quarta-feira, 29 de março de 2017

EUA e México retomarão negociações sobre comércio de açúcar


EUA e México retomarão negociações sobre comércio de açúcar
Representantes do comércio do México e dos Estados Unidos irão retomar as negociações em Washington com o objetivo de resolver uma disputa sobre açúcar entre os países vizinhos, disse a maior autoridade do Comércio do México nesta terça-feira.

As negociações focam no acordo de açúcar do fim de 2014 que regula o acesso mexicano ao mercado dos Estados Unidos e ocorre no momento em que os laços entre os dois países têm se desgastado sob o governo do presidente Trump, que prometeu reformar o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês).
 
O ministro da Economia mexicano, Ildefonso Guajardo, e seu equivalente, o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, anunciaram recentemente que as negociações sobre o açúcar seriam retomadas, mas não estabeleceram uma data.
 
"O diálogo vai ser retomado nesta semana entre equipes técnicas do Ministério da Economia do México e a equipe de Wilber Ross", disse Guajardo a repórteres.
 
As cotas de açúcar nos EUA são estabelecidas sob um acordo de 2014 que tornou-se fonte de tensão entre os dois países. O acordo pôs fim a uma investigação de um ano pelo governo dos EUA após produtores e empresas norte-americanas dizerem que usinas do México estavam inundando o mercado com açúcar barato e subsidiado.
 
"Estamos trocando informações, as posições daqueles que abriram a investigação nos EUA, as posições da indústria mexicana e estamos fazendo progresso", disse Guajardo, sem entrar em mais detalhas.

 (Reuters, 28/3/17)

Trump assina decreto revogando políticas climáticas da era Obama













Trump assina decreto revogando políticas climáticas da era Obama


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta terça-feira um decreto que revoga uma série de regulações da era Obama para conter as mudanças climáticas, mantendo uma promessa de campanha de apoiar a indústria do carvão, enquanto põe em xeque o apoio dos EUA a um acordo internacional para combater o aquecimento global.

Ao lado de mineiros de carvão, Trump assinou o decreto "Independência de Energética" na Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês). Uma coalizão de 23 Estados e governos locais prometeu combater o decreto nos tribunais.

O principal alvo do decreto é o Plano de Energia Limpa de Obama, que exige que os Estados eliminem as emissões de carbono das usinas de energia --um elemento crítico para ajudar os EUA a cumprirem seus compromissos com um acordo climático global firmado por quase 200 países em Paris em dezembro de 2015.

O decreto também rescinde a proibição de exploração de carvão em terras federais, reverte regras para a contenção de emissões de gás metano resultantes da produção de gás e petróleo e reduz o peso da mudança climática e emissão de carbono nas decisões políticas e permissões de infraestrutura.

O dióxido de carbono e o metano são dois dos principais gases responsáveis pelo efeito estufa, o que segundo cientistas causa o aquecimento global.

"Meu governo está colocando um fim à guerra ao carvão", disse Trump antes de assinar o decreto. "Com o decreto de hoje, estou dando passos históricos para levantar as restrições à energia americana, para reverter a intromissão do governo e cancelar a regulamentação que mata empregos", disse Trump na EPA.

A sala estava cheia de mineiros, executivos de companhias de carvão e funcionários de grupos industriais, que aplaudiram alto quando Trump falou. As ações das empresas de carvão dos EUA subiram após a assinatura.

O decreto abrangente é o mais ousado adotado até agora por Trump em sua agenda ambiciosa para reduzir a regulação ambiental e impulsionar as indústrias de perfuração e mineração, uma promessa que ele fez repetidamente durante a campanha presidencial de 2016.

Analistas de energia e executivos questionaram se o movimento terá grande efeito sobre suas indústrias, e os ambientalistas o classificaram de imprudente.

"Não posso dizer quantos postos de trabalho o decreto vai criar, mas posso dizer que ele dá confiança em relação ao compromisso deste governo com a indústria do carvão", disse o presidente da Associação de Carvão de Kentucky, Tyler White, à Reuters.

Grupos ambientalistas desprezaram o decreto de Trump, argumentando que é perigoso e vai contra a tendência global mais ampla em direção a tecnologias de energia mais limpas.

"Essas ações são um ataque aos valores americanos e põem em perigo a saúde, a segurança e a prosperidade de todos os americanos", disse o ativista ambientalista Tom Steyer, o chefe do grupo ativista NextGen Climate (Reuters, 28/3/17)


China pode desbancar América do Norte em captura de carbono


A China deverá desbancar a América do Norte e assumir a liderança na nova onda de projetos de captura e armazenagem de carbono após o avanço de seu primeiro empreendimento em grande escala com a tecnologia.

