Projeção para o PIB em 2019 ficou em 2,4%, condicionada a um cenário de continuidade das reformas
O Banco Central (BC) reduziu a
previsão de crescimento da economia este ano. A projeção para a
expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e
serviços produzidos no país, passou de 1,6% para 1,4%, de acordo com o
Relatório de Inflação, divulgado nesta quinta-feira (27), em Brasília.
“A revisão reflete a incorporação dos resultados do PIB no segundo
trimestre e o arrefecimento na atividade econômica após a paralisação no
setor de transporte de cargas, ocorrida em maio, como sugerido por
indicadores”, aponta o BC, no relatório. A previsão do BC ficou próxima
da estimativa de crescimento do PIB feita pelo mercado financeiro, que é
1,35% este ano.
A projeção
do crescimento anual da agropecuária passou de 1,9% para 1,5%. Para a
indústria, a estimativa foi revisada de 1,6% para 1,3%. O setor de
serviços deve apresentar crescimento de 1,3% em 2018, a mesma projeção
apresentada em junho pelo BC. A estimativa para a variação anual do
consumo das famílias recuou de 2,1% para 1,8%, “em linha com a evolução
mais gradual do mercado de trabalho e com recuo de indicadores de
confiança dos consumidores”. A projeção para o consumo do governo deve
registrar recuo de 0,3%, enquanto a estimativa para a formação bruta de
capital fixo (FBCF – investimentos) passou de 4% para 5,5%, refletindo,
em grande medida, importação de equipamentos destinados à indústria de
petróleo e gás natural. A expectativa para o crescimento das exportações
foi reduzida em 1,9 ponto percentual para 3,3%, e a variação das
importações foi revisada para 10,2%, ante 5% na projeção anterior.
Neste
relatório, o BC também divulgou a projeção para o crescimento do PIB em
2019, que ficou em 2,4%. “É fundamental destacar que essa projeção é
condicionada a um cenário de continuidade das reformas, notadamente as
de natureza fiscal, e ajustes necessários na economia brasileira. Também
incorpora expectativa de iniciativas que visam a aumento de
produtividade, ganhos de eficiência, maior flexibilidade da economia e
melhoria do ambiente de negócios”, projeta o BC.
Em 2019, os setores
agropecuário, industrial e de serviços devem avançar 2%, 2,9% e 2%,
respectivamente. As taxas de crescimento esperadas para o consumo das
famílias e para a formação bruta de capital fixo são de 2,4% e 4,6%,
nessa ordem. A estimativa para a expansão do consumo do governo é de
0,5%, “em cenário de restrição fiscal”. Exportações e importações de
bens e serviços devem crescer 6 % e 5,9%, respectivamente.
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