quarta-feira, 24 de maio de 2017

Petrobras e BTG avaliam venda de negócio na África por US$ 3 bi


Segundo fontes, os proprietários planejam nomear nos próximos dias um banco de investimento para aconselhar sobre o processo

 





Petrobras, BTG Pactual e Helios Investment Partners estão avaliando a venda de seus negócios de exploração de petróleo e gás em conjunto na África, que poderia render cerca de US$ 3 bilhões, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.

Os proprietários do negócio planejam nomear um banco de investimento para aconselhar sobre o processo nos próximos dias, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas porque a informação é privada.

Os ativos podem gerar interesse de grandes empresas de petróleo que procuram expandir negócios no continente e de investidores financeiros, disseram as pessoas. Nenhum acordo final foi alcançado com nenhuma das partes, disseram. Petrobras e BTG disseram separadamente neste mês que estavam considerando vender o ativo.

O BTG entrou no empreendimento com a Petrobras em 2013, pagando US$ 1,5 bilhão por uma participação de 50%. A Helios, empresa de investimentos com foco na África, juntou-se ao BTG no empreendimento logo depois.

Uma porta-voz da Petrobras citou uma declaração de 10 de maio dizendo que a diretoria havia aprovado um plano para adicionar os ativos africanos à sua carteira de desinvestimento, e a empresa contrataria consultores financeiros para orientar sobre as vendas de ativos. Representantes do BTG e da Helios preferiram não comentar.

Este conteúdo foi originalmente publicado na Bloomberg.

JBS tenta recuperação na Bolsa em meio à coleção de problemas


Com a divulgação de detalhes do depoimento de Joesley Batista, a JBS viu seu valor de mercado encolher e seus problemas multiplicarem

 



São Paulo — A JBS opera em alta na Bolsa, pelo segundo dia consecutivo, com os papéis recuperando parte das perdas acumuladas desde a última quinta-feira (18), quando começaram a aparecer os primeiros detalhes da delação premiada dos irmãos Batista, controladores da companhia.

Hoje, os papéis chegaram a subir cerca de 5%. Por volta das 14h, registravam alta de 2,14%, negociados a 6,69 reais. Ontem, terminaram o dia com ganhos de 9,53%.

No mês, no entanto, o saldo é negativo. Do começo de maio para cá, as ações da gigante de alimentos acumulam perdas de quase 35%. No mesmo período, o Ibovespa recuou 2,42%.

 

Coleção de problemas


Com a divulgação de detalhes do depoimento de Joesley Batista ao Ministério Público Federal (MPF), a JBS viu seu valor de mercado encolher ao menos 8 bilhões de reais e seus problemas multiplicarem.

O Ministério Público Federal (MPF) tenta fechar com a companhia um acordo de leniência que envolveria o pagamento de 11 bilhões de reais em multas.

O acordo ainda não foi fechado, mas segundo a agência Reuters, membros da família Batista teriam contratado o Bradesco BBI para trabalhar em um plano de venda de ativos. Os recursos, segundo a reportagem, seriam utilizados no acordo. A empresa nega a informação.

A companhia também virou alvo da fúria de investidores norte-americanos. Na segunda-feira, o escritório de advocacia Rosen Law Firm informou que está preparando uma ação coletiva para os acionistas do frigorífico que tiveram prejuízos com as notícias da delação. 

Como tem empresas nos Estados Unidos, a JBS deve responder à lei anticorrupção local, chamada FCPA (Foreign Corruptions Practices Act). A legislação, que é a mais antiga do gênero, prevê penas severas para ilícitos cometidos em qualquer lugar do mundo. 

Quem também pode entrar na justiça contra a empresa dos Batista é a BRF. Na noite da última terça-feira, a companhia informou que avalia a possibilidade de abrir um processo para obter reparação por eventuais prejuízos causados pela conduta da JBS.

Fora tudo isso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu sete investigações envolvendo a JBS. Entre as questões que serão analisadas pela autarquia estão a atuação da JBS no mercado futuro de dólar, a atuação do Banco Original (controlado pela holding da JBS) no mercado de derivativos, indícios de insider trading ao MPF e negociações do acionista controlador da JBS com ações de emissão da companhia.

Sobre as investigações, a JBS disse, em nota, que irá responder aos questionamentos dentro do prazo estipulado pela CVM e que está “cooperando completamente com as autoridades para solucionar as questões em aberto.”

Hora de comprar?


Mesmo com a crise vivida pela JBS, algumas instituições como a Citi Corretora mantiveram a recomendação de compra dos papéis da empresa.

A avaliação do banco norte-americano, segundo um operador consultado pela agência Estado, é que os riscos operacionais para a companhia são baixos no curto prazo, já que poucos clientes parariam de comprar os produtos da empresa.

Em comentário aos investidores, o BTG Pactual disse, ontem, que o rebaixamento da JBS feito pelo banco em setembro do ano passado, após o anúncio da Operação Greenfield, levou em conta preocupações que agora fazem sentido.

