quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

.Quem é Bernard Arnault, bilionário que tirou de Elon Musk o título de homem mais rico do mundo

 


Crédito: Reprodução / Twitter
O motivo da perda do posto do novo dono do Twitter foi a queda recente nas ações da Tesla (Crédito: Reprodução / Twitter)


Morgana Ribeiro
 Elon Musk não é mais o homem mais rico do mundo. O cobiçado título agora está nas mãos do francês Bernard Arnault, que acumula fortuna de US$ 188 bilhões (cerca de R$ 977 bilhões na cotação atual) segundo lista da Forbes. O motivo da perda do posto do novo dono do Twitter foi a queda recente nas ações da Tesla. 
Arnault tem 73 anos e é presidente-executivo do grupo de artigos de luxo LVMH, famoso por roupas, cosméticos e vinhos. O conglomerado tem Louis Vuitton, Tiffany, Celine e Tag Heuer na lista de marcas. O francês detém 60% das ações da LVMH, fundada em 1987. 
Na segunda-feira (12), a Tesla operou em queda de 6,7%. Musk também possui mais de 40% das ações da SpaceX e vem operando uma gestão polêmica desde que comprou o Twitter no fim de outubro deste ano. Além da lista da Forbes, o também CEO da Neuralink ficou em segundo lugar no Índice de Bilionários da Bloomberg: ele agora acumula fortuna de US$ 178 bilhões (R$ 944 bilhões). Na compra do Twitter, Musk ‘perdeu’ US$ 44 bilhões.  
Bernard Arnault possui décadas de investimento no currículo, já tendo figurado em outros empreendimentos. Formou-se na Escola Politécnica de Paris em 1971 como engenheiro e foi trabalhar na área de construção na empresa do pai, a Ferret-Sauvinel. Segundo o New York Times, Arnault já ganhou apelidos como “Lobo de Cashmere”, “Maquiavel das Finanças” e “Sun Tzu do Luxo”.




Crédito: Reprodução / Twitter
O motivo da perda do posto do novo dono do Twitter foi a queda recente nas ações da Tesla (Crédito: Reprodução / Twitter)


Morgana Ribeiro




Elon Musk não é mais o homem mais rico do mundo. O cobiçado título agora está nas mãos do francês Bernard Arnault, que acumula fortuna de US$ 188 bilhões (cerca de R$ 977 bilhões na cotação atual) segundo lista da Forbes. O motivo da perda do posto do novo dono do Twitter foi a queda recente nas ações da Tesla.

Arnault tem 73 anos e é presidente-executivo do grupo de artigos de luxo LVMH, famoso por roupas, cosméticos e vinhos. O conglomerado tem Louis Vuitton, Tiffany, Celine e Tag Heuer na lista de marcas. O francês detém 60% das ações da LVMH, fundada em 1987.


Na segunda-feira (12), a Tesla operou em queda de 6,7%. Musk também possui mais de 40% das ações da SpaceX e vem operando uma gestão polêmica desde que comprou o Twitter no fim de outubro deste ano. Além da lista da Forbes, o também CEO da Neuralink ficou em segundo lugar no Índice de Bilionários da Bloomberg: ele agora acumula fortuna de US$ 178 bilhões (R$ 944 bilhões). Na compra do Twitter, Musk ‘perdeu’ US$ 44 bilhões.  

Bernard Arnault possui décadas de investimento no currículo, já tendo figurado em outros empreendimentos. Formou-se na Escola Politécnica de Paris em 1971 como engenheiro e foi trabalhar na área de construção na empresa do pai, a Ferret-Sauvinel. Segundo o New York Times, Arnault já ganhou apelidos como “Lobo de Cashmere”, “Maquiavel das Finanças” e “Sun Tzu do Luxo”.


quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Frimesa inaugura o maior frigorífico de suínos da América Latina


Foram investidos R$ 1,3 bilhão no empreendimento 
 
 
A operação na nova unidade está programada para iniciar em março de 2023

 

O Paraná ganhou na terça-feira (13) uma nova unidade frigorífica da Frimesa em Assis Chateaubriand, na região Oeste. É a maior indústria de suínos da América Latina. O Governo do Estado, por meio do Instituto Água e Terra (IAT), entregou a Licença de Operação da unidade aos investidores, o que permite o início das operações do frigorífico. Só neste projeto, o maior da história da cooperativa, foram investidos R$ 1,3 bilhão. Com a nova unidade, serão gerados 8.500 empregos diretos e indiretos e cerca de R$ 600 milhões em impostos. O faturamento estimado é de R$ 5,7 bilhões.

