segunda-feira, 9 de maio de 2022

MRV procura sócio para subsidiária americana AHS, diz diretor financeiro


MRV procura sócio para subsidiária americana AHS, diz diretor financeiro

MRV procura sócio para subsidiária americana AHS, diz diretor financeiro

Por Tatiana Bautzer

 

 

SÃO PAULO (Reuters) – A MRV&Co está procurando um sócio para sua subsidiária americana AHS Residential que financie sua expansão, afirmou o diretor financeiro, Ricardo Paixão Rodrigues, em entrevista à Reuters.

A MRV terá reuniões com investidores para discutir o projeto esta semana em Nova York, durante uma conferência com empresas latino-americanas organizada pelo Itaú BBA, unidade de banco de investimento do Itaú Unibanco.

O acordo privado de investimento, conhecido como “private placement”, financiaria a expansão da AHS e seria o primeiro passo antes de um IPO da unidade, afirmou o diretor.

Fundada em 2012 e adquirida pela MRV in 2019, a AHS Residential constrói, aluga e revende complexos de apartamentos em Estados do sul dos Estados Unidos, Flórida, Texas e Georgia. 

 No ano passado, a AHS vendeu 7 projetos com 1.486 apartamentos num valor potencial de venda de 350 milhões de dólares. Dez projetos em construção devem ter mais de 3 mil unidades disponíveis cujo valor potencial de venda pode atingir 915 milhões de dólares, segundo o balanço de dezembro da MRV.

A AHS tem ainda um banco de terrenos suficiente para produzir mais de 7 mil unidades habitacionais.

A MRV está procurando um investidor externo para financiar a expansão porque a AHS cresceu mais rápido do que a expectativa inicial e também porque a desvalorização do real dificultou o financiamento do crescimento nos EUA pela holding brasileira. “Financiar esse crescimento não caberia no nosso balanço”, disse Rodrigues.

Segundo o balanço de dezembro da MRV, a AHS Residential era avaliada em 474 milhões de dólares em dezembro. A MRV tinha uma capitalização de mercado na semana passada de 5,17 bilhões de reais, pouco superior a 1 bilhão de dólares.

O CFO da MRV disse que um novo investidor diluiria a MRV, que hoje tem 94,5% da subsidiária, para acelerar o crescimento. Não está previsto nenhum pagamento aos acionistas e o private placement seria puramente primário.

Rodrigues preferiu não revelar o montante de investimento desejado e a participação acionária que a MRV oferecerá. Depois que a empresa tiver atingido um tamanho maior, a MRV poderá considerar um IPO da unidade norte-americana, disse o diretor financeiro.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/mrv-procura-socio-para/

 

Itaú Unibanco desacelera concessões de crédito para conter inadimplência


Crédito: REUTERS/Sergio Moraes

Itaú gera mais crédito e receitas, compensa provisões e lucro sobe 15% no 1º tri (Crédito: REUTERS/Sergio Moraes)

 

Por Aluisio Alves

 

SÃO PAULO (Reuters) -O Itaú Unibanco está desacelerando concessões de crédito, após forte alta liderada por linhas de maior risco no primeiro trimestre incrementarem suas margens, mas também as provisões para perdas esperadas com inadimplência.

“Perspectivas não são boas olhando para frente; a gente tem sido muito proativo na redução e nos ajustes de concessão”, disse nesta segunda-feira o presidente-executivo do banco, Milton Maluhy Filho, durante teleconferência com analistas sobre os resultados do primeiro trimestre.

Linhas como cartão de crédito (+41,5%), crédito pessoal (+26,8%) e para pequenas e médias empresas (+29%) lideraram a expansão de 13,9% em 12 meses até março da carteira de empréstimos, para 1,03 trilhão de reais, surpreendendo o próprio banco.

Por um lado, essa expansão fez as margens com clientes evoluírem 23,9% ano a ano, para 20 bilhões de reais, refletindo também o efeito da alta do juro sobre os passivos.

Mas por outro, o índice de inadimplência subiu 0,1 ponto percentual na base sequencial e 0,3 ano a ano, a 2,6%, tendência que deve se prolongar ao longo de 2022, segundo Maluhy Filho, e levar o banco a ampliar a provisão para perdas com calotes em 69,5% no comparativo anual.

Esse conjunto levou o Itaú um lucro recorrente de 7,36 bilhões de reais de janeiro a março, 15% maior no comparativo anual, mas em linha com a projeção média de analistas consultados pela Refinitiv, de 7,35 bilhões de reais.

