Se o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, e a Polícia
Federal saíram mais do que chamuscados, a Operação Carne Fraca
fortaleceu a posição de Blairo Maggi. No próprio Palácio do Planalto e
entre as empresas do setor, há um consenso de que o estrago teria sido
muito maior não fosse a rápida reação de Maggi para amortecer o impacto
da notícia, sobretudo no exterior.
Logo na manhã de sábado, 18 de março, no dia seguinte à Operação, em
um trabalho conjunto entre a Agricultura e as Relações Exteriores, as
embaixadas do Brasil na Europa e na Ásia começaram a passar informações a
autoridades de países chaves no comércio da carne brasileira, como
Rússia e China.
Naquele mesmo fim de semana, foram iniciadas as tratativas para a
visita de Maggi a Pequim. O ministro também trouxe para si o complexo
trabalho de comunicação, a ponto da Agricultura assinar conjuntamente a
nota em que a Polícia Federal purga os excessos da Operação.
O que também calou fundo entre o setor foi o valor simbólico da
imediata declaração do ministro da Agricultura afiançando oficialmente
ao mercado internacional que não havia qualquer problema com a carne
brasileira.
(Relatório Reservado, 31/3/17)
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