segunda-feira, 3 de abril de 2017

Cade aprova venda de área do pré-sal da Petrobras para Total


Concessão, no pré-sal da Bacia de Santos, inclui os campos de Berbigão, Sururu e Atapu Oeste, segundo documentos enviados pelas empresas ao Cade

 



São Paulo – O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou na sexta-feira a venda dos direitos de 22,5 por cento detidos pela Petrobras na área de concessão denominada Iara, no bloco BM-S-11, para a petroleira francesa Total, segundo despacho publicado nesta segunda-feira no Diário Oficial da União.

A concessão, no pré-sal da Bacia de Santos, inclui os campos de Berbigão, Sururu e Atapu Oeste, segundo documentos enviados pelas empresas ao Cade.

O negócio faz parte de uma aliança estratégica assinada pelas duas empresas no fim de dezembro. Os contratos do negócio foram assinados no início do mês passado e envolveram um total de 2,2 bilhões de dólares.

Na defesa do negócio envolvendo Iara junto ao Cade, as empresas disseram que os campos envolvidos nesta operação estão em fase de desenvolvimento e não apresentam produção.

“Quando a produção for iniciada, e considerando o pico de produção dos campos, estima-se que esse valor representará menos de 7 por cento da produção nacional de petróleo”, disseram elas em documento.

Veja detalhes do processo no Cade.

Rival da Uber compra a startup de pagamentos indonésia Kudo


Segundo um comunicado da Grab, a operação prevê investimento de cerca de 700 milhões de dólares




Cingapura – A empresa de transporte urbano por aplicativo asiática Grab fez acordo para comprar a empresa iniciante de tecnologia de pagamentos da Indonésia Kudo, anunciaram as companhias nesta segunda-feira, em uma operação que prevê investimento de cerca de 700 milhões de dólares.

Em fevereiro, a Reuters noticiou o plano da Grab, rival da Uber no sudeste asiático, de comprar a Kudo por 100 milhões de dólares, citando uma pessoa próxima ao assunto.

Fundada em 2014, a Kudo ajuda usuários de cidades pequenas e que não têm contas bancarias a fazerem pagamentos online.

As duas empresas também planejam explorar oportunidades para novos tipos de serviços financeiros que a Kudo pode oferecer, incluindo seguros e empréstimos, disse a Grab.

Uma vez concluído a aquisição, a equipe e plataforma Kudo serão integradas com o serviço de pagamento online da Grab, o GrabPay.


Credit Suisse é envolvido em investigação de lavagem de dinheiro



As buscas coordenadas começaram na quinta-feira na Holanda, Grã-Bretanha, Alemanha, França e Austrália

 




Amsterdã/Zurique – O banco suíço Credit Suisse virou foco de novas investigações por envolvimento em lavagem de dinheiro e evasão fiscal, após uma denúncia a promotores holandeses sobre dezenas de milhares de contas suspeitas desencadear operações em cinco países.

As buscas coordenadas começaram na quinta-feira na Holanda, Grã-Bretanha, Alemanha, França e Austrália, informou nesta sexta-feira o escritório holandês para a acusação por crimes financeiros (Fiod), com duas detenções confirmadas até agora.

Os holandeses “investigam dezenas de pessoas suspeitas de fraude fiscal e lavagem de dinheiro”, disseram os promotores, acrescentando que suspeitos depositaram dinheiro em um banco suíço sem revelar às autoridades.

Autoridades fiscais britânicas disseram que abriram uma investigação criminal sobre suspeita de evasão fiscal e lavagem de dinheiro por “uma instituição financeira global” e estariam se concentrando inicialmente em “funcionários seniores”, juntamente com um número não especificado de clientes.

Os promotores da cidade alemã de Colônia disseram que também estavam trabalhando com os holandeses. “Lançamos uma investigação contra clientes de um banco”, disse um porta-voz.

Nenhuma das autoridades revelou o nome do banco envolvido. No entanto, o Credit Suisse, segundo maior banco da Suíça, disse que as autoridades locais visitaram seus escritórios em Amsterdã, Londres e Paris “sobre questões fiscais de clientes” e que estava cooperando.

O Fiod apreendeu registros administrativos, bem como o conteúdo de contas bancárias, imóveis, joias, um carro de luxo, pinturas caras e uma barra de ouro de casas em quatro cidades holandesas.

As pessoas presas, uma em Haia e outra na cidade de Hoofddorp, não foram identificadas.

