Kraft Heinz negocia acordo de venda da marca Planters por cerca de US$ 3 bi
A Kraft Heinz vem se desfazendo de algumas marcas como forma de se adequar às mudanças nos hábitos de consumo, protagonizadas pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus.
Em maio do ano passado, as vendas de alimentos básicos dispararam nos supermercados. Entretanto, à medida que essa demanda diminuiu, as empresas voltaram a reorganizar seus portfólios. Em setembro, executivos da companhia afirmaram que a venda de suas marcas é uma estratégia que ajudará a empresa a simplificar os negócios e se concentrar nas marcas mais promissoras.
Também em setembro, a companhia concordou em vender uma parte do seu negócio de queijos para o Groupe Lactalis SA, da França, por US$ 3,2 bilhões.
A fabricante de molhos picantes Cholula, por sua vez, teve um acordo de venda para a McCormick & Co. fechado em novembro, enquanto o restante da fabricante de barras de chocolate Hu Master Holdings foi negociada para a Mondelez International em janeiro deste ano.
Assim como a marca de queijos da Kraft, a Planters, que vende snacks de nozes, está em um setor altamente comoditizado e tem lutado contra a concorrência de marcas próprias. Nos últimos anos, a empresa viu uma oportunidade de crescimento da Planters no mercado, já que a marca se encaixava na tendência de lanches com baixo teor de carboidratos e alto teor de proteínas. Contudo, os esforços para expandir o negócio não deram muito certo, sendo ela uma das seis marcas que levaram a um prejuízo de US$ 290 milhões no verão de 2020.
Em 2019, a Kraft teve vendas líquidas de pouco menos de US$ 1 bilhão em seu segmento de nozes e salgadinhos. Os resultados completos referentes à 2020 serão divulgados no dia 11 de fevereiro.
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