quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Cana: Banco Pine corta previsão de safra 2017/18 no Centro-Sul em 10 mi/t



 O Banco Pine cortou nesta quarta-feira sua projeção para a safra 2017/18 de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil em 10 milhões de toneladas, de 585 milhões de toneladas estimadas em novembro para 575 milhões de toneladas agora. Caso se confirme, o volume do próximo ciclo, que se inicia oficialmente em abril, será quase 5% menor se comparado ao de 603,8 milhões de toneladas considerado para a temporada vigente, a 2016/17.

Em relatório, o analista da instituição, Lucas Brunetti, diz que nova projeção leva em conta a idade avançada dos canaviais, que acarreta menor produtividade. Pelos cálculos do banco, a média de idade das plantações passará de 3,4 anos em 2016/17 para 3,6 anos em 2017/18. Outro fator mencionado foram as baixas temperaturas durante a primavera no ano passado, em especial no "Paraná e em partes de Mato Grosso do Sul e de São Paulo".

Segundo Brunetti, o clima mais frio retardou o desenvolvimento das plantações. Já em relação ao clima global, "as previsões das agências indicam que o efeito meteorológico El Niño retornará no segundo semestre deste ano", afirmou o analista. O fenômeno, caso ocorra, provocará mais chuvas no Centro-Sul do Brasil, prejudicando a colheita de cana e, consequentemente, a moagem e fabricação de produtos, explica.

Conforme o Pine, as usinas e destilarias da região produzirão 35,1 milhões de t de açúcar em 2017/18, ligeiramente abaixo dos 35,3 milhões de t de 2016/17. No caso do etanol, a expectativa é de queda de 6,6%, para 23,8 bilhões de litros, dos quais 11,5 bilhões de litros de anidro e 12,3 bilhões de litros de hidratado.

Tal previsão leva em conta um mix de 47,7% da oferta de matéria-prima para açúcar e de 52,3% para etanol, além de uma quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) de 134 kg por tonelada de cana (+0,5%). De acordo com o Pine, também devem ser fabricados 26 milhões de litros de etanol de milho, ante 21 milhões de litros em 2016/17. Apesar dos problemas que podem prejudicar a temporada 2017/18, Brunetti afirma que o principal risco acabou não se concretizando: o La Niña.

"Esse efeito meteorológico, que foi bastante alardeado nos últimos meses, é associado a estiagens no Centro-Sul do Brasil. Isso poderia prejudicar a produtividade agrícola de maneira generalizada. No entanto, o La Niña não chegou a ser sentido, e as chuvas foram muito próximas da média histórica", concluiu

 (Agência Estado, 22/2/17)

Os 31 bilionários brasileiros de 2016, segundo a Forbes


Além de Jorge Paulo Lemann, outros 30 brasileiros também aparecem na lista da Forbes, com fortunas nos setores de bancos, cerveja, construção, mídia e saúde 

 


Natura começa a vender maquiagem para homens e mulheres


No acumulado de 2016, a companhia registrou lucro de R$ 296,7 milhões, valor 42,2% menor em comparação ao ano anterior





São Paulo – Desde que João Paulo Ferreira assumiu o comando da Natura no lugar de Roberto Lima, em outubro, a Natura já sinaliza a revisão de seu mix de produtos e a busca por marcas que atendam consumidores distintos.

Em janeiro, a companhia anunciou o início das vendas da Natura Sou, antes encontrada apenas na rede Raia Drogasil, em outras drogarias, a Panvel e Pacheco e São Paulo.

Hoje, outra novidade: o relançamento da Natura Faces, com o foco em maquiagens para homens e mulheres, “pessoas de espírito livre, ligadas aos movimentos sociais e culturais das grandes cidades”, diz em sua apresentação.

Produtos 2 em 1, combináveis entre si estão no portfólio, com preços sugeridos entre 13,90 reais e 33,90 reais, que serão vendidos pelas revistas, site e nas cinco lojas próprias da marca.

“Muitos homens já usam maquiagem e, com o relançamento de Faces, temos uma linha moderna e descomplicada que conversa com também esse público”, explica Renata Eduardo, diretora de marketing da empresa, em release para a imprensa.

As iniciativas de relançamento de marcas e diversificação de pontos de vendas faz parte da estratégia da companhia em melhorar os números da operação registrados nos últimos anos.


