sexta-feira, 12 de maio de 2017

PF investiga fraude em empréstimos do BNDES


JBS nega ter sido favorecida pelo banco

 

Por Agência Brasil

PF investiga fraude em empréstimos do BNDES

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (12) uma operação para investigar fraudes e irregularidades em aportes concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A Operação Bullish busca cumprir 37 mandados de condução coercitiva, sendo 30 no Rio e sete em São Paulo, e 20 mandados de busca e apreensão, sendo 14 no Rio e seis em São Paulo. De acordo com investigações da PF em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) do Distrito Federal, o suposto favorecimento indevido a um grupo econômico que atua no ramo de frigoríficos ocorreu entre 2007 e 2011 e envolveu – considerando todas as operações realizadas – cerca de R$ 8,1 bilhões.

Entre os problemas citados aparecem a compra, pelo BNDESPar – braço do banco voltado para a participação acionária em outras empresas – de ações da empresa frigorífica por valores acima dos praticados pelo mercado, além da não devolução de recursos que haviam sido liberados pelo banco de fomento para uma aquisição empresarial que não se concretizou. Os autores do pedido citam ainda prejuízos decorrentes de operações com debêntures, a dispensa de garantias no momento da subscrição de papéis da empresa e a mudança de percepção do banco público em relação aos riscos do aporte de capital feito no grupo econômico investigado.

As investigações da PF e do Ministério Público verificou que, depois de contratar uma empresa de consultoria ligada a um parlamentar à época, os desembolsos da BNDESPar ocorreram de forma muito rápida. Além disso, de acordo com a PF, as transações foram feitas sem as garantias e sem a exigência de prêmio contratualmente previsto. Isso teria gerado prejuízos de R$ 1,2 bilhão aos cofres públicos. “Outro fato que chama a atenção foi o exíguo prazo da análise das operações financeiras complexas e da ausência de relatórios de diligências”, destaca o juiz federal Ricardo Augusto Soares Leite, em um trecho da decisão que acatou os pedidos de medidas cautelares.

Além dos mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão, a Justiça decretou a indisponibilidade de bens de pessoas físicas e jurídicas suspeitas de participar direta ou indiretamente da composição acionária do grupo empresarial investigado. Os controladores do grupo também estão proibidos, ainda em razão da decisão judicial, de promover qualquer alteração societária na empresa investigada e de se ausentar do país sem autorização judicial prévia. A Polícia Federal monitora cinco dos investigados que se encontram em viagem ao exterior.


JBS nega ter sido favorecida por BNDES
 

O grupo alimentício JBS informou, por meio de nota, que não foi favorecido em qualquer operação financeira envolvendo a BNDESPar, subsidiária do BNDES. A nota da JBS afirma que a empresa sempre pautou seu relacionamento com bancos públicos e privados de maneira profissional e transparente. “Todo o investimento do BNDES na companhia foi feito por meio da BNDESPar, seu braço de participações, obedecendo às regras de mercado e dentro de todas as formalidades. Esses investimentos ocorreram sob o crivo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e em consonância com a legislação vigente. Não houve favor algum à empresa. Todos os atos societários advindos dos investimentos da BNDESPar foram praticados de acordo com a legislação do mercado de capitais brasileiro, são públicos e estão disponíveis nos sites da CVM e de relações com investidores da JBS”, diz a nota. 


http://www.amanha.com.br/posts/view/3982


BRF prevê despesas maiores de marketing após Carne Fraca


Presidente-executivo da BRF disse que as despesas de marketing devem subir com a empresa lidando com as consequências da operação Carne Fraca

 






São Paulo – A empresa de alimentos BRF afirmou nesta sexta-feira que o recente escândalo no setor de carnes no país, que resultou no fechamento temporário de uma planta da companhia e na acusação de dois executivos da empresa, seguirá afetando suas operações.

Em teleconferência com analistas, o presidente-executivo da BRF, Pedro Faria, disse que as despesas de marketing devem subir com a empresa lidando com as consequências da operação Carne Fraca da Polícia Federal, que acusou agentes sanitários e alguns executivos de conspirarem para o descumprimento de regras.

“A investigação deixará marcas profundas”, disse o executivo, acrescentando que a BRF espera sair mais forte disso.

Itaú diz não esperar impacto da aquisição da XP em 2017


Com a aquisição, o banco espera gerar criação de valor para seus acionistas com base na expectativa de crescimento

 



São Paulo – O presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, disse que a aquisição de uma fatia minoritária na XP Investimentos não deve trazer impacto significativo no resultado do banco neste ano. Isso porque, acrescentou ele, as aprovações regulatórias para o negócio podem levar um ano.

De acordo com Bracher, o Itaú espera, com a aquisição da participação minoritária da XP, gerar criação de valor para seus acionistas com base na expectativa de crescimento do negócio.

Na quinta-feira, o banco firmou acordo para comprar 49,9% da XP Investimentos por R$ 6,257 bilhões, sendo R$ 600 milhões desse total referentes ao aporte.


