terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Escritórios disponíveis em São Paulo crescem 50% após devoluções

 


Crédito: Pixabay

JLL prevê um agravamento do cenário para este ano (Crédito: Pixabay)

A taxa de disponibilidade de espaços em edifícios corporativos de alto padrão em São Paulo saltou 50% do primeiro para o último trimestre do ano passado. O total de imóveis sem inquilino, que era de 13,6% entre janeiro e março, fechou 2020 com 22,4%.

Os dados fazem parte do levantamento da JLL, empresa especializada em imóveis corporativos, que prevê um agravamento do cenário para este ano.

Em São Paulo, além da adoção do home office, que deve permanecer, para 2021 estão previstos mais 208,2 mil m² de novos imóveis a serem entregues. O volume deve impactar a absorção e a taxa de vacância, que deve manter a tendência de aumento.

O valor pago por mês no aluguel ficou em R$ 85/m². O valor ficou estável na avaliação da JLL, mesmo com o aumento da vacância.

 

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CEO da Farfetch fala sobre como a pandemia impulsionou as vendas de moda online


Crédito: Divulgação - Farfetch

José Neves considera que a alteração para a compra online de itens de luxo é uma mudança de paradigma que tende a durar mesmo depois da pandemia (Crédito: Divulgação - Farfetch )


A pandemia da covid-19 causou retração na economia pelo mundo inteiro. A expectativa, de acordo com a Bain & Co., era que as vendas globais dos bens de luxo apresentariam queda de 23%, para US$ 258 bilhões, em 2020.

Contrariando as projeções, a Farfetch, plataforma de compras online que fornece acesso a muitas das marcas mais caras do mundo, incluindo Fendi, Gucci, Prada e Thom Browne, superou o desempenho da indústria com a nova disposição dos consumidores de comprar produtos de luxo online.

De acordo com a Time, a plataforma conquistou 900 mil clientes nos últimos dois trimestres e vendeu um conjunto de joias de ouro avaliado em US$ 1 milhão e tênis colecionáveis ​​por centenas de milhares de dólares.

A publicação avalia que um dos impactos da pandemia é que os ricos estão ficando mais ricos, mas com menos opções para gastar suas fortunas, já que o isolamento social e restrições de deslocamento se espalharam pelo mundo todo. Com isso, há ainda mais renda disponível para alguns itens de luxo e é aí que entra a operação da Fartech.

José Neves, CEO da Fartech, disse à Time que considera que a mudança para a compra online de itens de luxo é uma mudança de paradigma que tende a durar mesmo depois da pandemia. Para ele, as pessoas ficaram mais confortáveis ​​comprando roupas caras sem experimentá-las.

A tecnologia tem sido uma importante aliada para dar mais confiança nas compras virtuais. Os clientes da Farfetch na China, por exemplo, podem experimentar virtualmente um par de tênis usando algoritmos de geometria 3-D sofisticados, juntamente com redes neurais, que identificam a posição do sapato no espaço e a aplicam ao pés dos usuários.

As vendas online representam cerca de um terço de muitas categorias de varejo, um nível que Neves acredita que o luxo poderia atingir em cinco anos, contra cerca de 12% antes da pandemia.

 

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Lewandowski autoriza mais diligências da PF no inquérito sobre gestão de Pazuello

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O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, autorizou nesta segunda, 15, novas diligências no inquérito que mira a atuação do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, no colapso da rede pública de hospitais em Manaus. Entre as medidas estão a obtenção de informações sobre gastos com cloroquina e hidroxicloroquina e oitivas com servidores do Ministério da Saúde, do governo do Estado e da Prefeitura de Manaus que participaram de reuniões sobre a crise que abalou a capital do Amazonas.

O ministro também deu aval para a requisição de e-mails institucionais trocados pelo Ministério da Saúde com os governos estadual e municipal sobre o combate à pandemia, e também validou a requisição de informações sobre o transporte de oxigênio para Manaus.

Lewandowski validou a identificação e posterior oitiva de desenvolvedores do aplicativo TrateCov, disponibilizado pelo Ministério da Saúde a médicos de Manaus. A plataforma recomendava o uso de cloroquina e ivermectina para tratamento de sintomas de náusea, diarreia e até ressaca. A prescrição era feita sem qualquer controle sobre as informações dos pacientes, o que permitia a prescrição das medicações para bebês e recém-nascidos.

