terça-feira, 6 de setembro de 2022

Shopee corta dezenas de vagas dias antes de funcionários iniciarem na empresa, dizem fontes


Crédito: Divulgação/ Shopee

Shopee: corte de vagas é movimento que vem após sua controladora, Sea, relatar prejuízos crescentes e crescimento de receita acentuadamente mais lento (Crédito: Divulgação/ Shopee)

Por Chen Lin e Josh Ye

 

CINGAPURA/HONG KONG (Reuters) – A Shopee, maior empresa de comércio eletrônico do Sudeste Asiático, cancelou dezenas de ofertas de emprego nas últimas duas semanas, disseram fontes, em movimento que vem após sua controladora, Sea, relatar prejuízos crescentes e crescimento de receita acentuadamente mais lento.

Quatro pessoas entrevistadas pela Reuters que participaram de um grupo no WeChat de cerca de 60 pessoas, criado para discutir o fechamento das vagas da Shopee, disseram que suas posições foram suspensas apenas alguns dias antes da previsão de início no cargo.

 A Sea, com sede em Cingapura, disse que rescindiu recentemente algumas vagas da Shopee, mas não disse quantas.

“Devido a ajustes nos planos de contratação de algumas equipes de tecnologia, várias funções na Shopee não estão mais disponíveis. Estamos trabalhando em estreita colaboração para apoiar os impactados”, disse um porta-voz da empresa.

No início deste ano, algumas reportagens de veículos de imprensa disseram que a Shopee havia reduzido o número de funcionários no Sudeste Asiático, México e América Latina. A empresa não comentou sobre essas matérias.

 

TOM PESSIMISTA

 

Em março, a Sea disse que continuaria investindo na Shopee, que concorre com a Lazada, do Alibaba, no Sudeste Asiático, e que o crescimento da unidade permanecia como prioridade.

No entanto, no mês passado, a Sea retirou a projeção anual que tinha para o segmento de comércio eletrônico. O fundador e presidente-executivo da Sea, Forrest Li, disse que o ambiente de mercado estava cada vez mais incerto e enfatizou a necessidade de priorizar a lucratividade e a eficiência.

A Sea teve prejuízo líquido de 931 milhões de dólares no segundo trimestre, mais que o dobro do prejuízo registrado no mesmo período do ano anterior. 

 “O tom deles nunca foi tão pessimista”, disse Ke Yan, analista-chefe da DZT Research, com sede em Cingapura, acrescentando que a estratégia da Sea de usar o fluxo de caixa da Garena, segmento de games do grupo, para compensar a queima de caixa da Shopee era insustentável.

O tratamento da Sea com as demissões foi “feio e embaraçoso” e provavelmente prejudicará sua reputação, disse ele.

A companhia viu seu valor de mercado subir para mais de 200 bilhões de dólares em outubro passado, após a Garena aumentar em popularidade durante a pandemia, mas as ações caíram desde então e agora a empresa vale 27 bilhões de dólares.

O Ministério do Trabalho de Cingapura disse que as autoridades relevantes estavam cientes das reclamações em relação à Shopee e que estava em contato com a empresa para mais informações. A pasta também disse que em tais situações as partes deveriam encontrar uma solução amigável.

As quatro pessoas entrevistadas pela Reuters disseram que, como compensação, a Shopee ofereceu um mês de salário e, nos casos em que as pessoas vieram do exterior, reembolsará o custo das passagens aéreas e acomodação temporária.

Embora uma potencial ação legal tenha sido discutida no WeChat, as pessoas impactadas estão mais preocupadas em encontrar um novo trabalho.

“O custo de uma ação legal é muito alto. Eu só quero seguir em frente e encontrar um novo emprego”, disse uma das quatro pessoas entrevistadas pela Reuters, que pediram anonimato.

 

Apenas um grande incidente geopolítico pode impedir o IPO da Porsche, diz diretor


Apenas um grande incidente geopolítico pode impedir o IPO da Porsche, diz diretor

Porsche


Por Victoria Waldersee

BERLIM (Reuters) – A Porsche só voltará atrás na decisão de realizar um IPO em caso de graves problemas geopolíticos que fariam a importância de uma listagem diminuir comparativamente, disse o diretor financeiro da marca de carros esportivos nesta terça-feira.

“Você nunca sabe o que vai acontecer em relação a questões geopolíticas, mas se um potencial IPO (oferta pública inicial de ações) for interrompido agora, estamos falando de problemas graves”, disse Lutz Meschke a jornalistas.

