Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
A companhia divulgou nota sobre reajustes que vigoram a partir de amanhã nas refinarias
Redação
A estatal afirma que o preço final ao consumidor no Brasil está abaixo da média mundial
A
Petrobras emitiu nota nesta quinta-feira (18) sobre os reajustes dos
combustíveis. A partir de sexta-feira (19), os preços médios da estatal
nas refinarias serão de R$ 2,48 por litro para a gasolina e R$ 2,58 por
litro para o diesel, após aplicação de reajustes de R$ 0,23 e de R$0,34
por litro respectivamente.
De acordo com a Petrobras, "o
alinhamento dos preços ao mercado internacional é fundamental para
garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de
desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento
às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros
refinadores, além da Petrobras. Este mesmo equilíbrio competitivo é
responsável pelas reduções de preços quando a oferta cresce no mercado
internacional, como ocorrido ao longo de 2020."
Os preços
praticados pela Petrobras, revela ainda a nota, e suas variações para
mais ou para menos associadas ao mercado internacional e à taxa de
câmbio, têm influência limitada sobre os preços percebidos pelos
consumidores finais. A empresa faz questão de ressaltar que o preço da
gasolina e do diesel vendidos na bomba do posto revendedor é diferente
do valor cobrado nas refinarias da Petrobras. Até chegar ao consumidor
são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e
mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das
companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis.
De
acordo com a companhia, as revisões de preços podem ou não se refletir
no preço final ao consumidor. "Como a legislação brasileira garante
liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, a mudança no
preço final dependerá de repasses feitos por outros integrantes da
cadeia de combustíveis", afirma a nota. A estatal reitera ainda que o
preço final ao consumidor no Brasil está abaixo da média mundial. A
Petrobras cita pesquisa da Globalpetrolprices.com abrangendo 167 países.
De acordo com esse levantamento, o preço médio da gasolina ao
consumidor final no Brasil está 17% inferior à média global e ocupa a
56ª posição do ranking sendo, portanto, inferior aos preços observados
em 111 países. Para o diesel, em uma amostragem de 166 países, o preço
final no Brasil está 28% inferior à média global e ocupa a 43ª posição
do ranking, ou seja, inferior a 123 países. Em ambos os casos, os preços
médios no Brasil estão abaixo dos preços registrados no Chile,
Argentina, Peru, Canadá, Alemanha, França e Itália.
Desde janeiro,
a Petrobras já reajustou três vezes o preço do diesel e quatro vezes o
da gasolina, que tinha o valor médio de R$ 1,84 em 29 de dezembro e
chegará a R$ 2,48 com o reajuste que vigora a partir de amanhã. Em 18 de
janeiro, a estatal divulgou um aumento médio de R$ 0,15 para a gasolina
e manteve o preço do diesel. No dia 26 do mesmo mês, um novo reajuste
elevou o preço nas refinarias em R$ 0,10 para a gasolina e em R$ 0,09
para o diesel. Já em 8 de fevereiro, foi anunciado uma nova elevação de
R$ 0,17 para a gasolina e de R$ e de 0,13 para o diesel.
A nova rodada do auxílio emergencial prevista para 2021 deve
atingir mais de 40 milhões de brasileiros, segundo divulgado pela Folha
de S.Paulo. O número é 8 milhões a mais do que o previsto no dia 4 de
fevereiro pelo ministro da economia, Paulo Guedes – no entanto, menor do
que os 67 milhões de beneficiários no ano passado.
A projeção da pasta é realizar um filtro do programa, com foco na
população que pertence às camadas mais baixas de pobreza. A quantidade
de pessoas a receber o auxílio deve incluir os beneficiários do programa
Bolsa Família.
Os valores podem ficar entre R$ 200 e R$ 250 por beneficiário. Além
disso, a equipe econômica também estuda eliminar o pagamento em dobro
para mães solteiras, realizado em 2020.
Ainda de acordo com a reportagem, o custo do auxílio emergencial em
2021 seria entre R$ 8 bilhões e R$ 12,5 bilhões por mês. O Ministério da
Economia afirma, ainda, que o programa pode durar três ou quatro meses.
Com isso, o governo pagaria entre R$ 24 bilhões e R$ 50 bilhões pelo
benefício. No ano anterior, o montante gasto foi de R$ 322 bilhões.
Robô industrial com tecnologia exclusiva SafeMove da ABB
permite interação segura com funcionários no processo de paletização
das fábricas de chocolates da Nestlé no Brasil
A
ABB, empresa líder global de tecnologia e pioneira na indústria 4.0,
desenvolveu em parceria com o time de Engenharia de Embalagem da Nestlé,
uma célula robótica colaborativa inédita para a área de paletização das
fábricas de chocolate da Nestlé no Brasil. Utilizando um robô
industrial e a tecnologia SafeMove,
a solução foi capaz de melhorar a produtividade do processo de
paletização em 53%, reduzir os custos de manutenção e contribuir para
uma operação mais ágil e eficiente. Confira mais detalhes no vídeo
abaixo:
Na constante
busca por maior eficiência e produtividade, a Nestlé do Brasil procurou
a ABB com um desafio: precisava de uma célula robótica compacta para
sua linha de produção de chocolates, que fizesse o carregamento preciso
dos produtos em paletes. Mais ainda, a solução deveria permitir que os
funcionários trabalhassem com segurança ao redor do robô, além da
possibilidade da solução ser replicada em outras unidades da empresa.
A ABB já
fornecia soluções robóticas para a Nestlé, mas com esse novo pedido,
precisou desenvolver em conjunto com o time de engenharia da Nestlé,
uma célula robótica exclusiva que atendesse a todas as necessidades da
empresa. O principal desafio desse projeto é que os trabalhadores da
Nestlé precisariam entrar na área operacional do robô para acelerar as
mudanças de palete, o que exigiu uma solução robótica que pudesse
atender a equipe sem nenhuma diminuição do nível de segurança. Para
atender a Nestlé, a ABB optou por uma célula de paletização robótica
utilizando a tecnologia SafeMove. Com uma abordagem por zonas, que
divide o espaço de trabalho do robô em três áreas -- verde, amarela e
vermelha, de acordo com a aproximação do operador --, o SafeMove permite
que grandes robôs industriais trabalhem ao lado de pessoas com
segurança e confiabilidade, sem a necessidade de separação estrita.
Michey
Piavantinha, Diretor de Fábrica da Nestlé Caçapava, destaca a
importância da parceria com a ABB Robótica: “Graças à parceria com a
ABB, é possível desenvolver soluções que tornam nosso processo de
fabricação mais ágil e eficiente, garantindo que nossos produtos
continuem tendo o mesmo padrão de qualidade e excelência que fazem a
marca Nestlé ter sucesso”.
Por sua vez,
Douglas Barbosa, Engenheiro de Projetos da fábrica, salienta:
“Alcançamos ótimos resultados, reduzindo custos de manutenção,
aumentando a produtividade da linha em 53%, reduzindo as perdas e a
necessidade de retrabalho manual, e a célula já está preparada para a
possibilidade de um aumento na capacidade de produção futura.”
SafeMove
O SafeMove
conta com várias funções de segurança, incluindo limites de velocidade
de segurança, monitoramento de parada segura e supervisão de posição e
orientação. Usando sensores de segurança instalados na célula, os
movimentos do operador são detectados conforme eles se aproximam do
robô. Se um operador estiver na zona 'verde', o robô se moverá
normalmente. Ao pisar na zona 'amarela' fará com que o robô desacelere e
restrinja seus movimentos para ajudar a impedir o risco de contato
acidental com o operador. Se o operador se mover para a zona vermelha, o
SafeMove fará o robô parar completamente com monitormaento de
segurança, reiniciando-o apenas depois que a zona estiver liberada
novamente.
A abordagem
de velocidade e separação habilitada pelo SafeMove elimina a necessidade
de muitos dos componentes exigidos por uma célula de robô padrão, como
cercas, interruptores de segurança, portas e chaves de acesso, para
garantir a separação entre robô e equipe. Com isso, exige uma área entre
30% e 40% menor em comparação com as células anteriores da ABB.
As células
robóticas tradicionais também precisam de uma instalação mais complexa,
exigindo uma maior quantidade de cabos, por exemplo. Com SafeMove, tudo
isso é removido, permitindo que a célula entre em operação dentro de uma
semana, em comparação com as duas a três semanas necessárias
anteriormente, dependendo do tipo de equipamento. Há também um custo de
estoque menor, pois o cliente não precisa manter um grande número de
peças de reposição.
A célula usa um robô ABB IRB660
com o opcional SafeMove que é equipado com uma garra com vácuo para
mover as caixas do final da linha de produção para o palete,
empilhando-as com precisão para garantir uma carga equilibrada e
estável. Assim, reduz o retrabalho necessário de retrabalho nos paletes
e evita danos às caixas. Anteriormente, os operadores às vezes deixavam
de colocar as caixas corretamente, exigindo que paletes inteiros fossem
reorganizados antes que pudessem ser movidos.
Digitalização com RobotStudio
Para demonstrar como a célula robótica funcionaria na prática, a ABB usou o software RobotStudio
para simular a solução completa em um ambiente virtual antes da
instalação, incluindo a validação do tempo de ciclo para as operações do
robô. Com essa iniciativa, garantiu um menor tempo de implementação e
evitou eventuais falhas que pudessem ocorrer no processo.
Com o
RobotStudio, eventuais modificações podem ser desenvolvidas e validadas
no ambiente virtual antes de serem aplicadas no sistema real, evitando
riscos e perda de produção. Também não houve necessidade de longos
treinamentos para os operadores, pois a solução é simples de ser
operada.
O sucesso da
solução da ABB foi tão grande que a Nestlé já instalou 13 células de
paletização em suas fábricas brasileiras, todas usando o ABB SafeMove, e
há várias outras em instalação e comissionamento.
“Para nós da
ABB é uma grande satisfação desenvolver soluções para a Nestlé, uma
empresa que está sempre investindo e modernizando seus processos
produtivos e nos desafiando com projetos inovadores e de muita
tecnologia”, afirma Adrian Covi, gerente de Robótica para o segmento de
alimentos e bebidas da ABB no Brasil. “ABB Robótica mais uma vez atendeu
as expectativas da Nestlé e alcançou ótimos resultados de eficiência e
produtividade, que poderão ser replicados pela empresa em todo o país”.
ABB (ABBN: SIX Swiss Ex)
é uma empresa líder global em tecnologia que estimula a transformação
da sociedade e da indústria em prol de um futuro mais produtivo e
sustentável. Ao conectar softwares ao seu portfólio de eletrificação,
robótica, automação e tecnologias de acionamento, a ABB ultrapassa os
limites da tecnologia para elevar o desempenho a novos níveis. Com uma
história de excelência que remonta a mais de 130 anos, o sucesso da ABB é
impulsionado por cerca de 110.000 funcionários talentosos em mais de
100 países. www.abb.com.br
Robótica & Automação Discreta ABB é
pioneira em robótica, automação de máquinas e serviços digitais,
fornecendo soluções inovadoras para uma grande variedade de indústrias,
desde automotiva até eletrônica e logística. Como uma das fornecedoras
líderes mundiais em robótica e automação de máquinas, nós já fornecemos
mais de 400.000 soluções de robôs. Nós ajudamos nossos clientes de todos
os tamanhos a aumentarem a produtividade, flexibilidade e simplicidade e
a melhorar a qualidade da produção. Nós damos apoio na transição para
uma fábrica do futuro conectada e colaborativa. Robótica & Automação
Discreta ABB emprega mais de 10.000 pessoas em mais de 100 localidades,
em mais de 53 países. www.abb.com/robotics
Quando
chegou há pouco mais de um ano para assumir a titularidade da 1ª Vara
da Comarca de Piancó, município localizado a 340 quilômetros de João
Pessoa, capital da Paraíba, o juiz Pedro Davi Vasconcelos encontrou o
caos. A vara, que já estava há um tempo sem magistrado titular,
enfrentava diversos desafios para organizar as demandas processuais e
garantir o atendimento aos cidadãos e advogados.
Antes de mais
nada, Vasconcelos colocou ordem em todo o acervo de processos, mas só
isso não seria suficiente para aprimorar a produtividade do tribunal.
Com um histórico de interesse por avanços tecnológicos e informatização,
o magistrado se debruçou a aprender como desenvolver um modelo de chatbot, um robô de atendimento virtual.