As diligências foram solicitadas pela Procuradoria-Geral da República. Segundo Lewandowski, a PGR busca obter ‘melhor compreensão da dinâmica segundo a qual transcorreram aos fatos, especialmente no tocante às comunicações entre os distintos órgãos da Administração Pública e ás medidas adotadas para o combate à pandemia’.

“Afirma [a PGR], ainda, que quanto à distribuição de medicamentos e demais ações prioritárias do Ministério da Saúde, é preciso obter dados sobre gastos com a aquisição e distribuição dos medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina”, narrou Lewandowski. “Aduz que se faz necessário reunir elementos acerca do aplicativo ‘TrateCov’, disponibilizado pela supracitada Pasta para auxiliar médicos no diagnóstico da doença causada pelo novo coronavírus”.

Omissão. O inquérito que mira a atuação de Pazuello no colapso do sistema de saúde de Manaus foi aberto em 25 de janeiro e tem 60 dias para ser concluído. A investigação mira como o Ministério da Saúde lidou com a falta de oxigênio hospitalar para atender pacientes internados com covid-19 na capital amazonense.

Com estoques de cilindros zerados em algumas unidades de saúde, pessoas morreram por asfixia e outras precisaram ser transferidas para receber atendimento médico em outros Estados.

A abertura de inquérito foi solicitada pelo procurador-geral da República Augusto Aras como uma resposta à representação feita por partidos políticos que acionaram a PGR sob a alegação de que Pazuello e seus auxiliares têm adotado uma ‘conduta omissiva’ em relação ao colapso em Manaus.

Na ocasião, Aras considerou ‘possível intempestividade’ nas ações de Pazuello, indicando que o ministro da Saúde pode ter demorado a reagir à crise em Manaus. O próprio governo já admitiu ao STF que a pasta sabia desde 8 de janeiro que havia escassez de oxigênio para os pacientes em Manaus, uma semana antes do colapso. O Ministério da Saúde, no entanto, iniciou a entrega de oxigênio apenas em 12 de janeiro.

Aras mencionou ainda que a pasta informou ter distribuído 120 mil unidades de hidroxicloroquina para tratamento da covid-19 no dia 14 de janeiro, às vésperas do colapso. O medicamento não tem eficácia comprovada contra a doença. Após o estouro da crise e declaração da própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a inexistência de tratamento comprovado contra a covid-19, Pazuello passou a negar que tenha recomendado a cloroquina para combater a doença.

Pazuello é o único que prestou depoimento à Polícia Federal até o momento no inquérito e tem negado omissão do Ministério da Saúde no caso. O general já disse que ‘fez tudo’ para evitar a crise e que cabe ao Ministério da Saúde apenas apoiar as ações de prefeitos e governadores.

AS DILIGÊNCIAS AUTORIZADAS POR LEWANDOWSKI:

1. Requisição, junto ao Ministério da Saúde e à Secretaria de Saúde do Amazonas e de Manaus, dos e-mails institucionais trocados entre os órgãos relativos ao combate à pandemia;

2. Oitiva dos representantes da empresa White Martins sobre os fatos investigados3. Obtenção de informações sobre as tratativas de transporte de oxigênio para Manaus e de remoção de pacientes

de Manaus para os hospitais universitários federais administrados pela EBSERH;

4. Identificação e oitiva dos desenvolvedores do aplicativo ‘TrateCOV’;

5. Identificação de gastos de aquisição e distribuição dos medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina e dos testes do tipo RT-PCR;

6. Oitiva dos funcionários do Ministério da Saúde e das Secretarias de Saúde do Amazonas e de Manaus que participaram de reuniões e visitas, em especial daqueles eventualmente exonerados”.

 

https://www.istoedinheiro.com.br/lewandowski-autoriza-mais-diligencias-da-pf-no-inquerito-sobre-gestao-de-pazuello/

Lemann a ex-presidente Temer: “saudades do seu governo”


Em evento com a presença do ex-presidente Michel Temer, Lemann disse ainda que a ABInBev errou ao ficar "confortável" em sua posição, mas que voltará a crescer

O empresário Jorge Paulo Lemann, acionista da AB Inbev, mostrou confiança na recuperação da empresa após o choque da covid-19. “Depois da pandemia, que nos freou, vamos voltar a crescer”, declarou Lemann neste domingo, 7, em live com empresários.

