quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Côrte: “Mais do que estrutura, é preciso um ambiente que favoreça investimentos”


Na visão do VP executivo para o Sul na CNI, se governo promover o desenvolvimento, extinção do MDIC será pacífica 

 

Por Marcos Graciani

 

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Glauco José Côrte assume vice-presidência executiva para a região Sul da Confederação Nacional da Indústria


Glauco José Côrte (foto) assumiu na terça-feira (30) a vice-presidência executiva para a região Sul da Confederação Nacional da Indústria (CNI), na chapa liderada pelo empresário Robson Braga de Andrade. O mandato do ex-presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) se estende até 2022. Nesta entrevista ao Portal AMANHÃ, Côrte detalha suas funções em seu novo posto e opina sobre os recentes anúncios feitos pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), como a extinção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). Na opinião dele, mais importante do que o desenho da nova estrutura de governo, é que o poder público possa garantir um ambiente que favoreça investimentos e, por consequência, dê competitividade para a indústria. 

Qual será sua função como vice-presidente executivo para o Sul na CNI?Os principais agentes de condução dos interesses da indústria continuam sendo os presidentes de federações. Os vice-presidentes executivos terão papel de apoiá-los e acompanhar os pleitos defendidos. O papel é ser um instrumento de facilitação e valorização do trabalho deles. Os grandes pleitos são conhecidos e convergentes, como fazer um grande trabalho de mobilização junto ao Congresso e Poder Executivo para ampliar os investimentos em infraestrutura de sistema de transportes. O suprimento do gás é outro pleito importante, pois no ano que vem termina o atual contrato de fornecimento com a Bolívia. Porém, a CNI tem tratado do assunto com antecedência para não ter interrupção do fornecimento para o setor industrial. Outra bandeira é a garantia da continuidade da formação técnica e profissional valorizando os cursos profissionalizantes. Enquanto em outros países, o número de estudantes do ensino médio em escolas técnicas chega a 50%, no Brasil não passa de 15%. Investimentos na saúde e segurança do trabalhador, passou a ser um assunto que esta na pauta atual, não de necessidades futuras, indústria 4.0 também está chegando, redução da taxa de natalidade, mais tempo no trabalho, treinados novamente, totalmente diferente daqueles quando ingressaram no setor industrial. 

O senhor está otimista com a agenda liberal que pode vigorar no mandato de Bolsonaro?Essa sempre foi uma tese defendida pela indústria. O poder público, representado pelos três poderes clássicos e mais os órgãos de controle – que passaram a ter papel mais relevante – devem trabalhar para reduzir o Custo Brasil. Os gastos de uma empresa para cumprir exigências legais são altíssimos. E um dos problemas mais sérios é a chamada insegurança jurídica, pois há interpretações divergentes e alterações constantes na legislação que inibem investimentos. É preciso criar um ambiente que promova o desenvolvimento do capital externo e interno e o governo que trabalhe nessas frentes, o que redundaram na criação de novos postos de trabalho e reduzirá o desemprego, que é uma das principais chagas que deve ser superada no Brasil. 

O que lhe parece a prometida extinção do MDIC?
Nós da CNI tínhamos uma posição pública contrária sobre essa fusão pela importância da indústria da transformação no país. Ela representa mais de 20% da formação do PIB e quase um terço da arrecadação dos tributos federais e é responsável por 10 milhões de empregos. São razões que justificam ter um ministério próprio, tendo em vista o poder de transformação da indústria. Mas, se essa, de fato, for a decisão final, a indústria continuará trabalhando. Mais do que estrutura, é necessário um ambiente favorável aos investimentos, fator que se traduz em competitividade. É preciso oferecer segurança jurídica e governança como fatores de equilíbrio de promoção do desenvolvimento.

O senhor acredita que a tão aclamada reforma tributária será feita na próxima legislatura?
Este é outro tema bem recorrente. São assuntos urgentes, juntamente com a reforma da previdência, que devem ser enfrentados. Não temos ilusão que haja possibilidade de redução da carga tributaria no curto prazo, ainda que seja necessária para elevar a competitividade, mas se simplificarmos o sistema, já será um passo importante. Veja só: as empresas brasileiras desembolsam todo ano R$ 65 bilhões somente para cumpri r seus compromissos na área fiscal. São recursos que se perdem, pois não geram riqueza. Se conseguirmos reduzir isso no futuro, os recursos poderão ser utilizados em outras frentes.


