terça-feira, 4 de abril de 2023

Virgin Orbit, do bilionário Richard Branson, faz pedido de recuperação e busca comprador


Virgin Orbit, do bilionário Richard Branson, faz pedido de recuperação e busca comprador

Sede da Virgin Orbit, em Long Beach, Califórnia

 

Por Joey Roulette
 

WASHINGTON (Reuters) – A Virgin Orbit, do bilionário britânico Richard Branson, entrou com pedido de recuperação judicial nesta terça-feira, depois que a empresa de lançamento de satélites não conseguiu garantir financiamento de longo prazo necessário para ajudá-la a se recuperar de uma falha em um foguete em janeiro.

A empresa com sede em Long Beach, Califórnia, entrou com o processo no Tribunal de Falências dos Estados Unidos para o Distrito de Delaware buscando a venda de seus ativos depois de anunciar a demissão de cerca de 85% de seus 750 funcionários na semana passada.

“Acreditamos que o processo do Chapter 11 representa o melhor caminho a seguir para identificar e finalizar uma venda eficiente e maximizadora de valor”, disse o presidente-executivo da Virgin Orbit, Dan Hart, em comunicado.

As ações da companhia desabaram 18% antes da abertura do mercado nos Estados Unidos.

A empresa listou ativos de cerca de 243 milhões de dólares e uma dívida total de 153,5 milhões.

A Virgin Orbit abriu capital em 2021, levantando 255 milhões de dólares menos do que o esperado. Separada da empresa de turismo espacial de Branson, Virgin Galactic, em 2017, a Virgin Orbit lança satélites em órbita por meio de foguetes disparados a partir de um Boeing 747 modificado.

A estratégia da empresa vinha sendo o lançamento de pequenos foguetes do 747 em voo, o que permite lançamentos mais rápidos de qualquer local, incluindo para propósitos militares.

Mas uma mudança na demanda em direção aos foguetes maiores e de custo melhor da rival SpaceX ao longo dos últimos dois anos dificultou o mercado para a Virgin Orbit, afirmam analistas.

segunda-feira, 3 de abril de 2023

Dólar à vista encerra o dia perto da estabilidade à espera de novidades na área fiscal


Dólar à vista encerra o dia perto da estabilidade à espera de novidades na área fiscal

Notas de dólares

 
 
SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista fechou praticamente estável ante o real nesta segunda-feira, interrompendo uma sequência de seis sessões consecutivas de perdas, com os investidores à espera de novidades na área fiscal brasileira, enquanto no exterior a moeda norte-americana sustentava perdas ante as demais divisas.

Mesmo após seis quedas consecutivas, o dólar começou a sessão no território negativo, influenciado pelo exterior, onde as moedas de países exportadores de commodities eram favorecidas pela alta do preço do petróleo nos mercados internacionais.

A baixa do dólar, no entanto, foi perdendo fôlego no Brasil, com investidores à espera das medidas do governo na área de arrecadação, que servirão como complemento ao novo arcabouço fiscal anunciado na semana passada.

Após oscilar durante boa parte do dia perto da estabilidade, o dólar à vista fechou cotado a 5,0704 reais na venda, em variação positiva de 0,01%.

Na B3, às 17:33 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,09%, a 5,0915 reais. No início da sessão, às 9h08 (horário de Brasília), o dólar marcou a mínima de 5,0385 (-0,62%), em sintonia com o exterior, onde a divisa dos EUA também cedia ante outras moedas de exportadores de commodities.

O movimento era influenciado pela alta nos preços do petróleo, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, incluindo a Rússia, anunciarem cortes extras na produção de cerca de 1,16 milhão de barris por dia (bpd) no domingo.

“Pela manhã, até achei que o dólar ia cair um pouco, mas depois ficou praticamente na estabilidade. Na verdade, o mercado está esperando para ver o que vai acontecer com o arcabouço fiscal”, comentou o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel.

Battistel lembra que, além das dúvidas sobre a arrecadação que sustentará o arcabouço, a proposta ainda precisará passar pelo Congresso e está sujeita a mudanças.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia prometido para esta semana a apresentação de medidas “saneadoras” que poderão sustentar o novo arcabouço. Em entrevista à GloboNews, o ministro afirmou nesta segunda-feira que a reforma tributária –outra prioridade do governo Lula– busca “cobrar de quem não paga” impostos, o que deve elevar a receita e contribuir para o cumprimento dos objetivos fiscais previstos no novo arcabouço recém-apresentado pelo governo.

Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse pela manhã que não concorda com “as avaliações negativas de que o PIB vai crescer zero não sei das quantas, 0,1%”. Segundo ele, o PIB crescerá “mais do que os pessimistas estão prevendo”.

Em meio às expectativas, o dólar até chegou a marcar a máxima de 5,0842 reais (+0,28%) às 16h, mas também não teve fôlego para sustentar cotações mais altas, retornando para perto da estabilidade.

No exterior, a divisa norte-americana seguia com baixas firmes ante outras moedas.

Às 17:33 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– caía 0,88%, a 102,030.

Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de maio.

(Por Fabrício de Castro)


Crédito para empresas seca e renegociação de dívida dispara

Dinheiro brasileiro Fotos de Stock, Dinheiro brasileiro ...



 

 

Diante de um cenário de juro alto, desaceleração econômica, dificuldades no mercado internacional e crise na Lojas Americanas, o crédito corporativo no Brasil secou. Endividadas, empresas têm recorrido a renegociação de débitos, além de recuperação judicial e extrajudicial, para tentar sobreviver.

A tendência, segundo analistas, é que as condições de crédito continuem duras pelo menos até o fim do ano, dificultando a operação das companhias brasileiras.

Na semana passada, o Banco Central divulgou que a concessão de crédito para pessoas jurídicas foi de R$ 166 bilhões em fevereiro, valor 8,6% inferior ao de janeiro. Para o Goldman Sachs, é provável que esse cenário piore. “Esperamos que as condições de crédito se tornem mais exigentes nos próximos meses devido ao alto nível de endividamento do consumidor, taxas elevadas, perspectiva de abrandamento da atividade real e o surgimento recente de várias situações de dificuldade de crédito corporativo”, afirma relatório do banco.

Na análise de Douglas Bassi, sócio da área de reestruturação de dívida da Virtus BR Partners, a situação deve se manter assim no mínimo até dezembro, dado que, após o Banco Central reduzir a taxa básica de juros, a Selic, serão necessários de quatro a nove meses para haver efeitos na economia real.

Com o acesso ao crédito restrito, companhias têm tido dificuldade de rolar dívidas. As que conseguem estão pagando juros pesados. A Gol, por exemplo, trocou em fevereiro título de dívidas que venciam entre 2024 e 2026 por papéis que vencem em 2028, mas assumiu uma taxa de juros de 18% – antes, variava entre 3,75% e 8%. 

Para as que não estão tendo essa opção, as recuperações judicial e extrajudicial têm sido a saída. Na última semana, o Grupo Petrópolis, dono da cerveja Itaipava, e a varejista de moda Amaro recorreram, respectivamente, a esses expedientes.

Apenas no primeiro bimestre deste ano, 195 empresas no País já pediram proteção na Justiça, um aumento de 60% na comparação com o mesmo período de 2022. É o número mais alto desde 2017, quando foram feitos 197 pedidos nos dois primeiros meses do ano, segundo dados da Serasa Experian.

O economista Luiz Rabi, da Serasa, diz que o crédito ficou mais caro devido ao aumento da inadimplência e ao juro alto. Uma melhoria só seria possível com uma perspectiva de queda na inadimplência, o que não está no horizonte.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Diretor de tecnologia e digital da Marisa renuncia

Rodrigo Lamosa Poço - Chief Digital Officer at Marisa Lojas SA | The Org

 

SÃO PAULO (Reuters) – O diretor de tecnologia e digital da Marisa Lojas, . Rodrigo Lamosa Poço, renunciou ao seu cargo para dar seguimento a projetos pessoais, informou a varejista de moda nesta segunda-feira.

A saída de Lamosa é mais recente mudança no alto escalão da Marisa, que desde fevereiro trocou de presidente, diretor financeiro e de presidente do Conselho de Administração.

A Marisa anunciou resultados de 2022 não auditados e um plano de reestruturação na sexta-feira, em meio a uma tentativa de controlar o patamar de endividamento.

(Por André Romani)


 

EUA saúdam planos do Banco Mundial para o clima e pressionam por mudanças mais ambiciosas


EUA saúdam planos do Banco Mundial para o clima e pressionam por mudanças mais ambiciosas

Participante de um evento em frente ao logo do Banco Mundial

WASHINGTON (Reuters) – Os Estados Unidos saudaram nesta segunda-feira os planos do Banco Mundial de aumentar os empréstimos anuais, em 5 bilhões de dólares, a países de renda média para combater as mudanças climáticas e outras crises globais ao longo de dez anos, mas disseram que estão pressionando por mais mudanças ambiciosas em breve.

Um alto funcionário do Departamento do Tesouro dos EUA disse à Reuters que os diretores do Banco Mundial devem endossar o tão esperado plano durante suas reuniões semestrais na próxima semana, enquanto pedem que a administração do banco delineie planos firmes para novas reformas.

Os Estados Unidos, país que é o maior acionista do banco, há meses pressiona o Banco Mundial a tomar medidas mais ousadas para aumentar o financiamento para ajudar os países em desenvolvimento a enfrentar as mudanças climáticas, futuras pandemias e outros desafios globais.

O Banco Mundial forneceu 100 bilhões de dólares entre 2020 e 2022 para bens públicos globais, mas estima que os países em desenvolvimento e o setor privado precisariam investir muito mais – cerca de 2,4 trilhões de dólares por ano – para atender a essas necessidades.

“Precisamos manter a ambição. Ainda há muito mais a fazer”, disse o funcionário, acrescentando que os Estados Unidos estão pressionando o banco para mapear reformas concretas adicionais, juntamente com um cronograma para implementação.

O governo do presidente norte-americano Joe Biden vê o “mapa da evolução” do banco como um “pagamento inicial de uma série de reformas importantes”, mas quer as reformas implementadas assim que possível, em vez de esperar que os governadores do banco se reúnam em outubro, disse o funcionário.

(Reportagem de Andrea Shalal)

 

Natura&Co acerta venda da Aesop para L’Oréal em negócio de US$2,5 bi


Natura&Co acerta venda da Aesop para L’Oréal em negócio de US$2,5 bi

Natura&Co acerta venda da Aesop para L'Oréal

SÃO PAULO (Reuters) – A Natura&Co assinou acordo para a venda da Aesop para a L’Oréal em negócio que avaliado (“enterprise value”) em 2,53 bilhões de dólares, disseram as empresas nesta segunda-feira.

A expectativa é que o negócio seja fechado no terceiro trimestre.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/naturaco-acerta-venda-da/

BNDES aprova crédito de R$907 mi para 4 parques eólicos da Casa dos Ventos no RN


BNDES aprova crédito de R$907 mi para 4 parques eólicos da Casa dos Ventos no RN

Turbina de energia eólica

 

Reuters

 

 RIO DE JANEIRO (Reuters) – O BNDES aprovou um financiamento de 907 milhões de reais para a geradora renovável Casa dos Ventos implantar quatro parques eólicos no Rio Grande do Norte, informou o banco de fomento nesta segunda-feira em comunicado.

Os quatro parques eólicos, Ventos de Santa Luzia 11, 12 e 13 e Ventos de Santo Antônio 1, têm uma capacidade instalada total de 202,5 MW. O investimento total no projeto é de mais de 1,3 bilhão de reais.

A energia gerada será suficiente para atender cerca de 500 mil domicílios e reduzir a emissão de carbono de 522 mil toneladas ao ano.

Os quatro sítios de geração de energia a partir do vento integram o Complexo Eólico Umari, localizado nos municípios de Monte das Gameleiras, São José do Campestre e Serra de São Bento. As obras do complexo começaram no ano passado e o projeto deve entrar em operação em agosto de 2024, de acordo com o banco.

O empréstimo será destinado prioritariamente para a aquisição e instalação de aerogeradores e na realização de obras civis, além da implantação de sistema de transmissão associado ao projeto. 

Cada um dos parques eólicos tem como proprietário uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) diferente. As quatro SPEs são controladas pela CDV Holding, uma joint venture entre a brasileira Casa dos Ventos e o grupo francês TotalEnergies.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)