sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

GM fechará 600 vagas no Canadá e mudará produção para o México


Uma geração menor e mais nova do Equinox continuará a ser produzida na fábrica canadense, que atualmente tem 3.200 trabalhadores

Toronto – A General Motors planeja demitir até 600 trabalhadores em uma fábrica em Ontário onde produz o modelo de utilitário Chevrolet Equinox e mudar a produção de um novo veículo do tipo para o México.

Uma geração menor e mais nova do Equinox continuará a ser produzida na fábrica canadense, que atualmente tem 3.200 trabalhadores. O local também fabrica o GMG Terrain SUV, mas a produção de uma versão redesenhada desse veículo irá para uma fábrica da GM em San Luis Potosí, no México, disse neste mês o comando da GM.

O sindicato dos trabalhadores da fábrica canadense definiu a medida como “um tiro direto contra nós”. A GM confirmou que fechará vagas devido a uma mudança em seus planos gerais de produção.

Presidente do sindicato Unifor, Jerry Dias descreveu as demissões como parte do “lado ruim do Nafta”. 

Segundo Dias, isso deve acontecer muitas outras vezes caso o Nafta não seja renegociado.

A GM está entre as montadoras pressionadas pelo governo de Donald Trump nos EUA para recuar em sua produção no México e gerar mais veículos em território americano. Fonte: Dow Jones Newswires.


México está pronto para “guerra comercial”, diz ex-presidente


O novo presidente americano Donald Trump "recuperou um espírito mexicano muito forte e estamos prontos para a guerra comercial", disse Fox

 






Os Estados Unidos tem 10 milhões de empregos para perder caso decida iniciar uma “guerra comercial” contra o México, mas os mexicanos estão “prontos” para essa possibilidade, disse nesta sexta-feira o ex-presidente Vicente Fox em entrevista a uma rede americana de TV.

O novo presidente americano Donald Trump “recuperou um espírito mexicano muito forte e estamos prontos para a guerra comercial, assim como estamos preparados para não pagar pelo muro” que ele quer construir na fronteira.

Fox disse não acreditar que Trump realmente queira iniciar um conflito comercial com o México, “porque os Estados Unidos têm muito a perder, começando por 10 milhões de empregos. O México é responsável por esses empregos pelo o que importa todo ano dos Estados Unidos”.

O ex-presidente mexicano lembrou que seu país importa anualmente produtos dos Estados Unidos pelo valor de 250.000 milhões de dólares, e há toda uma rede produtiva que depende disso.

“São 10 milhões de empregos que (Trump) prometeu defender”, disse.

Para Fox, a ideia mencionada na véspera de um tarifa de 20% às importações mexicanas para pagar pelo muro “não faz sentido”, porque na verdade “quem pagará serão os consumidores americanos”.

A decisão do presidente Enrique Peña Nieto de cancelar uma agendada visita a Washington foi “sábia”, disse Fox.

“Acho que agora o senhor Trump se deu conta que não pode brincar com o México. Como nós dissemos, somos pequenininhos, mas atrevidos. Não importa a quantidade de dinheiro [para pagar pelo muro]. É uma questão de soberania, é um assunto altamente emocional no México”, afirmou.

Para Fox, Trump enfrentou neste episódio “sua primeira derrota. Mas ele não digere derrotas, seu ego não o permite”.

O ex-presidente decidiu que Peña Nieto poderá se beneficiar de toda a escalada de tensões. “Só sei que quando o presidente (Lázaro) Cárdenas nacionalizou o petróleo (em 1938), tirando-a de corporações americanas abusivas, se transformou no mais popular presidente do México”, afirmou.

Fox se tornou um dos maiores críticos à construção do muro proposto por Trump. Em uma recente entrevista a um canal de televisão americano em espanhol disse: “Não vamos pagar por esse muro de merda”.

Juízes do STF concluem audiências com 77 delatores da Odebrecht


O caso agora está nas mãos da presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, que deve redistribuir a relatoria dos processos da Lava Jato na semana que vem





São Paulo – Com a audiência de Marcelo Odebrecht realizada na manhã desta sexta-feira, 27, na Justiça Federal em Curitiba, os juízes auxiliares que atuam no gabinete do ministro Teori Zavascki, morto no dia 19 em um acidente aéreo em Paraty (RJ), concluíram a tomada dos depoimentos para confirmar o teor dos acordos dos 77 executivos e ex-funcionários da empreiteira e que devem dobrar o tamanho das investigações da Lava Jato.

O caso agora está nas mãos da presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, que deve redistribuir a relatoria dos processos da Lava Jato na semana que vem.