Também há sinalização para uma maior abertura comercial a partir de janeiro. 

 A indústria não é contra a abertura que o novo ministro da fazenda tem falado. Queremos ter condições para competir lá fora. Para tanto, é necessário assegurar que o Custo Brasil seja reduzido e que sejam eliminados tributos incidentes sobre as exportações. Desse modo, serão criadas condições isonômicas para produtos fabricados no Brasil e no exterior. Tendo essas condições, a indústria fica plenamente confortável para fazer parte dessa competição internacional. 


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Sérgio Moro aceita convite para ser ministro da Justiça


Segundo ele, a Operação Lava Jato continuará em Curitiba

 

Por Agência Brasil 

 

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Moro aceita convite para ser ministro da Justiça


O juiz federal Sergio Moro (foto), que comanda as investigações da Operação Lava Jato, aceitou nesta quinta-feira (1º) o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro e será o ministro da Justiça. O anúncio foi feito por Moro, em nota oficial. "Após reunião pessoal, na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite", afirmou. Moro ficou cerca de uma hora e meia com o presidente eleito. Ao sair da reunião, não deu entrevista, mas revelou em nota que concederá uma coletiva na próxima semana.

O juiz lamentou abandonar 22 anos de magistratura. "No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito à Constituição, à lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão”, escreveu na nota. Para ele, na prática o cargo significa "consolidar os avanços contra o crime e a corrupção e afastar riscos de retrocessos por um bem maior".

Segundo Moro, a Operação Lava Jato continuará em Curitiba. "Para evitar controvérsias desnecessárias, devo, desde logo, afastar-me de novas audiências”, acrescentou. Natural de Maringá (PR), Moro, além de magistrado, é escritor e professor universitário. Graduado em Direito pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), tem mestrado e doutorado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). É juiz federal desde 1996, com especialização em crimes financeiros. No julgamento do mensalão, Moro auxiliou a ministra Rosa Weber, no Supremo Tribunal Federal (STF).


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Fabio Faccio assumirá presidência da Renner no lugar de José Galló



O contrato do atual CEO foi prorrogado até abril do ano que vem para que fosse assegurada uma transição planejada

 

Da Redação

 

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O contrato de José Galló foi prorrogado até 18 de abril do ano que vem para que fosse assegurada uma transição planejada



A Lojas Renner comunicou nesta quinta-feira (1º) que aprovou o início do processo de transição em sua diretoria, escolhendo Fabio Adegas Faccio, atual diretor de produto, como sucessor do atual CEO José Galló (foto), a partir de 18 de abril de 2019. O contrato de Galló como presidente foi prorrogado até 18 de abril do ano que vem para que fosse assegurada uma transição natural e dentro do planejado. O atual presidente também continuará como membro do Conselho de Administração da companhia. 

Faccio permanecerá no atual posto até a data da reunião do Conselho de Administração que ocorrerá após a Assembleia Geral Ordinária de 2019 e, até lá, fará parte do programa estruturado de transição para, então, assumir como novo CEO. Faccio, ao longo dos 19 anos na Renner, foi trainee, gerente de loja, gerente regional, gerente geral de lojas, diretor de lojas, diretor de operações e, no ano passado, após um período de job rotation, assumiu a atual posição. Ele é graduado em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), MBA em Varejo pela Fundação Getúlio Vargas (FGV/SP) e curso de extensão na Faculdade Dom Cabral, na Harvard Business School e em Varejo de Moda na Faculdade Anhembi Morumbi. 



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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Neurociência pode elevar produtividade no trabalho

O tema foi debatido no primeiro encontro do LIDERARH 2018

 

Da redação

 

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Entender como funciona o cérebro humano pode ajudar não só nos relacionamentos interpessoais, como nos processos práticos e na produtividade dentro de uma organização. Esse foi o mote do painel “Neurociência no cotidiano: emoções, estresse e bem-viver”, conduzido pelo professor Carlos Alexandre Netto (foto), Doutor em Neurociência pela London School e ex-reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A atividade foi realizada na sede da BSBios, em Passo Fundo (RS), na tarde de quinta-feira (25), e faz parte do ciclo 2018 de palestras do Projeto LIDERARH, iniciativa do Instituto AMANHÃ com o apoio da IMED e da Localiza – Gestão de Frotas. Cerca de 120 profissionais e de empresários da região norte do Estado participaram do evento.

