quarta-feira, 10 de março de 2021

Deltan queria que dinheiro da Petrobras fosse para os EUA, mostra áudio


A defesa do ex-presidente Lula enviou nesta segunda-feira (8/3), ao Supremo Tribunal Federal, uma nova leva de diálogos entre procuradores da autointitulada "força-tarefa da lava jato" de Curitiba. Um dos áudios (escute no final do texto) mostra o procurador Deltan Dallagnol defendendo que recursos da Petrobras, empresa investigada no Brasil e nos Estados Unidos, ficassem no país norte-americano. 

 

Áudios foram anexados em reclamação
José Cruz/Agência Brasil

 

Na mensagem, o então coordenador da "lava jato" paranaense diz que a Petrobras não está sujeita à lei anticorrupção (Lei 12.846/13). Por isso, só seria possível obter recursos da empresa utilizando a linha adotada pelo Departamento de Justiça (DoJ) dos EUA. 

"Não se sujeitando, não existe uma causa legal pra cobrar do Brasil. Não existindo uma causa legal pra cobrar do Brasil, vamos retomar aquele texto do DoJ. Olha só, que o do DoJ fala isso, então não se enquadra e não é uma razão le… que não é uma razão que possa permitir o dinheiro ficar no Brasil", afirmou Dallagnol. 

Segundo a defesa de Lula, a estratégia adotada pelo procurador foi a de conseguir, por meio de multas aplicadas à Petrobras, valores e, em seguida, negociar para que percentuais retornassem ao Brasil. 

Isso de fato ocorreu. Em 2018, por exemplo, a Petrobras fechou com o DoJ um acordo de US$ 853 milhões (3,5 bilhões à época). Do total, R$ 2,5 bilhões voltaram ao Brasil e foram depositados em uma conta da 13ª Vara Federal de Curitiba. Os procuradores queriam que a soma fosse destinada a programas de corrupção que ficariam sob tutela do Ministério Público Federal, o que acabou sendo barrado. 

A lei anticorrupção, mencionada por Dallagnol, dispõe sobre punições a empresas que praticam ilícitos contra companhias públicas. 

As negociações sobre os valores não poderiam ser feitas diretamente entre o MPF do Paraná e autoridades norte-americanas, já que o órgão central de cooperação internacional é o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), vinculado ao Ministério da Justiça. 

"Não se pode deixar de repisar que a 'lava jato' fazia desde 2015 reuniões com o DoJ para negociar os percentuais sobre multas pecuniárias que seriam aplicadas contra brasileiros e empresas brasileiras, dentre outras coisas. O material foi classificado como sigiloso até para a lei de acesso a informação dos Estados Unidos", afirmou a defesa de Lula. 

Ainda segundo os advogados, o áudio confirma "que a 'lava jato' atuou em associação com agências dos Estados Unidos para drenar recursos da Petrobras, usando a legislação e o cenário jurídico norte-americano para essa finalidade, a partir de um acordo estabelecido, insista-se, desde 2015". 

A defesa de Lula é feita por Cristiano Zanin, Valeska Martins, Eliakin Tatuso e Maria de Lourdes Lopes

Lula
A peça enviada ao STF traz ainda outro áudio de Dallagnol. Nele, segundo os advogados de Lula, Dallagnol pede que seus colegas de MPF pensem "fora da caixa" ao elaborar a denúncia contra Lula no caso tríplex, que foi apresentada em PowerPoint durante uma coletiva feita em 2016.  

"Dá uma avaliada com essa perspectiva, da uma pensada, pensa com a cabeça aberta e mantém o coração aberto pra pensar fora da caixa quando a gente conversar também", disse Dallagnol aos colegas. 

A "perspectiva" que deveria ser considerada era a de dizer que Lula chefiava organização criminosa e era o elo entre os demais investigados pela "lava jato". 

"O 'pensar fora da caixa' proposto pelo procurador da República Deltan Dallagnol, aliás, efetivamente foi aceito pelos colegas da 'lava jato'. Na denúncia ofertada contra o reclamante no caso do 'tríplex', por exemplo, consta a seguinte afirmação: 'Nesse esquema criminoso, LULA dominava toda a estrutura por ele montada, com plenos poderes para decidir sobre sua prática, interrupção e circunstâncias'". 