Vendas estagnadas


Ontem, depois do fechamento do mercado, a companhia divulgou os resultados de 2016. No período, a Natura registrou um lucro de 296,7 milhões de reais, valor 42,2% menor em relação ao ano anterior.

Na comparação de vendas entre outubro e dezembro de 2016 com os mesmos três meses de 2015, houve um crescimento de 39%, para 201,8 milhões de reais.

As vendas no ano ficaram quase que estagnadas, cresceram 0,2%, para R$ 7,9 bilhões de reais.

O ebitda no ano, critério que mede a eficiência operacional de um negócio, teve uma queda de 1,6%, comparado a 2015, e ficou em 1,3 bilhão de reais.

No último trimestre, o mesmo indicador apresentou uma melhora de 2%, em relação ao mesmo período do ano anterior, e fechou em 462 milhões de reais.

Reajustes de preços mais modestos fazem parte da estratégia da Natura para recuperar participação de mercado em 2017, afirmaram executivos da fabricante de cosméticos nesta quinta-feira,

Durante teleconferência com analistas sobre o resultado feita ontem, o presidente da empresa afirmou que recuperar as vendas em lares e participação de mercado é prioridade para este ano.

“Se a concorrência escorregar, esperamos estar preparados para aproveitar oportunidades adicionais”, disse ele.

Problemas da PDG não se restringem a obras paradas



No Reclame Aqui, foram registradas quase 2 mil queixas contra a PDG, e nenhuma foi atendida

 





São Paulo – Os consumidores atingidos pela recuperação judicial da PDG vão muito além dos donos dos 8,2 mil apartamentos dos 30 projetos cujas obras não foram concluídas.

Entre os prejudicados estão pessoas que haviam comprado e devolvido imóveis à incorporadora, donos de apartamentos com problemas de infiltração e elétricos e compradores que não conseguem a escritura da propriedade.

No site Reclame Aqui, em que consumidores expõem problemas que tiveram com empresas, 1.937 queixas contra a PDG (que atua sobretudo no segmento residencial) foram registradas no ano passado, e nenhuma delas foi atendida.

O número é inferior ao de 2015, quando houve 2.824 reclamações, mas 89,5% foram respondidas.

Nesta semana, o vendedor Felipe Aparecido dos Santos abriu uma queixa no site por não ter recebido R$ 3,6 mil que a empresa lhe deve.

O valor é referente à parcela de fevereiro de um apartamento que ele devolveu à PDG em julho do ano passado, após comprá-lo em 2012.

Dos R$ 30 mil que Santos pagou de entrada à incorporadora, 78% deveriam ser restituídos em oito prestações. A penúltima parcela, ele não recebeu. “Agora, acho que já era. Eu ligo para a empresa e dizem que não têm prazo para o pagamento.”

A coordenadora comercial Ana Carolina de Gois Bourguignon está morando na casa dos sogros após desistir da compra de um apartamento cujo prazo de entrega estava atrasado.

Entrou na Justiça para receber os R$ 60 mil que deu de entrada, ganhou a causa, mas ainda não recebeu o valor devido.

Segundo o advogado Marcelo Tapai, se a Justiça aceitar o pedido de recuperação da PDG, os clientes não devem receber os valores dos distratos por pelo menos 180 dias, pois a empresa poderá suspender pagamentos.

Dificuldade para conseguir o registro do imóvel é outro problema enfrentado pelos clientes da PDG.

A analista de comércio exterior Juliana Garcia já mora no apartamento adquirido da incorporadora há um ano, mas ainda não conseguiu registrá-lo em seu nome, porque a PDG não pagou o financiamento que havia feito para levantar a obra, conta.

Ela precisa de um documento que comprove que a empresa quitou o empréstimo com o banco para conseguir a transferência de propriedade.

Ainda de acordo com Tapai, esses casos de registro devem ser os mais fáceis de ser resolvidos. “A hipoteca fechada entre o banco e a construtora não interfere no direito do proprietário.”

A falta de caixa da PDG vem impedindo até pequenos reparos, como o conserto de uma infiltração no apartamento da enfermeira Patrícia Basso.

