quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Itaipu fará acordo com a controladora da usina chinesa de Três Gargantas


Contrato prevê fortalecimento de parques tecnológicos e cooperação em projetos que envolvam o desenvolvimento regional

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Itaipu fará acordo com a controladora da usina chinesa de Três Gargantas


O diretor-geral brasileiro de Itaipu (foto), Luiz Fernando Leone Vianna, assinará na sexta-feira (1) na capital chinesa Beijing um acordo de cooperação com a China Three Gorges Corporation. A solenidade deverá contar com a participação do presidente do Brasil, Michel Temer, e do presidente da República Popular da China, Xi Ping. Vianna integra a comitiva oficial do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, que participa da 9ª Cúpula do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. 

A China Three Gorges Corporation é uma holding que controla várias usinas chinesas. Entre elas, está a de Três Gargantas, a maior do mundo em capacidade instalada. Em geração de energia limpa e renovável, Itaipu é a maior do planeta, com a produção recorde de 103,1 milhões de megawatts-hora (MWh) em 2016, marca que dificilmente será ultrapassada por qualquer outra geradora de eletricidade. O acordo entre Itaipu e a China Three Gorges Corporation prevê a realização de seminários técnicos para troca de conhecimentos em temas operacionais, seminários setoriais, estágios para jovens engenheiros, projetos de pesquisa que fortaleçam os parques tecnológicos e cooperação em projetos de responsabilidade social e desenvolvimento regional.

O documento de cooperação reforça o bom relacionamento que Itaipu já mantém com a holding chinesa. Ao longo da construção e implantação das unidades geradoras de Itaipu – e até mesmo nos estudos preliminares –, vários grupos de engenheiros chineses vieram ao Brasil para conhecer a binacional e aprender com o processo que resultou neste empreendimento entre dois países. No sábado, o diretor-geral brasileiro participará do seminário sobre Oportunidades de Investimento nos Setores de Infraestrutura, Transportes, Energia e Agronegócio promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). O encontro reunirá líderes empresariais chineses que investem ou têm interesse em investir no Brasil.

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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Investidores estrangeiros miram serviços públicos e varejo no país

Investidores estrangeiros miram serviços públicos e varejo no país
Painéis da CPFL, comprados pela chinesa State Grid

O investimento estrangeiro direto para o Brasil mira cada vez mais o setor de serviços, especialmente empresas de eletricidade, transporte, varejo e saneamento.
 
De janeiro a julho, os recursos externos investidos no setor produtivo da economia brasileira, conhecidos como investimentos em participação no capital, cresceram 36% em relação a igual período do ano passado.

Foram US$ 31,6 bilhões recebidos no período, segundo dados do Banco Central.

Os serviços captaram 66% desse total, bem acima do atraído pela indústria (28%) e pelo agronegócio (6%).

Há apenas dois anos, quando os ingressos estrangeiros no setor produtivo estavam no mesmo nível, a indústria ficou com a maior parte desses recursos (60%), e os serviços captaram apenas 30%.

A busca por investimentos em países como o Brasil responde a um cenário de abundância de recursos e retornos muito baixos, além de multinacionais que lucraram muito nos últimos anos e estão com excesso de dinheiro em caixa, diz André Castellini, sócio da Bain & Company.

A mudança da indústria para os serviços, diz Castellini, se justifica porque há uma percepção de que a economia está tocando o fundo do poço e que, portanto, a recuperação da demanda está próxima.

Além disso, há um movimento contínuo de estrangeiros que acreditam no potencial da economia brasileira e se animam com os preços bastante convidativos dos ativos após três anos de crise.

Viktor Andrade, sócio de transações corporativas da EY, diz ainda que um volume grande de ativos foi colocado à venda recentemente em razão de dificuldades financeiras e da operação Lava Jato.

"São grandes empresas em dificuldades que acabaram fechando negócio no primeiro semestre", ele afirma. "Ativos que, de outra forma, não iriam a mercado".

Entre os exemplos, destaca-se a compra da Odebrecht Ambiental, braço de saneamento do grupo, pela canadense Brookfield, em abril deste ano. Em janeiro, a chinesa State Grid comprou a empresa de energia CPFL.

