Por que o juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio está sendo comparado com Sergio Moro
Basta ouvir alguma comparação com Sergio Moro para um sorriso se abrir no rosto do juiz Marcelo da Costa Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Desde que mandou prender o ex-governador do estado, Sérgio Cabral, em novembro do ano passado, essas comparações se tornaram cada vez mais comuns e as semelhanças entre ambos, pelo menos na visão de investigados e réus, realmente existe. Bretas, que atua na vara especializada em lavagem de dinheiro e crimes financeiros, no Rio de Janeiro, acabou se tornando o responsável pelo desdobramento da Operação Lava-Jato no estado, mais especificamente na investigação do “Eletrolão”, um inquérito análogo à operação curitibana, mas que investiga desvios na Eletrobras e na Eletronuclear.
Ainda em 2015, quando surgiu a possibilidade de Bretas ser o
responsável por casos de corrupção da Lava-Jato que ocorreram no Rio e
não fossem diretamente relacionados à Petrobras, uma empreiteira
investigada pediu um perfil do juiz para seus advogados. A conclusão
apresentada, adiantada pelo jornalista Anselmo Gois, do jornal O Globo,
foi a de que o juiz carioca “é tão honrado e preparado como Sérgio
Moro, só que, ao contrário do curitibano, não é um ativista político”.
Nas sentenças, Bretas mostra correspondências com Moro.
Assim como o paranaense, é um admirador da maneira como a justiça
americana opera. Meses antes de se tornar responsável pelo atual
processo, passou quatro meses nos Estados Unidos estudando como as
coisas funcionam por lá. Repete que, lá, a Justiça é mais respeitada e
efetiva, mas é otimista, dizendo que o Brasil está no caminho. A
animação, em boa parte, ressurgiu depois do julgamento do Mensalão e de
que a Lava-Jato passou a trazer resultados mais efetivos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário