terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Norsk Hydro é alvo de ação coletiva de grupo brasileiro por acusação de poluição


 
 

Norsk Hydro
A Hydro disse nesta terça-feira que responderá às acusações diante da Justiça holandesa, onde a ação foi registrada (Imagem: Flickr/Hydro/Bård Gudim)

 

Cerca de 40 mil brasileiros entraram com uma ação coletiva contra a produtora norueguesa de alumínio Norsk Hydro em meio a acusações de que a companhia teria causado poluição com rejeitos tóxicos na região Norte do país.

A ação foi impetrada por um grupo de comunidades que vivem na região amazônica, no Pará, principalmente membros da chamada Associação dos Caboclos, Indígenas e Quilombolas da Amazônia (Cainquiama), que representa cerca de 11 mil famílias.

Eles buscam compensação pelo que chamam de “disposição incorreta de rejeitos tóxicos no rio Murucupi, bem como por outros efeitos da presença das instalações da Norsk Hydro na região”, disse em comunicado a firma de advocacia PGMBM, que representa o grupo.

A Hydro disse nesta terça-feira que responderá às acusações diante da Justiça holandesa, onde a ação foi registrada.

“Os assuntos trazidos à luz pela Cainquiama já estão sendo discutidos junto à Justiça brasileira e autoridades do Brasil”, disse a Hydro em comunicado enviado à Reuters.

“A associação Cainquiama entrou desde 2017 com cinco ações no Brasil contra diferentes empresas da Hydro no país”, acrescentou.

Alunorte

A Hydro possui três instalações no Pará, incluindo a mina de bauxita de Paragominas, sua refinaria Alunorte, onde a bauxita é transformada em alumina, e a Albras, onde as fundições transformam alumina em alumínio.

“As vítimas foram expostas a resíduos tóxicos do processamento de alumínio, que podem causar problemas de saúde, como aumento da incidência de câncer, Alzheimer, doenças de pele, problemas de estômago e diarreia”, disseram os advogados representando a Cainquiama.

A ação também se refere a acusações sobre emissões de rejeitos registradas em 2018 na Alunorte.

A Hydro possui três instalações no Pará, incluindo a mina de bauxita de Paragominas, sua refinaria Alunorte, onde a bauxita é transformada em alumina, e a Albras, onde as fundições transformam alumina em alumínio (Imagem: Flickr/ Hydro)

No início de 2018, a Hydro se desculpou pelo que classificou como liberação “completamente inaceitável” de água não tratada durante fortes chuvas na região da Alunorte, mas negou que isso tenha resultado na contaminação do meio ambiente local.

Nesta terça-feira, a Hydro reiterou que “em relação ao evento relacionado às chuvas de 2018, não houve vazamento e nenhuma evidência de contaminação”.

A liberação não autorizada de água levou autoridades e a Justiça a exigir que a Hydro cortasse a produção de alumina da Alunorte, provocando o desligamento parcial da Albras e resultando em interrupções que duraram mais de 15 meses.

Os advogados que ajuizaram a ação contra a Hydro disseram que seus clientes não entraram com o processo no Brasil porque estavam “frustrados com a falta de progresso no sistema jurídico brasileiro”.

 

 https://www.moneytimes.com.br/norsk-hydro-e-alvo-de-acao-coletiva-de-grupo-brasileiro-por-acusacao-de-poluicao/

 

Com mais bilhões no caixa, Oi terá gordura extra para enfrentar recuperação judicial


 
 

Oi OIBR3 Telecomunicações Operadoras
As intenções de compra do fundo gerido pelo BTG são positivas para as ações da Oi (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)
 

A Oi (OIBR3; OIBR4) pode respirar mais tranquila se o acordo com o fundo de private equity gerido pelo BTG Pactual (BPAC11) ganhar novos capítulos na saga da operadora, que busca vender sua unidade de fibra, conforme anunciado ao mercado na semana passada.

De acordo com a estrutura de capital escolhida pela Oi, o novo sócio deverá pagar R$ 6,5 bilhões, que vão para o caixa da empresa de comunicação, para ter controle de 51% das ações ordinárias da unidade móvel, a qual possui um valor de mercado estimado de R$ 20 bilhões, sem contar os seus R$ 2,4 bilhões de dívidas, dando ao ofertante 37% do capital total do ativo e 63% à Oi.