Analistas apontaram que, apesar da piora da qualidade da carteira, o Itaú fez melhor do que os rivais nesse item. Mas o resultado também foi beneficiado por fatores como o crescimento de seguros, que ajudou a receita com serviços da instituição crescer 9,6%, enquanto as despesas administrativas evoluíram 3,8%, em nível bem inferior do que o IPCA no período, de 11,3%.

Eduardo Rosman e equipe, do BTG Pactual, consideraram o resultado em linha com o esperado e mantiveram a ação do banco como uma das preferidas do setor no Brasil. Avaliação similar veio de Jörg Friedemann e equipe, do Citi, que reiteraram recomendação de compra para o papel, apesar do lucro do Itaú ter tido também ajuda de pagamento de menor alíquota de imposto.

Ainda assim, em outro dia de forte volatilidade da bolsa, a ação do Itaú caía 1,5% às 13h10 (horário de Brasília), enquanto o Ibovespa cedia 1%.

No conjunto, o retorno recorrente sobre o patrimônio do Itaú subiu 1,9 ponto percentual, para 20,4%, nível que Maluhy diz que deve se manter nos próximos trimestres. O executivo também reforçou que a política de distribuir 25% do resultado do banco aos acionistas será mantida.

O grupo manteve suas projeções de desempenho para 2022, com Maluhy Filho defendendo que a política de “guidance” deve ser coerente.

O resultado vem após o rival Bradesco ter anunciado semana passada aumento de 4,7% no lucro do trimestre, sobre um ano antes, refletindo maiores receitas com crédito e controle de despesas. O banco também revisou várias de suas premissas de resultados para o ano.

E o Santander Brasil havia anunciado no final de abril lucro trimestral 1,3% maior, mesmo após as provisões para perdas com empréstimos avançarem 45,9% no período.

(Com reportagem adicional de Gabriel Araújo e André Romani, edição Alberto Alerigi Jr.)

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/itau-unibanco-desacelera-concessoes/

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Reuters remove agência russa Tass de plataforma de conteúdo


Reuters remove agência russa Tass de plataforma de conteúdo

Logotipo da agência de notícias russa TASS em uma placa em São Petersburgo


Por Kenneth Li e Guy Faulconbridge

 

(Reuters) – A Reuters removeu a Tass de seu marketplace de conteúdo voltado a clientes institucionais, segundo uma mensagem da empresa à equipe nesta quarta-feira, em meio a críticas crescentes sobre como a agência de notícias estatal da Rússia está retratando a guerra na Ucrânia.

“Acreditamos que disponibilizar o conteúdo da Tass no Reuters Connect não está alinhado com os Princípios de Confiança da Thomson Reuters”, escreveu Matthew Keen, presidente-executivo interino da Reuters, em um memorando interno nesta quarta-feira.

Os Princípios de Confiança da Reuters, criados em 1941 em meio à Segunda Guerra Mundial, obrigam a Reuters a agir com integridade, independência e isenção de vieses.

A Tass não comentou imediatamente.

A agência de notícias russa foi acusada por alguns meios de comunicação ocidentais e grupos de liberdade de imprensa de espalhar falsas alegações e propaganda sobre a guerra na Ucrânia.

No início de março, a agência de fotos Getty Images cortou os laços com a Tass, de acordo com uma reportagem da Forbes. A matéria cita a declaração de um porta-voz da Getty dizendo que “para garantir a integridade do conteúdo que distribuímos, exigimos que parceiros e colaboradores cumpram”. A Tass não respondeu imediatamente a um pedido de comentário, segundo a Forbes.

O Reuters Connect permitia que usuários, principalmente organizações de notícias, acessassem e compartilhassem o conteúdo da Tass. A ferramenta também oferece conteúdo da Reuters News e de cerca de 90 outros veículos, incluindo Variety, USA Today e CNBC.

A parceria da Tass com a plataforma Reuters Connect foi firmada em 2020. De acordo com o comunicado de imprensa divulgado na ocasião, o acordo da Tass com a Reuters Connect oferecia aos clientes “acesso a notícias de última hora e vídeos exclusivos; vídeos sobre o Kremlin e o presidente russo, Vladimir Putin, bem como vídeos de destaque e notícias gerais”.