De acordo com o banco, as dívidas da companhia são formadas principalmente por tipos de débitos muito líquidos, e não é certo que os bancos vão cortar as linhas para a companhia e os refinanciamentos, já que as grandes instituições são muitos expostas à JBS.

Os analistas do BTG também levantaram a dúvida se os acordos em discussão com a Justiça brasileira serão pagos pela JBS ou pelos controladores. Segundo os cálculos do banco, a cada 1 bilhão de reais em multas que a companhia poderia pagar, o impacto seria de 0,37 real no papel.

Em um cenário de Ebitda “normalizado” em 2017 e assumindo riscos de refinanciamento, a análise conservadora do BTG Pactual projeta um potencial de valorização da ação da JBS.

Com Estadão Conteúdo.

Protesto pede saída de Temer e eleições diretas


Ato Ocupa Brasília em defesa das "diretas já" e contra Temer tem confronto entre manifestantes e polícia

 




São Paulo —  Já dura cerca de duas horas confronto entre policiais e manifestantes durante a marcha Ocupa Brasília das centrais sindicais e grupos de esquerda  pelo  fim do governo do presidente Michel Temer e em apoio à  convocação de eleições diretas.

A manifestação começou pacífica no final da manhã, mas por volta das 14h, o clima começou a ficar tenso na região da Esplanada dos  Ministérios. De um lado, manifestantes atearam fogo em barricadas enquanto policiais jogavam bombas de gás lacrimogênio e atiravam balas de borracha. Há registro de incêndio e depredação em prédios dos ministérios. Há relatos de feridos entre os manifestantes.


ACOMPANHE AO VIVO OS PROTESTOS POR DIRETAS JÁ EM BRASÍLIA

16h02 – Oposição faz protestos na Câmara dos Deputados e pede suspensão da sessão
Neste momento, os deputados de oposição tentam obstruir a sessão da Câmara. Eles ocupam a Mesa Diretora erguendo uma faixa com os dizeres “Fora Temer” e pedem, em coro, a saída do presidente da República e eleições diretas. Eles afirmam que só sairão dali se houver reunião de líderes.
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Deputados tomam a mesa do plenário da Câmara, em dia de protesto contra Temer dia 24/05/2017
Deputados tomam a mesa do plenário da Câmara, em dia de protesto contra Temer dia 24/05/2017 (Gian Kojikovski/EXAME Hoje)

15h53 – Segundo Secretaria de Segurança do DF, 35 mil pessoas participaram do protesto. Organizadores falam de 150 mil.

15h40 – Ministério da Agricultura em chamas 
Há um foco de incêndio no prédio do Ministério da Agricultura.  Outros edifícios da Esplanada dos Ministérios estão sendo evacuados neste momento. Segundo informações do Palácio do Planalto, de acordo com a GloboNews, os bombeiros não conseguem chegar até o Ministério da Agricultura para apagar o incêndio.

15h27 – No caminhão de som, segundo o portal G1, organizador fala que estão tentando conter os manifestantes que estão se excedendo.

15h21 – Prédios de ministérios são alvo de depredação 
Há uma série de atos de vandalismo contra prédios públicos ao longo do percurso. Banheiros qúímicos foram usados como barricada.
Protesto em Brasília contra o presidente Michel Temer e a favor das Diretas Já gera confusão
Protesto em Brasília contra o presidente Michel Temer e a favor das Diretas Já gera confusão (Ueslei Marcelino/Reuters)

15h18 – Nas redes sociais, organizadores relatam que há feridos entre os manifestantes.

15h15 – Manifestantes tentam invadir Ministério da Fazenda 
Manifestantes tentaram invadir o Ministério da Fazenda. Com paus e mastros de bandeiras, eles quebraram o vidro do edifício e foram retirados por integrantes da Força Nacional, que fazem agora um paredão para proteger o local.
Com Estadão Conteúdo.

15h11 – Manifestantes ateiam fogo em barricadas 
O clima é tenso nos arredores da Esplanada dos Ministérios. Manifestantes ateiam fogo em barricadas  enquanto a PM atira balas de borracha e bombas de gás. Banheiros químicos são usados como barricadas também.

15h – Frente Brasil Popular diz que bala de borracha atingiu morador de rua

14h53 – Veja as fotos do protesto por Diretas Já:

14h46 – Policiais fecham a entrada da chapelaria do Congresso
Policiais impedem entrada de manifestantes no Congresso
Policiais impedem entrada de manifestantes no Congresso (Gian Kojikovski/EXAME.com)

14h40 – Tensão também dentro do Congresso:
Policiais impedem a entrada no Salão Negro
Policiais impedem entrada no Congresso em dia de protesto por eleições diretas em Brasília - 24/05/2017
Policiais impedem entrada no Congresso em dia de protesto por eleições diretas em Brasília – 24/05/2017 (Gian Kojikovski/EXAME.com)

14h34 – Policiais jogam bombas de gás contra manifestantes
A polícia cerca o gramado principal da Esplanada dos Ministérios para impedir a entrada de manifestantes, atingindo também jornalistas que estão cobrindo o ato:
Protesto em Brasília contra o presidente Michel Temer e a favor das Diretas Já gera confusão
Protesto em Brasília contra o presidente Michel Temer e a favor das Diretas Já gera confusão (Ueslei Marcelino/Reuters)

14h20 – Manifestantes começam a chegar no Congresso
Segundo a cobertura ao vivo da Globonews, há alguns focos de conflito entre manifestantes e a Polícia Militar, com alguns carros de som incitando resistência às revistas.

