sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Ele vendia geladinho e hoje fatura R$ 20 milhões com açaí


Jefferson Domingos precisava pagar uma dívida monstruosa na pequena cidade de Cambuí, em Minas Gerais. Para isso, fundou a rede de franquias Açaí Villa Roxa

 






São Paulo – Cambuí é uma cidade no interior de Minas Gerais, daquelas onde a vizinhança se conhece. Não era difícil para o mineirinho Jefferson Domingos, aos seis anos, vender geladinhos feitos de suco em pó na arquibancada do futebol aos domingos.

Desde cedo, ele via a mãe fazer bichos de espuma para vender e o pai bater de porta em porta nas lojas da cidade para comercializar autopeças, trazidas de São Paulo. Aprendeu logo a ganhar dinheiro e a não contar com a sorte.

Na adolescência, vendia flores em frente ao cemitério e chegou a ganhar quatro mil reais por mês com os shows de uma banda que montou com os amigos. A história do fundador da rede de franquias Açaí Villa Roxa  parece linear demais até aqui, mas antes de se tornar um empreendedor de sucesso, Domingos viu sua reputação virar pó.

 

Da dívida ao negócio


Naquela mesma cidade da sua infância onde todos conheciam a vida dos outros, Domingos começou a organizar grandes festas e shows. Resultado? Contraiu dívidas que somavam 268 mil reais.

“Imagina um cara em uma cidade minúscula, que de sábado para segunda passou a dever milhares para um monte de gente. Eu era xingado na rua e chorei muito nessa época”, conta.

Domingos, então, prometeu a todos que pagaria as dívidas em dois anos. Lutador de jiu-jitsu, era consumidor de açaí, que o pai trazia de São Paulo, e resolveu vender o alimento inusitado na cidade, em 2008. “Hoje em dia açaí é um produto da moda, atrelado à alimentação saudável, mas naquela época era uma novidade”, relata.

Domingos montou uma loja escondida no fundo de um prédio, em um ponto comercial muito ruim cedido por um amigo. Sua estratégia era guardar 50% do lucro, e os outros 50% ele usaria para pagar as dívidas.

No primeiro mês, ganhou 100 reais com o negócio e devolveu 50 reais para o maior credor, a quem devia 13 mil reais, e assim cumpriu o combinado. “Eu acordava às 6h e trabalhava até às 2h da madrugada. Eu mesmo batia todo o açaí  para vender”, conta.

Em dois anos, Domingos pagou toda a dívida, abriu cinco lojas e comprou uma fábrica no Pará, para produzir o próprio açaí em grande escala, reduzir custos e garantir o abastecimento de suas franquias.

 

Alimentação saudável


Hoje, a rede Açaí Villa Roxa fatura 20 milhões de reais por ano, tem 31 franquias e duas fábricas, no Amapá e na pequena Cambuí, em Minas Gerais, onde Domingos começou lá atrás com os geladinhos.

Além de açaí com acompanhamentos, a franquia vende sanduíches, smoothies, grelhados e outros produtos, com foco em alimentação saudável.

Para entrar nesse mercado, Domingos conta que pesquisou a fundo o que os concorrentes ofereciam e como ele poderia inovar, e investiu muito em divulgação. “A cada cidade que entrávamos, queríamos ser os melhores. Nunca deixávamos o mercado nos engolir.” 


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Senadores dizem que Kátia Abreu quer presidir comissão para pirraçar Serra




Deseja comandar a de Relações Exteriores, cuja comunicação com Itamaraty é frequente 

 

NONATO VIEGAS


A ministra da Agricultura, Kátia Abreu (Foto: Elza Fiúza/ABr)


A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) está em campanha para presidir a Comissão de Relações Exteriores do Senado. Realizou, conforme antecipou EXPRESSO, até um jantar em sua casa na segunda-feira (30) para angariar apoio. 

Diz ter interesse na área, mas seus colegas afirmam que o interesse de Kátia pela comissão é outro: pirraçar o ministro das Relações Exteriores, José Serra. No ano passado, Kátia jogou vinho em Serra, num jantar, após ele ter dito que Kátia era namoradeira.


 http://epoca.globo.com/politica/expresso/noticia/2017/02/senadores-dizem-que-katia-abreu-quer-presidir-comissao-para-pirracar-serra.html

Doria vai “vender” SP nos Emirados Árabes


Doria vai atrás de interessados em seu pacote de privatizações e concessões, que inclui os complexos de Interlagos e do Anhembi

 






São Paulo – O prefeito João Doria (PSDB) já marcou sua primeira viagem internacional. A partir de 12 de fevereiro, o tucano inicia um roteiro de quatro dias pelos Emirados Árabes e Catar.

Serão visitados potenciais investidores em Dubai, Abu Dhabi e Doha. Doria vai atrás de interessados em seu pacote de desestatização, que inclui a privatização dos complexos de Interlagos e do Anhembi e a concessão do Estádio do Pacaembu.