Clique aqui e aqui para ouvir os áudios


Rcl 43.007

 


https://www.conjur.com.br/2021-mar-09/deltan-dinheiro-petrobras-fosse-eua

“Se você consegue vencer no Brasil, você vence em qualquer lugar do mundo”, diz chefão do Softbank


Marcelo Claure, CEO do Softbank International, afirmou em conversa com o CEO do Banco Inter, João Vitor Menin, que as coisas no Brasil são tão difíceis que forçam os empreendedores a se prepararem para os piores cenários possíveis

 


Marcelo Claure, COO do Softbank Group e CEO do Softbank International

Como COO do Softbank Group e CEO do Softbank International, o executivo Marcelo Claure tem uma visão privilegiada do setor de inovação. Por isso, seus conselhos costumam ser recebidos com atenção. E a mensagem que dá para os empreendedores brasileiros é direta.

“Se você consegue vencer no Brasil, você vence em qualquer lugar do mundo”, disse Claure, que também é responsável pelos investimentos do fundo na América Latina, em um bate-papo com o CEO do Banco Inter, João Vitor Menin, no primeiro episódio da série de podcasts Conversas com Grandes Líderes. “As coisas no Brasil são tão difíceis que forçam os empreendedores a se preparem para os piores cenários.”

Claure tem experiência para falar sobre empreender no Brasil. Em 1997, o boliviano radicado nos EUA fundou a Brightstar, empresa que fornecia soluções de telefonia móvel, como a revenda de aparelhos usados. A operação começou em Miami, nos Estados Unidos, e se espalhou pela América Latina, incluindo o Brasil.

“Tivemos que criar uma cadeia que usava caminhões, barcos e até canoas para chegar em regiões da Amazônia”, lembra o executivo. “Quando chegamos nos Estados Unidos era ótimo ver os produtos chegando ao destino em 24 horas.”

Por seis anos, a Brightstar se tornou a maior empresa americana liderada por um executivo de ascendência latina. Em 2014, Claure vendeu a companhia para a empresa de telecomunicações Sprint (que por sua vez se fundiu à T-Mobile no ano passado).

O conselho de Claure também foi usado como exemplo para dizer que o Inter tem grandes chances de obter sucesso em sua estratégia de expansão internacional. “Temos uma plataforma avançada de produtos que vão além dos serviços financeiros”, afirma João Vitor Menin.

Para os executivos, a pandemia acelerou a digitalização e a disrupção de praticamente todos os setores, de logística e serviços financeiros à educação e ao entretenimento. Nesse cenário, as empresas que não se atualizarem ficarão obsoletas.

É o caso das instituições financeiras. Grandes bancos estão correndo atrás de inovação para não perderem espaço para as novas fintechs, que facilitam o acesso e desburocratizam o setor. “A tecnologia fez com que a bancarização de boa parte da população brasileira se tornasse acessível”, afirma Menin.

Para os próximos meses, Claure prevê uma retomada econômica acelerada. Com mais otimismo, aliado aos pacotes de estímulos que estão sendo aprovados, e um impulso de sair de casa, os consumidores tendem a gastar mais. “O último semestre de 2021 e o primeiro trimestre de 2022 serão ótimos”, diz ele.

Em sua visão, essa recuperação econômica chegará ao Brasil, mas de modo um pouco mais lento. “O país vive um momento complicado, com o aumento de casos de infecção”, afirma. “Não gosto de criticar governos, mas não acredito que o Brasil vá ganhar um prêmio por lidar com a Covid de forma eficaz”, diz Claure.

“Não gosto de criticar governos, mas não acredito que o Brasil vá ganhar um prêmio por lidar com a Covid de forma eficaz”, diz Claure.

Claure é responsável por supervisionar os investimentos do Softbank na América Latina. O fundo de venture capital destinou US$ 5 bilhões para investir em startups na região e foi determinante na “criação” de unicórnios no Brasil, como Gympass, QuintoAndar, Loft, Rappi e Loggi. O Banco Inter, que tem capital aberto e é avaliado em R$ 34,9 bilhões, também recebeu aporte do fundo quando já era listado na B3.

Como braço direito de Masayoshi Son, o fundador do Softbank, Claure também foi o escolhido para resolver alguns dos maiores problemas do fundo. Ele é o chairman do WeWork, operação de escritórios compartilhados que tentou abriu o capital no ano passado e não conseguiu, quase foi à falência e precisou ser resgatado pelo Softbank, que era o principal investidor da empresa.

 

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A injeção do crescimento: EUA aceleram recuperação do PIB com vacinação e estímulos


Com a aprovação de um pacote de estímulo de US$ 1,9 trilhão e uma campanha de vacinação eficaz, o PIB dos EUA deve crescer 6,5% em 2021, mais do que o dobro do esperado. Quais as lições por trás dessa rápida recuperação


País mais afetado pela pandemia, os Estados Unidos agora estão a caminho de uma rápida recuperação econômica. Uma projeção feita pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostra que o PIB dos EUA pode crescer 6,5% em 2021, mais do que o dobro de 3,2%, originalmente previstos em dezembro.

O resultado acima do esperado é uma combinação da aprovação de um pacote de estímulo de US$ 1,9 trilhão, proposto pela administração do presidente Joe Biden e aprovado no último fim de semana, e de uma campanha de vacinação eficiente.

O pacote inclui uma série de medidas para reduzir o impacto econômico da pandemia e ajudar os Estados a testar a população e manter escolas abertas. Trabalhadores desempregados receberão cheques semanais de US$ 300 até setembro. E indivíduos que ganham até US$ 75 mil anuais também receberão uma ajuda de US$ 1.400, na forma de pagamento único.

O pacote também dará US$ 350 bilhões aos Estados. Os recursos serão usados principalmente no combate à pandemia, mas uma parte será destinada a escolas, universidades e profissionais que trabalham com crianças. Outras empresas, incluindo restaurantes e casas de show, também receberão ajuda para seguirem operando.

O que o relatório da OCDE aponta é que os investimentos feitos pelo governo para ajudar as empresas não terão muito impacto se não forem acompanhados pela vacinação da população. E nesse campo os Estados Unidos têm adotado um ritmo acelerado.

Ao assumir a presidência, Joe Biden se comprometeu a vacinar 100 milhões de americanos em seus primeiros 100 dias no cargo. A meta original era vacinar 1,5 milhão de pessoas por dia. Mas o programa ganhou velocidade e hoje imuniza cerca de 2,17 milhões de pessoas por dia.

Até agora, 61,1 milhões de americanos, mais de 25% da população adulta, receberam ao menos uma dose das três vacinas disponíveis, sendo que 32,1 milhões já foram imunizados com a segunda dose. A fabricada pela Johnson & Johnson exige uma única dose, enquanto as vacinas da Moderna e Pfizer-BioNTech precisam de duas doses para garantir a proteção.

No início de março, o presidente americano também afirmou que terá doses suficientes para todos os 260 milhões de americanos adultos até o fim de maio. Para conseguir cumprir a promessa, Biden costurou um acordo para que a Merck (conhecida como MSD fora dos Estados Unidos) produza a vacina da Johnson & Johnson. As duas empresas são rivais no setor farmacêutico.

Para efeito de comparação, o Brasil aplicou 11 milhões de doses das duas vacinas disponíveis. Quase 8,5 milhões, ou 4% da população do país, receberam ao menos uma dose, enquanto 2,8 milhões já foram imunizados com a segunda dose.

O Brasil não é o único exemplo de lentidão na campanha de vacinação. Na Europa, a recuperação também vem esbarrando na demora em distribuir os imunizantes, apesar dos estímulos do governo. A expectativa de crescimento da zona do euro é de 3,9% em 2020.

O Reino Unido é um caso à parte na região. Mais de 22 milhões de britânicos receberam ao menos uma dose da vacina contra a Covid-19, quase 30% da população do país. Com isso, a economia deve crescer 5,1%, acima dos 4,2,% previstos em dezembro.

