De acordo com dados da safra
2015/2016, cultivo da folha rendeu R$ 5,2 bilhões aos produtores da região
Da Redação
redacao@amanha.com.br
Com mais de 98% da produção concentrada no Sul, o
tabaco é em muitos municípios a mola propulsora do desenvolvimento. É o caso de
Canguçu, no Rio Grande do Sul, que na última safra ocupou a liderança do
ranking de maiores produtores de tabaco, seguido de São Lourenço do Sul e
Venâncio Aires – que por muitos anos foi considerado o maior produtor de tabaco
do Brasil de acordo com dados da Associação dos Fumicultores do Brasil
(Afubra).
Atualmente, a cultura está presente em 574 dos
1.191 municípios da região, envolvendo mais de 144 mil famílias. De acordo com
dados da safra 2015/2016, os 293 mil hectares plantados renderam 539 mil
toneladas produzidas e R$ 5,2 bilhões aos produtores. Para o presidente do
Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, o
fumo é uma cultura fundamental nos aspectos sociais e econômicos. "O
tabaco continua sendo referência de qualidade de vida e de renda para a
agricultura familiar e a qualidade do produto segue sendo reconhecida pelos
importadores", avalia.
O Rio Grande do Sul possui sete dos 10 maiores
produtores de tabaco do Brasil: Canguçu, São Lourenço do Sul, Venâncio Aires,
Santa Cruz do Sul, Candelária, Camaquã e Vale do Sol. Juntos, esses municípios
respondem por 16% do total produzido no Sul, com 87.164 toneladas. Ao todo, 236
municípios gaúchos plantam tabaco e o Estado responde por mais da metade da
produção brasileira.
Santa Catarina aparece no ranking com as cidades de
Canoinhas (4ª) e Itaiópolis (6ª). Mais de 70% dos municípios catarinenses produzem
tabaco. Além de Canoinha e Itaiópolis, Santa Terezinha, Irineópolis, Bela Vista
do Toldo, Mafra, Papanduva, Vidal Ramos, Ituporanga e Içara estão entre os
maiores produtores na última safra. Rio Azul, no Paraná, ficou na 10ª posição.
Outros 130 municípios paranaenses cultivaram tabaco na última safra, com
destaque também para São João do Triunfo, Prudentópolis, Ipiranga, Irati,
Imbituva, Palmeira, Guamiranga, Piên e Ivaí.
Cerca de 90% da produção é exportada para 90
países, colocando o Brasil na primeira posição do ranking mundial de exportação
desde 1993 e gerando uma intensa movimentação logística, bem como milhares de
empregos diretos e indiretos. Bélgica, China e Estados Unidos estão entre os
principais destinos do produto.
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