O empresário ressaltou que a companhia vive processo de mudanças no conselho, como a substituição do CEO Carlos Brito. “Pessoas mais novas e modernas vão entrar”.

Lemann, contudo, fez uma espécie de mea culpa durante o evento virtual e evitou atribuir a perda de mercado da AB Inbev exclusivamente à crise econômica trazida pela covid-19.

“Nós ficamos confortáveis na posição em que estávamos. Não tínhamos as pessoas certas e não prestamos atenção ao mundo consumidor que se formava, com mais opções de escolha”, reconheceu. “Estamos em fase de adaptação a uma nova realidade. Empresas com muito sucesso tem dificuldades de se adaptar”, completou.

O ex-presidente Michel Temer participou da live e elogiou a atuação de Lemann dentro do empresariado brasileiro, que retribuiu o enaltecimento. “Saudades do seu governo. As coisas funcionavam naquela época”, declarou o empresário, que hoje mora na Suíça.

 

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Raquel Zagui, vice-presidente de Recursos Humanos do Grupo Heineken, defende mudanças de cultura em empresas que adotarem o trabalho remoto definitivo

Conheça a “receita” da Heineken para enfrentar os desafios do home office


Em janeiro, o Grupo Heineken Brasil entrou na lista de empresas que decidiram colocar os funcionários em regime de trabalho remoto mesmo após o fim da pandemia. Os contratos de trabalho foram ajustados, e novas mudanças estão a caminho, como uma readequação do propósito do escritório.

A decisão de colocar as equipes de forma remota definitivamente vem a partir de um acompanhamento do grupo de como os funcionários avaliaram seu bem-estar durante a pandemia. 

Antes da crise sanitária, a empresa já tinha a opção de home office, que costumava ser de uma vez por semana. Com a necessidade de isolamento social, o Grupo Heineken viu que trabalhar de forma remota foi algo que funcionou.

A ideia é que o escritório seja usado para brainstormings, encontros, reuniões e por quem deseja sair de casa até duas vezes por semana para trabalhar.

Apesar da redução de custos para as empresas, mais flexibilidade para a vida pessoal dos trabalhadores e possibilidade de contratar profissionais de qualquer cidade, o trabalho remoto definitivo também traz desafios grandes para as empresas e gestores.

Em entrevista à EXAME, Raquel Zagui, vice-presidente de Recursos Humanos do grupo, comenta sobre os possíveis desafios de colocar todos os funcionários corporativos da empresa (cerca de 1.300) no regime remoto e dá a sua visão sobre como gerir pessoas à distância.

Na visão de Raquel, o momento ainda é de experimentar e as empresas precisam estar abertas para o novo, com agilidade de aprendizado, versatilidade e adaptabilidade. Só assim é possível ter uma cultura que permita produtividade e bem estar dos funcionários quando todos estão trabalhando de casa.

Veja abaixo alguns desafios impostos pelo home office e a saída para cada um deles.

 

Um medo comum entre alguns gestores é o de garantir que as pessoas estejam efetivamente trabalhando de casa. Na Heineken, algumas lideranças se sentiram inseguras no início, mas Raquel os “convenceu” com a seguinte comparação: 

“A pessoa que vai deitar no sofá e ver Sessão da Tarde é a mesma que vai ficar jogando no computador e fingir que está trabalhando. A grande maioria dos funcionários está a fim de trabalhar e de fazer. Não adianta pegar o exemplo de quem não trabalha, porque isso pode ter. Nós não vamos colocar uma câmera no home office da pessoa, né?”, brinca a vice-presidente.

Além dessa mudança de mentalidade, a executiva destaca a importância dos processos que monitoram a performance. 

“Quanto antes as pessoas desapegarem daquilo de ficar em cima das pessoas para saberem se elas estão no computador ou se levantaram para pegar um cafezinho, melhor. Não tem mais volta”, aconselha.

Como manter engajamento e integrar as pessoas

Outro desafio colocado para as empresas desde que o home office foi instaurado é o de manter as pessoas engajadas e conectadas entre si. Na Heineken, porém, não houve queda de engajamento. Em 2020, ele se manteve em 90%, de acordo com Raquel Zagui.