O relatório deixa claro que a recuperação econômica do planeta se aproxima. A projeção de crescimento da economia global é de 5,6%, também acima da previsão de dezembro.

Esses dados são puxados pelos Estados Unidos, mas também por outros países. O PIB da China, que se tornou um exemplo na contenção do vírus, crescerá 7,8%. O PIB da Índia deve crescer 12,6%.

O Brasil, embora não faça parte da OCDE, também é citado no documento. De acordo com a projeção, o PIB brasileiro deve crescer 3,7% em 2021, 1,1% acima do previsto em dezembro do ano passado.

Embora acima da expectativa, o índice fica atrás da vizinha Argentina, cujo crescimento previsto é de 4,6% neste ano, e de outras economias emergentes, como México (4,5%), Turquia (5,9%) e Indonésia (4,9%).

O que a OCDE afirma no relatório é que um esforço dos governos para acelerar a vacinação é determinante para a recuperação. E os Estados Unidos são citados como exemplo justamente por conta da velocidade com que conseguiram reverter uma situação catastrófica.

Afinal, o país lidera o ranking global em número de casos e de mortes provocadas pela Covid-19. Quase 30 milhões de americanos foram contaminados pelo novo coronavírus e mais de 538 mil perderam a vida.

A economia também sofreu um impacto enorme. A taxa de desemprego atingiu 14,8% em abril de 2020, no auge da pandemia, o pior índice desde o final da Segunda Guerra. Atualmente, esse índice está em 6,2%, longe do patamar pré-pandemia, quando registrava apenas 3,5% de desempregados.

 

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Brasileiros lideraram pedidos para residir em Portugal em 2020

 



Porto Portugal Europa Turismo
De 117,5 mil novos títulos de residência emitidos por Portugal no ano passado, 41,99 mil foram entregues a brasileiros (Imagem: Unsplash/Nick Karvounis)

Em 2020, os brasileiros voltaram a ocupar o topo da lista dos que mais obtiveram, do governo de Portugal, autorizações para viver no país.

Dados preliminares que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) português forneceu à Agência Brasil revelam que, de 117,5 mil novos títulos de residência emitidos no ano passado, 41,99 mil foram entregues a brasileiros.

Em seguida, com 13,16 mil solicitações, vêm os cidadãos do Reino Unido – conjunto de países que reúne a Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte e que, em janeiro de 2020, deixou oficialmente a União Europeia.

Na sequência vêm os indianos, com 7,017 mil solicitações, angolanos, com 4,82 mil, e italianos, com 4,48 mil.

Os pedidos de novos títulos de residência feitos por brasileiros representam cerca de 36% do total já apurado. Por ora, é um total inferior aos 48,79 mil títulos concedidos a brasileiros em 2019 – antes de Portugal ser afetado pela crise decorrente da pandemia de covid-19 que, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), levou o Produto Interno Bruto (PIB) a encolher 7,6% durante o ano passado. Ainda assim, o resultado revela que, mesmo em meio à crise, muitos brasileiros continuam optando por viver em Portugal.

Para a ex-professora Pâmela Fumagalli Machado da Silveira, 38 anos, a segurança e o clima pesaram na decisão de se mudar de Primavera do Leste (MT) para Barreiro, a cerca de 40 quilômetros de Lisboa.

Embora tenha cidadania italiana – o que facilita o ingresso dela, do marido e de seus dois filhos, de 18 e 10 anos, em qualquer país da Comunidade Europeia – Pâmela e a família optaram por Portugal. Se mudaram em novembro de 2020, após obter o título de residência.

E, no início, enfrentaram algumas das dificuldades que a maioria dos imigrantes enfrenta, mesmo estando em situação legal.

“No Brasil eu dava aulas em escolas particulares e meu marido trabalhava na área de Tecnologia da Informação [TI]. Aqui, nos primeiros meses, tivemos que trabalhar em restaurantes, em serviços muito puxados. Agora, meu marido já conseguiu trabalho no setor dele, mas eu estou trabalhando com costura e artesanato que, felizmente, são coisas de que eu sempre gostei”, contou Pâmela, garantindo que a família não se arrepende da decisão.