A operação na nova unidade está programada para iniciar em março de 2023. A industrialização de carnes triplicará a produção de suínos da cooperativa, já que a nova estrutura diminuirá as distâncias e os custos no transporte dos animais. A capacidade de abate será de 7.880 suínos por dia, uma média de 550 por hora, totalizando 1,8 mil toneladas por dia, mas o objetivo é que, em 2032, o número suba para 15 mil suínos processados por dia. Isso ocorrerá em três etapas. Após o início da operação, entre 2023 e 2025, a estimativa de produção é de 3,7 mil cabeças por dia. Entre 2026 e 2028, o número deve subir para as 7,8 mil cabeças. Na terceira etapa, entre 2029 e 2031, a meta é atingir mais de 11 mil cabeças por dia.

O projeto é peça-chave para o futuro da cadeia produtiva de suínos desde a base primária. A escolha da localização da nova unidade, a 150 quilômetros de distância da sede, em Medianeira, também no Oeste, se deu por conta da concentração de produtores na região e, por isso, deve promover ainda mais desenvolvimento no Oeste. "Seguimos o exemplo já adotado em Cafelândia, Medianeira e Palotina. Na medida em que trazemos mais gente para o lugar, uma coisa puxa a outra. Daqui uns anos teremos uma mudança radical porque criamos oportunidade para as pessoas trabalharem e produzirem riqueza em Assis Chateaubriand", destacou o diretor-presidente da Frimesa, Valter Vanzella.

A Frimesa completou 45 anos em 2022 e ainda tem o foco no mercado interno, mas as exportações da cooperativa cresceram de 5% para 25% do total produzido nos últimos anos. "A nossa cadeia produtiva é organizada, conta com um sistema de rastreabilidade, e temos planejamento para crescer. Essa nova agroindústria contou com a colaboração de 200 empresas. A obra durou três anos e agora conseguimos um desfecho animador para todos", acrescentou.

A Frimesa é a 59ª empresa da região e a 23ª maior do Paraná, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC Brasil.

 

Arezzo&Co inaugura loja número 1000  

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  A Arezzo&Co, grupo que reúne marcas como Arezzo, Schutz e Anacapri, inaugura, nesta semana, sua loja de número 1000. Trata-se de uma flagship de 400m² da grife Carol Bassi, em Belo Horizonte, representando a estreia na marca em Minas Gerais.
 
 Em 2022, a Arezzo&Co abriu cerca de 23 lojas franqueadas e 16 unidades próprias, com crescimento de 7,5% na inauguração de lojas físicas quando comparado ao último ano. Para 2023, o grupo projeta abrir, em média, 70 lojas. Serão 30 novas franquias, com foco nas marcas Anacapri, Vans e Reserva. 

 

Governo Lula: analistas desenham 3 cenários econômicos e apontam investimentos


Crédito: Lula/Ricardo Stuckert/ Divulgação sobre imagem Pixabay/Montagem Isto É Dinheiro

Lula e os 100 primeiros dias de governo: desafio de credibilidade (Crédito: Lula/Ricardo Stuckert/ Divulgação sobre imagem Pixabay/Montagem Isto É Dinheiro)

 

A partir de 1 de janeiro de 2023, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assume a República e, com ele, novos nomes e possibilidades para a economia brasileira. Gastos da nova gestão, recursos adicionais da PEC da Transição e regras de controle fiscal vão agitar o mercado financeiro. Os três primeiros meses do novo governo serão desafiadores. 

Embora existam expectativas sobre os rumos da gestão para o próximo ano, especialistas acreditam que os cenários, instáveis ou positivos, são focados em investimentos de baixo risco. “O cenário mais provável para 2023 é o cenário de manutenção da taxa de juros próximo ao patamar atual (13,75%). Essa projeção é, inclusive, demonstrada no boletim Focus do Banco Central. A mediana do Focus, publicada nesta segunda-feira (12), projeta uma Selic ao final de 2023 em 11,75%”, explica Tiago Feitos,  professor e consultor de Valores Mobiliários da T2 Educação.

