WASHINGTON (Reuters) – A Virgin Orbit, do bilionário britânico Richard Branson, entrou com pedido de recuperação judicial nesta terça-feira, depois que a empresa de lançamento de satélites não conseguiu garantir financiamento de longo prazo necessário para ajudá-la a se recuperar de uma falha em um foguete em janeiro.
A empresa com sede em Long Beach, Califórnia, entrou com o processo no Tribunal de Falências dos Estados Unidos para o Distrito de Delaware buscando a venda de seus ativos depois de anunciar a demissão de cerca de 85% de seus 750 funcionários na semana passada.
“Acreditamos que o processo do Chapter 11 representa o melhor caminho a seguir para identificar e finalizar uma venda eficiente e maximizadora de valor”, disse o presidente-executivo da Virgin Orbit, Dan Hart, em comunicado.
As ações da companhia desabaram 18% antes da abertura do mercado nos Estados Unidos.
A empresa listou ativos de cerca de 243 milhões de dólares e uma dívida total de 153,5 milhões.
A Virgin Orbit abriu capital em 2021, levantando 255 milhões de dólares menos do que o esperado. Separada da empresa de turismo espacial de Branson, Virgin Galactic, em 2017, a Virgin Orbit lança satélites em órbita por meio de foguetes disparados a partir de um Boeing 747 modificado.
A estratégia da empresa vinha sendo o lançamento de pequenos foguetes do 747 em voo, o que permite lançamentos mais rápidos de qualquer local, incluindo para propósitos militares.
Mas uma mudança na demanda em direção aos foguetes maiores e de custo melhor da rival SpaceX ao longo dos últimos dois anos dificultou o mercado para a Virgin Orbit, afirmam analistas.
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