sexta-feira, 7 de abril de 2017

Como os paulistanos avaliam os primeiros 100 dias da gestão Doria


Pesquisa da Editora Abril e MindMiners mostra que 60% dos paulistanos aprovam governo de João Doria 

 







São Paulo – Em fevereiro deste ano, durante a viagem aos Emirados Árabes para buscar investidores interessados no pacote de desestatização, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), afirmou que o seu desejo era chegar aos 100 dias de governo com avaliação superior a 50%.

Na próxima segunda, esse prazo se encerra. E, de acordo com sondagem exclusiva da Editora Abril em parceria com a MindMiners para EXAME.com, a expectativa do tucano virou realidade: 60% dos paulistanos avaliam positivamente os primeiros 100 dias da gestão Doria.

A pesquisa foi feita com 500 pessoas acima de 18 anos, de todas as regiões da cidade, entre os dias 31 de março e 4 de abril. A margem de erro é de 4,4 pontos percentuais para mais ou para menos.

Segundo o levantamento, 12% dos entrevistados avaliaram a gestão do prefeito como ruim e 25% como regular – 2% não souberam opinar. Saiba mais: Doria promete usar todas suas forças contra volta de Lula em 2018

A avaliação favorável, porém,  é relativamente menor nas classes sociais mais baixas. Entre os membros da classe C, cuja renda familiar mensal é de até R$ 2.705, a gestão Doria é aprovada por 51% dos participantes da pesquisa e reprovada por 16% deles.

A sondagem mostra ainda que 55% dos paulistanos acreditam que Doria é um prefeito mais próximo dos cidadãos do que seus antecessores. Por outro lado, 29% discordam dessa afirmação e 16% não souberam opinar.


Programas


Sobre as medidas anunciadas pelo tucano nesses 100 dias, a mais popular entre os entrevistados é a do Corujão da Saúde, mutirão em instituições privadas para zerar a fila de espera por um exame médico na rede municipal de saúde. No total, 84% consideram o programa como ótimo/bom e 42% acreditam que esta seja a melhor medida dentre as principais tomadas pela gestão.

No caso do Cidade Linda, que visa revitalizar áreas degradadas da cidade, 73% consideraram ótimo/bom, 16% regular e 8% como ruim.

Em relação ao aumento de velocidade nas pistas das marginais, 53% defendem a decisão de Doria. Em contrapartida, 26% reprovam a medida e 21% foram indiferentes.
 

A opinião dos paulistanos sobre os primeiros meses do governo do novo prefeito de São Paulo

Total
Classe AB
Classe C
35302520151050ÓtimoBomRegularRuimNão sei opinar28%32%25%12%2%
55%
acredita que Doria é um prefeito mais próximo dos cidadãos do que outros ex-prefeitos
29%  
não concorda com  essa afirmação
16% 
não soube opinar


Programas mais e menos aprovados

Total
Classe AB
Classe C
18 a 30 anos
31 anos ou mais
Total3%6%9%10%10%19%42%
Plano para privatizar Anhembi e Interlagos
Limpeza dos muros para apagar pichações
Cidade Linda
Aumento da velocidade das marginais
Nenhuma das alternativas
Maior participação das empresas no governo por meio de doações
Corujão da Saúde


Os principais motivos que elegeram Doria 

Ser empresário e não políticoBoa estratégia nas mídias sociaisSentimento anti-PTUm bom plano de governoDinheiro para bancar a própriacampanhaSimpatia do eleitoradoApoio do governo estadual(Geraldo Alckmin)Não sei opinar sobre issoOutro Motivo051015202530354045505560
Total
Classe AB
Classe C


Sobre as marginais
Qual é a sua opinião sobre o aumento de velocidade nas pistas das marginais?

Total
Classe AB
Classe C
50403020100Sou a favorSou contraIndiferente53%26%21%


Sobre o programa Cidade Linda
Como você avalia o programa que visa revitalizar áreas degradadas da cidade?

Total
Classe AB
Classe C
403020100ÓtimoBomRegularRuimNão sei opinarsobre isso42%31%16%8%3%


Sobre o programa Corujão da Saúde
Como você avalia o programa que quer zerar a fila de espera para a realização de exames em São Paulo?

Total
Classe AB
Classe C
6050403020100ÓtimoBomRegularRuimNão sei opinarsobre isso59%25%7%5%3%

Como você acompanhou a atuação de Doria nos últimos 100 dias?

71% na TV
64% em sites de notícia

58% no Facebook
Fonte: A pesquisa, realizada pela Editora Abril em parceria com a MindMiners, ouviu 500 paulistanos - de todas as regiões da cidade - acima de 18 anos entre os dias 31 de março de 2017 até o dia 04 de abril de 2017. A margem de erro é de 4,4 pontos percentuais para mais ou para menos.
Apuração: Valéria Bretas - Exame.com

Apesar de placar, consultoria vê 70% de chance de reforma passar


O relatório da consultoria norte-americana Eurasia ressalta que a resistência à reforma persiste no Congresso e que a maioria dos deputados é contra o texto

 







A consultoria norte-americana de risco político Eurasia acredita que o governo vai aprovar uma reforma da previdência “robusta”, apesar do governo ter autorizado flexibilizar cinco pontos do texto original.

Em relatório divulgado nesta sexta-feira, 7, os analistas mantém a probabilidade de 70% para a aprovação do texto com ao menos 50% do conteúdo original.

A Eurasia avalia que as concessões que o governo sinalizou na quinta-feira que fará já eram esperadas e fazem parte do jogo. Além disso, terão impacto fiscal “modesto”.