Andrade prevê que o movimento fusões e aquisições deve seguir com força nos próximos trimestres. A EY está envolvida em quatro operações de venda de ativos locais para investidores externos, incluindo uma empresa de serviços de tecnologia da informação, mídia e entretenimento e uma indústria.

 
MERCADO CONSUMIDOR

 
Andrade diz ainda que a J&F, empresa dos irmãos Batista que está se desfazendo de ativos para fazer caixa, não finalizou o processo de vendas, assim como a Petrobras, com um extenso programa de desinvestimento, também deve atrair dinheiro do externo.

Entre outros casos, o executivo da EY ressalta que algumas empreiteiras também tentam avançar no processo de venda de ativos, assim como múltis brasileiras ainda buscam levantar recursos para enfrentar a baixa demanda da economia vendendo empresas que não fazem parte do seu negócio principal.

Para além do cenário externo de alta liquidez e do cenário interno mais problemático, os especialistas dizem que o Brasil, seja ele a quinta, sétima ou nona economia mundial, continua a ter um mercado consumidor amplo e bastante promissor.

"Varejistas, empresas de bebidas, de alimentos e do setor automotivo têm que estar no país", afirma Castellini, da Bain& Company. Para ele, se comparado com países emergentes como China ou Índia, o Brasil é certamente o mercado menos desafiador para um investidor que busca, acima de tudo, o lucro.

 
CHINESES

 
Chineses, americanos, alemães e canadenses se destacam entre os investidores que aproveitam o cenário único de dinheiro externo em abundância e empresas locais dispostas a vender bons ativos para aportar no Brasil.

Estimativa feita por Andrade aponta que um terço de todo o capital estrangeiro que tem entrado no país para investimentos no setor produtivo é chinês.

"É um volume muito grande, sem dúvida, mas menos do que é alardeado", diz Andrade.

Segundo ele, os chineses levam, em média, dois anos para fechar uma transação, um prazo bastante superior a de outros investidores, diz.

Por país, o ranking do Banco Central mostra que os EUA responderam por 27% das transações ocorridas até julho, seguido por um grupo curioso que reúne Países Baixos, Ilhas Virgens Britânicas e Luxemburgo.

Andrade diz que esses países se encontram no topo da lista porque oferecem, legalmente, benefícios fiscais para que empresas transitem por eles. São lugares de passagem, mas acabam entrando no levantamento do BC como a origem dos recursos.

A internacionalização de empresas brasileiras, diz Luis Afonso Lima, da Mapfre Investimentos, é positiva porque recoloca no cenário econômico alguns negócios de grupos nacionais que ameaçavam ser descontinuados.

São empresas que têm que lidar com a Lava Jato, queda da demanda interna e a alta de custos, diz ele. "A venda para grupos estrangeiros também traz outros benefícios, como transferência de habilidades gerenciais, tecnologia e inovação."
 
Para Lima, a expectativa é que a tendência se fortaleça, em especial em razão do amplo programa de concessões do governo, que colocou à venda ativos como o sistema Eletrobras.
 
Andrade, da EY, diz que o país tinha tudo para afastar o estrangeiro —recessão severa, impeachment e situação política volátil— e isso não aconteceu. "Esse investidor acha que faz sentido colocar dinheiro no Brasil porque, em algum momento, o retorno virá" (Folha de S.Paulo)

“Marfrig, usinas de cana e biodiesel compraram benefícios”




Batizada de "retorno", a propina era regra para empresas que quisessem garantir benefícios fiscais ou firmar contratos com o Estado de Mato Grosso, segundo delação do ex-governador Silval Barbosa (2011-14), do PMDB.

Em sua colaboração premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal em agosto, o ex-governador relatou como companhias dos mais diferentes ramos –do frigorífico Marfrig a empresas do setor sucroalcooleiro e de móveis– integraram o esquema.
 