A construção do Projeto Integrado de Captura e Armazenagem de Carbono de Yanchang já pode começar agora que foi tomada a decisão final de investimento para avançar com o local de demonstração, segundo o Global CCS Institute, organização sem fins lucrativos que ofereceu apoio técnico e de assessoria à iniciativa.

O projeto foi realizado como parte do acordo de 2015 da China com os EUA para combater a mudança climática. Quando concluído, será capaz de capturar 410.000 toneladas de carbono por ano. Este é um dos oito projetos em grande escala de captura e armazenagem de carbono (CCS, na sigla em inglês) — em diferentes estágios de avaliação e sujeitos a aprovação — que a China está estudando, segundo Tony Zhang, conselheiro sênior do instituto.

Dos 16 projetos de CCS em grande escala ao redor do mundo, dois terços estão na América do Norte, segundo a Agência Internacional de Energia, que tem sede em Paris. Quatro dos cinco novos projetos em construção também estão baseados no Canadá ou nos EUA.

A nova onda de projetos, contudo, deverá acontecer na China, que responde por cerca de metade de todos os projetos de CCS sob análise ou planejamento sério, disse a analista da AIE Samantha McCulloch, em apresentação em Pequim, na segunda-feira. Em 2020, a China terá 330 gigawatts de usinas movidas a carvão que poderiam ser reconfiguradas com tecnologia de redução de emissões, disse ela.

Tecnologia importante

CCS “é um importante conjunto de tecnologias para reduzir as emissões do uso do combustível fóssil que permite que recursos importantes como o carvão continuem contribuindo para a segurança energética e para os objetivos econômicos”, disse McCulloch.

O projeto em Yulin, uma região mineira localizada a cerca de 900 quilômetros a sudoeste de Pequim, injeta dióxido de carbono liberado pelo carvão em campos esgotados, onde o mistura com petróleo dentro da formação, permitindo que o petróleo destinado à produção seja transferido para poços adjacentes.

O projeto trabalha com cerca de 12 por cento de sua capacidade total, ou 50.000 toneladas por ano, segundo o instituto. A China atualmente possui cerca de 950.000 toneladas de capacidade operacional de captura, disse Zhang no instituto CCS.
Tempo necessário

A desenvolvedora de projetos Shaanxi Yanchang Petroleum Group não respondeu aos vários telefonemas em busca de comentário.

A tecnologia precisará contribuir com cerca de 15 por cento das reduções das emissões globais para atingir a meta do acordo de Paris de manter o aquecimento da atmosfera bastante abaixo de 2 graus Celsius. Os investimentos em CCS, no entanto, foram paralisados e permaneceram inalterados em 2016, em US$ 184,4 bilhões, segundo a Bloomberg New Energy Finance.

O alto investimento de capital inicial, o tempo necessário para atingir retornos e a falta de casos comerciais suficientes estão entre as preocupações que atrasam os investimentos em CCS, disse McCulloch, da AIE 

(Bloomberg, 28/3/17)

Embraer mantém cronograma para entrega do jato E195-E2



A fabricante fez a declaração após o primeiro voo da próxima geração do jato de passageiros E195-E2 

 





São Paulo – A fabricante de aviões Embraer ainda planeja fazer as primeiras entregas da próxima geração do jato de passageiros E195-E2 no primeiro semestre de 2019, disse o chefe de aviação comercial da empresa, John Slattery.

“Nós temos muito tempo, claramente. E nós estamos aproveitando isso para aperfeiçoar a aeronave antes dela entrar em serviço”, disse Slattery em uma entrevista por telefone após o primeiro voo do avião, que estava originalmente previsto para o segundo semestre deste ano.

Alexandre Almeida comandará a BRF no Brasil

Companhia catarinense também anunciou outras mudanças 

 

Da Redação

 

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Alexandre Almeida comandará a BRF no Brasil

Alexandre Almeida (foto), ex-CEO da Itambé, foi escolhido pela BRF para assumir a liderança do mercado brasileiro, conduzir o processo de integração e dar sequência às iniciativas prioritárias já em curso. Rafael Ivanisk deixará a companhia por decisão pessoal. Leonardo Byrro, que dividia a operação brasileira com Ivanisk, assume a vice-presidência de Supply, função anteriormente vinculada à divisão de Operações. 

“Essa mudança tem o objetivo de acelerar o processo de planejamento, otimização e integração da cadeia de valor da empresa. Essa nova configuração permite um foco adicional na gestão agroindustrial, importante diferencial competitivo da BRF”, explica a empresa em comunicado oficial. Outra alteração é na área de Qualidade Global, que passa a se reportar diretamente ao CEO Global. A agenda estratégica global de marketing e inovação ficará sob a liderança de Pedro Navio, ex-CEO da Latam e da RedBull.

