quarta-feira, 22 de março de 2017

Mulher é retirada viva do rio Tâmisa após atentado em Londres

Porta-voz acrescentou que o rio foi fechado para todo tráfego não emergencial na área e que a mulher está recebendo tratamento



Londres – Uma mulher foi retirada do rio Tâmisa viva após o ataque desta quarta-feira em uma ponte perto do Parlamento britânico em Westminster, informou a Autoridade Portuária de Londres (PLA), acrescentando que ela está recebendo tratamento para ferimentos graves.
“Uma pessoa do sexo feminino foi retirada das águas perto da Ponte Westminster, viva, com ferimentos sérios”, disse uma porta-voz da PLA à Reuters. “Ela está passando por tratamento médico muito urgente agora”.

O porta-voz acrescentou que o rio foi fechado para todo tráfego não emergencial na área.


Doria vai desapropriar e demolir imóveis da Cracolândia


Após a desapropriação de cerca de 50 lotes, todos deverão ser demolidos para a construção de moradias, comércios e equipamentos públicos






São Paulo – A gestão João Doria (PSDB) planeja desapropriar todos os imóveis localizados no coração da Cracolândia, entre a Rua Helvetia e a Alameda Glete, região central da cidade.

A medida faz parte do projeto Redenção, ainda em desenvolvimento, e visa a reurbanizar a área por meio de parceria com a iniciativa privada.

Após a desapropriação de cerca de 50 lotes, todos deverão ser demolidos para a execução de um novo plano urbanístico com moradias, comércios e equipamentos públicos no local conhecido hoje como “fluxo”, termo usado para classificar o território onde se vende e se consome o crack. A ideia é que a ação municipal funcione como uma espécie de complemento do projeto estadual para a região.

Desde janeiro, o terreno estadual de 18 mil metros quadrados localizado entre a Praça Júlio Prestes e a Alameda Barão de Piracicaba, onde funcionou o antigo Terminal Rodoviário da Luz, recebe obras de um condomínio residencial com 1.202 unidades, além de lojas, creche e uma escola de música. Conheça: O Superlógica tem tudo para administrar seu condomínio – Patrocinado

O investimento previsto é de R$ 900 milhões e o prazo de conclusão, de 36 meses. A obra faz parte do programa de parcerias público-privadas (PPPs) da gestão Geraldo Alckmin (PSDB).

O modelo municipal para promover a reurbanização ainda não está definido, mas o lançamento de uma PPP semelhante à estadual é tratada pela gestão Doria como uma das possibilidades, assim como uma espécie de concessão urbanística.

Nos dois formatos, o parceiro privado é quem arcará com os custos do projeto – a contrapartida pública seria exigir a construção de equipamentos sociais no perímetro, como creches, centros de acolhida e até um CEU.

Doria já declarou publicamente que a reurbanização de espaços ocupados por viciados faz parte do planejamento estratégico da Prefeitura para impedir que a área seja novamente tomada por consumidores de crack após o início do Redenção.

“Você tem de dar uma ocupação urbanística. Nossa ideia é que, ainda neste ano, iniciando (o programa Redenção) em junho, essa área esteja completamente liberada e já com o desenvolvimento urbano sendo iniciado”, disse o tucano, após sair de reunião na semana passada na Secretaria de Estado de Segurança Pública sobre o assunto.


Medidas legais


As primeiras medidas legais para viabilizar as desapropriação já foram iniciadas pela Prefeitura. Segundo o secretário municipal de Justiça, Anderson Pomini, o Município está levantando o cadastro de todos os imóveis que serão afetados – o perímetro envolve dois quarteirões cortados pela Alameda Dino Bueno (veja mapa). Com a lista em mãos, a Prefeitura poderá publicar no Diário Oficial da Cidade os decretos de utilidade pública das propriedades, primeiro passo do processo.

Ontem, Doria e os secretários envolvidos no projeto foram recebidos pelo procurador-geral de Justiça do Estado, Gianpaolo Poggio Smanio, para tratar do programa Redenção.

Foi a segunda reunião sobre o tema, que vem sendo acompanhado por promotores de Habitação, Saúde e Direitos Humanos.

Uma das preocupações do MP é quanto à forma como a Prefeitura pretende fazer a “desocupação”. A instituição é contrária a uma nova operação policial que expulse os usuários, como em 2012.

