrecht – com 55% da participação -, deixou a liderança gerencial para Enagas e depois tentou vender a sua parte no consórcio, mas a operação não foi aprovada pelo governo.

A obra do gasoduto, que já estava relativamente suspensa, segundo o ministro, está adiantada em mais de 30% de avanço.

Até que a obra volte a ser licitada, o Peru contará com uma frota de caminhões para o transporte do gás.

Avaliação de danos


O ministro Tamayo admitiu que rescindir o contrato da companhia vai gerar custos econômicos ao Estado e impactos nos dados do emprego no sul do país.

“Mas não por isso vamos deixar de tomar uma decisão que protege os interesses do Estado. Essa situação não é causada pelo governo, mas por pessoas que não foram capazes de executar um projeto porque o sistema financeiro não acredita nelas”, acrescentou Tamayo.

Por enquanto, o governo eliminará uma tarifa sobre as contas de luz dos usuários que permitia pagar pelo serviço antecipadamente.

Como plano temporário para o abastecimento de gás até que a obra volte a ser licitada – em cerca de dois anos -, o Peru usará uma frota de caminhões para o transporte do recurso.

“Achamos que as consequências dessa organização que fez da corrupção seu modus operandi serão enormes. A corrupção custa ao cidadão uma enorme quantidade de dinheiro. No setor político, se perde a credibilidade e no setor privado, tende-se ao âmbito de dúvidas”, disse o presidente da Confederação de Instituições Empresariais Privadas do Peru (Confiep), Martín Pérez.

Dólar cai pelo 3º pregão seguido e termina em R$3,16


Foi o menor nível de fechamento desde os 3,1674 reais de 8 de novembro e, em três sessões, o dólar recuou 1,56%




São Paulo – O dólar fechou a segunda-feira em queda ante o real pelo terceiro pregão seguido, no menor patamar em mais de dois meses, sintonizado com o comportamento da moeda no mercado externo, após o discurso protecionista do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na semana passada.

O dólar recuou 0,43 por cento, a 3,1688 reais na venda, após ceder 0,55 por cento no pregão passado. Foi o menor nível de fechamento desde os 3,1674 reais de 8 de novembro. Em três sessões, o dólar recuou 1,56 por cento.

Na mínima da sessão, a moeda norte-americana marcou 3,1544 reais, o menor valor intradia desde 12 de janeiro. O dólar futuro cedia cerca de 0,10 por cento.

“Em tom de cautela, os mercados iniciaram a primeira semana do governo Donald Trump com o pé no freio, refletindo as preocupações com a anunciada gestão protecionista a ser implementada por Trump”, informou a corretora Correparti em relatório a clientes.

Trump assumiu o poder como o 45º presidente dos Estados Unidos na sexta-feira e prometeu acabar com o que chamou de “carnificina americana” de problemas sociais e econômicos em um discurso inaugural que foi um clamor populista e nacionalista. Também reforçou o tom protecionista, mas sem entrar em grandes detalhes.

Durante a tarde, Trump assinou um decreto que retira formalmente os Estados Unidos do acordo comercial Parceria Transpacífico com 12 nações.

Enquanto analisavam as novidades do governo Trump, muitos investidores vendidos aproveitaram os preços atrativos, com o dólar perto de 3,15 reais, e fizeram compras pontuais, o que levou o dólar a pontualmente zerar a queda ante o real durante a tarde.

“Nesse preço (do dólar), enxergo que muitos importadores podem fazer seus pagamentos”, destacou mais cedo o sócio da corretora Omnix Vanderley Muniz.

No exterior, o dólar marcou a mínima em um mês e meio ante uma cesta de moedas nesta sessão, influenciado ainda pelo discurso de Trump. Também cedia frente a outras divisas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.

Internamente, contribuiu para o viés de baixa do dólar a continuidade dos leilões do Banco Central de swap cambial tradicional –equivalentes à venda futura de dólares.

O Banco Central vendeu nesta segunda-feira o lote integral de 15 mil contratos para rolagem dos vencimentos de fevereiro.

Com este leilão, o BC já vendeu o equivalente a 3,450 bilhões de dólares para rolar o total de 6,431 bilhões de dólares que vencem em fevereiro.

“O swap reforçou o viés externo de baixa da moeda”, comentou um operador de câmbio de uma corretora local.