O objetivo é cobrir prejuízos de R$ 544 milhões nas obras do Comperj
O Tribunal de Contas da União (TCU)
bloqueou nesta quarta-feira, 5, bens de oito empreiteiras investigadas
na Operação Lava Jato. O objetivo é cobrir prejuízos de R$ 544 milhões
nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
O valor corresponde ao superfaturamento apurado em quatro contratos,
conforme antecipou o jornal O Estado de S. Paulo no dia 29 de março.
A medida do TCU, oficializada à noite, atinge Galvão Engenharia,
Alusa, Promon, Engevix, Iesa Óleo e Gás, Queiroz Galvão, Techint e
Skanska Brasil.
As quatro últimas empresas citadas foram declaradas inidôneas pelo
tribunal ou o governo, e estão proibidas de participar de licitações
para contratos bancados com recursos federais.
A indisponibilidade patrimonial foi decretada por um ano e deve
alcançar os ativos necessários para assegurar o ressarcimento das
perdas.
Leniência
A sanção não foi aplicada à Andrade Gutierrez, também apontada como
responsável pelos prejuízos nas obras do Comperj, porque a empreiteira
firmou acordo de leniência (espécie de delação de pessoa jurídica) com a
Lava Jato, comprometendo-se a pagar R$ 1 bilhão.
O entendimento da corte, já firmado em julgamento anterior, referente
às obras da usina de Angra 3, é o de conceder uma “vantagem
comparativa” às empresas que aceitam colaborar com as investigações.
Defesas
“A Skanska trabalha com alto nível de integridade em suas operações e
tem uma política de tolerância zero com relação a desvios éticos”,
disse a companhia por meio de nota.
A reportagem não conseguiu contato com as outras empresas citadas. O espaço está aberto para as manifestações.
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