Levando em consideração nosso cenário de alta de juros e inflação subindo, o ideal, segundo Leo Dutra, analista chefe da Invius Research, seria evitar investir em empresas voltadas ao consumo, com juros altos. Ainda que em cenário instável, acreditam especialistas, há quem possa arriscar. “Esse é um mercado que nunca teve tanta liquidez, é uma forma de gerar renda usando a volatilidade do mercado a favor do investidor e ainda proteger sua carteira”, defende Dutra.

Veja abaixo 3 possibilidades:

Cenário 1

Bolsa de Valores no ‘zero a zero’ 

Segundo Gilberto Braga, economista e professor do IBMEC, o mercado ainda se ressente de melhores definições sobre o Ministério da Fazenda, que vai ser liderado por Fernando Haddad, e isso deve determinar um maior ou menor movimento de investidores para 2023.

A mudança na Lei das Estatais, por exemplo, tira a tranquilidade do mercado financeiro de forma geral. “Na Bolsa, por exemplo, estatais vem perdendo valor na medida em que essa visão mais ‘puro sangue’ do PT mostram uma condução contrária ao que o mercado esperava, mais liberal ou de centro”. 

Isso faz, por exemplo, com que os investimentos na Bolsa fiquem indefinidos: com os últimos movimentos, ela devolveu o ganho que teve ao longo de 2022. É o momento em que a Bolsa está no ‘zero a zero’ para quem investiu. O retorno, segundo Braga, vai depender de um sucesso rápido da gestão de Lula, mas que não se espera que aconteça dentro dos primeiros 6 meses de mandato. 

Onde investir? 

Não se espera nas projeções do mercado grandes expansões do PIB, além de os juros permanecerem altos. Assim, o momento de 2023 é favorável para investimentos de renda fixa, e não de renda variável. “A própria caderneta de poupança, que é um ativo combatido por especialistas, vai fechar 2022 acima da inflação e vem em 2023 com expectativa de rendimento baixo, mas acima da inflação”, avalia Braga. O Tesouro Direto e fundos em bons papéis podem ser a escolha de pequenos e médios investidores para um cenário de pouco risco e rentabilidade garantida. 

O que evitar?

Para quem procura baixo risco e não quer comprometer reserva de emergência, o mercado de ações e ativos variáveis deve ser evitado. “Ativos de renda variável ficam para quem gosta de grandes emoções e tem recursos sobrando”, finaliza Braga.

Cenário 2

Controle fiscal a partir de 2023

Cenário mais positivo, segundo analistas, foca no que pode ocorrer a respeito da gestão de Lula em relação ao controle fiscal. Diante de uma racionalidade no controle fiscal, o governo pode conseguir sinalizar estabilização da dívida pública num médio prazo com um novo regime fiscal, a ser negociado em 2023. 

“O aperto monetário feito até aqui já é suficiente, então o Banco Central não precisa subir mais a taxa Selic, básica da economia, e a mantém em 13,75% até setembro de 2023. Ao longo de 2023, pode cair a 12%, podendo chegar a 7%”, avalia Gabriel Fongaro, economista da Julius Baer Family Office. A taxa de inflação, vale lembrar, não cai tão depressa: pode chegar a 5,6% em 2023, caindo para 3,5% em 2024, sugere o especialista.

Esse regime fiscal, avalia, não deve ser rápido. “Dado o que vai passar na PEC de Transição, permanece a dúvida sobre solvência fiscal por um bom tempo, até que se coloque um regime fiscal com credibilidade no próximo ano”, explica Fongaro. Ao longo dos próximos 6 meses, a probabilidade pode ser melhor avaliada, com a PEC da Transição votada e as próximas medidas da gestão Lula. 

Onde investir?

Diante do cenário positivo, Felipe Dexheimer, da área de Investimentos da Julius Baer Family Office, aposta em investimentos de ativos de risco em geral, diante da queda do mercado interno, mas com ações reverberando de forma positiva no mercado fora do Brasil. Assim, ele recomenda ativos de renda variável e renda fixa, como Tesouro Direto e prefixados, para quem quer investir em 2023. 

Cenário 3 

Controle fiscal e programa social

Segundo Moacir Milhomem, sócio da +MAIS e Agente Autônomo de Investimentos  vinculado ao BTG Pactual, o regime fiscal que começou a ser alterado ainda em 2021 com a PEC dos Precatórios e a troca do cálculo do reajuste do Teto dos Gastos, voltou a ser desafiado este ano com a expansão fiscal e alteração do Auxílio Brasil mesmo após a reabertura econômica. 

Em contrapartida, a eleição trouxe a necessidade de perpetuar o novo programa social no patamar atual, criando um problema a ser resolvido que se resume em equilibrar o novo orçamento atual com a regra fiscal. 

Nesse ambiente, um dos principais desafios para o governo que irá impactar no cenário econômico desdobra-se em três pontos:

  1. Responsabilidade fiscal
  2. Aumento de gastos
  3. Manutenção da carga tributária.

Estes pontos ligam um sinal amarelo para lapidar a discussão em cima do teto de gastos, o que irá contribuir para a incerteza e o prêmio de risco elevado por mais tempo no ano de 2023.

O que investir?

“Diante do cenário de incerteza, é importante ter cautela nos investimentos. Em cenários como este, a nossa bússola aponta em busca da preservação do patrimônio assim como a melhor relação de risco x retorno, afinal, oportunidades irão surgir seja na renda fixa, na renda variável ou em ativos alternativos e ter liquidez pode fazer a diferença”, recomenda Milhomem. 

E prossegue: “Quando se trata de recursos que o investidor poderá utilizar no curto prazo, para aproveitar a taxa de juros no patamar atual (13,75%), a subclasse renda fixa pode ser a melhor opção.”

Para os investidores conservadores, aplicações em ativos de renda fixa pós-fixados como CDBs, LCAs, LCIs, Tesouro SELIC e Fundos de Renda fixa DI são interessantes, visto que a discussão de retomada de ciclo de alta na taxa juros continua e neste caso em um cenário altista seria a opção mais segura.

 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Telecom Italia sonda investidores sobre ativos, TIM tem interessados, dizem fontes


Telecom Italia sonda investidores sobre ativos, TIM tem interessados, dizem fontes

Telecom Italia

 

Por Elvira Pollina e Giuseppe Fonte

 

MILÃO (Reuters) – A Telecom Italia está explorando o interesse dos investidores em comprar seus ativos e recebeu manifestações também para a subsidiária brasileira TIM, disseram fontes familiarizadas com o assunto nesta sexta-feira.

De acordo com as fontes, pelo menos dois interessados manifestaram interesse na subsidiária brasileira da Telecom Italia, a TIM.

No entanto, na visão do presidente-executivo da Telecom Italia, Pietro Labriola, a venda da unidade responsável por cerca de 30% do Ebitda do grupo pode ser perigosa para a classificação de crédito da Telecom Italia, a menos que possua um prêmio de avaliação, de acordo com as fontes.

O governo da Itália disse no mês passado que buscaria identificar “as melhores opções favoráveis ao mercado” até o final do ano para a Telecom Italia, suspendendo uma oferta planejada para a rede do grupo pelo banco estatal CDP.

O plano de vários bilhões de euros, parte de um projeto mais amplo para criar uma empresa de infraestrutura de comunicações italiana unificada, foi um ponto focal da estratégia de Labriola ao prever a divisão da Telecom Italia em várias unidades para reduzir a dívida de 25 bilhões de euros do grupo.

Labriola tem conversado em particular com o fundo norte-americano KKR recentemente, disseram três fontes com conhecimento do assunto à Reuters.

A KKR, que já possui participação na rede da Telecom Italia e tentou comprar toda a empresa em uma proposta que foi rejeitada este ano, recenemtente renovou o interesse em ampliar sua participação na rede fixa da companhia, disseram as fontes.

A Telecom Italia também teve contatos com outros potenciais investidores interessados em comprar suas operações de serviços na Itália, incluindo o grupo francês de telecomunicações Iliad e a Poste Italiane, disseram as fontes.

Qualquer negócio envolvendo investidores estrangeiros e ativos da Telecom Italia estará sujeito ao aval do governo italiano, que tem o poder de bloquear uma transação.