Ademais, o ofertante também deverá pagar R$ 5 bilhões em investimentos para os projetos da empresa de fibra óptica.

O fundo de investimento em participações (FIP) Economia Real tem 85 investidores, e sua oferta superou a que fora feita pelo Digital Colony, um grupo americano de comunicação global, que participava da negociação.

Na avaliação da Guide Investimentos, as intenções de compra do fundo gerido pelo BTG são positivas para as ações da Oi, uma vez que a companhia terá em torno de R$ 6,5 bilhões em seu caixa.

“O dinheiro contribuirá para o fortalecimento de sua posição de liquidez e por consequência a ajudando a enfrentar o atual processo de recuperação judicial“, reforça o analista Luis Sales, que assina o relatório a clientes.

 

 https://www.moneytimes.com.br/com-mais-bilhoes-no-caixa-oi-tera-gordura-extra-para-enfrentar-recuperacao-judicial/

Lucro do BTG Pactual cresce 24,5% no quarto trimestre e soma R$ 1,258 bilhão



Crise? Cadê? BTG Pactual encerra 2020 com mais receita e lucro (Imagem: LinkedIn/BTG Pactual)

O BTG Pactual (BPAC11) reportou lucro líquido ajustado de R$ 1,258 bilhão no quarto trimestre. A cifra representa um crescimento de 24,5% sobre o mesmo período de 2019, e de 23,8% sobre o trimestre de julho a setembro de 2020.

No acumulado de 2020, o lucro líquido ajustado aumentou 5,7% sobre o ano retrasado e somou R$ 4,05 bilhões.

A receita total, no quarto trimestre, foi de R$ 2,825 bilhões, com alta de 13,6% na comparação com um ano atrás. Em 2020, a rubrica somou R$ 9,3 bilhões, 11,6% maior.

O ROAE (Retorno sobre Patrimônio Líquido Médio, na sigla em inglês) anualizado ficou em 19,1% entre outubro e dezembro, mesmo patamar de 12 meses antes. Para o acumulado de 2019, o indicador foi de 16,9%, sinalizando uma piora em relação a 2019, quando ficou também em 19,1%.

Veja o relatório de resultados do BTG Pactual.

 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Voa, carro, voa


Embraer e Hyundai testam veículos aéreos para uso diário 
 
A inovação proposta é tão radical que vai trazer uma série de implicações legais, comportamentais e urbanísticas

Enquanto a Citroën tenta vencer a batalha da mobilidade do futuro pelo chão, com um veículo que nem é propriamente um carro (conforme post da semana passada, disponível aqui), outras três empresas pretendem fazê-lo pelo alto – literalmente.

Embraer (foto), Hyundai e Uber estão empenhados em construir, para uso urbano, veículos que se deslocam pelo ar – o popular "carro voador" das fantasias infantis e dos desenhos animados (mais detalhes aqui e aqui, para assinantes).

Disrupção à vista?

Se entendermos o conceito em sua acepção mais corriqueira, a de uma inovação radical que muda a vida das pessoas e cria mercados, claro que sim. O que não significa, necessariamente, que Embraer e cia. sairão vencedoras dessa corrida.

O motivo?

Bem, a inovação proposta por elas é tão radical que vai trazer uma série de implicações legais, comportamentais e urbanísticas. E são justamente essas implicações que tornam o projeto mais sujeito ao fracasso.

Não que a aposta em um modal de transporte individual aéreo urbano seja descabida. Mas é que, por serem pioneiras, Embraer, Hyundai e Uber tendem a sofrer toda a sorte de revés, deixando livre o caminho para as seguidoras. Afinal, a inovação é da mesma dimensão da mudança de comportamento exigida para que seja adotada, bem como da adaptação do poder público e da sociedade como um todo: imensa.

Por esses motivos, a aposta da Citroën é obviamente mais viável no curto e médio prazo, e, mesmo que não redefina mercado algum, pode ser suficiente para sustentar a transição da companhia até o futuro à la Jetsons que as companhias anunciam.

É esperar para ver.

 

 https://amanha.com.br/categoria/industria/voa-carro-voa

 

Kraft Heinz negocia acordo de venda da marca Planters por cerca de US$ 3 bi

Crédito: Divulgação

Gigante no setor de alimentos, a Kraft Heinz vem se desfazendo de algumas marcas como forma de se adequar às mudanças nos hábitos de consumo (Crédito: Divulgação)

A Kraft Heinz está se aproximando da conclusão de um acordo para vender o seu negócio de snacks, Planters, para a empresa Hormel Foods Corp, dona da manteiga de amendoim Skippy. A marca teria sido avaliada em cerca de US$ 3 bilhões e o acordo deve ser divulgado na próxima semana, conforme fontes familiarizadas com a negociação.

A Kraft Heinz vem se desfazendo de algumas marcas como forma de se adequar às mudanças nos hábitos de consumo, protagonizadas pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus.

Em maio do ano passado, as vendas de alimentos básicos dispararam nos supermercados. Entretanto, à medida que essa demanda diminuiu, as empresas voltaram a reorganizar seus portfólios. Em setembro, executivos da companhia afirmaram que a venda de suas marcas é uma estratégia que ajudará a empresa a simplificar os negócios e se concentrar nas marcas mais promissoras.

Também em setembro, a companhia concordou em vender uma parte do seu negócio de queijos para o Groupe Lactalis SA, da França, por US$ 3,2 bilhões.

A fabricante de molhos picantes Cholula, por sua vez, teve um acordo de venda para a McCormick & Co. fechado em novembro, enquanto o restante da fabricante de barras de chocolate Hu Master Holdings foi negociada para a Mondelez International em janeiro deste ano.

Assim como a marca de queijos da Kraft, a Planters, que vende snacks de nozes, está em um setor altamente comoditizado e tem lutado contra a concorrência de marcas próprias. Nos últimos anos, a empresa viu uma oportunidade de crescimento da Planters no mercado, já que a marca se encaixava na tendência de lanches com baixo teor de carboidratos e alto teor de proteínas. Contudo, os esforços para expandir o negócio não deram muito certo, sendo ela uma das seis marcas que levaram a um prejuízo de US$ 290 milhões no verão de 2020.

Em 2019, a Kraft teve vendas líquidas de pouco menos de US$ 1 bilhão em seu segmento de nozes e salgadinhos. Os resultados completos referentes à 2020 serão divulgados no dia 11 de fevereiro.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/kraft-heinz-negocia-acordo-de-venda-da-marca-planters-por-cerca-de-us-3-bi/

 

 

Entre a cruz e a caldeirinha

Entre a cruz e a caldeirinha

O desestímulo para investir no Brasil não se deve à falta de mercado consumidor, de matéria-prima ou de mão de obra qualificada. Ela decorre da instabilidade de um sistema em que se somam escândalos de corrupção e insegurança jurídica.

Crédito: Evandro Rodrigues

Celso Masson e Anna França

Em março de 2020, quando a pandemia se instalou, o Brasil já estava em acelerado processo de desindustrialização. De lá para cá, essa tendência só piorou. No ano passado, pela primeira vez em mais de sete décadas, a participação do setor industrial no PIB ficou abaixo de 10%, segundo dados do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Desde 2015, o País perdeu nada menos que 36,6 mil unidades industriais, média de 17 fábricas por dia. Há muitos fatores para a queda da atividade industrial no País. Uma é a perda de competitividade em relação a produtos manufaturados vindos do exterior, especialmente da China. O fenômeno ocorre em outros países, até nos Estados Unidos. Aqui, porém, o desafio de competir com o gigante asiático vem acompanhado de outro, bem mais perverso. O investidor industrial brasileiro está sujeito a um modelo econômico que se tornou altamente dependente do governo. Isso coloca os empresários diante do seguinte dilema: compor ou não com a corrupção institucionalizada.

