segunda-feira, 12 de junho de 2017

Por que o fim da corrupção no Brasil começa no seu trabalho?

 

Cansado de ouvir falar em esquemas, desvios e subornos? Acredite: você tem o poder de disseminar a ética no país, a começar pelo seu ambiente de trabalho

 

 






São Paulo — Assombrado quase diariamente por escândalos de corrupção envolvendo empresas e governos, o brasileiro corre o risco (compreensível) de acreditar que o desrespeito generalizado à lei é um problema insolúvel. Não é.

E tem mais: cada indivíduo pode contribuir para disseminar práticas éticas no país, a começar pelo seu próprio ambiente de trabalho, diz Mercedes Stinco, diretora de auditoria da Natura e coordenadora da Comissão de Gerenciamento de Riscos do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa).

É claro que, para que a semente da corrupção não germine e dê frutos, a empresa precisa fazer a sua parte. Daí a necessidade de políticas definidas e executadas pelo departamento de compliance — que, não à toa, virou uma das carreiras mais quentes do momento no Brasil.

No entanto, explica Stinco, o movimento não deve vir apenas de cima para baixo, mas também de baixo para cima. Devidamente amparadas por medidas institucionais, as pessoas que compõem uma organização também podem (e devem) colaborar.

“Uma andorinha só não faz verão, ou seja, um funcionário sozinho não vai conseguir resolver os problemas éticos de uma empresa sem ter por trás uma estrutura”, diz ela. Mesmo assim, cada um pode sim afetar o sistema com pequenas atitudes.

Afinal, a corrupção não existe sem pessoas, sejam elas corruptas ou corruptoras. Com um detalhe fundamental, que proíbe falsos moralismos: não se trata de um comportamento isolado de alguns “vilões”, mas sim de um traço da cultura brasileira, afirma João Marques Fonseca, presidente da consultoria em mobilidade global EMDOC.

“Vejo muitos profissionais brasileiros destruírem suas carreiras internacionais justamente por essa questão cultural, pelo hábito de tirar vantagem nas pequenas coisas”, diz ele. “O que é prática comum aqui não é aceito lá fora”. Ele diz que não é incomum encontrar executivos nascidos aqui envolvidos em problemas jurídicos no exterior por “pura estupidez”.

Mentalidade, cultura, visão de mundo — a única maneira de você alterar isso “sozinho” é incorporar atitudes éticas no cotidiano, de forma reiterada e insistente, para que se transformem em exemplo para os demais.

“O chefe, em particular, precisa ser um modelo para seus liderados”, diz Fonseca. Isso porque a postura moral do líder costuma ser espelhada pela equipe: se ele for correto, essa atitude tende a se multiplicar; assim como o seu exato oposto.

Além de dar o exemplo, o gestor precisa cobrar diretamente comportamentos éticos dos seus funcionários. Não se trata de vigilância ou patrulha, explica o presidente da EMDOC, mas da criação de um ciclo virtuoso de integridade.

Quando um liderado cometer um desvio dessa natureza, a punição precisa ser imediata. A reação do chefe à corrupção de um liderado costuma ditar se ela continuará sendo praticada no futuro por ele próprio e também pelos demais.

 

Pequenas ações, grandes resultados


E se você não for chefe? Stinco garante que ações de impacto podem partir de profissionais de qualquer nível hierárquico.

Do estagiário ao CEO, todo mundo pode abandonar uma empresa que não respeita a lei, por exemplo. É a resposta mais radical à corrupção no meio corporativo — bem mais difícil de implementar em tempos de crise e desemprego —mas, ainda assim, possível.

Vale pensar em empresas como a Odebrecht, por exemplo. Elas quase não escapam à associação com os escândalos de corrupção que marcaram sua história recente. Essa “aura” acaba se estendendo aos funcionários que passaram por lá, diz Fonseca, mesmo àqueles que não têm nada a ver com os crimes que levaram seu ex-presidente para a cadeia.

