terça-feira, 11 de julho de 2017

Eudora usa faro do presidente para lançar perfume masculino


Miguel Krigsner, fundador e presidente do O Boticário, participou diretamente do desenvolvimento do primeiro perfume masculino da marca Eudora

 




São Paulo – Nos últimos dois anos, Miguel Krigsner, fundador do O Boticário, conciliou as atividades do cargo de presidente do Conselho de Administração do Grupo para retomar uma antiga paixão: fazer perfume.

O executivo, que há tempos não participava diretamente da produção de um produto, esteve empenhado no desenvolvimento do primeiro perfume destinado ao público masculino pela marca Eudora, do grupo O Boticário.

Denominado de Impression, o perfume que será lançado em agosto, terá Rodrigo Lombardi como garoto-propaganda.

Em entrevista exclusiva a EXAME.com, Krigsner, comentou sobre sua participação no projeto e se mostrou otimista com o lançamento do perfume.

Confira abaixo:

EXAME.com – Você parou de desenvolver produtos? Por que resolveu voltar desta vez com Eudora?
Miguel Krigsner – Na verdade, eu nunca parei. Essa é uma paixão antiga e da qual tenho uma enorme satisfação. Naturalmente que hoje temos um time de desenvolvimento mais amplo, que promove inovações na perfumaria todos os dias e eu me envolvo em momentos especiais, como este de Eudora. Criar este projeto foi um orgulho. Tenho certeza que será mais um sucesso na perfumaria masculina nacional.

EXAME.com – Isso significa alguma mudança institucional da empresa e, se sim, em que sentido?
Miguel Krigsner–  Não, nenhuma. Continuo com minhas atividades no Conselho de Administração do Grupo Boticário e na Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, mas sempre reservo um tempo para me envolver em uma das áreas que mais tenho paixão: a de desenvolver novos produtos.

EXAME.com – Como efetivamente foi a ajuda no desenvolvimento?
Miguel Krigsner – Trabalhamos 1 ano e 6 meses no projeto e ao longo deste período, estive em contato direto com as equipes de desenvolvimento, marketing e produto. Foram mais de 50 pessoas envolvidas em todo o processo. É muito gratificante ver que o tempo só reforçou a cultura da inovação na nossa organização, com pessoas tão criativas. Realizamos inúmeras reuniões estratégicas para decidir não só o posicionamento, a criação do conceito e a embalagem, mas principalmente, seu caminho olfativo – um dos grandes diferenciais deste perfume.

EXAME.com – No processo, houve alguma decisão ou ideia específica que seja sua? Pode nos contar qual?
Miguel Krigsner–  Trabalhar com o que se gosta misturando criatividade e inspiração é algo que me fascina. Estive envolvido em todo processo do Impression – desde a concepção até os testes finais. Foi realizador. Também sugeri que as notas fossem mais fortes e marcantes, por exemplo. Os homens gostam de perfumes amadeirados e com saídas mais potentes. Também contribuí com a ideia de colocar uma “digital” holográfica na embalagem do Impression – para traduzir a força do homem no produto.

EXAME.com – Há ainda algum produto/marca desenvolvido por você ainda no portfólio da empresa?
Miguel Krigsner– Sim, ainda existem algumas fragrâncias que trabalhamos lá atrás e que ainda estão no portfólio, claro, com inovações.  O mais icônico – sem dúvida – é o Malbec, de O Boticário, que é perfume masculino mais vendido no Brasil. É também o único no mundo que utiliza álcool vínico em sua produção, obtido pela fermentação das uvas – uma inovação que nós criamos há muitos anos. A ideia de sua criação nasceu durante uma visita a uma vinícola no Chile. De volta ao Brasil, lançamos uma fragrância com uma riqueza olfativa e um potencial enorme de negócios.

EXAME.com Além desse perfume masculino, pretende participar do desenvolvimento de outros produtos? Quais e por quê?
Miguel Krigsner – Nunca me fecho para essa possibilidade, mas no momento não. Estou muito focado no Impression – que trará o rosto do ator Rodrigo Lombardi como protagonista. Ele também é um apaixonado por perfumes como eu.