Durante a reunião, essa possibilidade foi descartada pela Prefeitura, que se comprometeu a atuar neste sentido de “forma homeopática” e ainda aventou a possibilidade de “controlar os acessos” ao fluxo por meio de cordões de guardas-civis, com o objetivo de evitar a chegada da droga.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Justiça homologa venda da Busscar para a Caio





A empresa paulista pagará R$ 67 milhões pela concorrente

Da Redação

redacao@amanha.com.brJustiça homologa venda da Busscar para a Caio


O caso Busscar finalmente teve seu desfecho. A Justiça homologou na terça-feira (21) a compra da fabricante de carrocerias para ônibus de Joinville (SC) pela sua congênere Caio Induscar, de Botucatu (SP). A companhia paulista pagará pela Busscar (foto) R$ 67,1 milhões (R$ 9,4 milhões de entrada e o saldo de R$ 57,7 milhões em 52 parcelas). 

Os proprietários da Caio deverão assinar nesta quarta-feira (22) o contrato de arrematação, dando fim à novela que se arrasta há mais de três anos. Durante o processo de recuperação judicial e falência da Busscar chegaram a ocorrer quatro leilões para vender a massa falida da empresa, sem que se apesentassem interessados. Recuperada, agora sob a administração da Caio, a unidade de Joinville deverá montar ônibus rodoviários. Grande parte de ex-funcionários  da antiga Busscar deverão ser contratados. 


 http://www.amanha.com.br/posts/view/3747

Japão suspende importação de carne de frigoríficos alvos de investigação





No Paraná, a BRF concedeu férias coletivas para 1,7 mil funcionários do frigorífico de Toledo

Da Redação, com Agência Brasil
redacao@amanha.com.br

 Japão suspende importação de carne de frigoríficos alvos de investigação


A embaixada do Japão no Brasil informou que o país interrompeu a importação de carne produzida nos 21 frigoríficos que são alvo da Operação Carne Fraca, deflagrada na semana passada pela Polícia Federal (PF). A suspensão vale "até novas notificações" e inclui tanto o comércio de frango quanto de "outros produtos" com origem nas unidades investigadas. Até hoje, China, Hong Kong, União Europeia, Chile, Suíça e Japão são os mercados que anunciaram a suspensão de compra de carnes brasileira. Juntos, consomem quase metade (44,4% ) das exportações do setor, numa conta que engloba todos os produtos fornecidos: carne bovina, suínos e frangos. 

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Camardelli, revelou que está traçando, juntamente com o Ministério da Agricultura (Mapa), uma estratégia de visita aos países que suspenderam as importações de carne brasileira. "A ideia é que o ministro Blairo Maggi nos acompanhe nas comitivas para que o peso político da visita, que também contará com técnicos brasileiros do setor, seja maior", comentou.

A BRF anunciou que concedeu férias coletivas de 15 dias para 1,7 mil funcionários do frigorífico de Toledo, no oeste do Paraná. De acordo com a empresa, as férias já estavam programadas para a modernização da linha de produção de suínos e alimentos industrializados. Conforme a BRF, a parada temporária da unidade paranaense não tem relação com a Operação Carne Fraca. Entre as plantas citadas na investigação, está o frigorífico que a BRF possui em Mineiros (GO) e que foi interditado ainda na sexta-feira passada pelo Ministério da Agricultura. 

A operação da PF apura o envolvimento de frigoríficos em um esquema criminoso que subornava fiscais federais para que fosse autorizada a comercialização de produtos que já estavam em condições impróprias para consumo. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), 18 estabelecimentos são do Paraná, dois de Goiás e um de Santa Catarina, pertencentes a grandes empresas como a JBS e a BRF.


Benesses
 

O gerente de Relações Internacionais e Governamentais da BRF, Roney Nogueira dos Santos, foi transferido na manhã de terça (21) da superintendência da Polícia Federal, na capital paulista, para a sede da Polícia Federal, em Curitiba. Ele foi preso no último sábado no Aeroporto Internacional de Guarulhos, após desembarcar vindo do exterior. Segundo a Polícia Federal em São Paulo, ele ficou detido no aeroporto e foi levado à superintendência na capital no fim da tarde de segunda.