A Volkswagen deu sinal verde para um IPO da Porsche AG na noite de segunda-feira, após meses de deliberação, mas alertou que o movimento ainda está sujeito às condições de mercado. 

Em uma conferência nesta terça-feira, Oliver Blume, presidente-executivo da Volkswagen e da Porsche, disse que a listagem pode ajudar a reviver os mercados de capitais atingidos pela desaceleração do crescimento global.

“Há muito capital no mercado”, disse Blume. “Achamos que o IPO da Porsche pode ser um quebra-gelo.”

Os investidores estimam uma avaliação da Porsche AG entre 60 bilhões e 85 bilhões de euros.

A Volkswagen deu sinal verde para um IPO da Porsche AG na noite de segunda-feira, após meses de deliberação, mas alertou que o movimento ainda está sujeito às condições de mercado. 

 Em uma conferência nesta terça-feira, Oliver Blume, presidente-executivo da Volkswagen e da Porsche, disse que a listagem pode ajudar a reviver os mercados de capitais atingidos pela desaceleração do crescimento global.

“Há muito capital no mercado”, disse Blume. “Achamos que o IPO da Porsche pode ser um quebra-gelo.”

Os investidores estimam uma avaliação da Porsche AG entre 60 bilhões e 85 bilhões de euros.

 

Os executivos da Volkswagen e da Porsche não comentaram sobre a avaliação esperada e afirmaram apenas acreditar que a Porsche seria atraente para os investidores, mesmo em tempos tão turbulentos.

“Se uma empresa é capaz de ter sucesso nessas difíceis condições de mercado, é a Porsche”, disse Meschke.

A Porsche teve lucro operacional 22% maior no primeiro semestre do ano, enquanto a marca Volkswagen registrou queda de 8%.

Blume, quando questionado sobre como os conflitos de interesse –ele permanecerá como presidente de ambas as empresas mesmo após uma listagem– seriam tratados, disse que o conselho executivo da Porsche AG terá autoridade para tomar decisões “100% por conta própria”.

Por volta de 11h40 (horário de Brasília), as ações da Volkswagen subiam cerca de 3,3%.

“Como alguns já temiam o cancelamento do IPO, neste momento, é um claro alívio”, disse Frank Schneider, trader da Alpha Wertpapierhandels em Frankfurt, sobre a decisão de dar aval ao IPO.

(Reportagem adicional de Danilo Masoni, em Milão)

 

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Credit Suisse avalia demitir cerca de 5 mil funcionários, diz fonte


Credit Suisse avalia demitir cerca de 5 mil funcionários, diz fonte

Credit Suisse


ZURIQUE (Reuters) – O Credit Suisse está avaliando planos para um corte de 5.000 empregos em todo o grupo, cerca de um décimo de sua força de trabalho, como parte de um esforço de redução de custos, disse uma fonte com conhecimento direto do assunto à Reuters.

As discussões estão em andamento e o número de cortes ainda pode mudar, disse a pessoa.

Procurado, o banco apenas reiterou comunicação anterior de que daria uma atualização sobre sua abrangente revisão de estratégia em conjunto com os resultados do terceiro trimestre, e que qualquer notícia sobre possíveis medidas antes disso é especulação.

O Credit Suisse nomeou em julho o chefe de gestão de ativos Ulrich Koerner como seu novo presidente-executivo, com a tarefa de diminuir a operação de banco de investimento e cortar mais de 1 bilhão de dólares em custos para ajudar na recuperação do banco, após uma série de escândalos e prejuízos.


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O Credit, o segundo maior banco da Suíça, classificou 2022 como um ano de “transição”, com uma mudança na alta administração da instituição e uma reestruturação destinada a reduzir ainda mais o banco de investimento e aumentar o negócio de gestão de patrimônio (‘wealth management’), sua principal frente de atuação.

As ações do Credit Suisse, que caíram mais de 40% este ano, recuaram 3,9% nesta quinta-feira, no menor nível de fechamento de sua história, em meio a uma sessão negativa para bancos em geral na Europa.

(Por Oliver Hirt) 

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/credit-suisse-avalia-demitir/

 

 





Thyssenkrupp conclui venda do negócio de mineração para dinamarquesa FLSmidth





 

 ThyssenKrupp – Logos Download

 

 A Thyssenkrupp anunciou nesta quinta-feira a conclusão da venda da sua unidade Mining Technologies à empresa dinamarquesa FLSmidth. A venda da unidade de mineração havia sido anunciada em julho de 2021.