“Se você consegue perceber a tempo que existem coisas estranhas acontecendo na sua empresa, saia o quanto antes, se for possível”, recomenda ele. “Às vezes é melhor partir para um emprego com salário mais baixo do que correr o risco de manchar a sua reputação profissional por ter uma empresa com nome estigmatizado no currículo”.

O seu empregador respeita as leis? “Se a resposta for negativa e você não pode ou não quer buscar um novo emprego, busque evidências concretas e faça algo para mudar o que está errado”, recomenda Stinco.

Mais uma vez, é preciso que a empresa compareça com a parte que lhe cabe: a existência de canais de denúncia anônima é indispensável para que um funcionário possa chamar a atenção para ilegalidades de forma segura e eficiente.

Stinco também diz que o funcionário pode exigir mais treinamentos e materiais sobre combate à corrupção na empresa. Se esses recursos não existirem ou forem insuficientes, também é importante se engajar diretamente na sua elaboração. “Os melhores manuais de conduta sempre são aqueles formulados por várias mãos”, explica a coordenadora do IBGC.

 

O crime não compensa — nem o mais “inocente” deles


Muita gente esquece que os malfeitos não ocorrem apenas nos contratos com governos e agentes públicos, como o brasileiro se acostumou a ver nos noticiários. A corrupção está presente em toda forma de desrespeito à legislação, seja ela ambiental, trabalhista, tributária ou de qualquer outra natureza.

Essa constatação abre caminho para uma conclusão importante, diz o presidente da EMDOC: profissionais de qualquer área ou cargo estão todos os dias diante de uma escolha moral.

Um operador da área de compras, por exemplo, está contribuindo para a ética no país quando não aceita uma fatura maquiada feita por um fornecedor.

Um analista de RH está agindo de forma cidadã quando não faz vistas grossas a um atestado médico falso entregue por um funcionário. Analista de Recursos Humanos: Aprenda mais sobre a profissão com a Xerpa Patrocinado

Um gerente está ajudando a combater a impunidade quando denuncia não apenas o assédio moral que praticam contra ele, mas também contra o estagiário.

Qualquer profissional está construindo um país mais sério quando não bate o ponto e sai para dar uma volta.

“Cada um de nós precisa se perguntar: essa ‘vantagenzinha’ realmente vale a pena? Será que esses pequenos crimes vão mesmo melhorar a minha vida? Se você parar para pensar, vai perceber que não”, diz Fonseca. Ser sincero e assumir responsabilidades é muito mais saudável para a sua carreira, para o seu empregador e para o país.


Focus reduz projeção de crescimento do PIB em 2017 para 0,41%


Boletim do Banco Central também mostrou que os economistas consultados permanecem vendo a Selic a 8,5 por cento tanto no final de 2017 quanto de 2018

 






São Paulo – A projeção para a taxa básica de juros permaneceu inalterada na pesquisa Focus do Banco Central para este ano e o próximo, com perspectiva de ritmo mais fraco de corte da Selic em julho e crescimento menor tanto em 2017 quanto em 2018.

O levantamento divulgado nesta segunda-feira mostrou que os economistas consultados permanecem vendo a Selic a 8,5 por cento tanto no final de 2017 quanto de 2018.

Para a reunião de julho, eles veem um corte de 0,75 ponto percentual, depois de o BC ter reduzido no fim de maio a taxa em 1 ponto percentual, a 10,25 por cento.

Na ata desse encontro, a autoridade monetária repetiu que a redução moderada do ritmo do afrouxamento monetário deve se mostrar adequada em sua próxima reunião, em função da crise política. Esse cenário foi reforçado pelo presidente do BC, Ilan Goldfajn, na sexta-feira.

As expectativas do Top-5, grupo que reúne aqueles que mais acertam as projeções, também não mudaram, com a Selic calculada em 8,38 por cento e 8 por cento respectivamente neste ano e no próximo, na mediana das projeções.