“Vou falar de mim: eu hoje me sinto muito mais próxima da minha equipe de RH do que antes. A pessoa entra em uma live, por exemplo, e aí conhece meu filho, vê minha casa, meu papel de parede. À medida que a gente se coloca num patamar mais de “igual”, com problemas parecidos como a cadeira, ar-condicionado etc, não importa se alguém ganha cinco vezes a mais”, disse.

Como será permitida a ida ao escritório da Heineken por até duas vezes por semana, Raquel defende que esses momentos sejam usados para a integração e ressalta a importância de mais conversas e eventos como um happy hour virtual. 

Como não privilegiar quem vai mais à empresa

Em modelos híbridos ou nos que as empresas mantêm a oportunidade de as pessoas irem algumas vezes ao escritório, há o risco do tratamento desigual. Quando as decisões começam a acontecer mais de forma presencial, pode estar nascendo um problema. Para Raquel Zagui, a mentalidade remota deve ser um imperativo. 

“A gente precisa, de fato, fazer com que a organização adote a mentalidade do remote first. O remoto não é opcional. Se tem uma pessoa em casa e outros foram à sede em uma reunião, a gente tem que agir como se essa reunião fosse virtual. Se não for isso, se não for genuíno, aí vai ser um desastre. Aí a gente vai ter que voltar atrás”

Raquel Zagui, vice-presidente de Recursos Humanos do Grupo Heineken Brasil

Para garantir isso, a executiva da Heineken defende que a liderança e o setor de Recursos Humanos sejam embaixadores dessa cultura. 

“Se tiver uma reunião presencial e algumas pessoas de casa, não dá para esvaziar o tema da reunião antes ou depois. A brincadeira, a descontração, também tem que ficar para o momento da reunião”, explica Raquel.

 

 https://exame.com/carreira/conheca-a-receita-da-heineken-para-enfrentar-os-desafios-do-home-office/

Em dois meses, Brasil coloca 4 fábricas de veículos à venda


Crédito: Divulgação - Mercedes-Benz

Uma das delas é a Mercedes-Benz, que produzia carros de luxo em Iracemápolis (SP), e três da Ford na Bahia, Ceará e São Paulo (Crédito: Divulgação - Mercedes-Benz)

O Brasil tem hoje quatro fábricas de veículos à venda, cujos fechamentos foram anunciados em dezembro e janeiro. Uma é da Mercedes-Benz, que produzia carros de luxo em Iracemápolis (SP), e três da Ford na Bahia, Ceará e São Paulo.

A planta da Mercedes é a mais nova delas. Inaugurada em 2016, é compacta e bem equipada e, ao lado, tem uma moderna pista de testes. O grupo informa que segue em busca de alternativas e que é primordial garantir um futuro para a fábrica. A venda é uma alternativa.

O complexo da Ford em Camaçari abriga, junto à fábrica de carros, vários fornecedores de peças que eram conectados à linha de montagem. A intenção do grupo é vender as instalações para uma empresa que mantenha a produção de veículos. Esse também era objetivo para a planta do ABC paulista, fechada em 2019. Mas, sem conseguir um comprador do setor automotivo, a área foi vendida para uma construtora e um grupo de investidores. Está sendo preparada para ser um dos maiores centros logísticos do País.

O governo da Bahia já falou com embaixadores da Coreia do Sul, da Índia e do Japão para pedir ajuda na busca de interessados nesses países.

Para a área da filial de motores, em Taubaté, o desejo também é que fique com empresa automobilística, mas as chances são ainda menores do que na Bahia. A prefeitura local informa que, com o governo federal, mantém conversas com um interessado. O governo do Estado estaria falando com dois grupos, mas nomes e setores de atuação não foram revelados.

Orgulho

O prefeito de Horizonte (CE), Manoel Gomes de Farias Neto, conhecido como Nezinho, também torce por um comprador que dê continuidade à produção da Troller que, segundo ele, “é um orgulho para a cidade, gera bons empregos, renda e arrecadação”. A fábrica responde por 4% da arrecadação do município de 72 mil habitantes.

Nesse caso, a Ford pretende vender todo o negócio, ou seja, o comprador terá direito a produzir o jipe T4. Nezinho está em seu quarto mandato e conta que, em sua primeira gestão, doou um pequeno terreno para início da operação da Troller. Horizonte tem 28 indústrias, a maior delas a Vulcabrás, que gera cerca de 10 mil empregos, diz. “Trabalhamos para que a Troller permaneça ativa pois é uma marca cearense, horizontina, é um pedacinho do nosso terrão”, diz Nezinho, de 61 anos.