A BRF também criou um grupo de gestão de resposta se posicionar frente aos desafios que vem enfrentando desde a deflagração da Operação Carne Fraca e aos consequentes impactos gerados por ela no agronegócio brasileiro. Essa área reúne um time multidisciplinar, comandado pelo executivo Simon Cheng e terá a função de assessorar o Comitê Especial de Resposta. Dessa forma, Pedro Faria volta seu foco para a gestão dos negócios da BRF e suas funções como CEO. Essa estrutura é provisória, mas poderá permanecer ativa pelo tempo que a companhia julgar necessário.



Gerdau Summit inicia operações em São Paulo

Empresa abastecerá a construção de novos parques eólicos no país. Grupo também anunciou joint venture na Colômbia

 

Da Redação

redacao@amanha.com.br
Gerdau Summit inicia operações em São Paulo


A Gerdau e as companhias japonesas Sumitomo Corporation e The Japan Steel Works (JSW) realizaram nesta terça-feira (28) a cerimônia de lançamento (foto) da joint venture Gerdau Summit em Pindamonhangaba (SP), com investimentos previstos de R$ 280 milhões. O novo empreendimento, anunciado em janeiro do ano passado (relembre aqui) terá capacidade instalada anual de 50 mil toneladas por ano, voltadas para atender o setor de energia eólica e as indústrias de açúcar e álcool, óleo e gás, assim como o segmento de mineração. 

A produção de peças para o setor eólico está prevista para começar no início de 2018. No entanto, já estão sendo produzidas em Pindamonhangaba peças forjadas para o setor de açúcar e álcool e cilindros de laminação para a indústria do aço e do alumínio. A Gerdau detém 59% de participação na empresa e está realizando o aporte, principalmente, por meio dos ativos já existentes para produção de cilindros. 

Já a participação da Sumitomo é de 39% e da JSW de 2%. Com o início da operação da joint venture, a empresa espera crescer, até 2020, cerca de 70% a produção de peças forjadas para o setor eólico, peças fundidas e forjadas para outros segmentos, e cilindros de laminação. Para atender essa demanda, a Gerdau Summit deve gerar aproximadamente 100 novos postos de trabalho diretos em Pindamonhangaba.

“A aliança entre Gerdau, Sumitomo e JSW permitirá crescermos juntos, compartilhar bons resultados e contribuir para o desenvolvimento de um setor que gera energia limpa e sustentável”, afirma Guilherme G. Johannpeter, vice-presidente executivo de aços especiais e aços longos América do Sul da Gerdau.  As perspectivas para o setor eólico no Brasil são promissoras. Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o país possui cerca de 430 parques eólicos e, até 2020, deverão ser construídos mais 330 parques. A capacidade eólica instalada atual no Brasil responde por 7% (10,7 GW) da matriz de energia elétrica. Em 2020, deverá alcançar 11% de participação (18,7 GW).


Colômbia

A Gerdau assinou nesta quarta-feira (29) contrato para criação de uma joint venture, a partir da venda de 50% de sua participação na Gerdau Diaco, na Colômbia, com a Putney Capital Management, que já é sócia em sua operação na República Dominicana. A Putney é uma empresa de gestão de ativos, com investimentos no Caribe e na América Central que co-administra a plataforma de energia e indústria da INICIA. 

Os ativos da nova empresa são unidades industriais de aços longos da Gerdau na Colômbia, com capacidade anual instalada de aço de 674 mil toneladas. A transação atribuiu à joint venture um valor econômico de US$ 165 milhões. A conclusão da transação ainda depende do cumprimento pelas partes de algumas condições contratuais precedentes. O movimento está alinhado ao processo de otimização de ativos da companhia, com foco em rentabilidade e na redução de sua alavancagem financeira.

Muffato lidera ranking dos maiores supermercados no Sul


Rede paranaense ultrapassou o Grupo Zaffari, de acordo com levantamento anual da Abras. Condor constesta metodologia

Por Marcos Graciani

graciani@amanha.com.br
Muffato lidera ranking dos maiores supermercados no Sul, de acordo com a Abras


O Muffato, de Cascavel (PR), ultrapassou o Grupo Zaffari, de Porto Alegre (RS), no ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgado nesta terça-feira (28). O faturamento da rede paranaense é um pouco maior do que a concorrente gaúcha (R$ 110 milhões), o que lhe conferiu o quinto lugar na disputa nacional (veja tabela completa a seguir). Além dessas bandeiras, também está na lista da entidade a rede catarinense Angeloni que avançou uma posição em relação ao ano passado. 