Além da pandemia, o ano de 2020 será lembrado no Brasil por um início de refluxo da Lava Jato. Embora tenha limpado em certa medida o poder público, a maior das operações anticorrupção do País não parece evitar que novos casos ocorram. Os empresários que se mantêm alheios à corrupção – e ainda lutam para ser competitivos – são a prova de que é preciso acreditar na Justiça. Porém, há situações em que ela favorece as perversidades do sistema, em vez de saná-los. “O Legislativo faz as normas, mas o Judiciário abre precedentes. Isso estimula a insegurança jurídica e o País acaba se valendo do Judiciário para resolver seus problemas, o que coloca em xeque qualquer competitividade no País”, afirmou à DINHEIRO o superintendente jurídico da Confederação Nacional da Indústria, Cassio Borges. Segundo ele, quase 70% das principais ações da indústria na Justiça são referentes a problemas tributários ou trabalhistas. “As diferentes interpretações do direito criam insegurança e afugentam o empresário. Por isso, a segurança jurídica é tão importante para a CNI”, disse Borges.

Ele não está sozinho. Especialista em direito tributário, Tiago Conde Teixeira, sócio do escritório Sacha Calmon – Misabel Derzi Consultores e Advogados afirmou que, embora a segurança jurídica seja preciosa para o meio empresarial e para o investidor, hoje vivemos situações absurdas. A ponto de a Receita Federal criar uma nova Instrução Normaltiva (IN) apenas para mudar as regras no meio do jogo, sobretudo quando é o outro time que está vencendo. Segundo ele, isso já foi feito com decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF) que previam formas de compensação tributária. “Não me surpreende que as empresas saiam do Brasil. O País exige um back office jurídico enorme para dar conta de tantas regras”, disse Teixeira.

PERSEGUIÇÃO Nos últimos tempos, o STF parece agir ao mesmo tempo como escritório de advocacia, promotor e desembargador – e, pior, atuando em defesa própria. Foi assim no caso do ex-presidente do tribunal Dias Toffoli, que colocou o órgão como autor de um inquérito para apurar a responsabilidade por fake news e mandar suspender conteúdo da revista digital Crusoé, com notícias que não o agradavam. Instaurou a censura e a perseguição. A decisão foi revertida, mas a ação das fake news sobre a Corte (que deverá julgar o inquérito aberto por ela própria) segue em curso.

Identificada com a causa nacional do combate à corrupção e a reinstalação de regras claras para o exercício dos negócios no País, a própria Lava Jato lançou dúvidas sobre seus métodos e propósitos. Primeiro, ao criar uma indústria de delações premiadas, e depois um fundo para receber dinheiro das indenizações de delatores e delatados que ela mesma condenou. Por fim, a conduta de seu maior patrono, o ex-juiz Sergio Moro, é no mínimo embaraçosa. Ele se tornou ministro da Justiça após uma eleição na qual havia colocado na cadeia o principal oponente ao candidato vencedor. Acabou demitido do governo que ajudou a eleger.

Bastariam os dois parágrafos anteriores para o empresário – seja nacional ou estrangeiro – se perguntar se vale a pena entrar num jogo em que é ameaçado a todo o tempo, dentro de um sistema do qual não se sabe o que esperar. Com tantas convulsões internas, acabamos ficando muito atrás do resto do mundo em tecnologia – e competitividade. Não resta dúvida de que o grande desafio de 2021 é restabelecer o emprego. Para isso, o Brasil precisa de indústria. E, para isso, é preciso segurança jurídica, estabilidade e uma política industrial consistente – algo que o ministro da Economia, Paulo Guedes, nem sequer mencionou após dois anos no cargo.

 


https://www.istoedinheiro.com.br/entre-a-cruz-e-a-caldeirinha/


“Levamos o dinheiro da Faria Lima para qualquer canto do País”


Fundada em 2016, a fintech Gira+ dedica-se à concessão de crédito para micro e pequenas empresas, que têm dificuldade em ser atendidas pelo sistema financeiro tradicional, diz o co-CEO Rodrigo Cabernite. Agora, a empresa captou R$ 50 milhões com uma debênture social.

 

Crédito: Divulgação

e Santander. Foi head de Mercados de Capitais para a América Latina no Standard Chartered em Nova York e em São Paulo. (Crédito: Divulgação)


Por que atender as pequenas empresas?

 
Eu e meu sócio trabalhávamos em bancos de investimentos em 2016. Percebemos que o momento era propício. Havia uma crise e o crédito, principalmente para os pequenos, era escasso. Os bancos tradicionais não entendem o pequeno empresário porque as informações não estão organizadas.