“O executivo da empresa está preso para prestar esclarecimentos à Polícia Federal. Ele está sendo assistido por advogados da empresa e sua família também está recebendo todo o suporte e acompanhamento necessários”, destaca a BRF, em nota. O gerente teve sua prisão preventiva decretada na última sexta-feira (17). Ele é acusado de influenciar fiscais do Ministério da Agricultura.

“Roney Nogueira remunera diretamente fiscais contratados, presenteia com produtos da empresa, se dispõe a auxiliar no financiamento de campanha política e até é chamado a intervir em seleção de atleta em escolinha de futebol. Com tantas benesses, há notícia de que ele possui login e senha para acessar diretamente o sistema de processos administrativos do Ministério da Agricultura, obviamente de uso restrito ao público interno”, disse o juiz federal Marcos Josegrei da Silva, na operação que determinou a prisão do gerente.

 http://www.amanha.com.br/posts/view/3748



terça-feira, 21 de março de 2017

Ministro visita frigorífico investigado e afirma “parceria” com a PF




 Foto: Angelo Sfair

 Foto: Angelo Sfair
Angelo Sfair, Narley Resende e Fernando Garcel


 
O ministro também mudou o tom em relação a PF e, após duras críticas a Operação Carne Fraca, classificou a corporação como uma “parceira” do ministério para identificação e resolução de “problemas pontuais”. Blairo Maggi preferiu não especular sobre desdobramentos da investigação, revelando que novas denúncias envolvendo o setor de carnes chegaram a Polícia Federal.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) reclama que não foi consultada pela investigação. A PF argumenta que não poderia consultar o Mapa, visto que o próprio ministério é alvo da Operação Carne Fraca. Mesmo assim, a coordenação da PF em Brasília e o ministro Maggi chegaram a um acordo para que os órgãos se comuniquem melhor.

“Combinamos que vamos ter algumas reuniões e que as investigações devem prosseguir, mas com um pouco mais de conhecimento técnico das informações sobre nossos regulamentos técnicos para saber se aquilo que o investigador está olhando é de fato um ilicito ou se o nosso regulamento permite”, declarou o ministro. “Eu não quero entrar em conflito com ninguém pois eles tem um papel importante para executar e tenho certeza que vamos em um bom caminho”, finalizou.

A PF tem até hoje para apresentar os laudos técnicos que serviram de base para a Operação Carne Fraca, deflagrada na última sexta-feira. A decisão é do juiz Marcos Josegrei, o mesmo que autorizou a ação policial. A liberação dos laudos atende a um pedido do Ministério da Agricultura, que ainda não teve acesso  aos lotes de carne considerados suspeitos.


 http://paranaportal.uol.com.br/politica/ministro-visita-frigorifico-investigado-e-afirma-parceria-com-a-pf/
Gilmar Mendes critica vazamento de lista de Janot e fala em descarte de provas Comente Felipe Amorim Do UOL, em Brasília 21/03/201715h09 > Atualizada 21/03/201717h17 Ouvir texto 0:00 Imprimir Comunicar erro Rober... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/03/21/gilmar-mendes-critica-suposto-vazamento-de-lista-de-janot-pela-procuradoria.htm?cmpid=copiaecola
Gilmar Mendes critica vazamento de lista de Janot e fala em descarte de provas Comente Felipe Amorim Do UOL, em Brasília 21/03/201715h09 > Atualizada 21/03/201717h17 Ouvir texto 0:00 Imprimir Comunicar erro Rober... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/03/21/gilmar-mendes-critica-suposto-vazamento-de-lista-de-janot-pela-procuradoria.htm?cmpid=copiaecola

Escândalo da carne não entra em acordo Mercosul-UE, diz ministro


União Europeia cortou as importações de carne do Brasil após fiscais serem acusados de receber propinas para liberar a venda de carne estragada




Brasília – O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, disse nesta terça-feira que o escândalo envolvendo suspeitas de corrupção sobre o setor de carnes brasileiro não será discutido no encontro desta semana entre negociadores da União Europeia e do Mercosul, em Buenos Aires.

A União Europeia cortou as importações de carne do Brasil na segunda-feira após a Polícia Federal acusar fiscais de receberem propinas para liberar a venda de carne estragada.

