quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Aneel dá prazo para Eletrosul e Shangai fecharem contrato


O negócio gira em torno de R$ 4,1 bilhões, em valores atualizados 

 

Por Agência Brasil 

 

redacao@amanha.com.br
Aneel dá prazo para que Eletrosul e Shangai fechem contrato

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou nesta terça-feira (18) o prazo de três dias para que a Eletrosul, subsidiária da Eletrobras, e a empresa chinesa Shanghai Electric, finalizem aditivo a um contrato envolvendo parceria em projetos de transmissão de energia elétrica. O negócio gira em torno de R$ 4,1 bilhões, em valores atualizados. O aditivo prevê a transferência para a Shangai de projetos que a Eletrosul não levou adiante por falta de recursos, envolvendo empreendimentos do Lote A do leilão de transmissão de 2014. Os contratos tratam de 17 linhas de transmissão e oito subestações para atender a região metropolitana de Porto Alegre.

A previsão inicial para entrada em operação das instalações era 6 de março de 2018. Mas ao constatar, em dezembro de 2016, as dificuldades financeiras enfrentadas pela Eletrosul e o risco iminente de não cumprimento das obrigações contratuais, a Aneel emitiu relatório para recomendar a caducidade daquela concessão. A Aneel afirmou ainda que caso a transferência não ocorra, será declarada a caducidade da concessão e esses ativos serão incluídos no próximo leilão de transmissão, previsto para ocorrer em 20 de dezembro e que deverá licitar cerca de 7 mil quilômetros de linhas em 18 lotes e investimentos da ordem de R$ 14 bilhões.

Além da transferência contratual, a diretoria da Aneel aprovou, ainda, a ampliação do prazo de construção de 36 meses para 48 meses. Com isso, o contrato fica com 31 anos, dos quais quatro são destinados para a construção do empreendimento e 27 anos para o recebimento da RAP, remuneração que as transmissoras recebem pela prestação o serviço público de transmissão.

Uma comitiva de representantes da Eletrosul está na China desde a semana passada, a fim de concluir a negociação do projeto, arrematado em um leilão no fim de 2014, para a chinesa. A negociação, porém, não vai bem, segundo relata notícia veiculada nesta quarta-feira (19) pelo jornal Valor Econômico. “Os envolvidos apostam em um acordo com os chineses até o fim da semana, mas a Shanghai tem se manifestado no sentido de não avançar na negociação. Segundo uma fonte, a chinesa está com dificuldades de fechar a estruturação financeira do negócio, diante das baixas taxas de retorno do projeto”, relata a reportagem assinada pelos jornalistas Rafael Bitencourt e Camila Maia. 

 http://www.amanha.com.br/posts/view/6264
 

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Care adquire o controle do hospital Baía Sul

 

Centro de saúde catarinense receberá aporte de R$ 30 milhões

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Care adquire o controle do hospital Baía Sul

A Hospital Care  – rede dos fundos Bozano e Abaporu, que pertence ao economista Paulo Guedes e dao empresário Elie Horn – adquiriu o controle do Hospital Baía Sul (foto) e da Clínica Imagem, em Florianópolis. O valor não foi divulgado. A Care já controla os hospitais Vera Cruz, em Campinas (SP), e São Lucas, em Ribeirão Preto (SP). É o terceiro ativo comprado pelo grupo criado em 2017.  

O Hospital Baía Sul e a Clínica Imagem receberão investimento de R$ 30 milhões. O aporte será  usado para dobrar o tamanho do pronto atendimento, elevar em 20% o número de leitos da UTI e expandir a clínica de medicina diagnóstica que, atualmente, realiza 240 mil exames de imagem por ano. 

http://www.amanha.com.br/posts/view/6248

Quebra do Lehman Brothers completa 10 anos


Crise surgiu no sistema de hipoteca imobiliária dos EUA

 

Por Agência Brasil

 

redacao@amanha.com.br
Quebra do Lehman Brothers completa 10 anos

O marco da crise financeira internacional deste século, a quebra do banco de investimentos Lehman Brothers, completou 10 anos no sábado (15). Conhecida também como crise do subprime, em referência aos créditos de alto risco vinculados a imóveis, que foram concedidos em larga escala e de forma irracional por décadas, esse processo resultou na formação de uma bolha financeira que explodiu no quarto maior banco de investimentos norte-americano, que tinha 158 anos.

