Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais poderiam abater quase metade da dívida com instituições financeiras caso privatizassem suas principais estatais. Essa foi a constatação de um estudo feito pela Fitch Ratings. A agência de classificação de risco fez o levantamento a partir do valor patrimonial de nove estatais revela que, em dezembro de 2015, essas companhias estaduais valiam R$ 34 bilhões. Os débitos financeiros (excluindo compromissos com a União) dos governos totalizavam, na mesma época, aproximadamente R$ 70 bilhões. O patrimônio líquido é apenas uma das maneiras possíveis de avaliação, pois a maioria delas não tem capital aberto.
Pelo critério de valor de mercado, com base na cotação das ações em bolsa, por exemplo, as  mineiras Cemig e Copasa valiam R$ 16,8 bilhões na sexta-feira (27). Entre as seis estatais gaúchas, o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) é o que valeira mais. O  valor em bolsa estava em torno de R$ 6 bilhões na sexta-feira passada. No Rio de Janeiro, o único ativo considerado pela Fitch foi a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), que ao fim de 2015 somava patrimônio de R$ 5,6 bilhões. A empresa valeria em torno de R$ 7 bilhões, enquanto só as dívidas do Estado com o Banco do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) totalizavam R$ 18,4 bilhões.