Após a morte de Teori, ela conversou com outros colegas da Corte e até com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e decidiu no começo da semana retomar o cronograma dos depoimentos da Odebrecht que havia sido estabelecido por Teori.

O antigo relator do caso no STF e seus juízes auxiliares dedicaram-se ao assunto nas férias e, com o acidente, o cronograma inicial foi interrompido.

Mesmo com a morte do ministro, os auxiliares que atuam em seu gabinete permanecem trabalhando até que o sucessor de Teori assuma e decida sobre a equipe do gabinete.

O acordo de colaboração fechado com a Procuradoria-Geral da República prevê que apenas Marcelo Odebrecht continue na prisão até o fim deste ano. Ao todo, a pena prevista para Marcelo será de dez anos, sendo os dois primeiros na cadeia.

Ele está preso preventivamente por determinação do juiz Sérgio Moro desde junho de 2015, suspeito de pagar propina em troca de contratos na Petrobras.

Depois desse período, no fim de 2017, passará a ter direito a progressões gradativas: dois anos e meio em regime fechado domiciliar, dois anos e meio no semiaberto e a última parte no regime aberto.


Cade analisa operação entre Banco Votorantim e Odebrecht


A operação envolve a aquisição de quotas no setor de incorporação imobiliária


Brasília – O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) analisa operação entre o Banco Votorantim e Odebrecht Realizações SP02 Empreendimento Imobiliário.

A informação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, dia 27.

A operação envolve a aquisição de quotas no setor de incorporação imobiliária. O processo é de acesso restrito e não foram divulgados os detalhes sobre o negócio.
 
Pela Web

Johnson & Johnson comprará grupo suíço Actelion por US$ 30 bi


O americano oferecerá 280 dólares por ação em dinheiro aos acionistas do grupo suíço




O gigante americano da farmácia e dos produtos de higiene Johnson & Johnson pagará 30 bilhões de dólares (27,6 bilhões de euros) para tomar o controle do laboratório suíço Actelion, a maior empresa biofarmacêutica da Europa, anunciou nesta quinta-feira um comunicado.

O americano oferecerá 280 dólares por ação em dinheiro aos acionistas do grupo suíço, em uma transação que foi aprovada por unanimidade pelos conselhos de administração de ambas as empresas, anunciaram em um comunicado conjunto.

A oferta pública de aquisição começará em meados de fevereiro.

A operação também prevê separar as atividades de pesquisa e desenvolvimento da Actelion para incluí-las em uma nova entidade que se chamará R&D NewCo e será negociada na bolsa suíça.

Esta nova entidade, que está dirigida por Jean-Paul Clozel, fundador da Actelion, também englobará as atividades relacionadas aos medicamentos ainda no início da investigação clínica.

A Johnson and Johnson terá inicialmente uma participação de 16% nesta nova entidade e disporá de uma opção para aumentar seu capital e adquirir 16% adicionais.

A Johnson and Johnson prevê que esta transação leve imediatamente a uma alta de seu lucro líquido por ação e aumente o crescimento de suas receitas em ao menos 1% anual no longo prazo.

Canadense CPP amplia equipe para elevar investimentos no Brasil


Intenção deriva do plano da CPP de alinhar sua carteira à fatia de cada região no PIB global

 





São Paulo – A CPPIB, gestora que aplica globalmente recursos do Canada Pension Plan (CPP), está ampliando o time de profissionais no Brasil com foco principal em investimentos em empresas no país, disse um executivo à Reuters.

“Estamos desenvolvendo uma equipe para investimento em empresas”, disse o chefe para América Latina da CPP Investment Board (CPPIB), Rodolfo Spielmann, no escritório em São Paulo, onde a equipe ganhará mais dois profissionais.

Segundo o executivo, o plano de elevar investimentos no país e em outros quatro países da América Latina (Peru, México, Chile e Colômbia) deriva do plano da CPP de alinhar sua carteira à fatia de cada região no PIB global.

Com investimentos totais de 300 bilhões de dólares canadenses (cerca de 230 bilhões de dólares), o CPP tem ao redor de 3 por cento desse montante aplicado em ativos da América Latina, que representa cerca de 7 por cento do PIB global.

Por esse cálculo, a instituição teria espaço para, pelo menos, mais do que dobrar seus investimentos nominais na região, dada a tendência de expansão do portfólio nos próximo anos.

“Não é necessariamente uma meta, mas podemos chegar lá”, disse Spielmann.