Telecom Italia, KKR, Poste e Iliad se recusaram a comentar.



Regulação tem de crescer com os bancos digitais, diz o CEO do Itaú


Crédito: Itaú/Divulgação

"Vários neobancos não são mais pequenos, eles são grandinhos e começam a trazer risco sistêmico", disse Maluhy (Crédito: Itaú/Divulgação)

 

 

O presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy, disse nesta quinta, 8, que, com o crescimento nos últimos anos, os neobancos e as fintechs precisam ter regulação de capital proporcional a seu tamanho. Segundo ele, as mudanças feitas pelo Banco Central (BC) vão na direção certa.

“Vários neobancos não são mais pequenos, eles são grandinhos e começam a trazer risco sistêmico”, disse ele em painel do Macrovision, promovido pelo Itaú BBA em São Paulo ontem. Segundo Maluhy, sob as normas antigas os neobancos precisavam de um terço do capital dos bancos tradicionais para conceder o mesmo montante de crédito.

O executivo avaliou que o arcabouço estabelecido pelo BC na última década, que facilitou a entrada de novos participantes no segmento, foi correto para estimular a competição. Ele disse ainda que o Itaú, o maior banco privado do País, tem o tamanho que tem por ter tido forte concorrência.

Maluhy disse também que o encarecimento do capital no mundo diante da alta dos juros tem feito com que neobancos mudem os modelos de negócio. “Vários pagavam 100% do CDI e, agora, só pagam se o recurso não girar em 30 dias”, disse.

Maluhy disse que vários neobancos sobreviverão no longo prazo e que estão fazendo um excelente trabalho. Entretanto, terão de lidar com a menor satisfação dos clientes ante a complexidade de gerir o negócio e o aumento de taxas e tarifas.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real

 

quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Juiz nega pedido de bancos para postergar fim da recuperação judicial da Oi

Oi Logo – PNG e Vetor – Download de Logo

O juiz responsável pelo processo de recuperação judicial da Oi, Fernando Viana, indeferiu os pleitos de Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Itaú Unibanco contra a operadora. Os bancos pediam a prorrogação do processo de recuperação da companhia e o bloqueio do dinheiro proveniente da venda de ativos para garantir o pagamento de dívidas, que totalizam R$ 6,9 bilhões, conforme mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) em novembro.

Os bancos contestavam a falta de visibilidade sobre o valor apurado pela Oi com o conjunto de vendas de ativos, entre elas a sua rede móvel e o braço de fibra ótica.

O plano de recuperação da tele prevê o pagamento antecipado das dívidas aos bancos, até o fim do ano, caso o volume de dinheiro em caixa oriundo das vendas superasse a patamar de R$ 6,5 bilhões – o que não aconteceu, segundo a companhia. Esse mecanismo é conhecido como cash sweep e consta na cláusula 5.4 do plano de recuperação.

Segundo o juízo, as vendas de ativos da Oi estão sendo realizadas em conformidade com os ditames do plano e não há qualquer previsão de obrigação de reserva pleiteada pelos credores.

Outro ponto levantado pelos bancos dizia respeito à existência de um possível esvaziamento patrimonial por parte da Oi após as vendas de ativos, mas essa tese também foi refutada.

“A alegação é infundada, visto que as vendas de ativos realizadas pelas recuperandas têm previsão constituída no plano e no aditivo homologados e vêm sendo realizadas como solução de mercado e parte estratégica do seu plano de reestruturação”, afirmou Viana. “Ante o exposto, nada a prover, nestes autos de recuperação judicial, em relação ao pleito dos credores financeiros”, descreveu o juiz, em despacho com data de 7 de dezembro.

O juiz também acompanhou as posições já juntados nos autos pelo Ministério Público e pelo administrador judicial do processo (o escritório Wald Advogados) de que não cabe às autoridades discutir a viabilidade econômica da Oi, nem a sua capacidade para honrar obrigações futuras.

“Não compete a este juízo perquirir sobre a viabilidade econômica das recuperandas e sua capacidade financeira para honrar obrigações futuras, visto que tais condições estão intrinsecamente ligadas à soberana vontade da assembleia de credores, que aprovou deliberadamente o plano de recuperação e o seu aditivo”, descreveu ele.