E como vocês entendem esses clientes? 

 
Os bancos só trabalham com as informações dos cadastros dos maus pagadores e não emprestam para quem não tem dados consistentes. Nós usamos outros indicadores, como meios de pagamentos digitais, Inteligência Artificial, marketing digital, mídias sociais, Google, espaços publicitários, entre outros. Além disso, muitos pequenos empresários usam maquininhas e plataformas de gestão financeira. Nós analisamos todos esses dados em tempo real.

De onde vêm os recursos para emprestar?

 
Financiamos nossa carteira de crédito com debêntures e Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC). Muitos fundos de investimentos têm liquidez. Nós captamos esses recursos do grande investidor e fazemos com que ele chegue aos pequenos empresários. Levamos o dinheiro da Faria Lima para qualquer canto do País.

Quantas empresas vocês atendem? 

 
Temos um cadastro de mais de 100 mil empresas e recebemos cerca de 1 mil solicitações de crédito por dia. Dos 1 mil pedidos, conseguimos selecionar cerca de 200, porque somos rígidos, e finalizamos o empréstimo para 25. Os empréstimos são feitos com prazo de até 24 meses com taxas que vão de 1,99% a 5,99% ao mês, dependendo do perfil.

O movimento cresceu na pandemia?
 

Sim. Em novembro tivemos o nosso melhor mês. A demanda de solicitações diárias triplicou e o volume concedido dobrou. Nossa inadimplência ficou abaixo de 5%, não muito acima da taxa habitual, de 4%. Isso porque conseguimos dimensionar o crédito para cada empresa de forma que ela não seja sufocada.

Quais os resultados? 

 
Fornecemos capital de giro e desconto de recebíveis para empresas que não conseguem ser atendidas pelos bancos. E temos um retorno muito positivo, porque conseguimos salvar o pequeno empreendedor que trabalha direito. Temos um grande impacto social e, por isso, captamos R$ 50 milhões com uma debênture como título social. Ela foi caracterizada como Social Bond em conformidade com os Social Bond Principles.





Nos Estados Unidos, as fintechs já respondem por um quarto do crédito. No Brasil, os grandes bancos ainda concentram a maior parte dos empréstimos, mas isso está mudando em função do avanço da tecnologia, com mudanças na forma como se analisam os perfis para concessão dos recursos.

SERVIÇO
Curso gratuito sobre criptomoedas

O bitcoin foi um dos investimentos mais rentáveis em 2020 e pode render mais em 2021. Em 1º de janeiro de 2019 o valor da moeda digital era de R$ 29,2 mil e no final do ano chegou a R$ 151,9 mil, valorização de 420% em 12 meses. Para entender melhor como funciona esse mercado, o TradeMap, aplicativo especializado no mercado financeiro, em parceria com a corretora NovaDAX, oferece um curso gratuito que tratará da relevância das criptomedas, dos fundamentos do blockchain, das estratégias de investimento e da tributação.

CRÉDITO
Financiamento imobiliário digital

A Melhortaxa, plataforma digital de crédito imobiliário, encerrou 2020 com cerca de 72 mil pedidos de financiamento. O volume é o dobro do registrado em 2019. O aumento confirma o aquecimento do mercado imobiliário e o maior interesse dos clientes por transações digitais, devido à pandemia. Desde sua criação em 2014, a Melhortaxa já intermediou R$ 1 bilhão em financiamentos imobiliários. Em dezembro, a fintech recebeu 3,6 mil solicitações de crédito, 60% a mais em relação ao mesmo período de 2019.

Número da semana
0,78% 

Foi a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, em janeiro. A inflação desacelerou-se em relação ao 1,06% de dezembro de 2020, mas foi o maior porcentual para o mês desde o 0,92% registrado em 2016. Nos 12 meses até janeiro, porém, o IPCA-15 acumula alta de 4,30%, acima dos 4,23% dos 12 meses até dezembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A principal causa da desaceleração foi a energia elétrica, cujos preços subiram 3,14% em janeiro, ante os 4,08% de dezembro. A desaceleração também decorreu da queda de 20,49% dos preços das passagens aéreas e pela alta menos expressiva da carne, que subiu 1,18%, e do arroz, que avançou 2%.


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