“Vínhamos planejando nos mudar já há alguns anos. Escolhemos Portugal em função da qualidade de vida, pois sabíamos que esse não é um país para ganhar dinheiro, mas que oferece segurança e que, por receber muitos imigrantes, é mais receptivo que outros da Europa.

Além disso, para nós brasileiros, há a facilidade da língua”, lembrou a brasileira, acrescentando que há também outro lado, de adversidades e desafios, que se agravou com a pandemia.

“Não conheço quem tenha decidido voltar ao Brasil, mas sim pessoas que falam que cogitam fazer isso, que dizem estar no limite. Quem trabalha de casa, como o meu marido e eu, está se mantendo. Estamos há meses praticamente fechados em casa. Já quem trabalhava em restaurantes, bares, clubes, em muitos dos serviços que empregam estrangeiros, está sem trabalhar. Está tudo fechado”, contou Pâmela, afirmando que, apesar de tudo, sua família não pensa em voltar. “Acho que estamos em um bom lugar. E, nas redes sociais, vemos que há muitos brasileiros querendo vir para cá.”

Comunidade

Além de integrar o grupo que mais pediu novos vistos de residência durante o ano passado, os brasileiros são maioria entre os estrangeiros que residem em terras lusitanas.

Em 2020, segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, das 661 mil pessoas que se registraram, 183,83 mil haviam deixado o Brasil – o que não inclui quem tenha obtido nacionalidade portuguesa. Em seguida estão as pessoas provenientes do Reino Unido (46,27 mil); Cabo Verde (36,6 mil); Romênia (30,06 mil) e Ucrânia (28,61 mil).

Dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), da Organização das Nações Unidas (ONU), mostram que, até meados de 2020, havia ao menos 1 milhão de imigrantes vivendo em Portugal – o que representaria 9,8% dos 10,2 milhões de habitantes do país.

Para especialistas, no entanto, esses números podem estar subestimados, não correspondendo ao real número de imigrantes.

Dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), da Organização das Nações Unidas ONU), mostram que, até meados de 2020, havia ao menos 1 milhão de imigrantes vivendo em Portugal (Imagem: Pixabay)

Natural de São Paulo, o jornalista Jair Rattner vive há 35 anos em Portugal, onde colabora com vários veículos de imprensa.

Para ele, mesmo com a instabilidade brasileira contribuindo para tornar Portugal atraente para muitos brasileiros como Pâmela, as dificuldades decorrentes da pandemia que Portugal enfrenta vêm motivando pessoas a regressar aos países de origem.

“O impacto da crise se faz sentir mais sobre os estrangeiros que já estavam em Portugal e que, com a dificuldade de encontrar emprego, regressam a seus países, do que entre aqueles que continuam chegando em busca de melhores condições”, acredita o jornalista.

“Há muitas pessoas desempregadas e, por ora, a economia portuguesa não tem condições de absorver mais pessoas. Acontece que quando alguém decide deixar seu país, não pensa nisso. A pessoa se deixa influenciar mais pelos relatos que ouve do que pela avaliação da real situação socioeconômica”, disse Rattner.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), Portugal fechou 2020 com uma taxa de desemprego oficial de 6,9% – sendo que, entre as mulheres em idade ativa, o percentual atingiu 7,1%.

 

 https://www.moneytimes.com.br/brasileiros-lideraram-pedidos-para-residir-em-portugal-em-2020/

terça-feira, 9 de março de 2021

Magalu Cresce 60% em 2020 - Faturamento Atinge Recorde de R$ 43,5 Bilhões

Nubank planeja contratar 3.300 mulheres para ter igualdade na liderança


O banco digital quer ter metade dos cargos de liderança ocupados por mulheres em menos de cinco anos

O Nubank, o quarto maior banco da América Latina, anunciou mais uma meta de diversidade: ter metade dos cargos de liderança ocupados por mulheres em menos de cinco anos. Para isso, eles planejam contratar 3.300 mulheres nesse período.

