Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
A startup de aluguel de casas Quinto Andar se tornou nesta
terça-feira (10) o oitavo unicórnio brasileiro, seleto grupo de startups
que atingiram valor de mercado de US$ 1 bilhão. Aplicativo
especializado em gerenciar aluguel de residências recebeu um novo aporte
de US$ 250 milhões liderados pelos fundos Dragoneer, que já investiu em
Uber e Nubank, e Softbank, célebre fundo japonês que também investiu no
aplicativo de transporte além de Creditas, Rappi, Loggi e Gympass.
A norte-americana General Atlantic e a argentina Kaszek Ventures, que
já haviam investido na companhia, também participaram do aporte, que
foi o quarto da empresa. O negócio acontece apenas 10 meses após a startup ter recebido outra rodada de investimento, de 250 milhões de reais.
O app hoje está em plena expansão, com notícias recentes de que o
Quinto Andar começaria a reformar apartamentos, e uma média de 4.500
contratos de aluguel fechados por mês, número cinco vezes maior do que
em 2018. A empresa hoje está presente em 25 cidades brasileiras das
regiões sudeste, sul, e centro-oeste, com o estado de São Paulo
representando 30% de seus acordos
Com o aporte, a empresa agora mira expansão para dentro e fora do País, além de aumentar sua equipe de tecnologia para aumentar a gama de serviços oferecidos pela startup.
Não se admire se, durante à peça "Bin ich
Angekommen?" (Eu cheguei?, em português), achar que partes do texto
foram inspiradas em sua vida. Assistir ao monólogo escrito a partir da
experiência da baiana Katia Hofacker, que reside na Suíça desde 2004,
tem mesmo esse objetivo.
É um convite ao olhar através do espelho, ao questionamento da
realidade migratória de cada um e à superação dessa vivência, tão rica e
desafiadora ao mesmo tempo.
Escrita
e dirigida pela alemã Jasmin Hoch, a peça é encenada pela própria fonte
de inspiração, Kátia Hofacker. O texto em alemão, que já fez a atriz
chorar nos ensaios, traz à tona as dificuldades enfrentadas por essa
baiana, mas também por milhares de migrantes que deixam seus países e se
veem perdidos, lidando com questões identitárias, com poucas chances no
mercado de trabalho e com todos as diferenças culturais que vêm junto
com a mudança. "O meu sotaque ao interpretar é o meu diferencial nesse
país. Quero que quem assista saia com essa mensagem. Somos diferentes,
mas essa é a nossa vantagem", diz.
A montagem é inusitadamente encenada em um salão de cabeleireiro, apresentada enquanto a atriz tem cabelo e unhas feitos. Bin ich angekommen? é uma produção do Teatro MaximLink externo.
A peça integra o Festival Intercutural de Teatro de Zurique, o About UsLink externo, que acontece entre os dias 6 e 21 de setembro na cidade.
Informação:
Apresentações dias 9 e 11 de setembro – 20 horas.
Local: Fórum Brasil, Langstrasse, 21 – primeiro andar
Gratuito – necessário fazer reserva Link externo Aqui termina o infobox
swissinfo.ch: A peça é um monólogo sobre sua vivência aqui na Suíça. No que exatamente foca o texto?
Katia
Hofacker: Claro que é a visão da autora sobre a minha vida. É um texto
biográfico, fruto de uma série de entrevistas, que conta minha história
desde quando eu cheguei à Suíça, em 2004. A Jasmin conseguiu captar a
essência dos meus desafios. Como é uma diretora experiente, colocou com
primazia na linguagem teatral.
Falo sobre diversos pontos da
minha vida de estrangeira, que com certeza deve ter muitas semelhanças
com a de muitos outros que migraram. Entramos no campo do "eu me sinto
em casa?" O que significa para mim me sentir em casa?
Temos
sketches sobre a dificuldade com a língua alemã, que é a minha maior
barreira. Aliado a esse obstáculo, vem a ameaça à minha carreira de
atriz, mas que vem sendo construída a duras penas.
Abordo
momentos em que eu questiono a minha decisão de viver fora do Brasil, em
que sofro muito com os inúmeros nãos que recebi, a maternidade no
exterior, a necessidade de relação com os suíços, quase que como uma
bola mestra para entender a cultura desse país. Esse fio me conduz à
dificuldade de se fazer amizade com eles. E por aí vai. Mas a peça não é
um mar de lamentações, é um convite à reflexão. Tem partes cômicas,
incentivo o público a participar.
swissinfo.ch: E como se desenvolve a peça? Explique um pouco sobre a encenação em um salão de cabeleireiro.
K.H.:
Como o espetáculo acontece dentro de um salão de beleza, enquanto eu
falo o texto, profissionais farão meus cabelos e unhas. Eu vou contar
minha história como se fosse uma conversa de salão mesmo, como se eu
estivesse dialogando com o cabeleireiro.
Acho a proposta
interessante porque o ambiente é muito brasileiro, faz parte do nosso
cotidiano. E ali, durante a explanação, eu rio, eu choro, eu teorizo,
sempre em alemão. Mas o resto eu não vou contar por que é surpresa.
swissinfo.ch: E quem é a Katia, como ela se enxerga nesse contexto?
K.H.:
A Katia (risos) é uma atriz baiana negra, mãe de duas crianças, que
veio parar em Zurique por amor. Essa mudança deu uma reviravolta em sua
vida. Até aqui, muito parecido com a maioria das brasileiras que moram
na Suíça e que vieram porque encontraram um marido, um parceiro local.
Só que a partir daí é que o bicho pega.
Eu sou uma pessoa que ama o
teatro, sempre estive envolvida de alguma maneira com a atuação. A
minha primeira formação é de psicóloga, mas posteriormente fiz várias
formações em Teatro, ainda em Salvador. Morei durante um ano em Paris
para estudar na Escola de Teatro de Jacques Le Coc.
A barreira da
língua alemã, entretanto, veio para cortar minhas asas. Pelo menos era
como que eu via. Até eu entender que não necessariamente deveria ser
assim. Em 2010, eu conheci o teatro Maxim de Zurique, que promove a
diversidade. Aí tudo mudou.
Jovens talentosos brasileiros, que estudam música numa escola da
Suíça, fizeram um concerto em Genebra com a participação de músicos do
projeto ...
Por Valéria Maniero, Genebra
Então, eu acho que a Katia é uma brasileira que nadava contra a maré e hoje usa a correnteza para se reinventar.
swissinfo.ch: E como você se reinventa? Como usar essa correnteza a favor?
K.H.:
Em um determinado momento da minha caminhada, depois de sofrer muito
por não falar um alemão perfeito, de levar tantos nãos, eu descobri que a
minha maior ferramenta era ser exatamente quem eu sou. Eu sou
estrangeira e não posso mudar.
Não adianta querer falar igual ou
competir com os suíços. Então, falar com sotaque é o que me torna
diferente. Isso dá poder. A coragem vem de você usar a sua
matéria-prima, que é você mesma.
Até o fato de eu converter
minhas dificuldades, meus dilemas e anseios em monólogo é um exemplo de
como eu me transformo no meu próprio insumo.
Acho que a minha
vivência de teatro me ajudou muito a transformar dificuldade em arte, em
uma ferramenta para dar voz a uma comunidade enorme que passa pelos
mesmos desafios, mas que nem sempre encontra acolhida para expor o que
sente.
swissinfo.ch: E qual a mensagem que você e a diretora gostariam de passar ao público?
K.H.:
A da possibilidade de transformação. Entre as missões que tenho,
enquanto estou no palco, não cabe só a de entreter. Quero mostrar a
capacidade de rir das nossas gafes, de conviver com as diferenças e
transformar os nãos em novos caminhos nunca pensados. É uma
responsabilidade social, não é?
Escritório de advocacia quer disseminar o conceito de Nudge no Brasil
Porto Filho (à dir.) e Araujo, sócios do
Porto Advogados, escritório que colaborou na regulamentação da Lei Geral
das Telecomunicações, defendem a independência da ANPD como forma de
garantir a transparência das ações envolvendo a coleta e o tratamento de
dados
Rosenildo Ferreira
Você, caro leitor, provavelmente nunca deve ter parado para
refletir porque adota determinada postura ou toma uma atitude
específica. Não, não estou falando do “efeito manada” que pode ser visto
em situações curiosas, como a formação de um grupo olhando para o céu,
simplesmente porque uma ou duas pessoas passaram a apontar para cima.
Mas sim de uma doutrina científica desenvolvida pelo ganhador do Prêmio
Nobel de Economia, em 2016, Richard Thaler, e seu colega Cass Sustein.
Batizada de Nudge, que numa tradução literal significa cutucão ou
empurrão, a tese se apoia em estratégias de mudança de comportamento dos
indivíduos ou grupos a partir de estímulos que favoreçam a melhor
tomada de decisão.
Dois exemplos mais destacados ocorreram em Portugal e nos Estados
Unidos. No primeiro, o governo português mudou a legislação para doações
de órgãos, transformando toda a população em doadora. Aqueles que não
quisessem aderir teriam de preencher um formulário manifestando essa
opção. Resultado, o país se tornou um dos líderes da Europa neste
ranking. No outro, a base foi a campanha “Don’t mess with Dallas!” (Não
bagunce Dallas!, em tradução literal), destinada a enquadrar os
porcalhões que não se importavam com as multas para quem despejasse lixo
ao longo das rodovias e autoestradas que cortam a famosa cidade do
Texas. No primeiro ano, a redução do lixo foi de 29%, atingindo 72% ao
longo de seis anos.
A adoção de medidas e estratégias baseadas na Economia do
Comportamento, ou Nudge, deve intensificar-se daqui para a frente,
especialmente por conta da disseminação das redes sociais. Contudo, para
que esta realidade não se transforme em abuso, é preciso que seja
garantida uma governança firme na Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), criada a partir da sanção da Lei 13.853, em 9 de julho.
“O grande temor é que as decisões de cunho político se sobreponham às
de natureza técnica, considerando que a ANPD foi criada como órgão do
governo, diretamente ligada à Presidência da República”, diz o advogado
Pedro Paulo de Rezende Porto Filho, sócio do Porto Advogados.
Fundado em 1936 por seu avô, Benedicto Pereira Porto, o escritório
ajudou a regulamentar a Lei Geral de Telecomunicações do Brasil e
redigiu a Lei de Licitações de Moçambique, a pedido do Banco Mundial.
Num cenário em que pairam enormes dúvidas sobre a ação de empresas
baseadas em plataformas de internet, Porto Filho defende a alteração do
tratamento legal dado à ANPD . “No Brasil, já temos o modelo das
agências regulatórias – ANATEL, ANAC, dentre outras – , de maneira que
melhor seria enquadrar a ANPD nesse modelo”, diz.
Para Juliano Barbosa de Araujo, sócio do Porto Advogados, a
utilização da teoria do Nudge pode ampliar a eficiência da
regulamentação de políticas públicas. “Mais do que simplesmente punir,
as políticas públicas podem ser desenhadas a partir de dispositivos
pedagógicos ou indutores. E é nisso que devemos investir. Deve-se
aperfeiçoar modelos de verificação do desempenho das políticas
públicas”, destaca.
A tese, de acordo com os dois especialistas vale tanto para o Brasil,
quanto para o resto do mundo. “As gigantes da área de tecnologia
ganharam um poder incomensurável e, apesar disso, continuam operando
livremente, sem praticamente nenhum controle”, diz. O estabelecimento de
regras claras, monitoradas por uma agência independente e autônoma,
poderia garantir que houvesse um maior equilíbrio na relação entre estas
corporações e a sociedade em geral.
Instituição financeira brasileira estaria considerando alternativas para reforçar seu negócio de banco de investimento
Por Reuters
Banco do Brasil: instituição financeira estaria buscando reforça negócio em bancos de investimentos (Pilar Olivares/Reuters)
São Paulo — O Banco do Brasil SA e o suíço UBS Group AG estão em negociações avançadas para formar uma joint venture em banco de investimento, que poderia ser anunciada em breve, disseram duas fontes com conhecimento do assunto.
O Banco do Brasil, segundo maior banco da maior economia da
América Latina, vem considerando alternativas para reforçar seu negócio
de banco de investimento há algum tempo. No ano passado, iniciou um
processo formal para encontrar um parceiro e conversou com vários bancos
estrangeiros.
Mas o processo foi interrompido pelas eleições
presidenciais.
Rubem Novaes, presidente do BB indicado pelo ministro da Economia,
Paulo Guedes, reiniciou o processo formal de procura de um parceiro em
março.
Um acordo entre o Banco do Brasil e o UBS poderia ser assinado já no
mês que vem, segundo uma das fontes. A estrutura do negócio hoje em
discussão combinaria o banco de investimento do Banco do Brasil, BB BI, e
a estrutura do UBS no Brasil.
O UBS e o Banco do Brasil preferiram não comentar o assunto.
Segundo o modelo em discussão, o UBS seria majoritário na joint
venture para evitar problemas operacionais comuns em empresas estatais.
Mas a governança seria dividida de maneira equilibrada, com indicação de
número semelhante de diretores pelas duas instituições na joint
venture, de acordo com as fontes.
Não se espera que haja pagamento no negócio, que está sendo desenhado
para que o Banco do Brasil tenha acesso à plataforma de banco de
investimento do UBS, que aumentaria a oferta de produtos para os
clientes pessoa jurídica do banco.
Para o UBS, a vantagem seria contar com a possibilidade de
empréstimos do BB em determinadas transações de banco de investimento,
como financiamentos a aquisições. Neste caso, os créditos ficariam no
balanço do Banco do Brasil e não no da joint venture, segundo uma das
fontes.
A joint venture no Brasil é um projeto aprovado pela executiva Ros
Stephenson, que acabou de assumir o cargo de co-chefe de banco de
investimento global com Javier Oficialdegui, numa reestruturação global
do UBS anunciada esta semana, segundo uma das fontes.
O banco suíço tem ficado atrás de seus concorrentes americanos nos
rankings de assessoria a fusões e aquisições e ofertas de ações no
Brasil.
Segundo dados da Refinitiv, o UBS está em vigésimo primeiro lugar na
assessoria a fusões e aquisições e em nono lugar na emissão de ações,
neste ano até o início de setembro. O Banco do Brasil, não muito ativo
em assessoria a fusões, está em décimo lugar no ranking de emissão de
ações.
A reestruturação global do UBS tenta cortar custos e melhorar os
resultados depois que as suas ações listadas na Suíça caíram 30% nos
últimos 12 meses.
Não é a primeira vez que o UBS tenta aumentar sua presença no mercado
brasileiro. Em 2006, o grupo suíço comprou o controle do banco de
investimentos brasileiro Pactual de seus sócios por 2,5 bilhões de
dólares.
Três anos depois, o banqueiro André Esteves comprou de volta o
controle do banco com seus sócios por um preço similar, e mudou seu nome
para BTG Pactual, hoje o maior banco de investimento independente da
América Latina. https://exame.abril.com.br/negocios/banco-do-brasil-negocia-joint-venture-com-banco-suico-dizem-fontes/
Virgin Atlantic vai começar a voar para o Brasil a partir de
2020. O primeiro voo entre o Aeroporto Heathrow, em Londres, e São
Paulo, está previsto para o dia 29 de março. As passagens, porém,
começarão a ser vendidos na terça-feira, dia 10.
A empresa anunciou que fez um acordo de codeshare (quando duas ou
mais companhias aéreas compartilham voos e serviços) com a Gol. Assim,
as conexões da empresa britânica para 37 aeroportos do País serão feitas
pela companhia da família Constantino. A Virgin e a Gol também
pretendem expandir a parceria incluindo voos para Argentina, Chile e
Uruguai.
Os voos da Virgin Atlantic utilizarão o Boeing 787-9.
“Temos grande prazer em anunciar nosso acordo codeshare com a Gol. O
Brasil é um país rico e diversificado, e essa parceria nos permitirá
oferecer aos clientes do nosso mais novo serviço de Londres-Heathrow a
São Paulo conexões para 37 destinos em todo o País. Em breve, nossos
clientes poderão aproveitar o exclusivo serviço da Virgin Atlantic para o
maior país da América do Sul, ” comenta Juha Jarvinen, Chief Commercial
Officer da Virgin Atlantic.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade) aprovou sem restrições a operação de aquisição de
participação societária envolvendo o Banco BTG Pactual S.A. e Ourinvest
Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. O despacho pela
aprovação está publicado na edição desta quinta-feira, 5, do Diário
Oficial da União.
Segundo informações disponibilizadas pelo Cade, a operação refere-se à
aquisição, pelo BTG Pactual, de 80% das ações ordinárias e
preferenciais da Ourinvest DTVM, atualmente detidas apenas por pessoas
físicas. A proposta também será notificada ao Banco Central.
De acordo com o parecer da superintendência do Cade, as partes
envolvidas na operação acreditam que a transação permitirá ao BTG
Pactual a expansão da sua plataforma digital e, à Ourinvest DTVM
melhorar e incrementar sua oferta de serviços a partir do acesso de seus
clientes à plataforma digital desenvolvida pelo BTG Pactual, com
extenso portfólio de produtos.
A compra da construtora AHS Residential, nos Estados Unidos,
pode ser o primeiro passo para uma atuação global da MRV Engenharia.
“Pretendemos ser uma plataforma mundial de construção”, afirmou o
controlador do grupo, Rubens Menin, em entrevista ao Estadão/Broadcast.
A MRV vai investir US$ 236 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) para ficar
com 51% na AHS, empresa fundada e controlada por Menin. A medida causou
desconfiança de acionistas, que viram possível conflito de interesses. A
ação fechou em queda de mais de 6% no pregão de quarta-feira, mas se
recuperou nesta quinta-feira, 5, com alta de 0,79%.
Na quinta, Menin convocou reunião com analistas e investidores para
explicar que a operação foi endossada por um comitê independente com
quatro membros e pelo conselho de administração. Falta agora a aprovação
dos acionistas na assembleia marcada para 4 de outubro. Questionado se
vai votar na assembleia, não quis comentar. Menin detém 32,6% da MRV. É,
portanto, decisivo em qualquer deliberação.
O executivo também ressaltou que todos os recursos investidos na AHS
vão para projetos. “Não estou botando nenhum dinheiro no bolso. Tudo
está entrando na empresa”, disse.
Os atuais acionistas da AHS – Rubens Menin (95%) e o fundo Silverpeak
(5%) – não venderão ações, sendo diluídas para 46,3% e 2,7%,
respectivamente.
Os resultados da AHS aparecerão no balanço da MRV já no quarto
trimestre. O investimento virá de recursos próprios da MRV, que tinha R$
2,5 bilhões em caixa no fim de junho.
Aposta.
Com a AHS, fundada em 2012, Menin acredita que pode
ser competitivo em um segmento onde diz haver pouca concorrência: a
construção de moradias para pessoas de classe média baixa nos EUA. Esse
segmento, disse ele, é hoje atendido apenas por empresas regionais, sem
escala.
Ao contrário da MRV, a AHS aluga os apartamentos, em vez de
vendê-los. A companhia atua em todo o ciclo: compra de terrenos,
desenvolvimento de projetos, construção, locação, administração dos
prédios e venda a fundos de investimento.
O plano para a AHS é ampliar o portfólio de apartamentos sob gestão
de 700 unidades, em 2019, para 5 mil, em 2023, quando se concretiza o
novo ciclo de investimentos. Além de Miami, a previsão é ir para
Atlanta, Dallas, Houston e Denver.
A ocupação dos imóveis, segundo a AHS, é hoje de 97% dos imóveis e a
inadimplência está abaixo de 1%. A receita da companhia com locações é
de US$ 20 milhões. A previsão é de fechar o ano com lucro líquido de US$
6 milhões – resultado auxiliado pela venda de um prédio a um fundo de
investimento.
Apesar do otimismo do empresário, analistas ainda entendem que a
empreitada embute riscos. “Se o mercado lá é tão lucrativo, por que
ninguém fez isso até agora?”, questionou um profissional. Outro analista
teme que a MRV possa perder o foco das operações nacionais. “O mercado
aqui está cheio. Se de alguma forma perderem o foco vão ser
ultrapassados.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.