Para
produzir efeito, o programa precisava ser desenhado para atender as
principais demandas da vara. Foram alguns meses de estudo por conta
própria e dois meses para o desenvolvimento do sistema, que começou a
realizar atendimentos no início de setembro.
O funcionamento é simples: o interessado em acessar alguma informação relacionada à vara envia uma mensagem para um número no WhatsApp, que responderá com um menu com todas as informações que podem ser colhidas por aquele canal de atendimento.
“Hoje,
está tudo programado no aplicativo. Antes era preciso pegar o telefone
do servidor e entrar em contato individualmente. A demanda então ficava a
critério de quem a recebia. Agora não. O procedimento é objetivo com
todas as informações reunidas em um canal só”, diz Vasconcelos em
entrevista ao JOTA.
Dentre
as solicitações que podem ser feitas por meio do robô estão marcar um
atendimento diretamente com o juiz, solicitar a realização de despachos,
marcar audiência, pagar custos processuais, negociar dívidas, entre
outros.
Tanto
advogados quanto cidadãos podem utilizar a ferramenta. Do canal de
autoatendimento, o solicitante é direcionado para um formulário do
Google, que por sua vez é remetido para o e-mail da vara e, de lá, é
distribuído para os servidores analisarem. Desde setembro, segundo
estatísticas que ficam armazenadas no próprio programa, já foram
concluídas 46 solicitações.
“Nós moramos no
sertão da Paraíba e, do meu ponto de vista, a criação desse robô foi um
avanço que está muito além da nossa realidade e do que os
jurisdicionados e advogados esperavam. A 1ª Vara trouxe a modernização
para nós sertanejos, nos colocou no patamar dos grandes centros”, exalta
o advogado Gefferson Miguel, do Gefferson Miguel Advocacia e
Consultoria Jurídica, que atua com Direito Previdenciário no Vale do
Piancó.
Segundo ele, que tem utilizado com frequência a ferramenta, desde a implementação é possível perceber uma maior
celeridade nos processos. “Em relação aos despachos, por exemplo, o
canal tem trazido uma melhora grande, porque antes o magistrado, para se
inteirar do processo, precisava ler todos os autos. Agora, é possível
marcar uma conversa prévia tanto por parte do advogado quanto por parte
do jurisdicionado. Despachos que levavam três, quatro meses, agora saem
em semanas ou até dias”, diz Miguel.
De acordo com o juiz,
até mesmo para solicitações que não podem ser atendidas, como por
exemplo em processos que precisam respeitar o rito cronológico do Código
de Processo Civil, há um retorno para a parte interessada que fez o
pedido. “Não é tudo que se pode ser atendido. Tem alguns processos que dependem do tempo mesmo. Então a gente faz essa triagem e avisa”.
Modelo para outras varas
O
autoatendimento desenvolvido em Piancó já ganhou projeção no Tribunal
de Justiça da Paraíba, que está avaliando a possibilidade de replicar o
chatbot em outras varas do estado.
Agora, Vasconcelos está
escrevendo um ebook de treinamento para reproduzir o modelo desenvolvido
por ele. “Para usar o programa, o próprio juiz das outras varas precisa
identificar quais são as principais demandas locais. Porque é preciso
adaptar o modelo para atender a outras realidades”, diz o magistrado.
Ele
afirma que vem recebendo e-mails de todo o Brasil pedindo para
compartilhar a ferramenta. “Ainda estou estudando como fazer isso, mas
até escritório de advocacia está interessado”.
Essa não foi a
primeira vez que Vasconcelos se destacou ao desenvolver tecnologias para
digitalizar o Poder Judiciário brasileiro. Em 2018, quando atuava nas
comarcas de Água Branca e Princesa Isabel, também na Paraíba, ele criou o
“Fiscal PB”, um aplicativo exclusivo para uso policial.
O modelo
consiste em um registro digital de todos os presos da região que cumprem
pena em regime aberto. A intenção, de acordo com o magistrado, é
fornecer aos policiais informações precisas para a fiscalização de
detentos.