O escândalo vem em um momento sensível em que UE e Mercosul sentam para negociar a redução de barreiras ao comércio entre os blocos.
 

O escândalo das carnes pode envenenar a retomada da economia?

Países começam a bloquear carne brasileira, nossa terceira principal exportação. O país corre o risco de afundar de novo na recessão?

 







São Paulo – Começaram as restrições à carne brasileira – nossa terceira principal exportação, atrás só da soja e do minério de ferro.

A China suspendeu embarques por uma semana e a Coreia do Sul bloqueou produtos da BRF (mas já voltou atrás). Chile, Hong Kong e Egito também anunciaram suspensões temporárias.

A União Europeia já garantiu que nada com origem nos estabelecimentos investigados entra no bloco.

O estopim foi a Operação da Carne Fraca da Polícia Federal, que revelou o envolvimento de fiscais e frigoríficos em fraudes e propinas para liberar mercadorias adulteradas e estragadas.

“No curto prazo, é muito ruim. Você leva muito tempo para construir um patrimônio de certificações e quando dá errado, a suspensão é imediata. Se um grande mercado comprador proibir durante um determinado tempo, isso tem um efeito cascata sobre o setor”, diz Marcos Troyjo, diretor do BRIClab da Universidade de Columbia.

Segundo a consultoria inglesa Capital Economics, a perda de receita brasileira pode chegar a US$ 3,5 bilhões por ano caso as restrições durem muito tempo.

33 países ou blocos importaram produtos dos estabelecimentos investigados na Operação Carne Fraca nos últimos 60 dias.

Mas segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o volume movimentado pelos investigados é de menos de 1% do total exportado pelo setor em 2016.

Ou seja: o problema é real, mas não generalizado. E mesmo se os países importadores quisessem, interromper o fluxo por um longo período causaria desabastecimento do mercado.

O Brasil responde por 38% do volume de comércio mundial de frango, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

“O barulho parece ser mais interno do que externo. É improvável que o Brasil perca a liderança global em carnes pois existem poucos fornecedores desses produtos no mundo. Não há muita alternativa”, diz Marcel Motta, diretor geral da consultoria Euromonitor International no Brasil.

As ações da JBS e da BRF, duas gigantes citadas no escândalo, desabaram na sexta-feira mas já recuperaram boa parte das perdas – o que indica que o mercado acha que as restrições terão vida curta.


Produção


De acordo com a Associação Brasileira de Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o setor de proteínas emprega mais de 7 milhões de pessoas e as restrições causarão perda de empregos e renda.

Mas do ponto de vista agregado, o impacto é baixo porque a economia brasileira ainda é muito fechada e tudo que o Brasil exporta soma apenas 10% do PIB total.

“É um efeito marginal na economia como um todo. Não é isso que vai fazer o país crescer ou não. Mas o agronegócio deve sentir esse impacto na cadeia de carnes”, diz Felippe Serigati, economista do Centro de Agronegócio da FGV.

Ele diz que o efeito deve ser mais sentido em estados como Santa Catarina, que tem grande concentração de pequenos produtores de aves, e Paraná, o maior produtor em volume total.

Uma possível consequência para o consumidor brasileiro é que com menos produto saindo do país, a oferta aumente internamente e o preço caia, e isso em um cenário onde a inflação de alimentos já estava caindo.

A expectativa continua sendo de que o motor da retomada econômica brasileira venha do corte de juros com estabilização do consumo das famílias, responsável por 2/3 do PIB.


Negociações


No caso da UE, o medo é as negociações do acordo de livre comércio com o Mercosul sejam afetadas.

“Eles são um mercado grande, diverso e que cria ferramentas injustas de competição – tarifárias, não tarifárias e de subsídios. Obviamente, uma coisa dessas reforça o lobby interno da produção local, que sempre usou o argumento da segurança alimentar”, diz Troyjo.

De acordo com um estudo encomendado pela Comissão Europeia, as as vendas de produtos agrícolas do Mercosul para a UE poderiam crescer mais de R$ 50 bilhões em 10 anos mesmo com um acordo modesto.

Uma nova rodada de negociações do tratado começou ontem em Buenos Aires, na Argentina. Segundo o ministro Marcos Pereira, do Mdic, o escândalo não está na pauta.