Secretário da Cultura disse que a 23 de Maio ficou "muito cinza" e que ela pode receber Festival do Grafite por causa do "ruído" causado pela remoção
São Paulo – O secretário municipal de Cultura, André
Sturm, disse na segunda-feira, 23, que a Avenida 23 de Maio pode voltar a
ficar colorida ainda no primeiro semestre deste ano.
A Prefeitura estuda para a via um Festival do Grafite, com artistas selecionados e materiais fornecidos pela gestão.
Na segunda-feira, 23, já com muitos muros pintados de cinza, a
avenida amanheceu com um trecho salpicado de tintas coloridas, sob o
Viaduto Tutoia, na região do Paraíso.
Sobre o cinza que encobriu a Avenida 23 de Maio, Sturm afirmou que a
Prefeitura terminará de remover, nos próximos dias, todos os murais que
não estiverem em bom estado de conservação. Somente oito serão mantidos –
questionado, o secretário não disse quais.
O titular da Cultura afirmou apenas que a gestão Doria pintou de cinza todos os grafites que estavam pichados por cima do desenho, com cores esmaecidas e danificados pela poluição.
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O secretário negou que a Prefeitura tenha usado o critério de que “uma imagem era artisticamente menor do que a outra”.
“A arte urbana tem como pressuposto ser efêmera, em qualquer lugar do
mundo. A pessoa, quando faz grafite, sabe que aquilo pode apagar, pode
ser manchado. Aquilo não vai ficar lá para sempre. Grafites não têm essa
natureza”, disse.
Segundo Sturm, a via é uma das possibilidades para receber o evento
“em função do ruído” causado pela remoção dos grafites e das pichações,
intensificada nos últimos dias.
“Ficou muito cinza e há uma vontade de fazer”, afirmou Sturm. Desde
2015, era um museu a céu aberto, com mais de 70 murais. A limpeza dos
muros é uma ação do programa Cidade Linda.
Até o fim deste mês, a Prefeitura vai escolher uma via da cidade para
a realização do festival de grafite.
Outras ruas também estão sendo
analisadas. Na sequência, serão abertas inscrições para artistas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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