Os pagamentos podiam superar R$ 1 milhão por ano para cada empresa. O Marfrig, por exemplo, pagou aproximadamente R$ 5 milhões durante sua gestão em troca da concessão de incentivos fiscais, segundo a delação.
 
O ex-governador disse que o acerto foi feito em 2010 com o próprio dono da empresa, Marcos Molina. Na campanha daquele ano, Barbosa, então candidato, disse que, se fosse eleito, retribuiria o Marfrig auxiliando-o com questões tributárias no Estado. Molina teria desembolsado R$ 1 milhão para a campanha por meio de caixa dois.
 
"Ficou combinado que a Marfrig continuaria a pagar propina acima de R$ 1,2 milhão. Esse valor foi combinado em nova reunião", disse. Barbosa afirmou que a maior parte da propina foi repassada via empresa Trimex Construções e Terraplanagem.

 
SETOR SUCROALCOOLEIRO
 

Em relação ao setor sucroalcooleiro, disse que deu prosseguimento ao "retorno" que já existia no governo anterior, de Blairo Maggi (PP), com o Sindalcool (sindicato das indústrias sucroalcooleiras do Estado).
 
"O presidente do sindicato arrecadava o 'retorno' dos empresários do ramo e entregava para [o então secretário da Fazenda] Eder de Moraes, tendo em contrapartida benefícios tributários", disse.
 
Barbosa relatou que, para sua campanha ao governo, em 2010, recebeu R$ 2,1 milhões em doações oficiais com a promessa de oferecer tributos favoráveis às empresas ligadas ao Sindalcool. De acordo com o delator, só em 2013 o "retorno" foi de R$ 2 milhões. O ex-secretário da Casa Civil Pedro Nadaf, segundo ele, recebeu de 10% a 15% do montante.
 
O sistema foi o mesmo com a área de biodiesel. As empresas desembolsaram entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões em propina, conforme o delator. O acerto foi feito, mais uma vez, entre Nadaf, que na época estava à frente da Secretaria de Indústria, e José Wagner dos Santos, empresário do ramo e irmão do senador Cidinho Santos (PR-MT).
 
Ele relata ainda pagamento de propina por empresas do setor de móveis e de software. A Odebrecht teria pago R$ 1 milhão em caixa dois durante a campanha de 2010, apesar de não ter uma contrapartida especificada.

 
OUTRO LADO
 

O frigorífico Marfrig informou que "contribuiu de forma espontânea com as investigações relativas ao pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos do Estado que compõem a organização criminosa". "Após investigação que contou com ampla cooperação do grupo Marfrig, esta Promotoria concluiu que o grupo foi compelido a se submeter às exigências, não sendo imputado aos seus dirigentes a prática de qualquer ato de natureza criminal", diz a empresa.
 
A Odebrecht informou por meio de nota que está colaborando com a Justiça no Brasil e nos países em que atua.

Os demais citados não foram encontrados (Folha de S.Paulo)

Brasil deverá recorrer de decisão da OMC sobre políticas de subsídio






Brasília - O subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Carlos Márcio Bicalho Cozendey, fala sobre a participação do Brasil na Cúpula de Líderes
  O subsecretário-geral de Assuntos Econômicos
  e Financeiros do Itamaraty, Carlos Cozendey
     Antonio  Cruz/Arquivo/Agência  Brasil
O governo brasileiro deverá recorrer da decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) na qual foi condenado por políticas de subsídio adotadas em programas nos setores de automóveis, telecomunicações e informática. O relatório já era do conhecimento do governo brasileiro, mas só foi oficialmente divulgado hoje (30) pela OMC, após concluída sua tradução.

“Nossa tendência é apelar, mas não vou entrar em detalhe no conteúdo por razões óbvias de estratégia”, disse o subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, Carlos Márcio Bicalho Cozendey, em entrevista coletiva na qual comentou o relatório da OMC.

A União Europeia e o Japão abriram processos contra o Inovar-Auto, de incentivo à inovação tecnológica na cadeia produtiva de veículos automotores, o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores e Displays (Padis) e a Lei de Informática. Houve processos também contra os programas de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos para TV Digital e o de inclusão digital. Estes, no entanto, já terminaram.

