Ata do Copom considera positivo o
avanço das reformas fiscais
Por Agência Brasil
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central (BC) apontou a inflação mais favorável que o esperado e a demora na
retomada da atividade econômica como motivos para a decisão de reduzir em 0,75
ponto percentual a Selic, taxa básica de juros da economia, atualmente em 13%
ao ano. O anúncio da nova Selic ocorreu após reunião na terça-feira (10) e
quarta-feira (11) passadas.
Na ata sobre o encontro, divulgada nesta
terça-feira (17), o Copom informa que cogitou uma redução menor da taxa básica
de juros, para 13,25% ao ano, com sinalização de intensidade maior de queda
para a próxima reunião. No entanto, optou pela redução mais intensa agora,
acreditando que “essa decisão contribuiria desde já para o processo de
estabilização e posterior retomada da atividade econômica”.
Na semana passada, o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação medida pelo Índice de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou 2016 em 6,29%. O patamar está abaixo
do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é 4,5%
com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Na sequência do anúncio da inflação, o Copom
surpreendeu ao fazer um corte maior na Selic do que o projetado pelo mercado,
que esperava redução de 0,5 ponto percentual. Após essa redução, o mais recente
boletim Focus – pesquisa com instituições financeiras divulgada semanalmente
pelo BC – já estima que a taxa básica de juros encerrará 2017 em um dígito, no
patamar de 9,75% ao ano.
Reformas fiscais
Na ata, os membros do Copom consideram positivo o avanço na aprovação de reformas fiscais até o momento, citando a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que limita os gastos à inflação do ano anterior pelos próximos 20 anos. No entanto, o Comitê ressalta que o processo da aprovação das reformas necessárias “é longo e envolve incertezas”.
O colegiado defendeu a importância da aprovação de
outras reformas no âmbito fiscal, além de investimentos em infraestrutura
visando aumento de produtividade, ganhos de eficiência, maior flexibilidade da
economia e melhoria do ambiente de negócios. A ata da reunião destaca que “as evidências
apontam um nível de atividade [econômica] aquém do que se esperava”.
Segundo os membros do Copom, a continuidade do ciclo de redução da Selic e
possíveis revisões no ritmo de flexibilização da taxa “continuarão dependendo
das projeções e expectativas de inflação e da evolução dos fatores de risco
mencionados”.
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