EXAME.com – Quanto está sendo investido no novo perfume e quais as expectativas de vendas com relação a ele?
Miguel Krigsner – Por estratégica da empresa, não podemos falar em investimentos, mas estamos otimistas com a expectativa de vendas, já que é um produto de alta qualidade. A vaidade masculina está em alta e aquece o mercado de beleza.

EXAME.com- O investimento previsto pela companhia neste ano, como um todo, de R$ 250 milhões, se manteve? Pode abrir quanto do montante foi destinado à infraestrutura, quanto a marketing?
Miguel Krigsner – Mantemos o ritmo de investimentos com foco no crescimento sustentável de todas as nossas marcas – sem restrição. Com a economia instável é preciso estar atento aos movimentos e investir na estratégia certa. Porém, para inovação e desenvolvimento de produtos e marcas, o olhar é sempre prioritário.

EXAME.com – A ação é uma tentativa de personificar a marca ou o próprio Boticário? Por que fazer isso agora e quais as vantagens e riscos dessa estratégia?
Miguel Krigsner – Não se trata de personificação, mas sim de uma proposta de valor diferente. Temos marcas com propósitos e estratégias diferenciadas. Eudora é uma marca moderna que conta a história de protagonismo de homens e mulheres, representa o perfil empreendedor e inovador do Grupo Boticário e, principalmente, o foco em proporcionar a melhor experiência de consumo aos nossos clientes.

EXAME.com – Qual a expectativa da companhia para o setor neste ano?
Miguel Krigsner – O atual cenário econômico brasileiro dificulta projetar o crescimento da organização. Ainda assim, conseguimos manter um crescimento expressivo frente ao setor e a economia. O Brasil ocupa um dos principais lugares dentro da perfumaria e cosmética mundial e é visto como um dos países de maior potencial de crescimento do setor. Mas para garantir um bom resultado é preciso promover inovações constantes, principalmente na qualidade dos produtos ofertados, como é o caso deste nosso lançamento de Eudora, a fragrância Impression.

EXAME.com – Pode falar das expectativas de crescimento e operação da companhia para 2017?
Miguel Krigsner – Apesar da crise e do cenário de retração, nossa projeção de crescimento é maior do que o ano passado. Temos crescido mesmo em anos difíceis como foi 2016. Se o Brasil der a volta por cima e reconquistar a confiança do seu povo, teremos crescimento em todos os setores e, consequentemente, mais investimentos, geração de empregos e oportunidades.


The Economist: para que serve o exército brasileiro?


Revista britânica investiga para que o Brasil tem o 15º maior exército do mundo se não participa de guerras

 






São Paulo – O Brasil tem o 15º maior exército do mundo e gasta mais com defesa do que o estado de Israel. No entanto, o país não tem inimigos militares há séculos.

Na edição de 6 de julho, a revista britânica The Economist decidiu investigar esse aparente paradoxo do aparelho militar brasileiro.

E descobriu que as forças armadas têm se tornado, cada vez mais, forças policiais comuns. E a crise econômica tem um papel central nesse fenômeno: com os estados sem dinheiro, os governantes têm precisado de mais e mais socorro federal.

Embora apenas 20% dos pedidos de patrulhamento extra sejam atendidos, segundo a reportagem, os soldados do exército passaram em média 100 dias em operações nas cidades, mais do que a média dos nove anos anteriores juntos.

Esse desvio de função, de acordo com a revista, não parece desagradar os brasileiros: os militares foram eleitos como a instituição mais confiável do país, e os soldados são vistos como honestos, gentis e competentes.

Os soldados, por sua vez, tentam se adaptar às novas funções: em um centro de treinamento em Campinas (SP), eles testam bombas de gás lacrimogêneo, por exemplo, para poder usá-las em protestos.

No entanto, usar militares em funções policiais tem seus riscos, segundo a publicação. Para começar: soldados custam mais caro que policiais. O uso de alguns milhares de militares pode sair por mais de um milhão de reais, segundo a revista.

Além disso, a Economist alerta que a confiança irrestrita nas forças armadas é antidemocrática. “As tropas são treinadas para emergências, não para manter a ordem no dia-a-dia. E transformar um recurso emergencial em presença cotidiana pode minar a confiança da população nas instituições civis”, diz a reportagem.