O colapso dos mercados mundiais naquele dia e pelas semanas seguintes foi tão grave que obrigou o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, e o Banco Central Europeu (BCE), a injetar centenas de bilhões de dólares e euros no sistema financeiro. A crise alastrou-se mundo afora e causou impactos sem precedentes em países como Grécia, Espanha, Irlanda, Islândia e Portugal. Em todo o planeta, mais de 400 milhões de pessoas ficaram desempregadas na pior crise econômica desde a Segunda Guerra Mundial, só comparável à quebra da Bolsa de Nova York, em 1929. Os sinais dos problemas iniciaram-se em 2007, mas a crise dos subprime teve como início oficial a falência do Lehman Brothers, em 15 de setembro de 2008, quando a insolvência dos créditos imobiliários não pôde mais ser disfarçada e o Fed não ajudou a instituição financeira. Na época, as agências de classificação avaliavam com nota máxima (baixo risco) grande parte dos títulos de contratos de hipoteca dos tomadores subprime, desconsiderando a renda e a estabilidade dos mutuários.

As condições de geração da crise partiram de uma questão localizada, no sistema de hipoteca imobiliária dos Estados Unidos, segundo o economista Reinaldo Gonçalves, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). No entanto, a globalização financeira elevou as consequências para uma escala planetária. “Esses títulos ‘podres’ do subprime foram umas coisas mais inusitadas em 200 anos de história do sistema econômico moderno. Como a economia americana é o epicentro do sistema monetário e financeiro do planeta, os impactos foram extremos”, explica. Professor de macroeconomia e economia internacional da Universidade Federal Fluminense (UFF), André Nassif afirma que a crise do subprime é inerente ao próprio capitalismo. Segundo ele, em épocas de crescimento, como nos anos 1990 e 2000, o mercado exagerou no otimismo e ignorou riscos. “Dois anos antes do estouro da bolha, em 2006, o economista Nouriel Roubini [especialista em prever crises financeiras] havia detectado o excessivo endividamento das famílias norte-americanas e alertado para o estouro da bolha imobiliária, mas foi ignorado justamente porque a economia mundial vinha de um ciclo de 14 anos de expansão”, recorda.

Gonçalves lembra que, em 2009, por causa da intervenção estatal do governo norte-americano para salvar o sistema financeiro, o déficit público da maior economia do mundo subiu a 12% do Produto Interno Público (PIB). A dívida pública dos Estados Unidos saltou de 55% para 100% do PIB em pouco tempo. Os gastos públicos diretos, em programas de infraestrutura, de geração de empregos e de salvamento de grandes empresas, como a montadora General Motors, somaram cerca de US$ 750 bilhões. Apesar do elevado volume em valores absolutos, Nassif, da UFF, classifica de tímido o aumento de gastos públicos. “Para o tamanho do PIB dos Estados Unidos, esse volume [em torno de US$ 750 bilhões] não representou muito”, analisa. Ele relembra que a principal contribuição para debelar a crise, no entanto, foram os quantitative easings, injeções de dinheiro pelo Banco Central dos Estados Unidos, que superaram US$ 10 trilhões. A medida foi repetida pelos bancos centrais Europeu, do Reino Unido e do Japão.

Segundo Nassif, embora os livros tradicionais de economia não recomendem o afrouxamento monetário em momentos de baixo crescimento e baixa inflação, a experiência dos Estados Unidos só deu certo porque o dólar, como a principal moeda internacional, melhorou a competitividade da economia norte-americana. “Por causa da importância do dólar, as injeções de dólares vazaram para o sistema financeiro global, desvalorizando a moeda em todo o mundo e aumentando as exportações norte-americanas”, explica. Paralelamente, o governo norte-americano reintroduziu a regulação do sistema financeiro, que tinha sido derrubada a partir dos anos 1980. Em 2010, o governo Barack Obama conseguiu a aprovação da Lei Dodd-Frank, que impôs obrigações às grandes instituições financeiras, como alocação de reservas para grandes crises e testes financeiros de resistência. 

O atual presidente, Donald Trump, tenta flexibilizar pontos da legislação sob o argumento de destravar o mercado de crédito no país, que ficou mais restrito desde então. Segundo Nassif, a manutenção de travas que obriguem as instituições financeiras a adotarem medidas de prudência é essencial para que a especulação financeira não volte a produzir bolhas como a do subprime. “Crises de estouro de bolhas especulativas ocorreram diversas vezes ao longo da história. Somente a regulação financeira é capaz de impedir a valorização de ativos descolada da realidade”, ressalta. Com 4,2% de crescimento em ritmo anualizado em julho (quando o resultado de um mês é projetado para os 12 meses anteriores) e com desemprego atual em 3,9%, a economia dos Estados Unidos está plenamente recuperada da pior crise desde a Grande Depressão de 1929. 