Analistas do setor veem poucas chances de as fábricas serem adquiridas por grupos automotivos em razão da alta ociosidade em que a indústria automotiva no Brasil e no mundo. O País tem capacidade para produzir de 4,5 milhões a 4,7 milhões de veículos, já descontados números da Ford. O maior volume registrado até agora foi de 3,7 milhões em 2013; neste ano, a projeção é de 2,5 milhões. A indústria mundial produziu 91 milhões de veículos em 2019 e, no ano passado, 76 milhões. 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Empresas deverão ter mais escritórios na mesma cidade


Crédito: Arquivo / Agência Brasil

Esta será uma forma de reduzir deslocamentos dos funcionários e também de economizar com aluguel (Crédito: Arquivo / Agência Brasil)

Uma tendência que começa a se desenhar na capital paulista, na vida pós-home office, é a de múltiplos escritórios para uma mesma empresa. Segundo Roberto Patiño, diretor da JLL, companhia especializada em propriedades corporativas, esta será uma forma de reduzir deslocamentos dos funcionários e também de economizar com aluguel. Isso porque, assim como a taxa de disponibilidade de imóveis pode variar muito entre as regiões de São Paulo – de módico 1% a trágicos 55% -, os preços são bastante díspares entre os bairros.

“A gente está vendo um momento de disrupção, um processo de aprendizado forte e muito rápido durante a pandemia. O home office é uma possibilidade bastante forte, que está sendo calibrada, assim como a descentralização dos escritórios”, diz Patiño.

As administradora de planos de saúde Qualicorp está testando novas formas de trabalhar com sua equipe de 2,3 mil funcionários – chamados internamente de “Qualis”. “Tivemos muita segurança em mudar porque o nível de avaliação favorável ao home office que tivemos em pesquisas internas foi de 98%”, explica Flávia Bossolani, diretora de pessoas e cultura da companhia.

O processo de apostar em um nível bastante elevado de trabalho remoto permitiu que a empresa devolvesse 12 dos 15 andares que ocupava anteriormente em sua principal sede – o que resultou na redução do espaço total em mais de dois terços. Agora, a sede terá apenas 436 posições de trabalho disponíveis – ou seja, a presença de cada funcionário no escritório terá de ser muito bem planejada.

A redução de escritórios, no entanto, deverá ser da ordem de 40%, explica a executiva. Isso porque a empresa está criando uma estrutura de trabalho separada, em outro local, denominada “espaço do corretor”, que será dedicada aos vendedores.


Em casa, para sempre. Desta forma, grande parte dos trabalhadores da Qualicorp vai ficar em casa a maior parte do tempo, com presença no escritório permitida uma ou duas vezes na semana. Já outros times, como os de atendimento ao cliente, deverão ser 100% remotos – ou, no termo usado pela Qualicorp, “home based”.

A companhia fez 800 contratações durante a pandemia, sendo que algumas pessoas já entraram nessa nova modalidade a distância. É o caso do supervisor de relacionamento Orlando João do Nascimento, de 38 anos, que entrou na companhia há seis meses.

Agora confinado à sua “casa/escritório” por causa da pandemia, Orlando tinha planos bem diferentes para 2020. Depois de ser desligado do emprego anterior, no fim de 2019, programou-se para tirar um ano sabático. “Queria viajar, colocar a mochila nas costas, ganhar o mundo.” Quando deu por si, após a explosão do coronavírus, viu-se sozinho e sem emprego. Decidiu voltar ao mercado de trabalho.

“Como eu moro sozinho, estava me sentindo muito só nessa pandemia. E assim que eu arranjei emprego, mesmo estando distante, eu não me senti mais sozinho”, conta. Além disso, ele gastaria cerca de duas horas no transporte coletivo para ir de São Miguel Paulista, onde mora, ao escritório central da Qualicorp. “Agora, eu acordo às 9h30, faço meus exercícios, tomo café da manhã e estou pronto para trabalhar às 11h. Se puder continuar assim (para sempre), eu continuo.” As informações são do jornal

 O Estado de S. Paulo.