O relatório da consultoria ressalta que a resistência à reforma persiste no Congresso e menciona o Placar da Previdência realizado pelo Grupo Estado, que começou a ser divulgado na quarta-feira, 5.

O levantamento mostra que a maioria dos deputados é contra a reforma.

“O governo ainda não tem a maioria dos votos para aprovar a reforma, mas claramente tem feito progresso nas últimas duas semanas para conseguir uma maioria”, afirma o relatório da Eurasia, assinado pelos analistas especializados em Brasil, Christopher Garman, João Augusto de Castro Neves, Filipe Gruppelli Carvalho e Djania Savoldi.

O resultado do Placar da Previdência do Grupo Estado parece “assustador”, ressalta a Eurasia, mas o levantamento pode sinalizar que os parlamentares não querem ainda publicamente se mostrar a favor de uma reforma impopular.

A avaliação dos analistas é que o governo tem feito um esforço com cada partido para explicar a reforma e o custo econômico que teria da não aprovação do texto, mais um ponto para a Eurasia manter a probabilidade de aprovação da reforma em 70%.

A reforma “ambiciosa” proposta pelo governo foi desenhada já com alguma gordura para cortar, destacam os analistas. Por isso, era esperado que o governo recuasse em alguns pontos.

Em Brasília, a Eurasia consultou líderes de vários partidos nos últimos dois dias e notou que há resistência ao projeto, mas os parlamentares sinalizaram que está sendo construído um caminho para a aprovação. Por isso, a probabilidade de não aprovação da reforma atribuída pela Eurasia é de apenas 10%.

“Os líderes dos partidos têm feito progresso nas últimas duas semanas em identificar os pontos de pressão em cada partido contra a reforma proposta pelo governo”, afirmam os analistas, destacando que as concessões pelo Planalto sinalizadas na quinta mostram a estratégia de flexibilizar em alguns pontos que são importantes para os parlamentares, mas de pouco impacto fiscal.


Comissão Europeia autoriza aquisição da Sky pela Fox


A compra foi autorizada após a Comissão não constatar problemas de concorrência na Europa

 




A Comissão Europeia autorizou nesta sexta-feira a aquisição do grupo britânico de televisão Sky pelo grupo americano 21st Century Fox, ao não constatar problemas de concorrência na Europa, anunciou o Executivo comunitário.

“Fox e Sky exercem principalmente suas atividades em mercados diferentes na Alemanha, Áustria, Irlanda, Itália e Reino Unido”, pelo que entram em uma “concorrência limitada, essencialmente nos mercados de aquisição de conteúdo televisivo e de oferta no varejo de canais de televisão por assinatura”, afirma a Comissão em um comunicado.
  
 
 

Saraiva sai na frente em disputa pela Fnac no Brasil


De acordo com notícia divulgada pela agência Reuters, varejista teria surgido como possível compradora da rival




São Paulo – Depois da notícia de que a Fnac estaria saindo do Brasil, e a entrevista da empresa com a explicação de que ficará no país, mas busca um sócio, é a vez da Saraiva aparecer como uma possível compradora do negócio. A informação é da Reuters.

Segundo a agência, a então concorrente teria surgido como uma possível compradora do negócio brasileiro da varejista de livros e eletrônicos.

O processo de compra corre em sigilo, mas a Fnac Darty confirmou a contratação do Banco Santander Brasil para a assessoria financeira no processo.

Ainda de acordo com a Reuters, o banco já teria entrado em contato como uma lista de investidores, que incluiria General Atlantic LLC, Advent International, HIG Capital LLC e a Península Participações, que controla a fortuna do empresário Abilio Diniz.

Procurada por EXAME.com, a Fnac ainda não se pronunciou sobre o assunto.


Em consolidação


A crise das varejistas de livros e eletrônicos é uma realidade há alguns anos, não só no país, como no mundo. Os negócios vêm sendo abalados pela mudança de comportamento dos consumidores, atrelada à retração de consumo dos mercados e à forte concorrência com a Amazon.

No Brasil há cerca de duas décadas, a Fnac no Brasil opera com 12 lojas e o negócio representa 2% das vendas anuais do grupo, estimadas em 7,4 bilhões de euros.

No entanto, com a queda das vendas nos últimos anos, a operação tem caixa suficiente para se manter com seus atual capital de giro, mas precisa de recursos de fora para conseguir expandir o negócio. 

A consolidação é uma realidade também do setor no Brasil. Em março, a Livraria Cultura, outra que vêm passando dificuldades, negou que estivesse em negociação de venda para a Saraiva.

Por sua vez, a Saraiva tem reduzido sua aposta nos livros e ampliado espaço para tecnologia, games e aluguel de área para cafés.


Governo piora meta de déficit primário para R$129 bi em 2018


O dado confirmado pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, está muito acima da previsão anterior de um rombo de 79 bilhões de reais

 




Brasília – O governo fixou nesta sexta-feira um déficit primário de 129 bilhões de reais para o governo central (governo federal, Banco Central e Previdência) em 2018, informou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, muito acima da previsão anterior de um rombo de 79 bilhões de reais.

Para o setor público consolidado, a meta é de um déficit de 131,3 bilhões de reais, abarcando também um déficit de 3,5 bilhões de reais para estatais federais e um superávit de 1,2 bilhão de reais para Estados e municípios.

Antes, a previsão era de um saldo negativo em 66 bilhões de reais para o setor público consolidado, cifra que englobava, além do rombo do governo central, um déficit de 3 bilhões de reais para estatais federais e superávit de 16 bilhões de reais para Estados e municípios.