“Será que se pode fortalecer o cérebro? Fazer com que funcione mais e melhor?”, lançando essa pergunta, Netto explanou sobre os princípios do funcionamento cerebral e abordou como o estresse a ansiedade se tornaram os grandes vilões da modernidade. Para aumentar a produtividade e elevar o bem-estar dos funcionários, a resposta também está no cérebro: a neuroplasticidade. É uma forma de “reprogramação do sistema” a partir de novas experiências, como viver algo diferente ou aprender um idioma. “Já que, ao contrário do fígado, o cérebro não se regenera, a neuroplasticidade é capacidade do sistema nervoso de mudar e se adaptar quando sujeito a coisas novas”, explicou. O reflexo, é claro, é direto nas organizações. A cooperação entre distintos grupos de pessoas impulsiona a criatividade e intensifica a confiança, segundo o professor. Dessa forma, melhora-se a tomada de decisões e a produtividade a partir do aumento da dopamina e serotonina, neurotransmissores relacionados à regulação do humor.

Para a coordenadora de gestão de pessoas da BSBios, Emanuele Milani, melhorar o fluxo de comunicação, engajar mais as equipes e aproveitar os recursos tecnológicos são algumas formas de fazer a diferença na gestão de recursos humanos. Emanuele apresentou as práticas internas e comentou os indicadores estratégicos da área. “Por meio de programas como Educação Continuada, Qualidade de Vida no Trabalho e Criando Laços, atraímos e mantemos um quadro funcional qualificado. Temos orgulho de ter uma baixa taxa de rotatividade”, celebra a coordenadora.  Maior produtora brasileira de biodiesel, a BSBios é responsável por 15 mil empregos diretos e indiretos. Detentora de duas usinas produtoras de biodiesel, em Passo Fundo (RS) e em Marialva (PR), tem capacidade de produção de 288 mil metros cúbicos anuais de biodiesel. Presidente-executivo da empresa, Erasmo Carlos Battistella ressaltou a importância da integração entre conhecimentos acadêmicos e as empresas e complementou: “Muito se fala de tecnologia, mas o que há por trás dela são os profissionais. Só chegamos na liderança porque valorizamos as pessoas”. 

A primeira edição do LIDERARH teve, ainda, a participação de grandes marcas da região, como Metasa, Credeal, Stara e Intecnial Instaladora Técnica Industrial, além da participação do secretário de Desenvolvimento Econômico da prefeitura de Passo Fundo, Carlos Eduardo Lopes da Silva, e do ex-reitor da Universidade de Passo Fundo (UPF), José Carlos Carles de Souza. Parceiro do projeto, o diretor geral da IMED, Eduardo Capellari, destacou a necessidade dos meios de comunicação olharem para o interior do estado. “Passo Fundo é a sexta economia mais rica do Rio Grande do Sul e isso precisa ser notado. Por isso nos aproximamos do Grupo AMANHÃ, pois acreditamos que a renovação da economia gaúcha só acontecerá se estreitarmos o relacionamento entre os centros empresariais”, afirmou. Para Jorge Polydoro, presidente do Grupo AMANHÃ, o evento é um importante espaço para compartilhamento de experiências. “O LIDERARH não é um evento voltado somente para CEOs de empresas, mas também para os líderes internos”, destacou.

O próximo encontro será no dia 22 de novembro, em Caxias do Sul, na Marcopolo. No dia 27 de novembro, o Sicredi será palco da edição do LIDERARH 2018, em Porto Alegre. Encerrando o ciclo, no dia 6 de dezembro, a cooperativa Languiru, de Lajeado, receberá os gestores de RH do Vale do Taquari na quarta e última edição do LIDERARH.






















Da esquerda para a direita: Carlos Alexandre Netto (palestrante); Eduardo Capellari (diretor geral da IMED); Erasmo Carlos Battistella (presidente executivo da BSBios); Emanuele Milani (coordenadora de gestão de pessoas da BSBios); Jorge Polydoro (presidente do Grupo AMANHÃ) e o público


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terça-feira, 30 de outubro de 2018

Maior encontro sobre diversidade no Brasil



Maior encontro sobre diversidade no Brasil
A diversidade ajuda a construir uma sociedade mais justa e igualitária para todos

São Paulo sediará, em dezembro, o “Fórum Brasil Diverso” no Museu da Imagem e do Som (MIS). Com formato inovador e criado a partir de uma iniciativa pioneira sobre inclusão racial e de gênero, o evento tem como objetivo incentivar empresas brasileiras a implementar esse tema no seu cotidiano.

