Documento defende que tributação aos mais ricos seja aplicada no combate ao aquecimento global, construção de creches e investimentos na saúde e educação
Alguns dos maiores bilionários dos Estados Unidos se uniram
para pedir mais impostos para eles mesmos e outros detentores de grandes
fortunas. Em carta aos candidatos à presidência nas eleições de 2020,
nomes como Abigail Disney,
uma das herdeiras do complexo de animação e entretenimento, George
Soros, magnata famoso por suas ações filantrópicas, e Chris Hughes, um
dos fundadores do Facebook, defendem a taxação dos mais ricos para o
financiamento de programas sociais.
“Estamos escrevendo para chamar todos os candidatos à presidência,
sejam eles republicanos ou democratas, para apoiar um imposto sobre a
fortuna moderada de um décimo dos 1% mais ricos dos americanos – sobre
nós”, disse o comunicado postado no New York Times nesta segunda-feira
(24).
O documento foi assinado por 18 representantes de algumas das famílias mais ricas dos EUA, incluindo Molly Munger, Louise e Robert Bowditch, Sean Eldridge, Stephen English, Agnes e Catherine Gund, Nick Hanauer, Arnold Hiatt, Regan Pritzker, Justin Rosenstein, Stephen Silberstein, Ian Simmons e Liesel Pritzker Simmons.
A carta aberta afirma que a medida faz parte das propostas de campanha dos democratas Elizabeth Warren , Beto O’Rourke e Pete Buttigieg, mas que “algumas idéias são importantes demais aos Estados Unidos para que façam parte de apenas algumas plataformas de candidatos.”
O texto expõe que o valor acumulado por 1/10 dos 1% mais abastados do país é equivalente ao total da poupança de 90% das famílias norte-americanas. Os bilionários defendem que o valor dos impostos sejam investidos em ações sociais, como o combate ao aquecimento global, construção de creches, empréstimos para pessoas de baixa renda, entre outras áreas.
“Aqueles de nós que estão assinando esta carta desfrutam de fortunas incomuns, mas cada um de nós quer viver em uma América que resolva os maiores desafios do nosso futuro comum”, afirmou o grupo.