Na semana passada, a empresa assinou contrato para fornecer transformadores para o segundo linhão de transmissão da hidrelétrica de Belo Monte
Rio de Janeiro – A companhia suíça de engenharia ABB
acredita na retomada da economia brasileira e planeja investimentos no
país, especialmente no setor de energia elétrica, e busca novos
contratos, afirmou à Reuters o presidente da empresa para o Brasil,
Rafael Paniagua.
Na semana passada, a suíça assinou contrato de 75 milhões de
dólares para fornecer transformadores conversores para o segundo linhão
de transmissão da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e já está de
olho nos próximos leilões que deverão oferecer concessões para
construção de novas linhas de transmissão.
“Quando olhamos para o Brasil, nos próximos 12, 18 e 24
meses, nós somos otimistas, nós acreditamos principalmente na área de
infraestrutura”, afirmou Paniagua, explicando que a empresa tem cinco
fábricas de equipamentos no Brasil.
O executivo está otimista em relação aos futuros leilões de
linhas de transmissão, devido ao bom resultado da última licitação, que
atraiu grande competição após o governo elevar as taxas de retorno.
“O leilão de 2016 fez muito sucesso e tem que ser executado
em 2017 e 2018; e nós estamos bem posicionados com nossos parceiros de
negócios”, frisou.
O executivo também vislumbra oportunidades nas áreas de mineração, petróleo e gás, portos, rodovias e ferrovias.
A empresa desenvolve tecnologia em produtos para
eletrificação, robótica e automação industrial, servindo clientes
industriais, concessionárias, transporte e infraestrutura.
Mineração e Petróleo
A ABB foi a segunda maior fornecedora de equipamentos do
maior projeto de minério da Vale, a mina S11D, em Canaã dos Carajás
(PA), que entrou em operação comercial na semana passada, atrás apenas
da Thyssenkrupp.
Paniagua acredita que as inovações aplicadas no projeto,
cujo valor do contrato anunciado em 2012 era de 140 milhões de dólares,
sejam uma vitrine para que novos contratos no setor de mineração sejam
atraídos.
“Hoje no Brasil, por enquanto, não existe um projeto
comparado com essa dimensão. Mas somos otimistas que possivelmente em
2017 possa existir alguma ativação de projetos que estão em estudos para
que possamos participar”, afirmou.
Sobre o setor de óleo e gás, o presidente da ABB destacou
que o incentivo do atual governo para a atração de outras petroleiras
multinacionais ao país, com aumento da competitividade, deverá estimular
novos negócios.
Segundo ele, grandes projetos, como a área de Libra, no
pré-sal da Bacia de Santos, devem atrair grandes investimentos a partir
deste ano e do próximo.
“Temos conteúdo local, ao mesmo tempo temos plantas em 120
países do mundo então podemos atender bem tanto a Petrobras quanto novos
players que estão chegando ao setor de óleo e gás no Brasil, todos eles
são grandes clientes da ABB em nível mundial”, afirmou.
O executivo afirmou que permanece investindo no país em
ritmo semelhante ao ocorrido entre 2010 e 2015, quando foram aportados
cerca de 200 milhões de reais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário