segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Starbucks após acordo de US$7,15 bi


Grãos e cápsulas serão vendidos pela Nestlé em nove países da Europa, Ásia e América Latina 

 




Vevey, Suíça – A Nestlé venderá café da marca Starbucks em lojas e pela Internet na Europa, Ásia e América Latina a partir deste mês, à medida que busca aumentar sua liderança sobre rivais como a JAB.

Após um acordo de 7,15 bilhões de dólares em dinheiro no ano passado pela exclusividade na venda de cafés e chás da companhia dos EUA, a Nestlé começará a vender grãos de café rotulados pela Starbucks, torrados e moídos e cápsulas de dose única para suas cafeteiras Nespresso e Nescafé Dolce Gusto.

Estes estarão disponíveis na Bélgica, Brasil, Chile, China, México, Holanda, Coreia do Sul, Espanha e Grã-Bretanha, com mais mercados sendo atingidos posteriormente, afirmou o maior grupo de alimentos do mundo nesta quarta-feira.

Perguntado se o lançamento de cápsulas Starbucks Nespresso ajudaria a Nespresso a voltar ao crescimento de dois dígitos, Patrice Bula, vice-presidente executiva e chefe de negócios estratégicos, marketing, vendas e Nespresso, disse: “Sim, espero que sim. Temos grandes ambições”. Starbucks, a maior rede de café do mundo, tem impulsionado vendas de seu café para uso domestico — incluindo uma variedade de grãos torrados inteiros, versões instantâneas ou moídos, bem como cápsulas de café — em toda a América do Norte durante anos.

Pelo acordo do ano passado, a Starbucks, que está se expandindo na China e finalmente se aventurou em setembro na Itália, país obcecado por café, terá seu negócio fora de casa gerenciado pela Nestlé, enquanto continua vendendo diretamente seus produtos prontos para beber.

A Nestlé deve publicar os resultados financeiros na quinta-feira.


Grupo paranaense prevê receita de R$ 850 milhões

 

Romagnole planeja crescer 24% neste ano


Por Marcos Graciani

 

graciani@amanha.com.br
Alexandre Romagnole, CEO do Grupo Romagnole

O Grupo Romagnole, sediado em Mandaguari (PR), tem uma meta arrojada de crescimento para este ano. De acordo com o presidente do fabricante de produtos para o setor elétrico, Alexandre Romagnole (foto), a previsão é de que a companhia cresça 24% e alcance um faturamento próximo dos R$ 850 milhões. Segundo o executivo, o otimismo do mercado em relação à recuperação econômica do país e a retomada dos investimentos feitos pelas concessionárias de energia visando a manutenção e a modernização de suas redes elétricas estão gerando uma demanda crescente pelos produtos que são fabricados e comercializados pelas empresas do grupo. Além do setor elétrico, para o qual a companhia oferece transformadores, postes de concreto, cabos e acessórios para redes de distribuição de energia, o conglomerado possui ainda uma empresa que atua no fornecimento de concreto usinado para o mercado regional da construção civil.

O presidente destaca que há tempos a Romagnole vinha se preparando para este momento no qual a crise que afetou o país começa se dissipar e por isso a organização está pronta para aproveitar as oportunidades que começam a surgir. Ele lembra que nos últimos anos a empresa realizou diversas melhorias em suas fábricas, investiu na qualificação da mão de obra, aperfeiçoou diversos itens do seu portfólio e lançou novas linhas de produtos para atuar em segmentos do setor elétrico que ainda não eram explorados. 

Romagnole também anunciou que no decorrer de 2019 devem ser investidos cerca de R$ 25 milhões na ampliação, automação e robotização do parque fabril. Com esses investimentos a companhia busca ampliar o volume de produção e ganhar mais competitividade, tanto no mercado interno quando no exterior. Atualmente cerca de 10% da produção é destinada à exportação, percentual que deve subir após a implantação dessas melhorias.


 http://www.amanha.com.br/posts/view/7084

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Seamless retail: o varejo perfeitamente (e radicalmente) integrado



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Por Cecília Andreucci



A era do seamless retail (numa tradução livre, varejo perfeitamente integrado) definitivamente está no meio de nós. Implica em oferecer uma experiência que, não importa a porta de entrada do cliente – loja física ou online –, ele terá sua necessidade resolvida de forma simples e rápida. Comprar online e retirar na loja, comprar na loja e receber em casa, cadastro de cliente único, com seu histórico de compras online e em qualquer endereço do planeta, o smartphone integrado ao processo de venda e pagamento. Não se trata mais da integração online e offline. Isso é passado. O varejo pede agora a integração radical entre online e offline. O mantra “consumo inteligente + cadeia de suprimentos inteligente + logística inteligente” foi repetido por diferentes varejistas e palestrantes durante a NRF 2019, o maior evento do varejo global, em Nova York.

E aqui vem a primeira regra. As operações das lojas físicas e eletrônicas devem ser consistentes entre si e interligadas. O que há de novo é a integração e a digitalização de toda a cadeia de valor. Desde o desenvolvimento do produto até o last mile (entrega final nas mãos dos clientes). Muito se fala do varejo omnichannel, mas a verdade é que a maioria dos varejistas ainda é, no máximo, multicanal. Ou, melhor, tem vários canais de vendas, mas sem integração plena. Todos os processos da organização devem ser repensados, sistematizados e integrados.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL


Esse ponto foi reforçado por Rodney McMullen, CEO da Kroger, varejista com faturamento superior a US$ 122 bilhões e cerca de 450 mil funcionários. Tudo acelerado pela evolução tecnológica.

Inteligência artificial (que 85% dos varejistas implantaram ou pretendem implantar), auxiliando na predição de tendências de vendas e comportamento de compra, busca de produtos por clientes na loja eletrônica; na gestão de estoque, na assistência de vendas ao consumidor e ao vendedor, nos diálogos de redes sociais e aplicativos de mensagens.

O foco é acabar, ou reduzir ao máximo, as barreiras e os pontos de atrito na experiencia do cliente. Assistência em tempo real de um vendedor da loja física, na sua compra online; entrar na loja e ser reconhecido como um cliente único, com suas preferências e hábitos de compra, sem apresentar nenhum documento, apenas pela leitura facial; monitores eletrônicos para ajudar na escolha dos looks, que serão entregues por um vendedor na cabine de prova; programas gestores de preço que atualizam automaticamente a etiqueta, agora eletrônica, de toda a rede em minutos, em função da demanda ou da estratégia. É a tecnologia a serviço da personalização do atendimento, da gestão de toda cadeia e da simplificação do serviço.

O executivo Harlan Bratcher, da JD.Com, maior varejista da China, outra marca pouco conhecida por aqui, que entrega mais de 90% de seus pedidos em menos de 24 horas, ainda mostrou seus carros autônomos e drones entregando compras em casa.


Cecília Andreucci é mercadologista, mestre em consumo e doutora em comunicação.  Consultora, conselheira de administração e docente de pós-graduação, tendo atuado como executiva de marketing e vendas em empresas de consumo e varejo.

Supermercados Dia investiga suposta fraude em operações no Brasil e Espanha


Segundo reportagem de site espanhol, auditoria apontou prática de manobras contábeis irregulares por funcionários e gerentes da rede nos dois países 

 

Supermercados Dia investiga suposta fraude em operações no Brasil e Espanha
 
 
Espanha em irregularidades contábeis. Segundo reportagem publica no site Las Provincias, o levantamento de dados teve início no ano passado para determinar a origem de ajustes contábeis de 2017 envolvendo as ações da companhia nos dois países. Não foram divulgados o valor do suposto esquema ou quantos funcionários estariam envolvidos.
 
A auditoria feita pela KPMG, de acordo com a reportagem, revelou a prática de manobras contábeis irregulares por funcionários e gerentes da rede na Espanha e no Brasil. Segundo matéria do jornal Valor Econômico desta terça-feira (12), foram examinados os balanços de 2016 e 2017, com expectativa de finalizar todas as análises até o fim de março. A rede Dia mantém 1.172 lojas no Brasil e registrou vendas brutas de 1,6 bilhão de euros no ano passado. Entre 2014 e 2016, os relatórios anuais apontavam crescimento de 11% a 18% no faturamento em reais – muito acima do desempenho do mercado.

Segundo o jornal, desde o início das investigações, executivos deixaram seus cargos na subsidiária brasileira. No fim do ano passado, o presidente do Dia no Brasil, Freddy Wu, há cerca de sete anos na função, foi transferido para a filial na Argentina. O novo CEO é Marin Dokozic, ex-presidente da rede alemã Lidl. Houve ainda duas alterações nas diretorias comercial e financeira.
A rede de supermercados também anunciou a demissão de 2,1 mil trabalhadores na Espanha e na subsidiária Twins Alimentación, após registrar perdas de 352 milhões de euros no ano passado e entrar em falência técnica. O CEO, Borja de la Cierva, reconheceu que 2018 foi “um ano turbulento para o Dia , provavelmente o mais difícil desde que a empresa foi fundada, há mais de 40 anos.”

Na última semana, o fundo de investimentos LetterOne, controlado pelo bilionário russo Mikhail Fridman, ofereceu € 417 milhões (aproximadamente R$ 1,74 bilhão) para assumir a rede espanhola de supermercados Dia. A companhia já é dona de 29% da rede, sendo que a maior parte das ações foi adquirida no ano passado, a € 4 por ação. Agora, a LetterOne quer adquirir o resto por € 0,67 por papel.



 https://www.istoedinheiro.com.br/supermercados-dia-investiga-fraude-financeira-em-operacoes-no-brasil-e-espanha/

Doctor Feet expande atividades no Sul


Investimento será de aproximadamente R$ 4 milhões

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Doctor Feet expande atividades no Sul


Com forte presença na região Sudeste, a rede de podologia Doctor Feet (foto), sediada em São Paulo, pretende expandir suas atividades no Sul em 2019. Após faturar R$ 55 milhões no ano passado, a empresa pretende inaugurar 15 novas unidades nos três estados da região. Com isso, a expectativa é de que o faturamento aumente para R$ 70 milhões este ano.

Na expansão pelo Sul, a empresa pretende chegar primeiramente às capitais. A expectativa é lançar quatro lojas em Curitiba e três em Florianópolis e Porto Alegre, no modelo de franquias. O investimento de cada unidade gira entre R$ 232 mil e R$ 355 mil, com previsão de retorno entre 24 e 36 meses. Fundada há 20 anos em São Paulo, a Doctor Feet possui mais de 80 unidades em 14 estados brasileiros.



http://www.amanha.com.br/posts/view/7050

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

XP compra parte de startup de inteligência artificial do Vale do Silício


A plataforma Olivia existe há três anos nos EUA e agora chega ao Brasil para ajudar os brasileiros a poupar dinheiro e investir

 




São Paulo — Perto de estrear no Brasil, a fintech de inteligência artificial Olivia recebeu um aporte da XP Investimentos. A parceria estratégica entre as companhias, que inclui a aquisição de uma participação minoritária da Olivia pela XP, vai dar base para a startup começar a operar no país.

Pelo acordo, a XP será a parceira oficial de investimentos dentro da Olivia. Criada há três anos no Vale do Silício pelos brasileiros Lucas Moraes e Cristiano Oliveira, o objetivo da startup é ajudar os usuários da plataforma a fazer mais com o seu dinheiro.

“Nos Estados Unidos, nosso usuário médio poupa apenas 0,8% da renda familiar por mês quando começa a usar a Olivia. Em apenas 60 dias, esse percentual salta para 5,7%”, disse Moraes.
Com mais dinheiro no fim do mês, os clientes aumentam sua capacidade de investir. E aí que a integração com a XP vai funcionar: ela permitirá a recomendação personalizada de produtos financeiros da XP de acordo com o perfil e a capacidade de investimento de cada pessoa.

No ano passado, a Olivia e XP criaram juntas o assistente Max, lançado pela corretora em setembro. A parceria evoluiu agora para uma sociedade.

 https://exame.abril.com.br/blog/primeiro-lugar/xp-compra-parte-de-startup-de-inteligencia-artificial-do-vale-do-silicio/

Mais uma Unicórnio Brasileira!



O ano de 2018 não foi dos melhores para o mercado de Fusões & Aquisições, mas o novo cenário político-econômico traz uma expectativa muito melhor para 2019, que começou com o surgimento de uma nova “unicórnio” brasileira: a Gympass

 

 Mais uma Unicórnio Brasileira!


Há alguns dias, concedi uma entrevista para o meu amigo Aluízio Falcão da Money Report, quando tive a oportunidade de falar um pouco sobre o desempenho do mercado de Fusões & Aquisições em 2018 e as perspectivas para 2019, à luz da nova estrutura do Governo Brasileiro. Essa entrevista, em dois vídeos com cerca de 15 minutos cada, encontra-se no site da Money Report sob o título “Reformas econômicas vão impulsionar o mercado de fusões e aquisições”

Fazendo um breve resumo… Com base no relatório “Brasil Relatório Trimestral – 4T 2018” da TTR – Transaction Track Record, tivemos um 2018 com dois semestres bem distintos. Enquanto os primeiros seis meses de 2018 foram então marcados por aumento de 10% na quantidade de transações (26% de aumento no volume em Reais), no segundo semestre daquele ano houve uma redução de 13% no número de transações (28% de decréscimo no volume total), fazendo com que 2018 terminasse com uma leve contração tanto na quantidade (3%) quanto no volume (5%) quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Contração essa que foi especialmente demonstrada na faixa de transações entre R$ 200 milhões e R$ 500 milhões, que teve redução superior a 35% em quantidade e volume.

Claro que tamanha discrepância em sazonalidade (nada usual no mundo das Fusões & Aquisições) tem um único e grande responsável: a incerteza politica (e, consequentemente, econômica) que o Brasil viveu no segundo semestre.
Finda esta incerteza, a eleição de nossos novos Governantes trouxe uma expectativa de mudança (para melhor) em vários pontos que influenciam o mercado de F&A, com especial destaque para três: (1) o pensamento liberal de Paulo Guedes (gestão pró-business, investimentos para acelerar crescimento e programa de privatização, dentre outros), (2) a determinação de Sergio Moro no combate à corrupção, aumento da segurança jurídica e diminuição da violência e (3) o comprometimento de Jair Bolsonaro com as reformas estruturais requeridas, como a da Previdência e a Tributária.

Combinados, estes três alicerces do novo Governo podem criar um novo ciclo de investimentos e crescimento para o País (e é isso que todos nós esperamos e torcemos), que deverá devolver a confiança aos empresários e investidores, e, consequentemente, movimentar bastante o mercado de capitais e o mercado de Fusões & Aquisições. Porém, há de se entender que se trata de um processo de amadurecimento a medida que estes nossos novos Governantes (que estão apenas há um pouco mais de um mês nas suas “cadeiras”) comecem a executar as suas promessas eleitorais.

Enquanto este amadurecimento vai tomando corpo, o mercado já começa a dar sinais que acredita neste Governo e na sua capacidade de criar este novo ciclo virtuoso… Recorde da Bolsa de Valores, Recorde de Investimentos Diretos no País, recorde de Oferta Pública de Ações (OPA) e recorde no número de transações de Fusões & Aquisições são algumas das expectativas criadas pelo mercado para o ano de 2019. Otimismo exagerado? Talvez sim, talvez não…
Como já destaquei, ainda é cedo para sabermos se este Governo conseguirá efetivamente entregar tudo aquilo que está se propondo a fazer. E em qual prazo. Porém, uma coisa é certa, o inicio já é bastante animador! Tanto que há poucos dias tivemos a ótima notícia de mais uma startup brasileira entrando para o seleto grupo de “unicórnios” (termo utilizado mundialmente para aquelas startups que conseguem atingir valor de mercado de pelo menos US$ 1,0 bilhão).

Trata-se da Gympass (empresa fundada em 2012 e atua no setor de serviços de assinatura para acesso a academias, que já está presente em vários países, além do Brasil, e contando com mais de 25 mil academias cadastradas) que, segundo notícia publicada pelo jornal Valor Econômico em 25 de janeiro sob o título “Softbank faz aporte na Gympass e empresa é o novo unicórnio brasileiro”, já teria valor de mercado na casa de US$ 1,1 bilhão após aporte da Softbank.

Em se confirmando tal notícia, a Gympass seria a sexta unicórnio brasileira (as outras são: 99, Nubank, PagSeguro, Stone e Movile (iFood)), mostrando a tendência de expansão da chamada “nova economia”, que tem sido muito impulsionada pelos investimentos de altíssimo risco ou venture capital. Investimentos estes que atingiram o patamar de US$ 860 milhões em 2018, segundo dados do relatório “Venture Pulse Q4 2018” da KPMG Enterprise.

Um volume expressivo, mas ainda muito pequeno quando comparado com o volume global de mais de US$ 250 bilhões que, segundo o mesmo relatório da KPMG, foram investidos em empresas startups em 2018, contribuindo assim para o surgimento, segundo a CB Insights de 112 novas unicórnios em todo o planeta (hoje, segundo a mesma CB Insights, há 312 unicórnios de capital fechado no mundo, com valor de mercado acima de US$ 1,0 trilhão).
Estimulado pelo novo cenário político-econômico do País, também nesta área há uma expectativa que 2019 seja um ano recorde de investimentos de venture capital e do número de novas unicórnios brasileiras na lista mundial.

É esperar para ver e torcer que este realmente seja um ótimo ano para o Brasil. E tenho muita confiança que será! Pois, como diz o nosso Presidente Bolsonaro “O Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”. Feliz 2019, Brasil!
Um forte abraço,
Mário



https://www.istoedinheiro.com.br/mais-uma-unicornio-brasileira/