Annie Jean-Baptiste, líder global de inclusão da Google dos Estados Unidos
 
O Brasil é um dos 15 países com maior desigualdade do mundo e no ambiente corporativo a situação não é diferente. A falta de representatividade de negros em cargos estratégicos apenas faz com que o mercado mantenha esse ciclo de exclusão racial. Tenho alertado aqui neste blog o longo caminho que o País ainda precisa percorrer para que a igualdade de raça e gênero alcance patamares aceitáveis para o pleno desenvolvimento humano.

Andrea Assef, diretora de marketing e vomunicação da J. Walter Thompson Brasil
 
Nesta primeira edição do “Fórum Brasil Diverso” nomes de peso nacionais e internacionais estarão discutindo o que vem ocorrendo de mais relevante nessa questão no mundo do trabalho. Nomes como: Annie Jean Baptiste, dos Estados Unidos, responsável pela área de diversidade do Google no mundo, será uma das palestrantes do encontro que também contará com as presenças de Norman Barclift, diretor de marketing da Bayer América Latina e Estados Unidos; Maria Cristina Sampaulo, vice-presidente de Recursos Humanos do Goldman Sachs Brasil, entre outros.

São esperadas cerca de 200 pessoas, entre elas, presidentes das organizações, profissionais da área de recrutamento e especialistas.

Norman Barclift, diretor de marketing da Bayer América Latina e EUA
 
Um dos mediadores do encontro, Theo Van der Loo, ex-presidente da Bayer, é enfático ao dizer que: “Se mais de 50% da população é negra, é justo que haja um reflexo do que é a sociedade nas corporações, sobretudo nos cargos de comando.”

Maria Cristina Sampaulo, vice-presidentew de Recursos Humanos da Goldman Sachs Brasil
 
Conscientizar as empresas brasileiras é o primeiro passo para conseguir eliminar os problemas decorrentes do escravismo, e, com isso, levar empresas a entenderem a importância da equidade racial e de gênero. Mostrar que não há distinção de riqueza de talento e capacidade entre brancos e negros é essencial para fortalecermos a economia e criar uma sociedade mais justa. Esse pensamento parece ser uma unanimidade neste fórum.

Governo autoriza 100% de capital estrangeiro nas fintechs

Governo autoriza 100% de capital estrangeiro nas fintechs




As fintechs de crédito no Brasil poderão contar com 100% de aporte de capital estrangeiro, a partir apenas de autorização do Banco Central para operar dentro do Sistema Financeiro Nacional (SFN). O decreto nº 9.544, assinado pelo presidente Michel Temer e publicado no Diário Oficial da União, abriu essa possibilidade ao declarar o interesse do Brasil a essa participação. 

“A medida incentiva a entrada de novas instituições, estimulando a concorrência, e promove o processo de inovação”, informou o Banco Central na nota. A medida desta terça-feira faz parte da Agenda BC+, de ações da autarquia no pilar “Sistema Financeiro Mais Eficiente”. 

De acordo com o BC, o decreto reconhece que é de interesse do governo brasileiro a participação estrangeira, em até 100%, no capital social de todas as instituições que forem constituídas como Sociedades de Crédito Direto (SCD) e Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP) e que apresentarem pedido ao BC para funcionar.

Atualmente, a participação de estrangeiro no capital de instituições financeiras somente é possível se ela for reconhecida como de interesse do Brasil. “Dessa forma, cada instituição que pretende se instalar no País e que tenha participação de capital estrangeiro, além de passar por um processo de autorização no Banco Central, precisa esperar a manifestação de interesse do governo, por meio de decreto assinado pelo presidente da República”, informou o BC. 

Em abril deste ano, o Conselho Monetário Nacional (CMN) criou a SCD e a SEP como denominações a serem usadas pelas fintechs de crédito para operar no Brasil. Na prática, as fintechs com participação estrangeira também estariam sujeitas ao reconhecimento do interesse do governo.
“Com o decreto, o processo de autorização se torna mais célere, de maneira compatível com a natureza dos investimentos estrangeiros em fintechs, produzindo benefícios para o País”, defende o BC. “A realização de investimentos estrangeiros nas fintechs é fundamental para fomentar avanços contínuos em inovações tecnológicas e para permitir que tais instituições ampliem o leque de produtos financeiros diferenciados e inovadores”, acrescentou a autarquia. 

A SCD é uma instituição que realiza operações de empréstimo, financiamento e aquisição de direitos creditórios por meio de plataforma eletrônica, com o uso de capital próprio. Já a SEP viabiliza a realização de operações de empréstimo e de financiamento entre pessoas por meio eletrônico – é o chamado peer-to-peer (ponto-a-ponto).



 https://www.istoedinheiro.com.br/governo-autoriza-100-de-capital-estrangeiro-nas-fintechs/

Gastos da União com estatais superam receitas em R$ 9,3 bilhões

Prejuízo da União com estatais é superior a receita em R$ 9,3 bilhões

A União gastou, no ano passado, R$ 9,3 bilhões a mais com empresas estatais do que arrecadou, divulgou hoje (29) o Tesouro Nacional. Segundo o Boletim das Participações Societárias da União de 2017, o Tesouro recebeu R$ 5,5 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio das estatais federais no ano passado, mas desembolsou R$ 14,8 bilhões em gastos com pessoal, investimento ou custeio (manutenção) dessas empresas. 
 
A arrecadação melhorou em relação a 2016, quando essas receitas tinham somado R$ 2,8 bilhões. Para 2018, o Tesouro projeta ingressos de R$ 7,1 bilhões. As despesas, no entanto, subiram de R$ 13,3 bilhões, em 2016, para R$ 14,8 bilhões no ano passado. Desde 2012, quando totalizaram R$ 6,5 bilhões, os gastos com a subvenção de estatais saltaram 127% em valores nominais e 44,44% descontando a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Segundo o Tesouro, os gastos superaram as receitas das estatais em todos os anos de 2012 a 2017, com a exceção de 2014. O boletim mostrou que as subvenções (repasses do Tesouro) correspondem a mais de 80% da receita total em 14 estatais, sendo que, em quatro delas, os aportes somam 100% da receita.

O relatório recomenda a redução da dependência das estatais, com aumento de receitas e redução de custos. “Os benefícios sociais devem ser mais bem quantificados e explicitados para possível avaliação da melhor forma de intervenção do setor público”, destaca o documento.

Patrimônio

 

Conforme o boletim, cinco empresas – Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Caixa, Eletrobras e Petrobras – concentravam 90% do patrimônio líquido das estatais (quando se subtraem as obrigações, os passivos, dos ativos). No entanto, nove empresas apresentaram patrimônio líquido negativo, das quais os Correios estão em pior situação.
A Empresa Brasialeira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que também tinha patrimônio líquido negativo, saiu do grupo no ano passado depois de receber um aporte de capital da União.

Estatísticas

 

No fim do ano passado, o governo federal tinha participação em 148 estatais controladas direta e indiretamente. Desse total, 47 empresas são de controle direto, número igual ao do fim de 2016.

Das estatais de controle direto, 20 empresas são sociedades de economia mista, 26 empresas públicas e uma de controle compartilhado. E há mais 98 estatais que são controladas indiretamente por outras estatais, cinco empresas a menos do que em 2016.
Em dezembro de 2017, a União detinha 58 participações minoritárias em empresas, além de cotas em sete fundos de natureza especial e em 14 organismos internacionais.

Na divisão por ramos de atuação, 17% das empresas sob controle direto da União atuavam em energia e outras 17% em portos. Em seguida, vêm bancos e serviços financeiros, com 13%.

“Ao todo, para 14 empresas, as subvenções do governo respondem por mais de 80% de sua receita total. Para quatro delas, as subvenções somam 100% de sua receita”, diz o levantamento.

De acordo com o levantamento, realizado pelo segundo ano consecutivo, a situação do Tesouro Nacional exige a redução dessa dependência.
“Os benefícios sociais devem ser melhor quantificados e explicitados para possível avaliação da melhor forma de intervenção do setor público”, diz o documento.


 https://www.istoedinheiro.com.br/gastos-da-uniao-com-estatais-superam-receitas-em-r-93-bilhoes/