Entretanto, a pesquisa com uma centena de economistas mostra ainda que, em relação à atividade econômica, o Produto Interno Bruto (PIB) deve expandir apenas 0,41 por cento em 2017, contra projeção anterior de 0,50 por cento. Saiba mais: Por que ainda não dá para garantir que o Brasil saiu da recessão

A conta para 2018 também caiu, em 0,10 ponto percentual, e agora é de crescimento de 2,30 por cento.

Em relação ao IPCA, a estimativa para a inflação este ano foi reduzida em 0,19 ponto percentual, chegando a 3,71 por cento. Para 2018, a redução foi de 0,03 ponto, a 4,37 por cento.

Em maio, o IPCA subiu 0,31 por cento e alcançou em 12 meses 3,60 por cento, nível mais baixo em 10 anos.


Mercado segue preocupado com a agenda de reformas

Para analistas, Temer focará mais em sua defesa do que efetivamente no andamento das votações no Congresso

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Para analistas, presidente focará mais em sua defesa do que efetivamente no andamento das votações no Congresso


Os investidores estão cautelosos com o andamento das reformas e os desdobramentos da crise política. Tanto é que na manhã desta segunda-feira (12), o Ibovespa iniciou o dia em alta, mas já passou a operar em baixa de 0,6% perto do meio-dia. Os agentes econômicos calculam que Temer terá de enfrentar várias barreiras, mesmo sendo sido absolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral (leia mais detalhes aqui) – entre elas a denúncia da Procuradoria-Geral da República. No mesmo horário, o dólar comercial tomava caminho inverso subindo 0,1%, sendo cotado a R$ 3,2977. 

O maior dos problemas, no entanto, para o mercado, será a aprovação das reformas. Analistas afirmam que o presidente focará mais em sua defesa do que efetivamente no andamento das votações no Congresso. A consultoria Eurásia calcula, mesmo assim, que será difícil destituir Temer a partir de uma votação na Câmara, pois seria necessário o apoio de dois terços dos deputados.

“Desde as delações da JBS, ninguém sério acredita mais que seja possível aprovar o pacote proposto, mesmo com todas as concessões. Um eventual presidente ‘tampão’ tampouco vai conseguir entregar a reforma da Previdência. A tendência macroeconômica é que, com a economia estagnada, a inflação siga em forte queda e, com isso, os juros vão continuar caindo de forma expressiva”, estimou André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, em reportagem publicada pelo UOL. 


http://www.amanha.com.br/posts/view/4125

sexta-feira, 9 de junho de 2017

CVM altera regras de governança para empresas de capital aberto


A regra estabelecida pela autarquia se aplica às empresas que estão habilitadas a emitir ações 

 





São Paulo – A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) editou nesta quinta-feira, 8, a Instrução 586, com alterações nas regras de governança corporativa para as empresas de capital aberto.

Segundo a autarquia, as empresas terão que divulgar informações sobre a aplicação das práticas de governança previstas no Código Brasileiro de Governança Corporativa – Companhias Abertas.

A regra se aplica às empresas que estão habilitadas a emitir ações.

A CVM explica que o Código, lançado em novembro do ano passado, segue o modelo “pratique ou explique”, e foi elaborado pelas 11 entidades de mercado que integram o Grupo de Trabalho Interagentes.

“O Código contém um conjunto de práticas recomendadas, abordando questões chaves de governança como a estrutura acionária, composição da administração e controles internos”, diz a CVM em comunicado.

“A assimilação do Código à Instrução 480 prevê o dever das companhias de esclarecer e explicar aos investidores o seu grau de aderência às práticas, de forma completa, verdadeira, consistente e sem induzi-los a erro. Caberá aos próprios investidores avaliarem se a estrutura de governança é ou não adequada, com base nessas informações”, afirma Leonardo Pereira, presidente da CVM.