Nassif diz que a redução de impostos para empresas que entrou em vigor no ano passado turbinou a economia norte-americana. Ele, no entanto, acredita que o efeito durará pouco. “Esse tipo de política, de desonerar grandes empresas para estimular a economia, é semelhante à praticada no Brasil no início desta década. Gera resultados no curto prazo, mas resulta em inflação e baixo crescimento no médio e no longo prazo porque estimula a demanda, enquanto os empresários entesouram [não gastam na produção] o que deixam de pagar de impostos”, explica o professor da UFF.

http://www.amanha.com.br/posts/view/6253

Carlos Wizard compra fatia da Topper na Argentina


Empresário curitibano desembolsará R$ 100 milhões 

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Carlos Wizard compra fatia da Topper na Argentina

A Alpargatas assinou acordo para vender 22,5% de seus negócios na Argentina, que concentram a marca Topper naquele país, para o empresário paranaense Carlos Wizard Martins (foto), por R$ 100 milhões. Do total, R$ 40 milhões serão pagos à vista. 

“O acordo prevê a possível alienação da participação acionária remanescente sujeita ao exercício da opção de compra ou da opção de venda. Caso uma dessas opções seja exercida, o preço determinado para 100% do negócio será calculado com base no múltiplo de 6 vezes o Ebitda”, descreve o fato relevante publicado pela Alpargatas. Ainda de acordo com o documento, o acordo substitui um contato anterior, que havia sido assinado em novembro de 2015. 

No início deste ano, Martins, que é curitibano, e seus filhos Lincoln Martins e Charles Martins; e a Yum! Brands – maior empresa de restaurantes do mundo, detentora das marcas KFC, Pizza Hut e Taco Bell – anunciaram um acordo pelo qual os Martins adquirem as operações das marcas Pizza Hut e KFC no Brasil. Na ocasião, o negócio foi avaliado em R$ 135 milhões. 


 http://www.amanha.com.br/posts/view/6252

Intenção de investimentos da indústria recua 3,1 pontos no trimestre


A redução do indicador é mais um sinal da perda de fôlego da economia neste ano, nota FGV

Por Agência Brasil

redacao@amanha.com.br
Intenção de investimentos da indústria recua 3,1 pontos no trimestre

O Indicador de Intenção de Investimentos da Indústria, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 3,1 pontos no terceiro trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior. Com a segunda queda consecutiva, o indicador atingiu 113 pontos em uma escala de zero a 200 pontos, o menor nível desde o terceiro trimestre do ano passado (105,1 pontos). O indicador busca antecipar as tendências econômicas no país a partir da disseminação do ímpeto de investimento entre as indústrias.

Apesar da queda, o indicador se mantém acima dos 100 pontos, nível em que a proporção de empresas que preveem investir mais nos próximos 12 meses supera a parcela daquelas que pretendem investir menos. Entre o segundo e o terceiro trimestres deste ano, houve redução da proporção de empresas que preveem investir mais, de 28,9% para 28,3%, e aumento da proporção das que preveem investir menos, de 12,8% para 15,3%. A proporção de empresas que têm certeza de que vão executar seu plano de investimentos foi de 27,5%, ficando abaixo da parcela de 31,9% de empresas que estão incertas.
De acordo com o economista Aloisio Campelo Jr., a redução do ímpeto de investimento das indústrias é mais um sinal da perda de fôlego da economia neste ano. “O resultado geral da pesquisa reforça o cenário de instabilidade que vinha se desenhando nos trimestres anteriores. Houve redução na intenção de realização de investimentos e aumento da incerteza”, destaca a nota da FGV.



http://www.amanha.com.br/posts/view/6258

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Grupos estrangeiros prospectam negócios no polo naval

Homologação do plano de recuperação judicial da Ecovix abre possibilidades para retomada de operações em Rio Grande

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Homologação do plano de recuperação judicial da Ecovix abre possibilidades para retomada de operações em Rio Grande


Depois da homologação pela Justiça do plano de recuperação judicial do Grupo Ecovix, empresas da Ásia e do Oriente Médio mostram interesse em investir no polo naval. Conforme estudo elaborado por consultoria do setor, a retomada das operações deve ir além da montagem e fabricação de plataformas e embarcações. Um dos novos segmentos seria a movimentação de carga. “Os setores com maior potencial são os de exportação, principalmente de madeira e derivados.

 É uma projeção que temos em função do que se prospectou no mercado”, afirma Ricardo Ávila, diretor Operacional da Ecovix.

