PointState é um dos maiores acionistas da Oi
A maré não anda boa para o empresário
Nelson Tanure, que tenta capitanear a recuperação judicial da
endividadíssima operadora de telefonia Oi. Primeiro, surgiu a ameaça de
intervenção pelo governo federal — um tiro que mirou Tanure. Nas
palavras de um membro do governo, “a gente precisava mostrar para ele
que a Oi não é o Jornal do Brasil” (o jornal foi comprado na bacia das
almas por Tanure e acabou minguando).
A ameaça acabou desencadeando consequências duras na aliança de
acionistas que vinha sendo encabeçada por ele. Segundo EXAME apurou, o
fundo americano PointState, um dos maiores acionistas da Oi, comunicou à
diretoria da empresa que não está mais ao lado de Tanure. De maneira
muito discreta, o fundo passou a incentivar a formação de um grupo de
acionistas dissidentes e credores para propor um plano tido por eles
como viável para a sobrevivência da Oi. Uma reunião em Nova York estava
sendo agendada — provavelmente para o dia 10 de abril.
Eles sabem que Tanure e a portuguesa Pharol têm o poder de fato, já
que dominam o conselho de administração. Mas querem, no mínimo,
pressioná-los a mudar sua proposta — ou jogar um contra o outro.
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