Em sua campanha eleitoral, o empresário republicano já havia feito críticas ao acordo e dito que pretendia abandoná-lo
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Trump: a decisão de Trump de enterrar o
acordo de Obama em sua primeira semana mostra que está sério em relação a
mudar a política comercial americana (Kevin Lamarque/Reuters)
Washington – O presidente dos EUA, Donald Trump, retirou formalmente seu país da Parceria Transpacífico, um acordo comercial entre 12 nações negociado pelo presidente Barack Obama.
Em sua campanha eleitoral, o empresário republicano já havia feito críticas ao acordo e dito que pretendia abandoná-lo.
O acordo, conhecido pela sigla TPP em inglês, é voltado a eliminar a
maioria das tarifas e outras barreiras comerciais entre EUA, Japão,
Canadá, México, Austrália, Vietnã, Malásia, Peru, Chile, Brunei,
Cingapura e Nova Zelândia.
A China não faz parte da iniciativa.
O memorando que anunciou a decisão de Trump foi em grande medida
simbólico, já que os líderes no Congresso e o governo Obama haviam
sinalizado em novembro que não haveria votação em breve sobre o TPP.
Ainda assim, a decisão de Trump de enterrar o acordo de Obama em sua
primeira semana mostra que está sério em relação a mudar a política
comercial americana, após décadas em geral de liberalização,
privilegiando um estilo de mais confrontação com a China e outros
parceiros comerciais, com potenciais grandes tarifas para países que não
se mostrarem dispostos a fazer concessões.
“Nós temos falado sobre isso há um longo tempo”, afirmou Trump ao firmar o memorando.
Obama havia esperado que o TPP e suas regras comerciais pressionassem
Pequim a reduzir vantagens dadas a suas empresas estatais, respeitar
mais a propriedade intelectual e mesmo reduzir tarifas para além dos
níveis exigidos quando o país entrou na Organização Mundial de Comércio,
há 15 anos.
Já Trump e seus assessores veem com ressalvas os blocos comerciais
multilaterais e preferem outros métodos, como a ameaça de tarifas e a
busca por acordos bilaterais.
Fonte: Dow Jones Newswires.
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