Ela comprou um imóvel com garantia e precisa que seja feita uma impermeabilização no banheiro, mas, desde dezembro, os atendentes da empresa dizem que não há prazo para o reparo ser feito. Procurada, a empresa não comentou o assunto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

ArcelorMittal Brasil e Votorantim fecham acordo de operações

 

Como antecipado por Tiago Lethbridge em Exame.com, a Votorantim passa a ser subsidiária e a deter participação minoritária no capital da ArcelorMittal

 




São Paulo – ArcelorMittal Brasil e Votorantim fecharam um acordo em operações de aços longos que resultará em capacidade anual de produção de 5,6 milhões de toneladas de aço bruto e de 5,4 milhões de toneladas de laminados, informaram as empresas nesta quinta-feira em comunicado.
 
Pelo acordo, a Votorantim Siderurgia passa a ser subsidiária e a deter participação minoritária no capital da ArcelorMittal Brasil, informaram as empresas.
 
O negócio ainda está sujeito a aprovações regulatórias, incluindo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e até conclusão da operação, as empresas seguem atuando de forma independente.


Decisão de Serra foi tomada em encontro na madrugada de 4ª



Serra convocou integrantes do grupo político mais próximo para anunciar que a viagem à Alemanha tinha piorado sua saúde

 



Brasília – Incomodado com as fortes dores na região da coluna, que o acompanhavam desde a realização de uma cirurgia na região, José Serra convocou na madrugada dessa quarta-feira, 22, integrantes do grupo político mais próximo para informar da decisão de deixar o ministério das Relações Exteriores.

Ao chegarem ao apartamento de Serra em Brasília, o ministro de pronto informou aos presentes: “Estou decidido a pedir demissão”.

Nas mãos, o ainda ministro empunhava um laudo médico da cirurgia realizada na coluna no início de fevereiro, que determinava que ele não poderia fazer viagens longas para o exterior, deveria fazer fisioterapia intensiva, por pelo menos quatro meses, e tinha de evitar a qualquer custo trepidações.

A reunião ocorreu cinco dias depois de ele viajar para a Alemanha onde se reuniu com o novo secretário de Estado americano, Rex Tillerson, e representantes de outros países.
A ida à Europa foi “um teste” para Serra verificar se tinha condições de realizar futuras idas ao exterior.

No encontro em seu apartamento, Serra relatou que voltou da Alemanha “pior do que foi” e lembrou que a agenda das próximas semanas já estava comprometida com idas a pelo menos quatro outros países, entre eles a China e o Vietnã.

Diante dos relatos, ele foi orientado a tomar uma decisão de “imediato” em razão da possibilidade de vazamento do laudo médico o que poderia dar origem a constrangimentos e especulações sobre o real estado de saúde do tucano.

Segundo presentes na reunião, em momento algum Serra disse querer sair do ministério em razão de desentendimento com o presidente Michel Temer ou por estar descontente com a função.

Temer escolhe Osmar Serraglio para Ministério da Justiça

 

Conforme EXAME.com antecipou na terça, nome de Serraglio para a pasta cresceu dentro do PMDB nos últimos dias

 






Brasília – O presidente Michel Temer acaba de bater o martelo sobre quem substituirá Alexandre de Moraes no Ministério da Justiça: o escolhido é o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR), segundo auxiliares do Planalto. Conforme EXAME.com adiantou na terça-feira, o nome do parlamentar cresceu dentro do partido como opção para a pasta nos últimos dias.

Natural de Erechim (RS), mas mora no Paraná desde os 15 anos de idade. Serraglio é mestre em Direito pela PUC-SP e foi diretor do Curso de Direito da Universidade Paranaense (Unipar).

Entrou no MDB em 1978. Foi eleito deputado federal por cinco vezes seguidas e presidiu, no ano passado, a Comissão de Constituição e Justiça. Atualmente, é vice-líder do partido na Câmara. Em 2006, foi relator da CPMI dos Correios, que investigou o mensalão.

De acordo com fontes do Palácio do Planalto, o nome de Serraglio para o Ministério da Justiça e Segurança Pública deve ser oficializado ainda hoje. O anúncio, contudo, resolve apenas um dos problemas de Temer, que ontem recebeu a carta de demissão de José Serra, ex-ministro de Relações Exteriores. Essa é a oitava mudança que o governo precisou fazer em sua equipe ministerial.