O próprio exército tem outras aspirações. Um rascunho do próximo relatório de defesa fala pouco em “ameaças”, mas muito em “capacidades desejáveis”, diz a Economist.

Um dos focos principais do documento é a proteção das riquezas naturais do Brasil, o que pode se tornar crucial se as previsões pessimistas sobre o aquecimento global se mostrarem corretas.


Sanofi compra fabricante de vacinas americana por US$ 750 milhões


O acordo de compra da americana Protein Sciences ainda precisa ser aprovado pelas autoridades reguladoras

 




A gigante farmacêutica francesa Sanofi, na tentativa de ampliar sua presença no setor da biotecnologia, informou nesta terça-feira (11) que acertou a compra da fabricante de vacinas americana Protein Sciences por 750 milhões de dólares.

A Sanofi vai pagar 650 milhões de dólares adiantados e mais 100 milhões quando atingir certos marcos, diz o pronunciamento do grupo francês.

O acordo ainda precisa ser aprovado pelas autoridades reguladoras e só deve ser finalizado no terceiro trimestre.

A aquisição não só amplia a presença da Sanofi nos Estados Unidos, onde a empresa coopera com a Regeneron, mas também no ramo da biotecnologia, em que planeja investir cerca de 600 milhões de euros ao ano até 2020.


As polêmicas da reforma trabalhista


Os pontos polêmicos do projeto cuja sessão de votação foi paralisada com o Senado às escuras

 


A sessão para discutir a reforma trabalhista no Senado, nesta terça-feira, era dada como uma vitória assegurada para o governo. O Planalto contava ter pelo menos 50 votos pela aprovação da reforma, nove a mais que a maioria simples do Senado. Acontece que os trabalhos foram muito mais tumultuados que o previsto.

Pela manhã, as senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR), Vanessa Grazziotin (PcdoB-AM) , Fátima Bezerra (PT-RN) e Regina Souza (PT-PI) ocuparam a mesa do plenário antes da chegada do presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

Quando Eunício chegou, por volta do meio-dia, com uma hora de atraso, as senadoras se recusaram a sair, o que fez Eunício interromper a sessão, fechar as portas do plenário e desligar luzes e microfones.

No dia de votar uma das pauta essencial para dezenas de milhares de brasileiros, os senadores se comportaram como adolescentes.

Apesar do tumulto, analistas consideram inevitável a aprovação do projeto numa sessão que deve ser retomada ainda nesta terça-feira. Enviada ao Congresso em dezembro do ano passado pelo Planalto, a reforma trabalhista é considerada um pilar do governo Temer, ao lado da reforma da Previdência, que também tramita no plenário, e do teto para gastos públicos, aprovado no ano passado.

A aprovação deve ser usada pelo governo para mostrar que ainda tem força política. O PSDB, maior partido aliado, realizou na noite desta segunda-feira uma reunião para definir sua saída da base, mas adiou a decisão justamente por conta do risco de a reforma trabalhista não sair.

Da forma como está hoje, o texto altera 97 artigos da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e sete artigos de outras regras trabalhistas. A CLT surgiu em 1943, durante o governo do presidente Getúlio Vargas, e foi alterada por algumas leis específicas desde então.

O argumento do governo Temer, defendido pela base aliada e pelo setor empresarial, é que a reforma será capaz de gerar empregos ao desonerar os empregadores e facilitar contratações e demissões, como uma forma de reduzir os 14,2 milhões de desempregados no primeiro trimestre — uma taxa de desemprego de 13,7%, segundo dados de março do IBGE.

A oposição, por sua vez, argumenta que a flexibilização vai intensificar a precarização das condições de trabalho e gerar vagas de pior qualidade. Veja, a seguir, os principais pontos do projeto.

 

Rapidez na tramitação


Ao contrário das mudanças na Previdência, que seguem emperradas na Congresso, a reforma trabalhista teve uma tramitação rápida e favorável ao governo.

O texto que foi votado no Senado nesta terça-feira foi aprovado na Câmara no dia 26 de abril, num processo considerado controverso por ter sido rápido demais. A celeridade não impediu os deputados de alterarem dezenas de artigos da CLT: o texto enviado pelo Planalto chegou à Câmara com seis páginas e saiu com 43.