“Cidade pequena geralmente não tem estrutura de
tornozeleira eletrônica, mas tem gente cumprindo pena no regime aberto
que não pode frequentar bares ou tem que haver o recolhimento domiciliar
a partir das 22h, por exemplo. E a polícia, quando fazia a
fiscalização, não tinha controle nenhum. Às vezes eu via um calhamaço de
papel na mão deles, desatualizado há mais de três anos”, conta.
Futuro
A
onda de digitalização impulsionada pela pandemia da Covid-19 também
chegou ao Poder Judiciário e só deve crescer, na visão de Vasconcelos.
Além disso, o ministro Luiz Fux, que assumiu a presidência do Conselho
Nacional de Justiça no mês passado, também frisou em seu discurso que
fará investimentos em tecnologia e digitalização dos processos.
Para
o magistrado, o maior desafio do Poder Judiciário será manter essa
cultura de digitalização, bem como conhecer a ferramenta que “vai tomar
conta de tudo, a Inteligência Artificial (IA)”. O juiz afirma que,
agora, ele vai se dedicar para estudar programas de IA.
“Vai
chegar um momento em que causas pequenas que não tenham muita
complexidade vão ser julgadas por um robô. Ele vai sugestionar e começar
a auxiliar o juiz. Acredito que nunca irá substituir a figura do
magistrado, mas podemos melhorar o desempenho com essas tecnologias”.
O
magistrado faz parte de grupos que desenvolvem tecnologia voltada para o
Judiciário e diz que tem trocado experiências com o CNJ, que no final
de 2018 criou a Comissão Permanente de Tecnologia da Informação e
Infraestrutura.
“Para variar, no Brasil se cria as providências
cada um do jeito que quer e depois alguém fala: ‘bora unificar’. É isso
que o CNJ está estudando agora”.
Clara Cerioni
– Repórter em São Paulo. Cobre temas relacionados à política e ao
Judiciário, além de ser uma das responsáveis pelos conteúdos do JOTA
Discute. Antes, foi repórter de macroeconomia na Exame. Email: clara.cerioni@jota.info
As empresas Hapvida e Notre Dame Intermédica informaram que
as discussões para uma potencial combinação dos negócios continuam em
andamento e ponderaram que, até o momento, não foi assinado nenhum
documento para uma oferta vinculante. As informações constam em fatos
relevantes publicados separadamente por cada uma das companhias no fim
da noite de segunda-feira, dia 15.
A Hapvida incluiu em seu comunicado a avaliação de que “as
negociações têm avançado adequadamente e que espera, em breve, chegar a
um acordo vinculante quanto aos termos e condições finais da operação
proposta à Notre Dame.
Por sua vez, a Notre Dame disse apenas que continua conversando sobre
os pontos comerciais e de governança, mas não pode revelar mais
detalhes porque os termos são sigilosos.
Maior operadora de planos de assistência médica e odontológica do
Nordeste, a cearense Hapvida propôs, em janeiro, uma combinação de
negócios com a Notre Dame Intermédica, outra peso-pesado do setor de
planos de saúde.
A companhia fruto da fusão será formada por 300 clínicas e 70
hospitais e passará a ter 8,3 milhões de usuários de convênio médico e
mais de 5,2 milhões de beneficiários de plano dental, com abrangência
nacional.
No comunicado de hoje, as empresas informaram que, caso concluída a
transação, o novo grupo resultante da combinação terá uma estrutura de
copresidentes, postos que serão ocupados por Irlau Machado Filho e Jorge
Pinheiro, atuais presidentes de cada uma. Elas acrescentaram ainda têm o
objetivo de manutenção dos atuais administradores de ambas as partes.
Somadas a outras 46 milhões
de doses já contratadas, a estimativa da Pasta é de distribuir aos
estados, ao longo do ano até setembro, 100 milhões da vacina
O Ministério da Saúde informou, por nota, que assegurou mais 54 milhões de doses da vacina Coronavac contra a covid-19, conforme contrato assinado na última segunda-feira (15/2), à noite, pela Fundação Butantan.
Somadas a outras
46 milhões de doses já contratadas, a estimativa da Pasta é de
distribuir aos estados, ao longo do ano até setembro, 100 milhões da
vacina.
Além da Coronavac, o País receberá até dezembro mais 42,5 milhões de doses de vacinas fornecidas pelo Consórcio CovaxFacility.