Desde a invasão da Ucrânia, a parceria gerou fortes críticas nas redes sociais. Uma reportagem do Politico, publicada em 20 de março, citou jornalistas não identificados da Reuters dizendo que estavam envergonhados com a associação da empresa com a Tass.

A Reuters é de propriedade da empresa de notícias e informações Thomson Reuters.

(Por Kenneth Li e Guy Faulconbridg)

 

Mulheres Positivas: projeto da TIM abre 50 vagas de emprego para mulheres


No Brasil, as mulheres representam apenas 20% da força de trabalho em tecnologia da informação e comunicação — e a TIM quer mudar isso 
 
 
 
  (Getty Images/nortonrsx)
 
 
 
 
 
 

 

Para aumentar a força de trabalho das mulheres no mercado de tecnologia, a TIM está oferecendo cursos de profissionalização e mais de 50 vagas de emprego exclusivas para mulheres na área de tecnologia.

As vagas de emprego e os cursos profissionalizantes são oferecidos através da plataforma Mulheres Positivas. O objetivo é fomentar, na semana do Dia Internacional de Meninas em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), a presença de mais mulheres nesse setor. No Brasil, elas representam apenas 20% da força de trabalho em TIC, ante 25% no mundo.

Atualmente, 59 empresas participam do projeto liderado pela TIM. A Google Cloud é uma das 

 

Para aumentar a força de trabalho das mulheres no mercado de tecnologia, a TIM está oferecendo cursos de profissionalização e mais de 50 vagas de emprego exclusivas para mulheres na área de tecnologia.

As vagas de emprego e os cursos profissionalizantes são oferecidos através da plataforma Mulheres Positivas. O objetivo é fomentar, na semana do Dia Internacional de Meninas em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), a presença de mais mulheres nesse setor. No Brasil, elas representam apenas 20% da força de trabalho em TIC, ante 25% no mundo.

Atualmente, 59 empresas participam do projeto liderado pela TIM. A Google Cloud é uma das companhias que aderiram recentemente ao movimento e acaba de oferecer no app o curso "Conceitos básicos de nuvem com Google Cloud".

 A série de workshops feitos por mulheres traz conceitos e noções básicas de nuvem, big data e aprendizado de máquina, além de mostrar onde e como o Google Cloud é utilizado.

"A TIM entende que as empresas têm papel importante para a transformação dessa realidade. É preciso investir em ações de capacitação, desenvolvimento e estimular o acesso de mulheres em áreas de tecnologia", explica Giacomo Strazza, head de desenvolvimento, educação e inclusão no RH da TIM.

Strazza ainda destaca que o projeto visa conscientizar o mercado de tecnologia como um todo para oferecer mais oportunidades às mulheres que desejam trabalhar na área.

"É igualmente importante que a nuvem também seja um gerador de oportunidades e, em particular, para mulheres que historicamente têm tido menos presença no mercado de tecnologia", afirma Priscila Sergole, gerente para experiência do cliente em Google Cloud e líder do projeto de workshops para o Mulheres Positivas.

O aplicativo Mulheres Positivas

Criado pela empresária Fabi Saad, o app Mulheres Positivas oferece, além das vagas nas empresas parceiras, cursos de capacitação também desenvolvidos pelas companhias participantes. O download e acesso a esses conteúdos é gratuito para toda a sociedade e clientes TIM navegam na plataforma sem consumir seu pacote de dados.

A ferramenta já conta com 200 mil downloads. Tecnologia é a segunda área de maior interesse entre as usuárias que acessam vagas, sendo 65% dessas buscas para cargos de entrada, como analistas.

Os conteúdos mais procurados são de tecnologias digitais, programação, Java, criação de sites, experiência do usuário (UX) e UI Design, computação em nuvem e desenvolvimento em Python.

 

Como se inscrever no projeto Mulheres Positivas

As mulheres que desejam ingressar no mercado de tecnologia ou que querem aprender mais sobre essa área no geral, podem realizar a inscrição através da plataforma oficial do programa.

