O negócio gira em torno de R$ 4,1 bilhões, em valores atualizados
A Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) determinou nesta terça-feira (18) o prazo de três dias
para que a Eletrosul, subsidiária da Eletrobras, e a empresa chinesa
Shanghai Electric, finalizem aditivo a um contrato envolvendo parceria
em projetos de transmissão de energia elétrica. O negócio gira em torno
de R$ 4,1 bilhões, em valores atualizados. O aditivo prevê a
transferência para a Shangai de projetos que a Eletrosul não levou
adiante por falta de recursos, envolvendo empreendimentos do Lote A do
leilão de transmissão de 2014. Os contratos tratam de 17 linhas de
transmissão e oito subestações para atender a região metropolitana de
Porto Alegre.
A previsão
inicial para entrada em operação das instalações era 6 de março de 2018.
Mas ao constatar, em dezembro de 2016, as dificuldades financeiras
enfrentadas pela Eletrosul e o risco iminente de não cumprimento das
obrigações contratuais, a Aneel emitiu relatório para recomendar a
caducidade daquela concessão. A Aneel afirmou ainda que caso a
transferência não ocorra, será declarada a caducidade da concessão e
esses ativos serão incluídos no próximo leilão de transmissão, previsto
para ocorrer em 20 de dezembro e que deverá licitar cerca de 7 mil
quilômetros de linhas em 18 lotes e investimentos da ordem de R$ 14
bilhões.
Além da
transferência contratual, a diretoria da Aneel aprovou, ainda, a
ampliação do prazo de construção de 36 meses para 48 meses. Com isso, o
contrato fica com 31 anos, dos quais quatro são destinados para a
construção do empreendimento e 27 anos para o recebimento da RAP,
remuneração que as transmissoras recebem pela prestação o serviço
público de transmissão.
Uma
comitiva de representantes da Eletrosul está na China desde a semana
passada, a fim de concluir a negociação do projeto, arrematado em um
leilão no fim de 2014, para a chinesa. A negociação, porém, não vai bem,
segundo relata notícia veiculada nesta quarta-feira (19) pelo jornal
Valor Econômico. “Os envolvidos apostam em um acordo com os chineses até
o fim da semana, mas a Shanghai tem se manifestado no sentido de não
avançar na negociação. Segundo uma fonte, a chinesa está com
dificuldades de fechar a estruturação financeira do negócio, diante das
baixas taxas de retorno do projeto”, relata a reportagem assinada pelos
jornalistas Rafael Bitencourt e Camila Maia.
http://www.amanha.com.br/posts/view/6264
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