14h03 – Com protestos nas ruas, Temer encontra senadores do PMDB – mas exclui alguns nomes
O presidente está reunido com senadores da bancada de seu partido, o PMDB. Entre os presentes está o presidente da Casa, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE).
Nem todos foram convidados, contudo.
Na lista de excluídos estão Kátia Abreu, Renan Calheiros, Eduardo Braga e Roberto Requião. Antes de começar, já circulava a informação de que o governo vai exonerar cargos de indicados por Braga e Calheiros
Vale lembrar que Calheiros teria combinado de participar dos atos desta quarta. A princípio, a ideia era que ele fizesse um discurso por volta das 11h. Ele não apareceu. Os organizadores da marcha afirmam que a bateria de discursos será por volta de 16h, em frente ao Congresso. Vamos ver se ele aparece.
Presidente do Senado, Renan Calheiros, durante sessão da Casa, em Brasília 26/08/2016
(Ueslei Marcelino/Reuters)

13h40 – Manifestantes e PM se enfrentam em protestos 
Segundo relatos nas redes sociais, acontece nesse momento um princípio de confusão durante a marcha. De acordo com informações da GloboNews, os manifestantes tentaram furar o  cordão de revista da PM, que reagiu com spray de pimenta.
Os manifestantes também são revistados pela PM na entrada da Esplanada para evitar que ingressem no local com objetos cortantes ou perfurantes.


13h29 – A marcha continua. Destino é o Congresso 

13h22 – The Guardian pede eleições diretas no Brasil 
Até o jornal The Guardian aderiu ao clima de “Diretas Já”. Em editorial publicado nesta segunda-feira, a publicação britânica afirma que se políticos investigados forem os responsáveis por escolher o novo presidente, em caso do fim do mandato de Temer, a população brasileira pode entrar em um ciclo de apatia ou tender para figuras autoritárias, como o deputado Jair Bolsonaro.
The Guardian faz editorial defendendo eleições diretas no Brasil
The Guardian faz editorial defendendo eleições diretas no Brasil (The Guardian/Reprodução)


13h13 – UNE entrega abaixo-assinado com 220 mil assinaturas por diretas
Militantes da União Nacional dos Estudantes entregaram há pouco para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, um abaixo-assinado com 220 mil assinaturas pedindo eleições diretas para presidente da República. Segundo Carina Vitral, presidente da UNE, os apoios foram recolhidos em apenas uma semana. 
“O abaixo-assinado mostra que não estamos sozinhos, temos o apoio da população que está clamando por votar para presidente da República”, afirmou Carina em entrevista coletiva no salão verde da Câmara  há pouco.


13h03 – Manifestantes não se esquecem de reformas
Quando o protesto desta quarta foi convocado há mais de duas semanas, ninguém imaginava que o governo Temer estaria vivendo uma situação tão complicada como a atual. A princípio, a ideia era fazer uma marcha contra as reformas da Previdência e trabalhistas. Nos últimos dias , o peso do ato de hoje cresceu e o mote mudou. Agora, o lema é eleições diretas por direitos — em alusão a Temer e às reformas.

12h54  – Ato deve crescer no período da tarde, dizem organizadores


12h53 – Nas redes sociais, a Frente Brasil Popular já fala de 150 mil pessoas

12h41 – Começa a marcha em Brasília
Manifestantes caminham em grupos, de acordo com a central sindical. Os membros da Força Sindical, do Paulinho da Força que faz parte da base de Temer, foram os primeiros a passar.
Manifestantes protestam por diretas já em ato em Brasília, contra o presidente Temer 24/05/2017
Manifestantes protestam por diretas já em ato em Brasília, contra o presidente Temer 24/05/2017 (Gian Kojikovski/EXAME Hoje)

12h36 – Manifestantes tentam expulsar mascarados de protesto 
Sindicalistas tentam expulsar um grupo de mascarados do protesto em Brasília. Os manifestantes alegam que já levaram muita bomba por causa deles e não querem que isso se repita.

12h25 – Renan vai barrar avanço da reforma trabalhista no Senado, dizem sindicalistas
No caminhão de som, sindicalistas afirmam que o senador Renan Calheiros vai trocar membros do PMDB da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado para  travar o avanço da reforma trabalhista na Casa.

12h10 – Cerca de 25 mil pessoas aderem ao protesto, diz PM
De acordo com estimativa da Polícia Militar, 25 mil pessoas estão na concentração no estádio do Mané Garrincha. Segundo organizadores, caravanas de mais de 14 estados já chegaram em Brasília em apoio aos protestos contra Michel Temer e por eleições diretas.
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