Os planos são parte de um movimento iniciado em 1997 na esteira de uma reforma previdenciária no Canadá, que resultou na criação do CCP, maior fundo do país e que abriga cerca de 19 milhões de cotistas.

Como parte da estratégia para atingir a meta atuarial -rentabilidade mínima necessária para um fundo de pensão conseguir pagar os benefícios de todos os cotistas – de 4 por cento ao ano acima da inflação, a CPPIB foi constituída para prospectar investimentos fora do Canadá.

No Brasil, onde abriu escritório em 2014, a instituição distribuiu a maior parte dos seus cerca de 9 bilhões de dólares canadenses em ativos latinoamericanos de infraestrutura e do setor imobiliário.

Antes disso, já vinha investindo na administradora de shopping centers Aliansce, da qual é hoje a maior investidora individual, com uma fatia de 38,2 por cento e na qual tem duas cadeiras no conselho de administração.

No ano passado, a CPPIB foi citada como parte de um consórcio que concorreu à compra da Nova Transportadora do Sudeste (NTS), posta à venda pela Petrobras, em disputa que foi vencida pelo grupo também canadense Brookfield.

No começo da semana, a Cyrela Commercial Properties anunciou acordo para transferir para a CPPIB um terço do portfólio em escritórios comerciais em troca de uma fatia do grupo canadense em galpões logísticos, além de formarem joint ventures para investimentos em escritórios comerciais no valor de até 400 milhões de dólares.

Um dos focos agora é direcionar os novos investimentos para esse modelo: comprar participação minoritária de empresas, inclusive listadas, especialmente dos setores de consumo, indústria, educação e saúde, disse Spielmann.

“Não queremos ter o controle mas adquirir uma participação relevante que nos permita ter uma cadeira no conselho”, disse.

Segundo o executivo, os preços dos ativos no país, depreciados com a combinação de dois anos de recessão, desvalorização cambial e escândalos de corrupção, não mudaram os planos da CPPIB de ampliar investimentos no país.

“Os grandes problemas do Brasil estão sendo resolvidos na raiz”, disse Spielmann. “Para nós, o rigor para decisão de investimento não muda.”


UBS está mais otimista após um 2016 difícil


"Começamos a observar uma melhor confiança dos investidores, principalmente nos Estados Unidos", disse o banco

 




Zurique – O UBS, maior gestor de fortunas do mundo, mostrou-se nesta sexta-feira mais otimista em relação a 2017, devido ao aumento das taxas de juros dos EUA, depois de ter registrado queda de 47 por cento no lucro líquido no ano passado.

Com a divisão de gestão de fortuna lutando em meio a taxas de juros em recordes de baixa e a preferência de clientes bilionários e milionários por manter recursos em caixa, o lucro líquido do UBS em 2016 caiu para 3,3 bilhões de francos suíços (3,3 bilhões de dólares), ante 6,2 bilhões de francos suíços em 2015.

“Apesar da incerteza macroeconômica, tensões geopolíticas e a divisão política continuarem a afetar o sentimento dos clientes e os volumes de transações, começamos a observar uma melhor confiança dos investidores, principalmente nos Estados Unidos, o que pode beneficiar nossos negócios de gestão de fortunas”, afirmou o maior banco da Suíça em comunicado.

O lucro de 2015 tinha sido impulsionado por um benefício fiscal substancial, mas o lucro operacional de 2016, antes de impostos, ainda ficou 24 por cento menor.

No quarto trimestre, o lucro líquido atingiu 738 milhões de francos, bem acima da estimativa mediana de 339 milhões de francos uma pesquisa da Reuters com 15 analistas, em parte devido a provisões para litígios abaixo do esperado.

O lucro líquido trimestral tinha sido de 949 milhões de francos um ano antes, quando os números tiveram impacto de um benefício fiscal líquido de 715 milhões de francos.

Mas o banco disse que pagará um dividendo ordinário inalterado de 0,60 franco para 2016, em linha com as previsões do mercado.

No ano passado, o UBS também pagou dividendo especial de 0,25 franco por ação, em função de uma maior reavaliação dos ativos fiscais diferidos.

O UBS afirmou ter registrado saídas líquidas no trimestre nas divisões de Wealth Management e Wealth Management Americas, de 4,1 bilhões de francos e 1,3 bilhão de dólares, respectivamente.

O banco obteve 100 milhões de francos de economia do quarto trimestre, com cortes de custos líquidos totais de 1,6 bilhão de francos desde 2013.

A meta é atingir cortes líquidos de 2,1 bilhões de francos até o fim de 2017.
(US$1= 1,0011 franco suíço)