 

 

 https://exame.com/carreira/mulheres-positivas-projeto-da-tim-abre-50-vagas-de-emprego-para-mulheres/


 
 
 

 

Estas são as 4 startups mais inovadoras do mundo em 2022

Estas são as 4 startups mais inovadoras do mundo em 2022

Curadoria feita pela produtora GoAd Media elegeu os quatro negócios mais disruptivos do ano; empresas foram apresentadas durante o South Summit Brasil
Icon: empresa que "imprime" casas é uma das mais inovadoras do mundo, segundo a GoAd Media (Divulgação/Icon)
Icon: empresa que "imprime" casas é uma das mais inovadoras do mundo, segundo a GoAd Media (Divulgação/Icon)
Por Maria Clara DiasPublicado em 04/05/2022 13:43 | Última atualização em 04/05/2022 13:43Tempo de Leitura: 3 min de leitura

Um levantamento feito pela GoAd Media, agência de curadoria de conteúdo em marketing e publicidade digital, selecionou as quatro startups mais inovadoras do mundo em 2022. Entre as pequenas tecnológicas estão companhias que estão revolucionando o setor de saúde, construção e sustentabilidade ao redor do mundo.

A agência fez uma curadoria com base em 12 festivais de inovação globais recentes, como o South By Southwest (SXSW) e o Web Summit, festival de inovação de Lisboa, Portugal. Além de incluir as empresas que receberam algum destaque nas ocasiões, a GoAd Media também considerou os feedbacks e comentários feitos por pessoas e empresas a respeito dessas startups.


 con: empresa que "imprime" casas é uma das mais inovadoras do mundo, segundo a GoAd Media (Divulgação/Icon)

 

 

Um levantamento feito pela GoAd Media, agência de curadoria de conteúdo em marketing e publicidade digital, selecionou as quatro startups mais inovadoras do mundo em 2022. Entre as pequenas tecnológicas estão companhias que estão revolucionando o setor de saúde, construção e sustentabilidade ao redor do mundo.

A agência fez uma curadoria com base em 12 festivais de inovação globais recentes, como o South By Southwest (SXSW) e o Web Summit, festival de inovação de Lisboa, Portugal. Além de incluir as empresas que receberam algum destaque nas ocasiões, a GoAd Media também considerou os feedbacks e comentários feitos por pessoas e empresas a respeito dessas startups.

Empresa de tecnologia defende o fim das senhas. Entenda

 

Na avaliação, a consultoria considerou o real impacto que pode ser criado por essas empresas, e considerou quatro principais categorias: Smart Cities, Metaverso, Sustentabilidade e Healthtechs. O método de pesquisa, bem como os modelos de negócios dessas empresas foram apresentados durante o primeiro dia do South Summit Brasil, que acontece em Porto Alegre. Conheça, abaixo, cada uma delas:

As startups mais inovadoras do mundo

Icon

Selecionada pela GoAd na categoria Smart Cities, a startup Icon, de Austin, no Texas (EUA), é voltada ao mercado de construção imobiliária. A empresa basicamente funciona como uma mega impressora 3D para casas e outros imóveis. A Icon foi reconhecida, durante o SXSW, como uma das mais inovadoras do mundo, graças à proposta de agilizar o processo de construção civil.

PerfectCorp

Em Metaverso, a GoAd selecionou a startup PerfectCorp, de Taiwan. A empresa desenenvolve NFT's (propriedades digitais rastreáveis) para a indústria de beleza e moda, permitindo que empresas do setor comercializem seus produtos no ambiente digital do metaverso. Um exemplo de solução criada pela Perfect Corp são os provadores virtuais para maquiagens e acessórios.

NotPla

Na categoria sustentabilidade, que inclui empresas com soluções de descarte e reciclagem de lixo, novas fontes de energia e inovação, está a NotPla, startup de Estocolmo, na Suécia. A NotPla desenvolveu um substituto ao plástico à base de algas marinhas, com foco na indústria de bebidas. Comestível é biodegradável, o produto se decompõe em seis semanas.

Ara

A Ara, fundada em São Francisco, nos Estados Unidos, criou um dispositivo vestível para auxiliar deficientes visuais nas grandes cidades. A tecnologia, segundo a empresa, é mesma usada em carros autônomos, e serve para guiar pessoas com deficiência visual nas ruas, ajudando-as a desviar de obstáculos e emitindo alertas de segurança. A startup foi considerada a mais inovadora na categoria Healthtechs.


https://exame.com/negocios/quatro-startups-mais-inovadoras-do-mundo-2022/

Languiru planeja investimentos superiores a R$ 125 milhões


Recursos contemplam ampliações para as indústrias neste ano e primeiro semestre de 2023 
 
 
Aportes irão proporcionar acréscimo de R$ 450 milhões aos atuais R$ 2,7 bilhões de faturamento bruto projetados pela Languiru neste ano

Especialistas projetam que 2022 ainda será difícil para a economia brasileira. As cadeias produtivas ligadas ao agronegócio também seguem atentas aos impactos do alto custo de produção, em especial dos grãos (milho e farelo de soja), principais ingredientes na composição da nutrição animal. Cooperativas que trabalham com a agregação de valor à matéria-prima oriunda do campo, produtores rurais e indústrias de transformação de alimentos inseridas nesse contexto sentem as consequências dessa realidade.