A operação enfureceu o procurador-geral da Suíça, que disse estar “desconcertado” pela forma como as autoridades holandesas lidaram com o assunto e exigirá uma explicação.

Os promotores holandeses responderam que as autoridades suíças foram deixadas de fora da investigação porque nenhum dos suspeitos era suíço.

A Eurojust, agência da União Europeia que coordena processos transfronteiriços, disse que a investigação começou em 2016 e representantes dos países envolvidos – a Suíça, entre eles – realizaram três reuniões preparatórias para compartilhar informações antes dos ataques de quinta-feira.

A ação da Credit Suisse caiu 1,2 por cento, enquanto o índice do setor bancário europeu subiu 0,1 por cento nesta sexta-feira.


O fator Blairo Maggi


Resultado de imagem para fotos Blairo Maggi.

Se o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, e a Polícia Federal saíram mais do que chamuscados, a Operação Carne Fraca fortaleceu a posição de Blairo Maggi. No próprio Palácio do Planalto e entre as empresas do setor, há um consenso de que o estrago teria sido muito maior não fosse a rápida reação de Maggi para amortecer o impacto da notícia, sobretudo no exterior.

Logo na manhã de sábado, 18 de março, no dia seguinte à Operação, em um trabalho conjunto entre a Agricultura e as Relações Exteriores, as embaixadas do Brasil na Europa e na Ásia começaram a passar informações a autoridades de países chaves no comércio da carne brasileira, como Rússia e China.

Naquele mesmo fim de semana, foram iniciadas as tratativas para a visita de Maggi a Pequim. O ministro também trouxe para si o complexo trabalho de comunicação, a ponto da Agricultura assinar conjuntamente a nota em que a Polícia Federal purga os excessos da Operação.

O que também calou fundo entre o setor foi o valor simbólico da imediata declaração do ministro da Agricultura afiançando oficialmente ao mercado internacional que não havia qualquer problema com a carne brasileira.

 (Relatório Reservado, 31/3/17)

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Carne brasileira não passa em controle reforçado na Eslováquia






 
 
O governo da Eslováquia informou que retirou toneladas de carne de frango brasileira de seu mercado, depois que o produto foi alvo de exames que detectaram salmonela e outros problemas. O anúncio foi feito às vésperas de uma reunião nesta segunda-feira, 3, entre ministros de Agricultura da Europa para avaliar se devem ou não tomar medidas contra os produtos brasileiros depois da eclosão da Operação Carne Fraca. Os testes foram realizados depois que as autoridades de Bruxelas instruíram cada um dos 28 governos do bloco a manter vigilância sobre os produtos brasileiros.

A decisão do governo eslovaco já havia sido tomada na sexta-feira, 31, enquanto o recolhimento dos produtos foi realizado neste fim de semana. "A carne brasileira foi importada para a Eslováquia pela Holanda e Polônia", confirmou a ministra de Agricultura do país, Gabriela Matecna, indicando que o volume chegaria a 21 toneladas. "Nossos veterinários imediatamente ordenaram que a carne fosse retirada do mercado, já que ela tinha sido distribuída a 54 restaurantes", disse, em um comunicado.

O governo optou por suspender imediatamente as vendas de carnes brasileiras no país. Desde o caso da fraude no Brasil, Bratislava indica que já examinou 341 produtos vindos do País. 17 deles estavam fora dos padrões. "Vamos continuar a fazer as inspeções, focadas em especial em armazéns que são postos de comercialização para consumidores e restaurantes", disse o chefe do serviço veterinário da Eslováquia, Jozef Bires.

"Os exames mostraram que dois produtos de origem brasileira e que estavam implicados no escândalo foram importados, mesmo depois das garantias da UE de que esses produtos não entrariam em nossos mercados", disse a ministra.

De acordo com ela, dos 66 testes sensoriais realizados, dez não foram aprovados e envolviam carne de frango.

O caso eslovaco foi identificado depois que a Europa ordenou que 100% das importações de carnes brasileiras fossem controladas nas fronteiras. Bruxelas quer garantias ainda de que o sistema de controle sanitário no Brasil seja independente.

Depois de reuniões em Brasília, a Comissão Europeia informará nesta segunda-feira o que ouviu das autoridades brasileiras. O tema será um dos principais entre os ministros de Agricultura. A reportagem apurou que não se espera uma decisão. Mas os comentários dos 28 governos devem ser fundamentais para que a Comissão examine um embargo total.