Outro fornecedor de imunizantes contra o novo coronavirus
é a Fundação Oswaldo Cruz, com quem estão contratadas mais 222,4
milhões de doses que começaram a ser entregues mês passado, segundo o
Ministério da Saúde.
A Pasta informa ainda que deverá assinar nos próximos dias
contratos de compra com a União Química, que deverá entregar 10 milhões
de doses da vacina russa, a Sputnik V, entre março e maio.
Além disso, a
Pasta destaca que também deve assinar com a Precisa Medicamentos, que
poderá trazer no mesmo período ao Brasil mais 30 milhões de doses da Covaxin.
O Ministério da
Saúde garante, por nota, que negocia com outros laboratórios para
ampliar, ainda em 2021, as 364,9 milhões de doses que o Brasil tem
atualmente contratadas.
Cronograma de Entregas de vacinas, segundo o Ministério da Saúde:
CONSÓRCIO COVAX FACILITY
Entregas das 42,5 milhões de doses: Março: 2,65 milhões de doses da AstraZeneca até Junho: 7,95 milhões de doses da AstraZeneca
O consórcio,
coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), funciona como um
centro de distribuição internacional de vacinas. O Brasil receberá,
ainda, aproximadamente mais 32 milhões de vacinas contra Covid-19
produzidas por laboratórios de sua escolha até o final do ano, conforme
cronogramas estabelecidos exclusivamente por esse consórcio.
FUNDAÇÃO BUTANTAN – CORONAVAC/SINOVAC
Entregas das 100 milhões de doses: Janeiro: 8,7 milhões – entregues Fevereiro: 9,3 milhões Março: 18,1 milhões Abril: 15,93 milhões Maio: 6,03 milhões Junho: 6,03 milhões Julho: 13,55 milhões Agosto:13,55 milhões Setembro: 8,8 milhões
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ – OXFORD/ASTRAZENECA
Entregas das 222,4 milhões de doses: Janeiro: 2 milhões – entregues Fevereiro: 4 milhões Março: 20,7 milhões Abril: 27,3 milhões Maio: 28,6 milhões Junho: 28,6 milhões Julho: 1,2 milhões
A partir da
incorporação da tecnologia da produção do IFA, a Fiocruz deverá produzir
e entregar mais 110 milhões de doses no segundo semestre de 2021.
UNIÃO QUÍMICA – Sputnik V/Instituto Gamaleya
Entrega das 10 milhões de doses (importadas da Rússia) – Previsão de assinatura de contrato esta semana.
Março: 800 mil entregues 15 dias após a assinatura do contrato
Abril: 2 milhões entregues 45 dias após a assinatura do contrato Maio: 7,6 milhões entregues 60 dias após a assinatura do contrato
A partir da
incorporação da tecnologia da produção do IFA, a União Química deverá
passar a produzir mais 8 milhões de doses por mês.
PRECISA MEDICAMENTOS – Covaxin/BHARAT BIOTECH
Entrega das 20 milhões de doses, importadas da Índia – Previsão de assinatura de contrato esta semana.
Março: 8 milhões – 4 milhões + 4 milhões de doses entregues entre 20 e 30 dias após a assinatura do contrato Abril: 8 milhões – 4 milhões + 4 milhões de doses entregues entre 45 e 60 dias após a assinatura do contrato Maio: 4 milhões entregues 70 dias após a assinatura do contrato
A taxa de disponibilidade de espaços em edifícios
corporativos de alto padrão em São Paulo saltou 50% do primeiro para o
último trimestre do ano passado. O total de imóveis sem inquilino, que
era de 13,6% entre janeiro e março, fechou 2020 com 22,4%.
Os dados fazem parte do levantamento da JLL, empresa especializada em
imóveis corporativos, que prevê um agravamento do cenário para este
ano.
Em São Paulo, além da adoção do home office, que deve permanecer,
para 2021 estão previstos mais 208,2 mil m² de novos imóveis a serem
entregues. O volume deve impactar a absorção e a taxa de vacância, que
deve manter a tendência de aumento.
O valor pago por mês no aluguel ficou em R$ 85/m². O valor ficou estável na avaliação da JLL, mesmo com o aumento da vacância.