Para conseguir aprovar o texto no Senado sem alterações, Temer prometeu em carta em junho que mudaria alguns pontos após a aprovação, “devido à urgência das medidas para enfrentar o alto desemprego no país”.

O processo será comandado pelo líder do governo no Senado, o senador Romero Jucá (PMDB). Líderes da oposição, como o senador Lindbergh Farias (PT), disseram na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na semana passada que o artifício enfraquece o papel do Senado.

A senadora Katia Abreu (PMDB), do partido do presidente, disse que, embora seja a favor da reforma, não concordava em aprová-la nestas condições, com o governo “caindo de podre”.

Os senadores de oposição que tomaram a mesa do Senado nesta terça-feira pedem, justamente, mais tempo para discutir o projeto.

 

Acordado sobre o legislado


O principal ponto da reforma trabalhista é o chamado “acordado sobre o legislado”, que vai permitir uma negociação mais direta entre patrões e empregados. O acordo direto estará acima das próprias leis trabalhistas se um caso for parar na Justiça do Trabalho, por exemplo.

Assim, será possível, nos novos contratos, alterar temas que antes eram negociados coletivamente por centrais sindicais — como férias, jornada de trabalho, horário de almoço e banco de horas.

Por outro lado, ainda será preciso respeitar os limites da CLT. No caso da jornada, por exemplo, o acordado entre patrão e empregado não pode passar de 12 horas de trabalho por dia (48 horas semanais, no máximo).

 

O fim dos sindicatos?


Com as negociações diretas se sobrepondo às discussões gerais da categoria, os sindicatos saem enfraquecidos. Outro ponto da reforma que enfraquece as centrais é o fim da contribuição sindical obrigatória.

A contribuição é equivalente a um dia de salário por ano, o que rendeu aos sindicatos mais de 3 bilhões de reais em 2016. Hoje, o pagamento aos sindicatos é descontado diretamente da Folha. Com a nova lei, isso será feito apenas por quem desejar.

A reforma também legaliza a figura de um negociador coletivo nas empresas, um funcionário eleito pelos colegas para liderar a conversa com os patrões.

Nas futuras alterações, o governo prometeu que vai tornar obrigatória a presença de um representante do sindicato nessas negociações coletivas.

 

Jornada de trabalho


A jornada máxima permitida vai de 44 para 48 horas semanais. O limite sobe de 8 horas/dia (com até 2 horas extras) passa para até 12 horas/dia.

Se trabalhar 12 horas seguidas, o trabalhador ganha direito a um dia e meio de folga — regime que já é utilizado em profissões que exigem plantões ou trabalhos noturnos, como porteiros e enfermeiros.

A reclamação dos sindicatos é que esse regime de 12 horas pode passar a ser usado indiscriminadamente. Temer também prometeu incluir, nas alterações futuras, um adendo para só permitir jornada de 12 horas quando a pauta for negociada pela categoria toda.

A reforma ainda deixa de contabilizar como tempo de trabalho o que é gasto no deslocamento até o local de trabalho, e tira a obrigatoriedade do intervalo de uma hora para almoço — o mínimo obrigatório passa a ser de meia hora, e o restante deve ser negociado.

 

Pagamento por hora


O empregador passa a poder contratar o trabalhador para um serviço específico e pagar apenas pelas horas efetivamente trabalhadas. A maior vantagem, para quem contrata, é a flexibilidade, já que essa prestação de serviços pode acontecer em dias não-consecutivos — chamado de contrato intermitente, que antes não era regularizado na lei.

Finalizado o serviço, o empregador também precisa pagar, de forma proporcional ao tempo trabalhado, direitos como férias, 13º salário e descanso semanal.

Como não é fixo, o trabalhador pode procurar outros trabalhos. Mas a Organização Internacional do Trabalho recomenda que as legislações trabalhistas pelo mundo incluam um número mínimo de horas a serem recebidas, de modo a garantir segurança ao trabalhador e permitir que ele se programe com suas despesas pessoais, por exemplo.

Contratos temporários

 

Os contratos temporários tinham limite de três meses, e, agora, poderão durar até nove meses — seis meses iniciais, com prorrogação de outros três meses.

Nesse caso, o trabalhador é contratado por um período específico e tem os mesmos direitos que um trabalhador fixo (como férias e 13º salário), mas não recebe os 40% de multa sobre o FGTS se for demitido no meio do período.