Por enquanto, apenas as 21 empresas citadas na Operação Carne Fraca estão impedidas de exportar.
No plenário do Parlamento Europeu, o tema também será tratado nesta segunda-feira. Deputados vão questionar a Comissão Europeia sobre as medidas adotadas. Bruxelas admite que deve sofrer pressões por parte de deputados, principalmente de representantes de países exportadores de carne e que competem com o Brasil.

De acordo com documentos obtidos pela reportagem, entre janeiro de 2016 e março de 2017, 55 carregamentos de carnes brasileiras foram detectados com problemas sanitários na Europa (Agência Estado, 2/4/17)


PF prepara indiciamentos dos alvos da Carne Fraca e alerta sobre esquema
 

A Polícia Federal considera ter reunido elementos para indiciar na próxima semana os 37 alvos da Operação Carne Fraca, por supostos crimes de corrupção, advocacia administrativa e fraudes em fiscalizações federais e vai individualizar os apontamentos de supostos crimes à saúde pública e contra o consumidor.

Os investigados são funcionários do Ministério da Agricultura, executivos e donos de frigoríficos e empresas de alimentos processados, entre elas, nomes da JBS e da BRF, alvos das prisões e buscas do dia 17 de março, realizadas em 7 estados: São Paulo, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás.

Comandada por três delegados da PF, em Curitiba, a equipe da Carne Fraca tem a convicção de ter descoberto um esquema criminoso de indicações políticas, em cargos chaves do Ministério da Agricultura, em especial no Paraná e Goiás, que tinha como contrapartida a obrigação de arrecadar propinas para partidos como PMDB, PP e PDT com empresários do setor de carnes e embutidos.

O delegado Maurício Moscardi Grillo - que trabalha junto com os delegados Roberto Biasoli e William Tito - iniciou o relatório parcial de indiciamento dos alvos para apresentar ao juiz federal Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal, em Curitiba, até o dia 17 - dos alvos, 26 estão presos preventivamente.

Os policiais trabalham na conclusão do cruzamento de dados das quebras de sigilos bancários e fiscais dos investigados - ainda não tornadas públicas - e dos 13 mil grampos telefônicos e telemáticos feitos em 2016, com o material apreendido nas buscas. São 195 malotes carregados de documentos, agendas, anotações, provas que estão sob análise.

O relatório de indiciamento dos alvos deve trazer, entre outros elementos, as análises de alimentos produzidas pelo Ministério da Agricultura, nas 21 empresas alvos da Carne Fraca, que apontam adulteração em produtos, bem como os grampos que revelam tratativas dos empresários com os fiscais para liberar cargas de produtos enviados para China, Espanha e Itália.


Corrupção sistêmica


A suspeita da polícia é que o esquema descoberto envolvendo fiscais do Paraná, Goiás e Minas Gerais, pode ter sido espelhado nas demais superintendências do Ministério da Agricultura, nos Estados, e nos serviços de inspeção de produtos de origem animal (Sipoas). Nas duas últimas semanas foram ouvidos depoimentos de produtores rurais, agentes públicos e outras testemunhas que indicaram nomes de fiscais, políticos que seriam os responsáveis por suas indicações e fatos específicos de fraudes. O material será enviado aos Estados de origem dos fatos, para abertura de novas investigações.

"É como se fosse uma Lava Jato da área de Agricultura", afirmou um investigador, com acesso aos inquéritos. O ex-superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná Daniel Gonçalves Filho, apontado na Carne Fraca como um dos líderes do esquema e preso desde o dia 17, iniciou negociação com a polícia para fazer um acordo de delação premiada e pode ampliar o foco da Carne Fraca.


Sob ataque


O impacto da operação no mercado internacional, decorrente da forma como ela foi divulgada no dia da deflagração, provocaram um efeito devastador nas vendas de carnes e embutidos nacionais. Nas últimas duas semanas, as exportações despencaram, fruto de embargos dos países compradores, o consumidor nacional ficou apavorado e governo e setor produtivo reagiram duramente.

Em 12 anos de Polícia Federal, o delegado Maurício Moscardi vive seu momento de maior tensão da carreira. Desde o dia em que comandou a deflagração da Carne Fraca, ele virou o principal alvo dos ataques contra a operação, inclusive de entidades de classe da polícia.

Fuzilado publicamente por ter gerado prejuízos - ainda incalculáveis - à cadeia produtiva de carnes e embutidos do Brasil, Moscardi fechou a porta da sala 211, no segundo andar da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, para a imprensa. Tem evitado atender jornalistas e vira as noites acordado para concluir o relatório de indiciamento dos alvos - três deles ligados a BRF e JBS.

