O caso agora está nas mãos da presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, que deve redistribuir a relatoria dos processos da Lava Jato na semana que vem
São Paulo – Com a audiência de Marcelo Odebrecht
realizada na manhã desta sexta-feira, 27, na Justiça Federal em
Curitiba, os juízes auxiliares que atuam no gabinete do ministro Teori
Zavascki, morto no dia 19 em um acidente aéreo em Paraty (RJ),
concluíram a tomada dos depoimentos para confirmar o teor dos acordos
dos 77 executivos e ex-funcionários da empreiteira e que devem dobrar o
tamanho das investigações da Lava Jato.
O caso agora está nas mãos da presidente do Supremo, ministra
Cármen Lúcia, que deve redistribuir a relatoria dos processos da Lava
Jato na semana que vem.
Após a morte de Teori, ela conversou com outros colegas da Corte e
até com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e decidiu no
começo da semana retomar o cronograma dos depoimentos da Odebrecht que
havia sido estabelecido por Teori.
O antigo relator do caso no STF e seus juízes auxiliares dedicaram-se
ao assunto nas férias e, com o acidente, o cronograma inicial foi
interrompido.
Mesmo com a morte do ministro, os auxiliares que atuam em seu
gabinete permanecem trabalhando até que o sucessor de Teori assuma e
decida sobre a equipe do gabinete.
O acordo de colaboração fechado com a Procuradoria-Geral da República
prevê que apenas Marcelo Odebrecht continue na prisão até o fim deste
ano. Ao todo, a pena prevista para Marcelo será de dez anos, sendo os
dois primeiros na cadeia.
Ele está preso preventivamente por determinação do juiz Sérgio Moro
desde junho de 2015, suspeito de pagar propina em troca de contratos na
Petrobras.
Depois desse período, no fim de 2017, passará a ter direito a
progressões gradativas: dois anos e meio em regime fechado domiciliar,
dois anos e meio no semiaberto e a última parte no regime aberto.
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