Aumento de capital


A injeção de R$ 600 milhões que o Itaú Unibanco fará na XP Investimento servirá para reforçar o capital de giro da companhia, pagar a aquisição da Rico, feita ano passado, ou para “qualquer outro investimento” que a corretora queira fazer, disse Bracher.

A XP estava trabalhando para realizar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), que seria secundária e primária, ou seja, com injeção de recursos no caixa da empresa.


Competição


Segundo Bracher, a XP Investimentos continuará competindo com as demais corretoras, incluindo o próprio Itaú Unibanco. “O Itaú não terá acordo de preferência na comercialização de produtos na XP”, explicou ele, em teleconferência com analistas e investidores.

O executivo disse que será uma decisão exclusiva da XP distribuir, ou não, produtos do Itaú. “A XP decidirá se irá distribuir um produto do Itaú ou de qualquer outro banco”, afirmou.

De acordo com o executivo, o cálculo que o Itaú fez para obter o valor que será pago pela XP considerou a situação econômica atual do Brasil, ou seja, sem esperar uma grande melhora da economia. Na avaliação feita pelo Itaú, o valor total da XP foi definido em R$ 12 bilhões, número que reflete um múltiplo de preço sobre o lucro estimado para 2018 em 20 vezes. No ano passado, o lucro líquido ajustado da XP foi de R$ 251 milhões.

“A projeção de crescimento do lucro da XP é baseado no crescimento que a empresa já tem”, afirmou. Ele lembrou que, ao longo dos anos, a XP conseguiu atrair clientes dos bancos para sua plataforma. Bracher frisou ainda que um dos pontos que interessou ao banco em realizar o negócio foi a paixão e qualidade da gestão dos atuais administradores da XP.

Após o cumprimento de determinadas condições precedentes, incluindo aprovações regulatórias, o Itaú passa a ter direitos como acionista minoritário da XP Holding e poderá indicar entre dois e sete membros para o Conselho de Administração da corretora.


Petrobras reverte prejuízo e tem lucro R$4,45 bi no 1º tri


A receita líquida somou R$ 68,365 bilhões no primeiro trimestre, o que significa um recuo de 3% tanto na comparação anual quanto na trimestral

 




São Paulo/Rio de Janeiro – A Petrobras reportou lucro líquido de R$ 4,449 bilhões no primeiro trimestre deste ano, ante prejuízo de R$ 1,246 bilhão no mesmo período de 2016 e lucro de R$ 2,510 bilhões nos três meses imediatamente anteriores, conforme os números atribuíveis aos acionistas.

De acordo com a petroleira, o resultado foi determinado por menores gastos com importações de petróleo e gás natural, pela maior participação do óleo nacional na carga processada e pela maior oferta de gás nacional; pelo aumento de 72% nas exportações, que atingiram 782 mil barris/dia, com preços médios de petróleo mais elevados; pela redução de 27% nas despesas com vendas, gerais e administrativas; pela queda de 11% nas despesas financeiras líquidas e por menores gastos com baixa de poços secos e/ou subcomerciais e com ociosidade de equipamentos.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da petroleira foi de R$ 25,254 bilhões, alta 19% em relação ao mesmo intervalo de 2016 e aumento de 2% ante o quarto trimestre do ano passado.

A margem do Ebitda ajustado foi de 37% no período em questão, informou a companhia.

A receita líquida somou R$ 68,365 bilhões no primeiro trimestre, o que significa um recuo de 3% tanto na comparação anual quanto na trimestral.

O resultado financeiro líquido da estatal ficou negativo em R$ 7,755 bilhões no trimestre encerrado em março, ante uma cifra negativa em R$ 8,693 bilhões de igual trimestre de 2016 e despesas financeiras líquidas de R$ 5,309 bilhões no quarto trimestre de 2016.
 
 

As fintechs têm boas notícias para quem está procurando emprego


Creditas, PicPay e Easynvest, juntas, estão contratando mais de 100 profissionais

 




São Paulo – As fintechs, startups do setor financeiro, estão crescendo no Brasil. Segundo um relatório deste ano do FintechLab o Brasil já conta com 247 iniciativas nesse segmento, sobretudo na área de pagamentos, gestão financeira, empréstimos e investimentos.

 Essas novas empresas chegam para desafiar os bancos no Brasil oferecendo a clientes, por exemplo, serviços financeiros que podem ser contratados e utilizados na palma da mão pelo smartphone.  Uma delas, o Nubank, está na lista dos bancos que pagam melhor no Brasil, segundo levantamento com base nas informações divulgadas por funcionários na plataforma Love Mondays.

Creditas, PicPay e Easynvest também e encaixam nesta categoria de cultura digital na área financeira e, juntas, estão com mais de 100 vagas.   Como é praxe em startups, as fintechs também prometem ambiente descontraído e de inovação em seus escritórios. Confira detalhes das empresas e das oportunidades que elas têm agora:


Creditas 


A plataforma digital de empréstimos está com 40 vagas abertas para São Paulo (SP).  Há vagas de estágio e também para profissionais de nível sênior nas áreas de comunicação, marketing, financeiro, análise de crédito, atendimento ao consumidor e TI.