O Brasil tem agora prazo de 60 dias, contados a partir do dia 19 de setembro, para decidir se recorre da decisão. Caso isso ocorra, o caso será novamente examinado. Com isso, a expectativa é que se levem pelo menos mais seis meses para que o caso seja encerrado.

Presidente de Portugal apoia o pleito do Brasil de fazer parte da OCDE, diz Temer

Presidente de Portugal apoia o pleito do Brasil de fazer parte da OCDE, diz Temer


Durante a parada que fez em Lisboa – como escala de sua visita para a China – o presidente Michel Temer teve um encontro com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, na manhã desta quarta-feira, 30. Depois da reunião, Temer usou as redes sociais para afirmar que informou ao colega português o caráter reformista de seu governo e que Sousa manifestou apoio a demanda brasileira de ingressar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

“O presidente de Portugal apoiou a solicitação brasileira para fazer parte da OCDE e disse que acompanha os projetos de concessão do governo”, escreveu Temer no Twitter, referindo-se ao pacote de concessões anunciados nesta semana e que o presidente leva na bagagem para tentar “vender aos chineses”.

O pedido de adesão para ingressar na OCDE foi feito pelo governo brasileiro no fim de maio, mas até que o País seja aceito pode haver um intervalo de anos.

Segundo as mensagens, publicadas pela assessoria de imprensa do presidente, Temer também apresentou a Sousa “os bons resultados da economia brasileira”. “Estamos fazendo um governo reformista”, disse o presidente.

Temer chegou em Portugal na terça à noite, teve os encontros na manhã seguinte em Lisboa e segue em viagem para a Pequim nesta quarta. Há pelo menos mais uma parada técnica prevista da comitiva presidencial no caminho, em Astana, no Cazaquistão.
  
 
 
 http://www.istoedinheiro.com.br/presidente-de-portugal-apoia-o-pleito-do-brasil-de-fazer-parte-da-ocde-diz-temer/

Negócio de 450 Mi de Dólares Grupo Sul-coreano CJ Compra Selecta


Negócio de 450 Mi de Dólares


















O grupo sul-coreano CJ adquiriu 90% da Selecta - sendo 60% adquirido da empresa chilena Corpesca, com opção de compra de mais 10% em dois anos, e 30% dos acionistas minoritários. Com a aquisição, por US$ 450 milhões, a empresa muda sua denominação para CJ Selecta. Segundo a Associação Comercial Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (ACIEG), a atual CJ Selecta poderá expandir seu portfólio para áreas como suínos, frangos e peixes. 

A previsão do plano de investimentos para o Brasil é de ampliar em 50% a produção industrial, que tem atualmente uma capacidade de esmagamento de 700 mil toneladas de soja por ano, e fazer uma estrutura de negócio para a fabricação de proteína de soja concentrada e de farelo de soja fermentada.

Fonte: Suínocultura Industrial

‘Investidor de investimento produtivo está com pé atrás’, diz diretor da Abimaq

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Estadão Conteúdo

O diretor de competitividade da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Mário Bernardini, afirmou nesta quarta-feira, 30, que a demanda atual por máquinas e equipamentos no Brasil, por ainda estar baixa, indica que o “investidor de investimento produtivo está com o pé atrás”.

Segundo ele, se as compras de máquinas e equipamentos não estão sendo feitas agora, significa que os investidores não estão apostando em melhora da economia nem para meados do ano que vem. 
“Caso contrário eles estariam comprando hoje”, disse Bernardini. “Significa que eles não estão vendo ou não estão lendo a recuperação da atividade econômica”.

Bernardini disse ainda que a projeção da Abimaq para a receita líquida do setor em 2017 varia entre queda de 2%, num cenário mais otimista, e de 5%, numa visão mais pessimista. No acumulado de janeiro a julho, o indicador apresenta queda de 5,6% em relação a igual período de 2016, com R$ 37,8 bilhões.

 http://www.istoedinheiro.com.br/investidor-de-investimento-produtivo-esta-com-pe-atras-diz-diretor-da-abimaq/