Volkmar Dinstuhl, presidente do segmento Multi Tracks, disse em nota que a conclusão do negócio melhora a posição financeira líquida da companhia. Nos últimos dez meses, o segmento Multi Tracks da Thyssenkrupp já concluiu a venda do negócio de Infraestrutura e da usina de aço inoxidável AST. “Com a finalização da venda da unidade de mineração, o grupo alcança, assim, a terceira negociação no exercício fiscal atual”, disse.

A Thyssenkrupp Mining Technologies oferece soluções de mineração personalizadas e emprega cerca de 2.200 pessoas em mais de 40 locais em todo o mundo, incluindo Brasil, Chile e Peru.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/thyssenkrupp-conclui-venda-do-negocio-de-mineracao-para-dinamarquesa-flsmidth/

 

Compra da Activision pela Microsoft pode prejudicar concorrência, diz regulador do Reino Unido


Compra da Activision pela Microsoft pode prejudicar concorrência, diz regulador do Reino Unido

Logotipos Microsoft e Activision Blizzard



(Reportagem adicional de Sinchita Mitra)

 

 

LONDRES (Reuters) – O regulador antitruste do Reino Unido disse que a aquisição da fabricante de games Activision Blizzard pela Microsoft por 69 bilhões de dólares pode prejudicar a concorrência de consoles, serviços de assinatura e jogos em nuvem, e precisa ser investigada de forma profunda.

A Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA, na sigla em inglês) disse nesta quinta-feira que o negócio, o maior já feito no segmento de games, pode prejudicar a indústria caso a Microsoft se recuse a dar aos concorrentes acesso aos games mais vendidos da Activision.

“Estamos preocupados que a Microsoft possa usar seu controle sobre jogos populares como ‘Call of Duty’ e ‘World of Warcraft’ após a transação para prejudicar concorrentes, incluindo rivais recentes e futuros” em serviços de assinatura e jogos em nuvem, disse o regulador.

A Microsoft, dona do Xbox, e seus rivais Sony e Nintendo lideram o mercado de consoles há 20 anos, com entradas limitadas de novas empresas, disse a CMA.

A Microsoft e a Activision disseram que continuariam a cooperar com a CMA.

“Queremos que as pessoas tenham mais acesso aos games, não menos”, disse o presidente da Microsoft e vice-presidente do conselho de administração, Brad Smith.

“A Sony, como líder da indústria, diz que está preocupada com ‘Call of Duty’, mas dissemos que estamos comprometidos em disponibilizar o mesmo jogo no mesmo dia no Xbox e PlayStation”, disse ele.

A Activision ainda espera que o negócio seja fechado até o final de junho de 2023.

As duas empresas têm até 8 de setembro para apresentar propostas que enderecem as preocupações do regulador.

 A CMA disse que a Microsoft está bem posicionada para ter sucesso nos games em nuvem, já que possui a Azure, líder em plataforma em nuvem, e o Windows, líder no segmento de sistema operacionais, além do Xbox.

O regulador disse que esses pontos fortes em combinação com os games da Activision podem prejudicar a concorrência no mercado nascente de serviços de jogos em nuvem.

A Microsoft disse que está comprometida em expandir a escolha para os usuários por meio de seu serviço de assinatura Game Pass e trazendo mais jogos para dispositivos móveis.

A empresa afirmou que análises completas dos reguladores mostrarão que a combinação dos negócios da Microsoft e da Activision Blizzard beneficiará a indústria e os players.

(Reportagem adicional de Sinchita Mitra)

Assaí dá “banho de glamour” em lojas do antigo Extra Hiper


Crédito: Assaí/Divulgação

Loja do Assaí na zona leste que mostra um visual mais "clean" (Crédito: Assaí/Divulgação)


Localizado na Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo, o Assaí Anhanguera é considerado um dos pontos com maior potencial entre os comprados no fim de 2021.

 Quem entrar nas novas lojas do Assaí, as primeiras abertas onde antes funcionavam hipermercados Extra, vai notar que houve um “banho de glamour” no velho atacarejo: se antes tudo era empilhado nas próprias caixas dos produtos, agora o visual será mais “clean”, com direito a mercadorias antes associadas apenas a mercados de “rico”, como uma adega de vinhos completa.

Até o fim do ano, serão 40 novas unidades do atacarejo, resultado da compra de pontos comerciais da bandeira que deixou de existir – três abriram as portas esta semana, sendo duas na capital (Anhanguera e Guaianases) e uma em Palmas (TO). E, até o fim da semana, será inaugurado o quarto estabelecimento, em Fortaleza (CE).