Profissionais com boa técnica que gostem de inovação e que aprendam rápido têm mais chances de se destacar. Trabalho em equipe também é um valor essencial na empresa. Lá a equipe de TI trabalha perto de outras áreas para que a colaboração ganhe mais espaço, aumentando o engajamento.

A descrição das vagas está no site de carreiras da Creditas. Entre os benefícios que a empresa oferece estão aulas de inglês, mensalidade de academia e jogos no escritório. 


Escritório da Creditas: pingue pongue é destaque (Creditas/Divulgação)


PicPay

A rede social de pagamentos está recrutando 50 profissionais para trabalhar em Vitória (ES). Eles precisam de pessoas para as áreas de desenvolvimento, growth, RH, relacionamento e risco.

A empresa exige fluência em inglês, vivência internacional e boa formação acadêmica, além, é claro, de cultura de inovação, criatividade e empreendedorismo. Em contrapartida promete remuneração acima da média e ambiente informal. Interessados podem enviar o currículo para o e-mail talentos@picpay.com . Mais informações estão no site da PicPay.

Escritório da PicPay: empresa está contratando (Andressa Freitas/Divulgação)

Easynvest


A corretora digital de valores que tinha 60 funcionários em janeiro do ano passado, hoje já tem quase 170 pessoas trabalhando por lá. E quer mais: são mais de 20 vagas para o seu escritório em São Paulo, em diferentes níveis de hierarquia.

Há oportunidades profissionais nas áreas de atendimento, compliance, data science, tecnologia, marketing e comercial. A startup inclusive está recebendo inscrições para seu programa de estágio nas áreas comercial e de compliance.

Agilidade e colaboração são características valorizadas pela empresa. Segundo a equipe da Easynvest, perfil empreendedor e capacidade de trabalhar com autonomia são indispensáveis. As vagas estão descritas no site de carreiras da Easynvest.


Easynvest: em um ano ela foi de 60 para 170 funcionários (Easynvest/Divulgação)

Justiça confirma irmãos Batista como alvos de operação Bullish


Autoridades também determinaram que Wesley e Joesley não poderão fazer qualquer mudança estrutural ou societária nas empresas atuais

 

 Por Reuters


São Paulo – A Justiça Federal do Distrito Federal confirmou que os irmãos Wesley e Joesley Batista, controladores de empresas como a produtora de alimentos JBS, foram alvos da operação Bullish, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira, e que foram emitidos mandados de condução coercitiva para ambos.

Na decisão que autorizou a operação desta sexta-feira, o juiz federal Ricardo Leite, substituto da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, também determinou que Wesley e Joesley não poderão fazer qualquer mudança estrutural ou societária nas empresas atuais até a conclusão de relatório da Polícia Federal sobre a legalidade de seus atos.


A JBS tem trabalhado nos últimos meses em uma oferta de ações de suas operações internacionais.

Cármen Lúcia dá uma lição sobre desigualdade de gênero no STF



A presidente do STF deu uma bronca no ministro Luiz Fux quando ele interrompeu a fala da ministra Rosa Weber

 




São Paulo – Durante sessão plenária na última quarta-feira (10), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, deu uma bronca no ministro Luiz Fux quando ele interrompeu a fala da ministra Rosa Weber.

A ministra se queixou da desigualdade entre homens e mulheres na Corte ao dizer que os magistrados as interrompem constantemente. Vale lembrar que  Cármen Lúcia e Rosa Weber são as únicas mulheres na composição atual do STF.

Cármen chamou a atenção de Fux quando ele disse que concedia a palavra para que Rosa Weber proferisse o seu voto.  “Como concede a palavra? É a vez dela votar. Ela é quem concede, se quiser, uma parte”, afirmou a ministra.

Em seguida, a presidente da Suprema Corte citou uma pesquisa que diz que em todos os tribunais constitucionais onde há mulheres, as ministras são 18 vezes mais interrompidas do que os ministros.


Veja o diálogo:

 
Cármen Lúcia: Ministra Rosa Weber, Vossa Excelência tem a palavra para voto.
Rosa Weber: Ministro Lewandowski, o ministro Fux é quem tinha me concedido um aparte.
[Nesse momento, o ministro Luiz Fux interrompe a fala das ministras]
Cármen Lúcia: Agora é o momento do voto.
Luiz Fux: Concedo a palavra para o voto integral.
Cármen Lúcia: Como concede a palavra? É a vez dela votar. Ela é quem concede, se quiser, à Vossa Excelência, uma parte.
Foi feita agora uma análise, só um parêntese. Foi feita agora uma pesquisa, já dei ciência à ministra Rosa, em todos os tribunais constitucionais onde há mulheres, o número de vezes em que as mulheres são aparteadas é 18 vezes maior do que entre os ministros.
Luiz Fux: Deve ser inveja.
Cármen Lúcia: E vou dizer mais, a ministra Sotomayor [da Suprema Corte americana] me perguntou: como é lá? Lá, em geral, eu e a ministra Rosa, não nos deixam falar, então nós não somos interrompidas.  Mas agora é a vez de a ministra [Rosa Weber], por direito constitucional, votar. Tem a palavra, ministra.

Assista ao momento da lição sobre desigualdade de gênero