Esse tipo de contrato pode ser celebrado entre uma pessoa física e uma empresa, ou mesmo entre uma prestadora de serviços e uma empresa. Assim como a lei que já regulava o tema (que era de 1974), o texto da reforma estabelece que esse é um artifício usado para “acréscimo extraordinário de serviços, entre outros, aquele motivado por alteração sazonal na demanda por produtos e serviços”. Mas a oposição argumenta que os contratos temporários vão substituir as contratações fixas, e não somente em casos excepcionais.

Uma empresa também pode contratar trabalhadores autônomos, o que sempre foi permitido por lei. A diferença é que a reforma trabalhista deixa de enxergar esse vínculo como empregatício, mesmo que haja exclusividade e continuidade na prestação do serviço. Antes, a Justiça obrigava as empresas a pagarem aos autônomos fixos o mesmo que seria pago a um funcionário contratado.

 

Terceirização


A reforma reforça o que havia sido estabelecido pela lei da terceirização (PL 13.429/17), aprovada em março, que permitia sem restrições a contratação de terceirizados para qualquer atividade de uma empresa — inclusive a atividade-fim (aquela para a qual a empresa foi criada). Um mesmo trabalhador terceirizado não pode voltar a ser contratado em menos de três meses do fim do contrato.

Para tentar evitar que as empresas demitam funcionários para contratar terceirizados ou temporários, Jucá e Temer prometeram acrescentar no futuro uma regra para que, se um trabalhador fixo da empresa for demitido, ele também não pode voltar a ser contratado como terceirizado antes de 18 meses após a demissão.

 

Oposição


Além dos sindicatos, organizações como o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), divulgaram na segunda-feira uma nota contrária à aprovação do texto, afirmando que a reforma é “açodada” e “carente da participação adequada de todos os segmentos sociais envolvidos”.

Uma pesquisa do Datafolha de maio mostra que, para 58% dos entrevistados, a reforma vai tirar direitos dos trabalhadores e, para 64%, trará mais benefícios aos patrões que aos empregados.



GM fará investimento de R$ 1,5 bilhão na região Sul


Plano envolve o lançamento de novo automóvel fabricado em Gravataí

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
GM fará investimento de R$ 1,5 bilhão na região Sul


O governo José Ivo Sartori deverá anunciar nos próximos dias investimento de cerca de R$ 1,5 bilhão da General Motors (GM) na planta de Gravataí (RS). A data depende apenas de acertos dos últimos detalhes. Os planos envolvem o lançamento de novo modelo de automóvel da GM fabricado no Estado.

Na semana passada, a Assembleia garantiu a aprovação de um projeto prevendo a concessão de créditos presumidos a investimentos de setores automotivos ou de implementos rodoviários previstos pelo Fundopem e pelo Integrar. As negociações entre a GM e o Executivo gaúcho estão ocorrendo reservadamente há aproximadamente dois anos com condução de Sartori e de Fábio Branco, desde quando ainda estava no comando da secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. Atualmente, Branco é o titular da Casa Civil, mas continua envolvido no processo. 

Há dois anos, o governo gaúcho tem antecipando créditos fiscais — com percentual de deságio — concedidos à GM e que seriam pagos ao longo de 20 anos, como forma de minimizar os problemas de caixa.  No ano passado, por exemplo, foram antecipados cerca de R$ 300 milhões. 

http://www.amanha.com.br/posts/view/4239

“Estamos vendo uma verdadeira degradação moral na República do Brasil", diz Lamachia



 

















O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, fez um duro discurso na abertura do primeiro Encontro da Advocacia do Caparaó - realizado em Alegre entre os dias 6 e 7 deste mês - contra as mazelas do Poder Judiciário no país, mesmo diante da alta carga tributária imposta aos brasileiros.

“Faltam juízes e servidores em uma grande quantidade de Comarcas no Brasil. A OAB tem denunciado isso. Precisamos olhar para este tema com responsabilidade. Temos que olhar isso como um biombo. Sabemos que o orçamento alcança capacidade para produzir remuneração acima do teto constitucional. A sociedade, quando busca o Poder Judiciário busca sua vida, patrimônio, honra”, declarou.