A CVM decidiu ainda manter a criação de um novo documento periódico para a divulgação dos comentários das empresas sobre o Código, denominado “Informe sobre o Código Brasileiro de Governança Corporativa”, em vez de incluir esses comentários no formulário de referência.

A audiência pública que resultou na Instrução 586 traz outras alterações.

O prazo de entrega do informe foi aumentado de 6 para 7 meses após o final do exercício social.

A autarquia ainda excluiu a obrigatoriedade de atualização do informe no momento da apresentação de pedido de registro de oferta pública, para evitar a divulgação de informações não sujeitas à diligência da instituição líder da operação.

Ficou definida também a redução da abrangência das informações prestadas sobre a estrutura administrativa do emissor no formulário de referência, que passa a requerer as informações relativas ao conselho de administração, órgãos e comitês permanentes que se reportam ao conselho de administração, e à diretoria estatutária.


Natura compra Body Shop da L´Oreal por € 1 bilhão


Companhia terá um faturamento consolidado de R$ 11,5 bilhões e presença em 70 países. Negócio passará pelo conselho da L´Oreal e órgãos de concorrência

 






São Paulo – São Paulo – A Natura deu hoje um grande passo para cravar definitivamente sua presença no mercado internacional. A fabricante de cosméticos brasileira anunciou hoje a compra da rede de lojas The Body Shop, da francesa L’Oréal, por 1 bilhão de euros.

A proposta foi entregue ao conselho de administração da empresa ontem e ainda está sujeita à consulta ao seu Conselho de Colaboradores e à aprovação de autoridades concorrenciais, o que deve acorrer ainda este ano.

Com o negócio, a Natura deverá atingir números grandiosos: o faturamento salta para 11,5 bilhões de reais, contará com 17.000 funcionários, 3.200 lojas e um portfólio de mais de 2.000 produtos – além das 1,8 milhão de consultoras independentes que já possui.

A marca The Body Shop seguirá atuando de forma independente nos 70 países onde atua. No Brasil a rede possui 133 lojas.

Em teleconferência com jornalistas nesta manhã, o presidente da empresa João Paulo Ferreira explicou que a relação das duas empresas acontece desde 2001.

“Mas para este negócio, fomos procurados pela L´Oreal no início do ano”, disse.

O pagamento do negócio será feito por meio de capital de terceiros, em uma estrutura financeira já traçada para quando a conclusão acontecer.

“A dívida será bem estruturada, com parte dos recursos tirados do caixa, parte alavancada em reais e dinheiro internacional, buscando reduzir o custo de capital e manter a geração de caixa da empresa”, afirmou José Roberto Lettiere, vice-presidente de Relações com Investidores da Natura.

 

Caminhos cruzados


A companhia foi fundada em 1969 em São Paulo por Luiz Seabra, ainda hoje seu maior acionista e se transformou na maior fabricante brasileira de cosméticos calcada em imagens e iniciativas de sustentabilidade empresarial.

A rede inglesa The Body Shop foi criada poucos anos depois, em 1976, e uma das primeiras do mundo a decretar o fim do teste de produtos em animais. Anos depois, em 2006, foi comprada pelo grupo francês L’Oréal, maior empresa de cosmética do mundo.

O encontro das duas ocorre em um momento em que a Natura repensa o negócio, com a diversificação dos canais de vendas e também o plano para o avanço da marca fora do país. Ao mesmo tempo, a rede inglesa precisa da renovação da marca para voltar a crescer, em especial em países de maior potencial de crescimento do setor, como o Brasil, dominado pela Natura. Os fluxos da internacionalização: Veja com o Mundo Corporativo por que a conexão é o grande motor da nova globalização Patrocinado

Em 2016, as vendas da The Body Shop foram 4,8% menores em 2016 e fecharam em 920,8 milhões de euros.