Os bloqueios internacionais à carne brasileira anunciados nos quatro cantos do hemisfério fizeram o presidente da República, Michel Temer, e o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, acusarem publicamente a PF de erros na condução da operação.            Coordenador da Carne Fraca e também um dos cabeças da 
Operação Lava Jato, não é a primeira vez que o delegado vira alvo de ataques.

Em 2013, ele conduziu a Operação G7, deflagrada no Acre, que levou para cadeia empresários e pessoas do governo do Estado ligados ao governador Tião Viana (PT). No escândalo Petrobrás, ele também foi alvo de dossiê que o acusava de agir politicamente contra o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva junto com outros delegados da força-tarefa.

A interlocutores próximos, Moscardi tem dito que a conclusão do inquérito provará que há riscos decorrentes da corrupção que a Carne Fraca investiga, no Ministério da Agricultura. E que houve falha na interpretação da imprensa sobre as afirmações que fez sobre uso de papelão nas linhas de produção das empresas alimentícias, uso de substâncias cancerígenas se aplicas em altas doses e sobre os riscos à saúde.


E tem negado erros nas investigações.


Em palestra na última semana, o delegado falou sobre os ataques. "Críticas virão, mas devemos ter foco no trabalho. Meu trabalho visa atender à coletividade e a sociedade como um todo. Não são fáceis as críticas, mas tenham a certeza que trabalharei sempre para melhorar nosso País. Se precisar ser criticado muitas vezes mas tiver a certeza que a vida dos brasileiros irá melhorar, continuarei neste caminho. Aprender a lidar com críticas faz parte do jogo."

Defensiva


A JBS informou, por meio de assessoria de imprensa, que "opera de acordo com a legislação e mantém rígidos padrões e processos para garantir a qualidade dos seus produtos" e que "não compactua com qualquer desvio de conduta de seus funcionários e tomará as medidas cabíveis".

A BRF informou que "não compactua com práticas ilícitas. "Ao ser informada da operação da PF, a companhia tomou imediatamente as medidas necessárias para a apuração dos fatos. Essa apuração será realizada de maneira independente e caso seja verificado qualquer ato incompatível com a legislação vigente, a BRF tomará as medidas cabíveis e com o rigor necessário". Informou ainda que "todas as medidas tomadas pela empresa e seus técnicos estão plenamente de acordo com os mais elevados níveis de governança e compliance e de forma nenhuma ferem qualquer preceito ético ou legal do Brasil e dos países para os quais ela exporta seus produtos".

O PMDB afirmou que não autoriza ninguém a falar em nome do partido e que está à disposição da justiça para qualquer esclarecimento (Agência Estado, 2/4/17)

Governo dá sinal verde a 3 frigoríficos alvos da Carne Fraca


Duas semanas depois da operação Carne Fraca, da Polícia Federal, o governo deu sinal verde para que três dos 21 frigoríficos investigados voltassem a operar normalmente, depois da conclusão de um trabalho de auditoria que não encontrou problemas. São eles: Argus, de São José dos Pinhais (PR), Breyer, de União da Vitória (PR) e Frigosantos, de Campo Magro (PR).

A decisão, tomada no início da noite de sexta-feira, 31, permite que eles voltem a exportar, segundo informou ao Estado o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki. E os retira do Regime Especial de Fiscalização (REF), no qual toda a produção é checada pelos fiscais antes de deixar o estabelecimento.

Esse foi o saldo das três primeiras auditorias concluídas. Há outras seis ou sete em fase final, apenas aguardando informações complementares dos frigoríficos. As demais ainda estão em curso.

Só o fim de cada auditoria permite ao governo dizer, com todo o embasamento possível, que os produtos daquele frigorífico são seguros. A auditoria envolve, entre outros procedimentos, exames que detectam risco de contaminação, presença de bactérias ou o uso de substâncias proibidas. Ela também verifica se há fraudes econômicas, como o excesso de água no frango ou de amido nos embutidos.

Os resultados que ficaram prontos até agora não indicaram nenhum risco à saúde, disse Novacki. Ele espera receber uma nova remessa de laudos na próxima segunda-feira, 3. Pelas informações preliminares que recebeu, foram encontradas novas fraudes econômicas, mas não problemas de contaminação. Ele não descartou a hipótese de novas interdições.