Atenta a isso, a Languiru adota a estratégia de investir no parque industrial e na ampliação da rede de varejo, vislumbrando novas oportunidades com o incremento do seu mix de produtos e a instalação de unidades de supermercado e lojas Agrocenter. "Parece contraditório estarmos investindo nesse momento, mas é necessário para que a Languiru faça frente à concorrência e ao cenário de dificuldade, especialmente no segmento das carnes", frisa o presidente Dirceu Bayer.

Investimentos que somam mais de R$ 125 milhões marcam um novo momento para a cooperativa. "Os produtos industrializados passam por momento mais favorável, mas mudar essa matriz produtiva na indústria não acontece 'do dia para a noite'. Estamos investindo em máquinas, tecnologia e estrutura física", destaca Bayer. Conforme o presidente, todos esses aportes irão proporcionar acréscimo de R$ 450 milhões aos atuais R$ 2,7 bilhões de faturamento bruto projetados pela Languiru neste ano. Além disso, ainda representam a geração de 350 empregos.

No segmento avícola, serão cerca de R$ 20 milhões aplicados no frigorífico de aves, em Westfália. A primeira etapa da ampliação da sala de cortes já foi finalizada, o que possibilita o incremento de 20% no volume de frango cortado/hora. A instalação de novas máquinas também amplia a desossa de peito, que passa de 2,2 mil para 6,6 mil/hora. Uma segunda etapa considera investimentos em esteira de cortes e instalação de túnel de congelamento rápido para industrialização de peças individuais (IQF), com previsão de conclusão no mês de maio.

A terceira etapa, com previsão de conclusão no mês de julho, terá a ampliação do setor de cortes, duplicando a sala de produção, o que permitirá que 100% da matéria-prima seja processada. "Antes da pandemia trabalhávamos muito com a comercialização de frangos inteiros, mas hoje são os cortes que possibilitam agregação de valor aos produtos Languiru nas gôndolas dos supermercados", exemplifica Bayer.

No frigorífico de suínos, em Poço das Antas, o investimento total neste momento é de aproximadamente R$ 20 milhões. A primeira etapa a ser concluída trata da peletização automática e ampliação da estrutura física disponível ao Serviço de Inspeção Federal (SIF). Outros R$ 20 milhões estão previstos para ampliação do setor de industrializados e vestiários. "Assim como na avicultura, esse investimento nos possibilitará reduzir a dependência da comercialização de carcaças, focando na oferta de produtos industrializados e cortes nobres, opção mais rentável para o segmento", justifica, destacando que os novos produtos suínos devem chegar ao mercado consumidor no segundo semestre.

Em junho a Cooperativa planeja finalizar a instalação de nova caldeira na Indústria de Laticínios, em Teutônia, com investimento de R$ 8,5 milhões. Também mantém o projeto de estudo de instalação de queijaria ao longo dos exercícios de 2022 e 2023, anexa à unidade industrial. O investimento será de mais de R$ 30 milhões, em prédio com cerca de 780 metros quadrados. A capacidade inicial de processamento será de 200 mil litros/dia, dando origem a queijos tradicionais. 


https://amanha.com.br/categoria/empresa/languiru-planeja-investimentos-superiores-a-r-125-milhoes?utm_campaign=NEWS+DI%C3%81RIA+PORTAL+AMANH%C3%83&utm_content=Languiru+planeja+investimentos+superiores+a+R%24+125+milh%C3%B5es+-+Grupo+Amanh%C3%A3+%283%29&utm_medium=email&utm_source=EmailMarketing&utm_term=News+Amanh%C3%A3+04_05_2022

segunda-feira, 2 de maio de 2022

Startups do setor de alimentos cresceram 15,5% em três anos


Santa Catarina se destaca no Sul com o maior número de negócios no ramo 
 
“O hábito de compra dos consumidores mudou drasticamente com a pandemia, com as pessoas comprando muito mais online, especialmente alimentos, o que refletiu diretamente no crescimento de startups do setor nos últimos dois anos”, analisa o sócio da PwC Brasil, Carlos Coutinho