“Natura e The Body Shop sempre percorreram caminhos paralelos que hoje se encontram. A complementariedade da presença internacional, o uso da biodiversidade, a ética na gestão, o relacionamento justo com as comunidades e o uso intenso da inovação são dimensões dessa jornada que se inicia”, afirma Guilherme Leal, co-presidente do conselho de administração da Natura por comunicado.


Aos gritos de “golpista”, Meirelles é interrompido em Paris


O ministro da Fazenda falava sobre o trabalho realizado pelo governo Temer para aprovar reformas no País quando uma manifestante o interrompeu

 






Paris – Alguns minutos após o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, iniciar sua participação em um seminário sobre América Latina, em Paris, enfatizando o trabalho das reformas no País, ele foi interrompido por gritos, em português, de uma manifestante da plateia: “Golpista! Golpista! Corrupto! Você tem dinheiro na Suíça!.”

Ela não parou também por alguns minutos até que foi retirada do local por seguranças do evento: “Vai ser derrubado seu governo no Brasil”, continuou, em protesto.

Enquanto a manifestante ainda gritava no meio da plateia, Meirelles insistia em continuar seu discurso sobre as reformas, no palco do evento. Ao ser retirada do local, a manifestante se apresentou ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) como brasileira e disse que seu nome era Josette de Lima.

Ao sair do evento, mas ainda dentro do prédio do Ministério de Economia e Finanças, ela disse aos seguranças, ainda em português, que era militante do PT.

Depois, correspondentes brasileiros tentaram abordar a manifestante ainda nas instalações do prédio, mas os seguranças não permitiram e a retiraram do local. Meirelles fez sua apresentação em “portunhol”, atendendo a pedidos da organização, já que a maioria dos participantes é de países de língua espanhola. Mesmo antes do episódio, o ministro já consultava periodicamente e escrevia em seu telefone celular.

Ele participou do Fórum Econômico Internacional América Latina e Caribe 2017: “Repensar a Globalização para o Desenvolvimento Inclusivo e a Juventude”, realizado no Ministério de Economia e Finanças da França, em Paris. Especificamente, Meirelles falou no painel: “América Latina e Caribe, enfrentando os novos desafios da globalização”.


Sede da JBS é alvo de busca e apreensão pela PF


Ação acontece três semanas depois da deleção feita pelo principal executivo da companhia, Joesley Batista






São Paulo – Desde as 10 horas desta manhã, a Polícia Federal está na sede da JBS, em São Paulo, onde policiais vasculham documentos pelos departamentos da empresa. A busca ocorre, em especial, na sala da Tesouraria, onde funcionários fazem monitoramento de ações e dólar.

Em comunicado, a CVM confirmou que está colaborando com a PF na operação batizada de Tendão de Aquiles, que visa a apurar suposto uso indevido de informações privilegiadas em operações de ações da JBS no mercado à vista e futuro de dólar, feitas entre abril e maio.

Ainda segundo a CVM, o inquérito policial foi instaurado em 19 de maio, quando cinco processos administrativos foram instaurados para apurar indícios de crime ao Ministério Público Federal.

A operação acontece três semanas depois da deleção feita pelo principal executivo da companhia, Joesley Batista, envolvendo diversos políticos e o presidente Michel TemerEle também documentou a entrega de R$ 500 mil em uma mala ao deputado Rocha Loures.

No mesmo dia em que o empresário entregou à Procuradoria Geral da República (PGR) uma fita com uma conversa comprometedora dele e do presidente, em maio, a companhia investiu na compra de dólares para proteger os negócio do iminente colapso na Bolsa que a situação geraria.

Desde então, as operações cambiais da empresa passaram a ser alvo de investigação da CVM. Nesta manhã, as ações da JBF caem em torno de 4%.

No acordo de delação premiada, combinado com a Procuradoria Geral da República, Joesley recebeu o benefício de não ser preso em troca das informações que forneceu. O acordo causou perplexidade em vários setores do Judiciário, inclusive no próprio STF.