Para evitar custos extras, a Prefeitura afirma que Doria será acompanhado apenas de seu secretário municipal de Relações Internacionais, Júlio Serson.

Os dois viajarão sozinhos, sem assessores – segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, passagens e hospedagens serão custeadas pelos governos dos dois países.

“Vamos fazer contato com os fundos soberanos desses países com a intenção de atrair investimentos, recursos, e ajudar a gerar empregos aqui. A ideia é mostrar o potencial do Anhembi, do Autódromo de Interlagos e de outras propriedades da Prefeitura que podem ser alvo de privatização ou concessão. 

Acreditamos que São Paulo pode ser a alavanca para o Brasil sair da crise”, diz Serson.

Entre as propostas que serão apresentadas durante a viagem está a possibilidade de o Município vender o direito de nome (naming rights) do Pacaembu, por exemplo, ou mesmo de Interlagos, que poderia passar a chamar, por exemplo, Interlagos/Emirates, numa referência à principal companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos.

O destino da primeira viagem de Doria revela uma mudança na política externa de São Paulo. Na gestão passada, de Fernando Haddad (PT), parcerias dentro da América do Sul foram priorizadas.

“Vamos olhar para todos os lados possíveis. Temos de identificar as oportunidades. Se elas estão na América do Sul, ótimo, mas se estão na China é nossa obrigação ir ao outro lado do mundo buscá-las”, afirma o secretário, que já tem outras duas viagens marcadas com o prefeito ainda neste semestre.

A capital da Coreia do Sul, Seul, deve ser visitada em março. No mês seguinte, Doria e Serson desembarcarão nos Estados Unidos, para visitas de negócios em Nova York e Washington.

Até maio, a Prefeitura deve formalizar propostas de captação de recursos a serem levadas ao Banco Mundial e também ao Banco Interamericano de Desenvolvimento.

“A ordem do prefeito é apresentar São Paulo ao mundo. Hoje, a cidade está fechada. Temos de reverter isso”, diz o secretário municipal de Justiça, Anderson Pomini.

Com a renegociação da dívida do Município com a União, assinada ano passado por Haddad, o saldo a pagar passou de R$ 74 bilhões para R$ 29 bilhões, em valores atuais, abrindo a possibilidade de a cidade obter empréstimos.

A situação econômica atual permite a Doria contrair até R$ 23,8 bilhões para custear obras em São Paulo, como projetos de mobilidade e drenagem.

Mas o teto não deve ser aplicado. Estima-se que, para não comprometer novamente a saúde financeira da cidade, o valor não ultrapasse R$ 8 bilhões em quatro anos.

 

Central Park


Em Nova York, Doria não buscará apenas financiamento, mas exemplos de políticas públicas. O prefeito vai conhecer de perto o modelo de gestão do Central Park, comandado por uma organização social. A ideia é conhecer para replicar por aqui, a começar pelo Parque do Ibirapuera.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Compra da Ale pela Ipiranga pode elevar preços, diz Cade


Essa alta nos preços dos combustíveis, acrescentou o órgão, ocorreria em função "do aumento do poder de mercado da Ipiranga




São Paulo – A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) concluiu em parecer divulgado quarta-feira que a compra da distribuidora de combustíveis Ale pela Ipiranga, da Ultrapar, pode resultar em elevação de preços na distribuição e na revenda.

Essa alta nos preços dos combustíveis, acrescentou o órgão, ocorreria em função “do aumento do poder de mercado da Ipiranga e da elevação da possibilidade de atuação coordenada das empresas do setor”, dominado por quatro companhias (BR Distribuidora, da Petrobras; Raízen, da Shell e Cosan; Ipiranga e Ale).

Segundo o parecer da Superintendência, os mercados mais afetados pela operação são os de gasolina, diesel e etanol.

“Por essa razão, a operação foi impugnada para análise do Tribunal do Cade, órgão responsável pela decisão final sobre a aprovação, reprovação ou adoção de eventuais remédios que afastem os problemas identificados”, afirmou o órgão em nota.

O acerto da compra da Ale pela Ipiranga, por 2,17 bilhões de reais, foi anunciado em meados do ano passado.

Procurada, a Ipiranga não se manifestou imediatamente sobre o assunto.

As determinações do tribunal podem ser aplicadas de forma unilateral ou mediante acordo com as partes, acrescentou o comunicado.

O ato de concentração foi notificado em 19 de setembro de 2016, e o prazo legal para a decisão final do Cade é de 240 dias, prorrogáveis por mais 90.
 
 

Reeleito, Maia é alvo de inquérito sigiloso da Lava Jato


O pedido de investigação partiu da Procuradoria-Geral da República (PGR), baseado em mensagens trocadas entre Maia e o empresário Léo Pinheiro, em 2014



Brasília – O presidente reeleito da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é alvo de um inquérito sigiloso no Supremo Tribunal Federal (STF).

O pedido de investigação partiu da Procuradoria-Geral da República (PGR), baseado em mensagens trocadas entre Maia e o empresário Léo Pinheiro, dono da OAS, sobre uma doação de campanha em 2014.