Ilustre ausência
 

A ilustre ausência é o Condor, de Curitiba. Na edição anterior, a rede ocupava a nona posição com faturamento de pouco mais de R$ 3,8 bilhões. A Condor não figura na pesquisa deste ano, pois a participação é voluntária, de acordo com a Abras. O Condor, no entanto, esclareceu que este ano não forneceu seus dados para a pesquisa e, por esse motivo, não foi citado. A decisão foi baseada no fato de que a Abras tem coletado de uma maneira geral todos os dados das empresas, considerando em seu levantamento outros segmentos que não fazem parte do setor supermercadista. 

A rede cita como exemplos lojas especializadas em eletrodomésticos, atacado, farmácia, posto de combustível, bem como lojas de conveniência. Desse modo, argumenta o Condor, a receita de outras unidades de negócios é somada ao faturamento das redes supermercadistas, quando estas fazem parte de um mesmo grupo. 

“Sendo assim, o ranking da Abras deixou de ser o espelho e o registro fiel do faturamento específico do setor supermercadista, para acabar representando as vendas do comércio em geral. Visto isso, a pesquisa perdeu o propósito de ser um parâmetro para que a rede tenha noção do mercado, uma vez que o resultado acaba distorcido e não refletindo a realidade do setor, o que leva os supermercadistas a interpretarem de forma errônea e equivocada o desempenho de seus negócios em comparação aos supermercadistas que se dedicam também a outros segmentos”, defende o Condor. 

“Outro ponto que não é considerado na pesquisa da Abras é o fato de que muitos mercados estão se abastecendo nos atacados e essas vendas também são consideradas o que, nestes casos, acabam resultando em informações duplicadas. Por esses motivos, o Condor optou por não participar da pesquisa, afinal, na visão da empresa, os resultados não representam a realidade do setor supermercadista brasileiro”, finaliza a nota de esclarecimento assinada pelo presidente Pedro Joanir Zonta. 


Balanço

 
O ano de 2016 trouxe outras alterações na ponta da tabela. O Carrefour registrou faturamento de R$ 49,1 bilhões, passando para a primeira posição e deixando para trás o GPA, cuja receita bruta foi de R$ 44,9 bilhões (sem contabilizar a Via Varejo). O setor supermercadista brasileiro teve um faturamento de R$ 338,7 bilhões em 2016, um crescimento nominal de 7,1% na comparação com 2015, de acordo com o estudo elaborado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da Abras em parceria com a Nielsen. O resultado registrado no ano passado pelo setor representa 5,4% do PIB. 


2016 2015 Rede  UF  (em R$ bi)
1 2 Carrefour SP 49,103
2 1 GPA SP 44,969
3 3 Walmart SP 29,409
4 4 Cencosud SE 9,040
5 6 Irmãos Muffato PR 5,078
6 5 Companhia Zaffari RS 4,958
7 7 Supermercados BH MG 4,956
8 8 SDB Com. de Alimentos SP 4,840
9 10 Sonda Supermercados SP 3,330
10 11 DMA Distribuidora S/A MG 3,105
11 12 A. Angeloni Ltda SC 2,523
12 13 Savegnago Supermercados SP 2,501
13 14 Líder  PA 2,439
14 15 Coop - Cooperativa de Consumo SP 2,125
15 16 Multi Formato Distribuidora MG 2,054
16 22 Supermercado Bahamas MG 2,024
17 21 Cia. Sulamericana de Distrib. PR 1,986
18 17 AM/PM Comestíveis Ltda. RJ 1,968
19 20 Comercial Zaragoza SP 1,875
20 23 Supermercado Zona Sul S/A RJ 1,798

Copel vai rever portfólio de ativos para elevar foco no Paraná


O presidente da Copel disse que a empresa estuda participar do próximo leilão para concessão de linhas de transmissão de energia

 




São Paulo – A estatal paranaense de energia Copel irá rever seu portfólio de ativos para focar mais no Paraná, disse nesta quarta-feira o novo presidente executivo da companhia, Antonio Souza Guetter, que assumiu o cargo após Luiz Fernando Vianna ser nomeado para a diretoria da hidrelétrica binacional de Itaipu.

Em sua primeira teleconferência com acionistas à frente da companhia, Guetter disse que a Copel estuda participar do próximo leilão para concessão de linhas de transmissão de energia, possivelmente com parceiros, com foco em projetos no Paraná ou em São Paulo, já dentro da estratégia de concentrar mais a atuação da empresa em sua região geográfica.