Exportações. 


Os principais mercados compradores de carne e derivados brasileiros foram reabertos ao longo das últimas duas semanas, mas um balanço divulgado na sexta-feira mostrava 18 mercados totalmente fechados ao produto brasileiro. Entre eles, estão vários países do Caribe. Por isso, está sendo programada uma reunião com embaixadores dessa região nesta semana.

Na segunda-feira, chega uma missão de técnicos da Arábia Saudita, que ficará no País por nove dias e visitará as 25 plantas autorizadas a exportar para lá. O país segue importando carne brasileira, exceto dos 21 frigoríficos alvos da operação, e reforçou sua inspeção.

Uma missão jamaicana já se encontra no País. Também há uma delegação da Coreia do Sul, que já tinha programado a vinda antes do escândalo e agora coleta informações adicionais. O país asiático está em fase de aprovação de frigoríficos que exportarão carne suína para lá.

A Agricultura enviou na semana passada informações complementares para a China, União Europeia, Japão e México. Este último é um dos grandes mercados que segue fechado. Porém, já há sinais que as compras serão retomadas assim que as informações adicionais chegarem lá

 (Agência Estado)

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De tequila a avião, de onde vieram os novos bilionários do mundo


Quem são alguns dos notórios ricaços estreantes da lista dos mais ricos da Forbes de 2017




São Paulo – Há negócios dos mais diversos tipos no mundo, mas nem todos rendem bilhões de dólares em patrimônio aos seus fundadores e funcionários. A lista dos estreantes de 2017 da Revista Forbes, provou que é impossível incluir estreantes de empresas tão díspares quanto tequila e aviação.

O ranking, divulgado em meados de março, traz 77 novos nomes, sendo 24 deles da Ásia – aliás, nove dos 24 são de mulheres empresárias.

Entre elas, está a Lucy Peng, cofundadora da gigante de comércio eletrônico Alibaba e dona de 2% da área de serviços financeiros da empresa, a Ant Financial. Apenas no ano passado, a divisão levantou 60 bilhões de dólares em recursos geridos.

Além dela, a região apresentou ao mundo outra nova bilionária, a empresária vietnamita Nguyen Thi Phuong Thao, de 56 anos. Ela construiu seu império sozinha a partir da criação da companhia aérea VietJet Air, avaliada em 1,2 bilhão de dólares – montante menor que o estimado para a fortuna de Nguyen, de 1,7 bilhão de dólares.

A empresária apostou na primeira empresa área de baixo custo do Vietnã, depois de muita pesquisa e empenho. Deu tão certo que, já no segundo ano de operação, a VietJet obteve lucro, com ajuda da derrapada do principal concorrente, a Vietnam Airlines, e do crescimento do mercado no país, que saltou 29% de 2012 a 2016.

Outra notória a ingressar na lista de estreantes da Forbes é a japonesa Yoshiko Shinohara, a primeira bilionária do Japão a preço das ações de sua empresa de recursos humanos saltar 50% no ano passado.

A Holdings Temp foi criada pela executiva em 1973 para ajudar mulheres a entrar no mercado de trabalho, com empregos direcionados e treinamento.


Instagram e tequila


Além de estreantes, os irmãos irlandeses John e Patrick Collison entraram na lista também como os mais jovens bilionários do mundo. Aos 26 e 28 anos, respectivamente, cada um deles tem 1,1 bilhão de dólares em fortuna a partir da Stripe, empresa de processamento de pagamentos criada por eles – um negócio avaliado em 9,2 bilhões de dólares.

Aos 33 anos, Kevin Systrom é outro jovem ricaço que apareceu pela primeira vez no ranking, graças aos 40% que possui do Instagram, a empresa fundada por ele e comprada pelo Facebook por 1 bilhão de dólares em 2012.

A fabricante de tequila Jose Cuervo, cujo IPO ocorreu no México, no ano passado, foi o que elevou a fortuna do empresário Juan Francisco Beckmann Vidal ao patamar de bilhões.

Aos 77 anos, ele estrou na lista com uma fortuna estimada de 5,2 bilhões de dólares, fruto do negócio centrado na cidade mexicana de Tequila e que abastece a família há 11 gerações.

Power niche é a mais nova ideia de marketing aplicável a advogados

Especialização absoluta



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Quando se pensa em um banco, a imagem que se faz é a de uma instituição financeira que procura atrair a quem quer que seja, desde que tenha dinheiro e queira fazer depósitos, empréstimos, investimentos etc. O Citigroup enveredou por um caminho diferente, para espantar a crise que afetou os grandes bancos americanos: criou um nicho especial para advogados e escritórios de advocacia.