 
Um grupo do Oriente Médio já veio buscar mais informações, interessado em embarcar mercadorias com demanda na Europa e no Leste Europeu. A movimentação de carga – que requer aprovação de órgãos reguladores – em nada afetaria a operação naval. O porto de Rio Grande, no atual ritmo de crescimento, necessitará de expansão. Em 2017, foram movimentadas 41 milhões de toneladas. Daqui a 10 anos, a projeção é chegar a 60 milhões de toneladas. Ainda de acordo com o estudo da consultoria, há potencial de mercado para a finalização da plataforma P-71, que se encontra 30% montada dentro do dique seco. A conclusão depende de negociação com empresas interessadas na estrutura para a exploração petrolífera. “Investidores asiáticos já nos sondaram sobre a P-71. Pretendemos avançar nas negociações”, acrescenta Ávila. Processamento de aço é outra atividade com potencial no polo naval. Os equipamentos instalados no estaleiro têm condições de entregar diferentes cortes e perfis com uma logística facilitada. A matéria-prima pode chegar por via marítima ou terrestre, ser processada no estaleiro e, de volta à embarcação ou caminhões, seguir para o destino. 

Enquanto negocia com investidores em potencial, o Grupo Ecovix faz a limpeza do terreno, com a retirada de restos de obras e matérias-primas não utilizadas, sendo destinadas para outras aplicações. Já foram retiradas cerca de 3 mil toneladas de entulhos. No estaleiro estão ativos avaliados em US$ 1 bilhão, que podem voltar a produzir não apenas para setor naval, abrindo postos de trabalho e gerando riqueza para o Estado. Na estrutura em Rio Grande está o maior dique seco do Hemisfério Sul – doca onde são construídas ou reparadas plataformas e embarcações. É equipado com dois pórticos, um com capacidade para movimentar 600 toneladas e outro, 2.000 – também entre os maiores do mundo. A área permite o trabalho em duas plataformas de forma simultânea.

O Grupo Ecovix entrou com pedido de recuperação judicial no fim de 2016, depois de a Petrobras cancelar contratos para a montagem de plataformas de petróleo. Ao todo, foram entregues cinco unidades. A primeira delas, a P-66, em operação na bacia de Campos, está entre as três maiores produtoras de petróleo e gás no Brasil, conforme dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O volume diário é de 135 mil barris – próximo da capacidade de 150 mil. Também montado pela Ecovix, o casco da P-67, depois de quase três anos em estaleiro na China para a integração de módulos, deve entrar em operação somente no fim deste ano. O plano de recuperação judicial aprovado na Assembleia Geral de Credores no fim de junho foi homologado pela 2ª Vara Cível de Rio Grande em 17 de agosto. A proposta prevê a forma de pagamento aos credores, além da alienação de ativos.


 http://www.amanha.com.br/posts/view/6235

Huawei provoca Apple e “agradece” por falta de inovações


Em mensagens no Twitter, empresa chinesa ironizou os novos lançamentos do iPhone XS e divulgou teaser da sua nova linha de smartphones

 

Huawei provoca Apple e “agradece” por falta de inovações
A Huawei provocou a Apple em um anúncio do Twitter após a empresa apresentar a nova linha de iPhone XS. A gigante chinesa – que ultrapassou a americana e se tornou a segunda maior vendedora de smartphones no mundo -, ironizou a falta de grandes mudanças nos modelos.

Em uma série de mensangens na rede social, a Huawei “agradeceu” a rival por “manter as coisas iguais” e ainda provocou: “nos vemos em Londres 16.10.18”. A data é uma referência ao lançamento dos modelos Mate 20 e Mate 20 Pros, os novos projetos da gigante chinesa.
“Obrigado por nos deixar ser o verdadeiro herói do ano” e “algumas empresas adotam as mesmas cores todos os anos” foram algumas das provocações postadas nas mensagens.

A Huwei também divulgou um teaser da nova linha de smartphones. As imagens sugerem que os aparelhos terão conectividade superior com inteligência artificial, além de inovações na captação de imagens e no design.

No fim de agosto, a consultora de mercado Gartner divulgou que a empresa chinesa superou em vendas a Apple no último trimestre. Segundo os dados, a Huawei vendeu 49,8 milhões de unidades – representando 13,3% do mercado -, enquanto a Apple comercializou 44,7 milhões -11,9% do total. A Samsung continua líder do setor, com 72,3 milhões de smartphones vendidos no período, correspondendo a 19,3% do mercado.