Localizado na Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo, o Assaí Anhanguera é considerado um dos pontos com maior potencial entre os comprados no fim de 2021.

 

Depois de 150 dias de obras, com investimento de cerca de R$ 50 milhões, o estabelecimento conta com mais de 30 mil m² de área construída, sendo mais de 8,9 mil m² de área de vendas. A unidade tem estacionamento para carros e motos com mais de 1,2 mil vagas. O espaço conta ainda com três pontos de carregamento gratuito para carros elétricos, instalados em parceria com a GreenYellow.

Do lado de dentro, apesar de oferecer mais serviços, as lojas seguirão obedecendo à lógica atacarejista: custo baixo e volume de vendas alto, o que garante um modelo rentável com preço baixo ao cliente. No entanto, as diferenças serão perceptíveis: a loja da Anhanguera, por exemplo, conta com açougue, empório de frios, cantinho do churrasco e padaria, além da seção de vinhos.

 

EXPANSÃO

  

Até o fim do ano, o Assaí vai abrir 40 novas lojas convertidas do Extra Hiper e mais cerca de 10 lançadas do zero. A empresa sinalizou a investidores que sua margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) pode cair 0,5 ponto porcentual em 2022, ante 2021. Essa queda não apareceu nos dois primeiros trimestres do ano, mas o presidente do Assaí, Belmiro Gomes, diz que ela pode aparecer no terceiro e no quarto trimestres.

Além dos custos de obras, ele explica que a empresa se prepara para o aniversário da marca, com uma estratégia comercial diferenciada, que pode pressionar a margem. Para o futuro, a empresa indica manutenção de margem de lucro e diluição de gastos para garantir investimentos. “Hoje há menos ceticismo de que vamos alcançar guidance (meta)”, diz Gomes, sobre o receio inicial do mercado em relação à transação. Com os números do segundo trimestre de 2022 anualizados, ele entregou a meta de R$ 80 bilhões de faturamento.

O Assaí prometeu para 2024 uma receita bruta de R$ 100 bilhões e, para isso, conta não só com as aberturas de 2022, mas com o restante das 61 lojas compradas do Extra que já estão confirmadas. Essas 21 lojas devem ser abertas no início de 2023 – o segundo trimestre de 2023 será o primeiro com todas as conversões finalizadas.

Restam ainda nove pontos comerciais que estavam na negociação mas aguardam aval dos donos dos terrenos ou outras permissões burocráticas para que a compra seja finalizada. Gomes diz que há uma chance pequena de algumas delas ficarem de fora da companhia.

Analistas da XP, Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday elevaram o preço-alvo do Assaí de R$ 20 para R$ 22, potencial alta de 20% em relação ao último fechamento. Eles explicam que as previsões de aumento de vendas e de rentabilidade para as lojas que pertenciam ao Extra é baseada em conversões feitas anteriormente pela companhia. Os analistas chamam a atenção para o fato de os atacarejos terem despontado como um modelo vencedor de varejo alimentar.

Segundo a Nielsen, o formato respondeu por aproximadamente 19,7% do setor em 2021.

A expectativa da empresa é de que, nesse novo formato, a loja venda três vezes mais do que o Extra que funcionava ali, chegando a R$ 500 milhões de faturamento por ano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




 

Totvs fecha acordo para comprar provedora de tecnologia para RH



Totvs fecha acordo para comprar provedora de tecnologia para RH

Vista da entrada do edifício-sede da Totvs, em São Paulo

SÃO PAULO (Reuters) – A Totvs comunicou nesta quinta-feira a aquisição de 60% do capital social da provedora de tecnologia para a área de recursos humanos Feedz Tecnologia, por 66 milhões de reais.

O contrato também prevê a aquisição, pela Totvs, durante o primeiro semestre de 2025, das ações remanescentes, que representam 40% do capital da Feedz. O preço dependerá, entre outros fatores, de determinadas metas e desempenho da Feedz.

Fundada em 2018, a Feedz conta com mais de 1.000 clientes e aproximadamente 140 colaboradores.

De acordo com a Totvs, a ‘HR Tech’ teve crescimento de 3 dígitos na receita líquida nos últimos 2 anos. Também registrou, com base no resultado de julho de 2022, receita bruta anualizada de aproximadamente 22 milhões de reais.

“Com a aquisição da Feedz, a Totvs amplia suas soluções voltadas para HXM (gestão da experiência humana), fortalecendo seu portfólio para a área de Recursos Humanos”, afirmou a empresa no comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

(Por Paula Arend Laier)

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/totvs-fecha-acordo-para/