Como não houve doação oficial registrada, a procuradoria suspeitou de caixa dois. O procedimento chegou oculto no STF no meio do ano passado e não é possível saber em que fase está a investigação.

Rodrigo Maia foi citado no suposto anexo da delação do ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho à força-tarefa da Lava Jato, vazado em dezembro.

Melo contou que, em 2013, pediu a Rodrigo Maia que acompanhasse a tramitação de uma medida provisória que dava incentivos a produtores de etanol e interessava a empreiteira.

“Durante a fase final da aprovação da MP 613, o deputado, a quem eu pedi apoio para acompanhar a tramitação, aproveitou a oportunidade e alegou que ainda havia pendências da campanha de prefeito do Rio de Janeiro em 2012. Solicitou-me uma contribuição e decidi contribuir com o valor aproximado de R$ 100 mil, que foi pago no início do mês de outubro de 2013”, afirmou.

Melo também falou que Rodrigo Maia lhe pediu uma doação de R$ 500 mil em 2010. “O deputado me pediu e transmiti a solicitação a Benedicto Júnior. Sei que o pagamento, no valor de R$ 500.000,00, foi atendido sob a condução de João Borba”, disse o delator.

Rodrigo Maia, quando o conteúdo da delação foi vazado, afirmou que todas as doações recebidas foram legais e declaradas ao TSE e disse que nunca recebeu vantagem indevida para voltar qualquer matéria na Casa.

Ele também foi alvo de uma condenação eleitoral, pois era presidente do Diretório Nacional do DEM em 2010, quando as contas do partido foram rejeitadas.

O partido foi condenado a restituir R$ 4,9 milhões aos cofres públicos e teve suspensos repasses de cotas do fundo partidário por três meses, mas o parlamentar não sofreu punição.
 
 

13 empresas impactadas pelas políticas de Donald Trump


Políticas protecionistas e impostos sobre a importação de bens vindos do México abalaram montadoras

 




São Paulo – Donald Trump está há menos de duas semanas no comando da Casa branca, mas já levantou grandes debates, manifestações e críticas.

Políticas protecionistas e impostos sobre a importação de bens vindos do México abalaram montadoras. A Ford chegou a cancelar seus planos de abrir uma fábrica no país.

Já o decreto que restringe a entrada de pessoas vindas de sete países de maioria muçulmana fez com que empresas, principalmente de tecnologia, se manifestassem e criassem ações de apoio aos imigrantes.

O novo presidente dos Estados Unidos se comunica bastante através do Twitter e, às vezes, apenas 140 caracteres já são suficientes para derrubar as ações de uma companhia.

Para o presidente do grupo Fiat Chrysler (FCA), Sergio Marchionne, essa forma de estabelecer políticas e influenciar nas decisões das empresas é algo novo. “É um novo território para todos nós. É uma nova forma de comunicação e acho que vamos ter que aprender a responder”, disse.

Confira nas imagens 13 empresas que foram impactadas pelas políticas de Donald Trump.

Dona do Veja quer comprar a dona do Sustagen por US$ 16,7 bilhões


A Reckitt Benckiser divulgou que está em conversas avançadas para adquirir a Mead Johnson Nutrition

 






São Paulo – A Reckitt Benckiser, fabricante dos materiais de limpeza Veja e Vanish, além dos preservativos Durex e das pastilhas Strepsils, divulgou nesta quinta-feira (2) que está em conversas avançadas para comprar a Mead Johnson Nutrition, fabricante do suplemento alimentar Sustagen.

O valor total da aquisição seria de cerca de 16,7 bilhões de dólares (algo em torno de 52,6 bilhões de reais).

Cada ação da Mead Johson seria comprada por 90 dólares, pagos em dinheiro, um prêmio de cerca de 30% sobre valor de cotação dos papéis antes de a operação ser divulgada.

A negociação está em fase de due dilligence (investigação de informações) e discussão de contrato, segundo a Reckitt.

A compra deve ser financiada com uma combinação de dinheiro em caixa e dívida.

A companhia alerta, porém, que não há garantias de que o acordo seja de fato fechado.

A britânica Reckitt Benckiser tem diversas marcas de produtos de limpeza, higiene e medicamentos no portfólio. Nos 9 primeiros meses de 2016 (últimos dados disponíveis), ela teve uma receita líquida de 7,13 bilhões de libras, um aumento de 9% na comparação anual.

Os itens de higiene pessoal compõem a maior parte das vendas (42%). O setor de alimentos, que ganhará reforço se a compra da Mead Johnson for concretizada, responde por 4% do faturamento líquido.

Ela tem 37.000 funcionários no mundo.

Já a americana Mead Johnson vende mais de 70 produtos, entre suplementos e alimentos para dietas especiais, principalmente para crianças.

Em 2016, sua receita líquida chegou a 3,7 bilhões de dólares, crescimento de 8% frente ao ano anterior.