Lamachia lamentou também a profunda crise política por qual passa o país. “Quero fazer uma reflexão do que tem acontecido nas nossas vidas e em especial na minha como presidente da OAB. Desde 2015, quando tive o privilégio de ser empossado, jamais imaginei naquela data que eu viveria tudo isso. Mas tem uma coisa que transforma a maior força da OAB hoje, que é a nossa união. Enquanto nós vemos determinadas brigas públicas em algumas instituições, nos vemos unidos hoje e essa é a nossa maior força para enfrentarmos tudo que está posto”, disse.

O presidente nacional da OAB recordou que a instituição pediu o afastamento do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e que, depois disso, se viu obrigada a fazer, em menos de um ano, mais dois pedidos de impeachment. “Estamos vendo uma verdadeira degradação moral na República do Brasil. Precisamos de uma depuração da classe política e a Ordem tem um duplo papel neste momento: defender o devido processo legal da ampla defesa e do contraditório e defender também a democracia brasileira. Somos a voz da sociedade civil. A Ordem não pode se calar em um momento como este. Minha certeza é de que a Instituição caminha no trilho certo neste período. Moral não tem ideologia, moral tem princípios, justiça tem que ser feita nos limites da lei”, frisou.

Presidente da OAB-ES, Homero Mafra destacou a importância de estar no interior do Espírito Santo e conhecer de perto os problemas da advocacia que atua na região. “Vindo aqui aprendemos muito. Aprendemos que há um Judiciário que não olha para a população. Que os advogados de Bom Jesus do Norte não querem propor ações na Comarca porque elas não andam. Um Judiciário que pensa nele mesmo. A Justiça de primeiro grau hoje é de ficção. Há uma triste e dura sensação de que falamos para o vazio, mas falamos para o amanhã. Vamos vencer essa luta e o Judiciário vai voltar a funcionar. Em Muniz Freire temos juiz uma vez por semana”, lamentou.


Brigadas do PJe


Diante das dificuldades impostas pelo Processo Judicial Eletrônico (PJe), o presidente Homero Mafra reforçou o projeto Brigadas do PJe, em funcionamento desde a última segunda (03). Nele, dois advogados e dois especialistas em Tecnologia da Informação rodam o Espírito Santo para auxiliar a advocacia na utilização do sistema.

Sobre este tema, o presidente nacional da Ordem elogiou a iniciativa do Espírito Santo. “Quero parabenizar o que está fazendo a OAB-ES sobre o PJe, que chegou no Brasil para solucionar todos esses problemas, mas a mente brilhante que propôs esse projeto esqueceu de combinar com a sociedade, porque não temos internet banda larga em diversas Comarcas do Brasil. Como se pensar num PJe com uma situação como esta? No Norte e Noroeste nem se fala o número de Comarcas que não tem sequer internet discada”, pontuou Lamachia.


Homenagens


Ao final da solenidade, foram homenageados, respectivamente, os ex-presidentes das Subseções de Alegre, Guaçuí e Iúna; Celso Piantavinha, Daniel Freitas Júnior e Nilton Figueiredo.

“Agradeço a homenagem. A distribuo e a oferto a todos os companheiros dos 15 anos de diretoria e também a todos que de uma maneira ou de outra colaboraram, mesmo aqueles que não estiveram presentes em pessoa, mas espiritualmente. Acho que nem vou dormir hoje”, celebrou Piantavinha.

O auditório da Subseção de Alegre recebeu o nome de Jorge Jaccoud D’Alembert, jornalista e advogado alegrense com grande atuação em defesa da cidadania, liberdade de expressão e imprensa livre.

Prefeito de Alegre, José Guilherme Aguillar disse que o Encontro do Caparaó engrandece a cidade. "Apesar de não ser advogado, meus dois filhos são e me sinto honrado em receber a categoria", declarou. 