 

A PwC Brasil em parceria com a Liga Ventures mapeou a evolução do mercado de startups do setor de alimentos (foodtechs) no Brasil entre 2019 e janeiro deste ano. O levantamento, realizado em 396 startups de 23 segmentos por meio do Startup Scanner, identificou o crescimento de 15,5% nas startups entre 2019 e 2021, um resultado diretamente ligado à pandemia, quando o setor de alimentação explodiu, com as pessoas trabalhando e ficando mais em casa. No Sul do Brasil, Santa Catarina se destaca entre os três estados com o maior número de startups no ramo de alimentos junto com São Paulo e Minas Gerais.

Os dados fazem parte do relatório "A evolução das startups no setor de foodtechs", que traz uma análise completa do segmento e os desafios das startups que operam nesse ecossistema, refletindo os novos hábitos de consumo e o futuro da alimentação na sociedade pós-pandemia. Ao todo foram monitoradas startups de tecnologia para produção de alimentos, da cadeia agropecuária, passando pelas empresas de alimentação por delivery. No período analisado, 154 startups foram adicionadas ao startup scanner, enquanto 119 foram inativadas.

O estudo revela que 76,6% das empresas do setor estão ativas e 23,1% inativas, ou seja, deixaram de atender aos critérios do monitoramento ou passaram por processos de IPO, foram compradas ou mudaram de segmento. As tecnologias utilizadas pelas startups que mais cresceram foram de e-commerce, data analytics, geolocalização e desenvolvimento de alimentos. "O hábito de compra dos consumidores mudou drasticamente com a pandemia, com as pessoas comprando muito mais online, especialmente alimentos, o que refletiu diretamente no crescimento de startups do setor nos últimos dois anos", analisa o sócio da PwC Brasil, Carlos Coutinho. Ele reforça ainda que as foodtechs se destacaram na pandemia na formação de ecossistemas com o varejo e indústria e também na questão de adaptabilidade e resiliência, para dar conta da alta demanda. Essas mudanças de hábito forçaram as empresas a digitalizar suas operações e também internalizar suas operações de logística e entrega para ganhar eficiência, em tempos de exigência cada vez maior dos consumidores para receber seus produtos em casa no menor tempo possível.

O relatório mostra que nos últimos três anos os estados que tiveram maior crescimento no número de startups ativas no setor de alimentos foram Amazonas, Tocantins, Pernambuco, Paraná, Paraíba e Rio de Janeiro. Já São Paulo (48,7%), Santa Catarina (8,3%) e Minas Gerais (8,3%) são os locais onde há o maior número de startups no país. No Sul e Sudeste, os mercados mais consolidados junto com a maior proximidade de centros de distribuição e matrizes de negócios acabam direcionando uma maior quantidade de startups para o mercado de novos alimentos e bebidas. Enquanto isso, o Centro-Oeste segue sua vocação para o agronegócio, com o crescimento das startups no segmento.

"O cenário de crise que vivemos nos últimos dois anos causou um aumento na busca por inovação, fazendo com que as empresas investissem mais em tecnologia para levar melhores produtos e soluções para os consumidores. Os dados mapeados pelo estudo são muito significativos e mostram como o mercado alimentício está em intenso desenvolvimento e crescimento no país", observa Raphael Augusto, sócio-diretor de produtos e inteligência de mercados da Liga Ventures.

Entre 2021 e 2022, cerca de 72,7% dos R$ 4,6 bilhões movimentados entre 46 investimentos e fusões e aquisições no setor foram direcionados para startups que atuam no varejo fundadas entre 2015 e 2019, principalmente na cidade de São Paulo, e utilizam tecnologias como inteligência artificial em suas soluções. Durante o período de análise, as startups ativas tiveram um crescimento médio de 34,6% no número de funcionários, representando um total de 8.473 novas vagas abertas durante o período. Em 24,2% delas houve crescimento no número de funcionários superior a 50%. Atualmente, o setor emprega quase 26,5 mil pessoas. O crescimento de 71,5% no número de funcionários das startups fundadas em 2020 pode ser explicado, principalmente, pelos investimentos relevantes feitos em algumas startups. A pesquisa mostra ainda que a participação feminina no quadro de sócios e administradores das foodtechs chega a 35%.
 
 
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