A estimativa de contratações é superior ao número atual de funcionários da empresa, que emprega mais de 3 mil pessoas no Brasil, México, Colômbia, Argentina, Alemanha e Estados Unidos. No momento, as mulheres representam 41% desse total e 39% dos cargos de gestão.

Segundo sua cofundadora, Cristina Junqueira, o objetivo é alcançar a meta de igualdade antes do prazo: "Queremos ser a empresa mais igualitária do setor de tecnologia da América Latina, quem sabe do mundo todo. Temos um percentual alto de mulheres quando comparamos com outras empresas, mas queremos melhorar ainda mais. Traçamos essa meta para os próximos cinco anos e o nosso objetivo é alcançá-la antes", afirma.

Junqueira é referência no mercado nacional para mulheres no setor financeiro e das startups. Ela é mãe de duas filhas e sempre defendeu que, mesmo como líder na empresa, ainda é possível sair às 17h para buscar as crianças na escola.

No início do ano passado, ela estava de licença maternidade. Na empresa, 93% das pessoas que usaram o benefício optaram pela licença estendida de seis meses.

"Sabemos da importância de ter referências femininas em cargos de liderança. O contato com líderes mulheres ajuda outras mulheres a alcançarem altas posições e a ficarem mais tempo nas empresas. Por isso, nos últimos anos, temos desenvolvido políticas de equidade, tanto de contratação como de inclusão", comenta a cofundadora em nota de divulgação.

Em janeiro, Nubank levantou 400 milhões de dólares em sua sétima rodada de financiamento e passou a ser avaliado em 25 bilhões de dólares. A empresa agora está atrás somente de Itaú, Bradesco, Santander na América Latina e se tornou o maior banco digital independente do mundo. 

Além da diversidade de gênero, a empresa também estabeleceu um compromisso com a diversidade racial. A meta é contratar 2 mil pessoas pretas e pardas até o final de 2025. O Nubank espera ter ao menos 30% de funcionários negros e 22% de representatividade em cargos de gerência.

O banco digital também vai criar um centro de tecnologia e experiência do cliente da empresa em Salvador (BA), o NuLab, e chamou a empreendedora social Monique Evelle para comandar o projeto.

 

https://exame.com/carreira/nubank-planeja-contratar-3-300-mulheres-para-ter-igualdade-na-lideranca/

 

segunda-feira, 8 de março de 2021

Pravaler levanta R$ 180 milhões em FIDCs e planeja expansão ambiciosa



 

A Pravaler, fintech que tem o Itaú Unibanco como um dos seus principais acionistas, anunciou nesta sexta-feira, 5, que levantou R$ 180 milhões em um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) para financiar a estratégia de expansão da empresa nos próximos cinco anos. A companhia responde por 75% dos alunos com financiamento no ensino superior no País, já tendo beneficiado mais de 170 mil pessoas, financiando cerca de R$ 4 bilhões. A empresa espera chegar à marca de um milhão de beneficiados com R$ 10 bilhões financiados em 2025.Para o crescimento na graduação presencial, a Pravaler utilizará os aportes em FIDCs para ofertar mais crédito e para a gestão e aquisição de carteiras de financiamento próprio das universidades. Em novos produtos, o fintech lança neste ano mais soluções que beneficiam alunos e instituições de ensino, como o crédito para cursos livres. Em fusões e aquisições, a companhia agora conta com uma equipe interna voltada apenas para M&A, responsável por estudar o mercado e encontrar novas oportunidades de crescimento. Ainda em 2021 a empresa espera fazer sua primeira transação.

“Os próximos cinco anos serão de muito trabalho para alcançarmos a nossa meta. Fizemos uma pesquisa em 2020 que mostrou que mais de 56,3% dos alunos não estariam nas salas de aulas sem a opção do financiamento e 95,2% devem utilizar o recurso até o final da graduação. Temos um mercado gigante onde 30 milhões de pessoas pagam por educação. Estamos estruturados para crescer exponencialmente e transformar mais vidas através da educação”, comenta Carlos Furlan, CEO do Pravaler, em nota.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/pravaler-levanta-r-180-milhoes-em-fidcs-e-planeja-expansao-ambiciosa/