Hoje, o Citi tem as contas de 85% das 200 maiores bancas americanas. E um domínio generalizado sobre as contas da classe. O Citi criou um power niche para a advocacia, depois de descobrir que os advogados e as bancas movimentam muito dinheiro e dificilmente deixam de pagar seus empréstimos em dia. O termo foi cunhado pelo advogado Bruce Stachenfeld, que escreve sobre marketing jurídico e assim o explica:
Power niche é um pequeno nicho dentro de um grande mercado [como a advocacia], que ninguém ainda ‘atacou’ e dominou. Esse tipo de nicho não é óbvio [como tantos outros] e você deve descobrir como criá-lo. Você entra nesse mercado e aprende tudo sobre ele e sobre todos que atuam nele. Você diz a todo mundo o que faz e se torna o ‘proprietário’ real desse nicho, ao demarcar sua área em um território virgem. A partir daí, quanto mais você aprende, mais você faz; e quanto mais você faz, mais você aprende – como em um círculo vicioso. Em pouco tempo, você se torna o maior especialista do mundo, incontestavelmente. Então, em vez de lutar para conquistar clientes, será procurado”.
A ideia fundamental da criação de um power niche não é ser o advogado (ou escritório) que mais conhece sua área de atuação, mas ser o que mais conhece a área de atuação dos clientes (ou o mercado dos clientes) que irão constituir o nicho. O advogado — ou escritório — tem de se especializar nos negócios dos clientes, em todas as suas atividades, e nas pessoas que operam nesse setor.

É uma imersão no universo de um grupo específico de clientes que, ao percorrê-lo, o advogado descobre, ao mesmo tempo, quais são seus problemas jurídicos, suas principais questões empresariais, políticas ou administrativas e que contribuições pode fazer, para ajudá-los em tudo o que for possível. O advogado tem de ser a fonte número um de informações do cliente, mesmo para recomendar um colega para resolver um problema jurídico em uma área que ele não atua. Depois de decidir que a advocacia seria seu power niche, o Citi estabeleceu algumas diretrizes:


1) iria aprender tudo sobre o mundo jurídico;
2) iria promover seminários em que especialistas em administração iriam ensinar os sócios-administrativos dos escritórios a gerir os próprios escritórios;
3) iria coletar dados de escritórios de advocacia bem-sucedidos sobre receitas, despesas, lucros, dividendos, investimentos etc., para disponibilizá-los a sua base de clientes;
4) iria oferecer termos mais vantajosos aos advogados e escritórios de advocacia, em comparação com outros clientes;
5) iria disponibilizar seu grande império de serviços financeiros a esse público;
6) iria se tornar o lugar de preferência dos escritórios que quisessem fazer sucesso.


O escritório do advogado Bruce Stachenfeld, uma banca de pequeno porte (cerca de 50 advogados) em Manhattan, Nova York, escolheu como seu power niche: o mercado imobiliário — com seus empreendedores, agentes  empresas. A banca ficou conhecida como a “The Pure Play in Real Estate Law”. Stachenfeld entende tão bem esse mercado, que escreve o “The Real Estate Philosopher”, uma importante fonte de informações no mundo imobiliário.

A criação de power niches é uma fórmula indicada para advogados que querem abrir um escritório de advocacia ou querem reestruturar um existente que não vai bem. Stachenfeld conta a história do Signature Bank, que abriu sua primeira agência na cidade de Nova York, onde a concorrência é excruciante. Ao contrário das expectativas gerais, o Signature Bank se tornou, em alguns anos, o banco de crescimento mais rápido em Nova York. O diretor de desenvolvimento de negócios do Signature contou ao advogado o segredo do sucesso, em uma festa: “nos focamos em nichos”.

Os advogados que conseguem penetrar no universo dos clientes, ao criar tais nichos, não lutam para “obter” clientes e não “vendem” a clientes: eles “criam” clientes, naturalmente. Eles chegam a uma forma de relacionamento ideal preconizada por Steve Jobs, o ex-manda-chuva da Apple: “Não pergunte ao cliente o que ele quer. Em vez disso, diga ao cliente o que ele deve querer”. Esse é o papel do consultor (em oposição ao papel do vendedor).

http://www.conjur.com.br/2017-abr-02/power-niche-ideia-marketing-advogados