Participaram da solenidade, além dos presidentes da OAB nacional, Claudio Lamachia e da OAB-ES, Homero Mafra; toda diretoria da Seccional capixaba: vice-presidente Simone Silveira, secretário-geral Ricardo Brum, secretária-geral adjunta, Erica Neves e diretor tesoureiro, Giulio Imbroisi; o presidente da OAB-SP, Marcos da Costa; o presidente da OAB-PR, Jorge Augusto Araújo Noronha; o presidente das Subseções de Alegre, Guaçuí, Iúna e Ibiraçu, Luiz Felipe Mantovanelli, Luiz Bernard Sardenberg Moulin, André Miranda Viçosa e Gracélia Conte; o coordenador do Colégio de Presidentes de Subseções, Robson Louzada; o conselheiro federal da OAB, Henrique Tavares; os conselheiros seccionais Celso Piantavinha, Aurélio Fábio Nogueira, Marcelo Pacheco e Ricardo Machado; além de Fernando Cezar Miranda, presidente da Subseção de Manhumirim-MG, José Carlos Moraes Júnior, presidente da Subseção de Carangola, Fauze Gazel Júnior e Euler de Moura Soares, conselheiros Seccionais por MG e o presidente da CAIC de Alegre, Vitor Hugo Merçon. 

Também compareceram os presidentes de Subseções do Espírito Santo: Rodrigo Dadalto, Linhares; Henrique Soares Petter, Castelo; Helber Antonio Vescovi, Aracruz; Gracélia Maria Conte, Ibiraçu; Ricardo Holzmeister, Vila Velha, Jedson Maioli, Guarapari e Ítalo Scaramussa, Serra.

 http://www.oab.org.br/noticia/55300/estamos-vendo-uma-verdadeira-degradacao-moral-na-republica-do-brasil-diz-lamachia?utm_source=3868&utm_medium=email&utm_campaign=OAB_Informa

Conceito do Japão no Brasil



 Conceito do Japão no Brasil











Hirota Food Express Traz Soluções em Alimentação



O Hirota Food Express, conceito inspirado nas konbinis japonesas, do Grupo Hirota, de São Paulo, aposta em soluções em alimentação para crescer, afirma Hélio Freddi, diretor de marketing do Grupo, em entrevista exclusiva ao Jornal Giro News. "A área de alimentação representa hoje 60% das vendas com destaque para alimentação saudável, temaki, combinado misto e outros pratos orientais", revela. O modelo conta com mais 4 mil itens, o mix é basicamente o mesmo para todas as lojas, porém com pequenos ajustes dependendo da região, adverte Freddi. "Temos a proposta de uma experiência de compra diferente. Não somos mini mercado. Somos um mix de alimentação saudável, conveniência e serviços.", explica: o formato de loja é focado para consumidores de 20 a 35 anos atentos à vida saudável. Hoje, o ticket médio é de R$ 25,00. Para reforçar as vendas, vamos lançar, em breve, um kit com um prato para cada dia da semana, segunda a domingo. Tudo muito saudável, pronto para aquecer e comer.", complementa. 


Abertura de Lojas   
 
 
  Atualmente com 6 lojas em funcionamento, Hélio revela que o formato é uma das prioridades do Grupo Hirota para os próximos anos e que as projeções de novas unidades só aumenta. "Neste ano, foram investidos aproximadamente R$ 20 milhões no formato. O plano é ter 20 unidades até dezembro e 80 lojas em cinco anos. Todas na capital.", informou. Em Julho, serão inauguradas mais duas lojas - uma no Shopping Plaza Sul e outra na Rua Pedro de Toledo, na Vila Mariana. "Já temos mais quatro contratos assinados, ou seja, em agosto deveremos inaugurar mais 4 lojas.", finaliza. No início do ano, a rede havia anunciado a abertura de 17 unidades até o final de 2017 e abrir 50 unidades nos próximos cinco anos. 
 

Sortimento   
 
 
  De acordo com a varejista, as unidades Express disponibilizam opções de pratos frescos, prontos e saudáveis, sem conservantes, preparados diariamente na cozinha central da rede, além de snacks, sanduíches, saladas e sobremesas. A culinária oriental é um dos destaques, com temakis, sushis, sashimis e obentôs (marmitas japonesas com refeição balanceada) e a linha de pratos funcionais e saudáveis de baixa caloria. As lojas também contarão com espaço para os produtos da Daiso by Hirota, a loja japonesa que funciona dentro da rede de supermercados, com presentes e artigos de utilidade, a partir de R$ 7,99. 
 
 http://www.gironews.com/supermercado/conceito-do-japao-no-brasil-43547/